Consideraremos agora outro fenômeno dentro do campo sensorial, que está sumamente relacionado com a PANTOMNÉSIA e também com a HIPERESTESIA. Trata-se da ‘XENOGLOSSIA’.
Antes, porém, cabe advertir que os fenômenos psíquicos não se apresentam isolados e sim misturados, de modo que muitas vezes é difícil determinar com exatidão a natureza de uma experiência psíquica. Nestes artigos, vamos descrevendo os fenômenos separadamente, para analisá-los e compreendê-los; no final, estaremos mais capacitados a analisar e compreender em sua totalidade uma experiência de natureza paranormal.
A ‘Xenoglassia’ foi observada e estudada por um cientista chamado Charles Richet, que foi professor de Fisiologia e Prêmio Nobel em 1913.
Ele foi um dos pioneiros da parapsicologia e, juntamente com o Dr. J.B. Rhine, é tido como o pai dessa disciplina.
O termo ‘Xenoglossia’ vem de ‘Xenos’, que significa ‘estrangeiro’, e ‘Gloto, que quer dizer ‘falar em línguas ou empregar linguas’. Também se denomina ‘Glossolalia’, equivalente ao dom de falar em línguas estrangeiras. Algumas vezes o ‘dotado’ como veremos mais adiante num exemplo, em vez de falar em línguas conhecidas, inventa novas línguas, e então o fenômeno se denomina ‘Pseudo-Xenoglossia’.
A ‘Xenoglossia’ pode, no entanto, manifestar-se em outras formas. Foi classificada em: Escrita, também chamada de Psicografia, que é conhecida como escrita automática. Falada, que é propriamente a ‘Xenoglossia clássica’, e por meio do movimento de objetos para dar respostas de ‘sim ou não’ às perguntas que se fazem ao dotado. Estas três modalidades de ‘xenoglossia’ podem ser mecânicas ou automáticas, ou podem se manifestar de modo inteligente.
A ‘Xenoglossia’ pode se manifestar ou expressar por meio de transes, traumatismos ou em forma experimental através do hipnotismo.
As respostas podem ser inteligentes sem que o ‘Sensitivo ou Dotado’ entenda o sentido do que diga.
Como se explica esse fenômeno?
Na verdade, encontram-se muitas pessoas que, de repente, em condições já descritas de transe ou depois de terem recebido uma pancada na cabeça, etc., começaram a se expressar em línguas estranhas que nunca haviam estudado, ou então começaram a escrever com sinais estranhos ou numa linguagem estrangeira, e às vezes em seu próprio idioma.
Os parapsicólogos dizem que esses fenômenos são de tipo mecânico, pois repetem-se palavras ou frases aparentemente esquecidas mas que estão no arquivo do subconsciente. [Lembre-se o que foi explicado em artigos anteriores sobre a pantomnésia].Além disso, s o ‘Sensitivo’ está em transe, torna-se HIPERESTÉSICO e pode extrair informação da mente dos consulentes ou das testemunhas. Outra possibilidade é que também comece a receber informação por via extra-sensorial, fenômeno que estudaremos mais adiante. Já começamos a nos dar conta de como os fenômenos paranormais se vão misturando e de como as experiências psíquicas vão então se complicando.
No caso da ‘Xenoglossia por meio do movimento de objetos’, como por exemplo, vasos, pêndulos, mesas, etc., trata-se de uma forma pela qual se manifesta automaticamente a atividade interna inconsciente. Um exemplo claro desse fenômeno é a chamada “Mesa Ouija”, onde estão distribuídos as letras do alfabeto e os algarismos de 0 a 9. Coloca-se um copo emborcado no centro da mesa e várias pessoas põem sobre ele o dedo indicador; faz-se uma invocação ou oração e de repente o copo começa a se deslocar rapidamente, sem que ninguém aparentemente o esteja movendo. Ao se fazerem perguntas, o copo começa a se dirigir para letras e números, e com isto vai construindo uma resposta coerente e que em geral satisfaz a curiosidade dos presentes. Há tendência a crer que quem transmite a mensagem é alguma entidade que já não se encontra no plano terreno e, no final dessa mensagem, aparece um nome estranho que é identificado com essa entidade.
Esse fenômeno deve ser analisado com muito cuidado, pois quando é praticado por pessoas muito sugestionáveis ou crianças, pode causar muito dano, inclusive doenças, pânico, e sofrimentos. Os parapsicólogos sustentam que as mensagens são produzidas pela pessoa mais sensitiva do grupo, que mantêm o dedo no copo. Como esse individuo se tornou hiperestésico, extrai de seu próprio conteúdo pantomenésico as respostas às perguntas, assim como pode extraí-las da mente de seus companheiros. Por que, então, o suposto agente informante se identifica com um nome raro? Para nós, que temos estudado as faculdades de nossa mente, isso não é precisamente raro e, sim, comum. Nosso subconsciente tende a se acomodar ao ambiente, e também a transmitir mensagens através de dramatizações, geralmente por meio de sonhos, o que estudaremos ao considerarmos as precognições. Costuma-se chamar tudo isso de “Talento do Inconsciente”. Talvez você mesmo tenha tido a experiência de estar perplexo ante uma situação ou um problema que não consegue resolver, e um belo dia acordar feliz porque sonhou com a solução.
Agora consideraremos duas situações observadas no campo paranormal, que nos esclarecerão muitas dúvidas a respeito da “Xenoglossia”.
FALAR EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Primeiro, vem o caso de um menino que, depois de ter recebido uma pancada na cabeça e ficado inconsciente, começou a dizer frases numa língua estranha. Alguém teve a impressão de que eram palavras em chinês e concluiu que provavelmente havia morrido algum chinês na cidade, que se tinha incorporado no menino. Chamaram então alguns chineses que tinham uma lavanderia ali perto. Quando eles ouviram as frases do menino, começaram a rir e, quando lhes perguntaram por que riam, disseram que o menino estava dizendo coisas indecentes. O fato é que aquele menino brincava com os filhos dos chineses e, embora não entendesse o que eles diziam, sua mente subconsciente tinha gravado as frases e estava então repetindo. Neste particular, deve-se notar que, no passado, todos os médiuns ou pessoas em transe falavam em latim, mas os médiuns modernos não o fazem porque agora a missa é rezada no idioma do lugar e eles têm o latim em seu conteúdo pantomnésico.
Em segundo lugar, temos o caso de uma médium chamada Helen Smith. Consultada por uma mãe angustiada que tinha perdido seu filho, disse-lhe que o jovem estava no planeta Marte, mas que não podia lhe dar detalhes porque não conhecia o idioma marciano. A mãe continuou visitando-a e, passados seis meses, a médium tinha elaborado um idioma ‘marciano’. Mas uma pesquisa séria por parte de um filósofo chamado Dr. Floumoy, demonstrou que se tratava de uma ‘fraude inconsciente’, de modo que tudo o que ela dizia era uma modificação, palavra por palavra, d um livro em francês que tinha lido quando era muito criança e que tinha arquivado em seu conteúdo pantomnésico.
Mas nem tudo é negativo. Essa força pode também ser aproveitada para resolver problemas ou situações difíceis. Já explicamos como nossa mente interior pode nos ajudar a resolver alguma coisa. Acredita-se que alguns artistas compõem suas obras, ou pintam, em estados de semitranse que lhes proporciona maior inspiração.
Em outras palavras, nunca devemos pressionar nem exigir demais do nosso subconsciente. Se temos uma preocupação e manifestamos sutilmente a ele que precisamos de seu auxilio, ele nos ajuda. Mas se o pressionamos demais, se lhe fazemos perguntas muito complexas, etc., para nossa satisfação, ele nos diz qualquer coisa, inclusive uma mentira.
A RADIESTESIA
Trata-se de uma técnica que permite perceber as radiações da natureza mediante varinhas ou pêndulos [meios físicos], ou por condutores humanos paranormais. O termo vem do latim ‘radius’, raio, e do grego ‘aisthesis’, sensibilidade.
Na antiguidade era conhecida como ‘Rabdomancia’ e é um tema que aparece nos baixos-relevos do Egito Antigo. Numa representação do imperados chinês ‘Kwang Su, de 2200 a.C’., vêem-se figuras procurando água. A bíblia faz alusão à vara ou bastão usado para esse fim. O fenômeno também foi conhecido dos gregos e dos romanos.
Muitos procuram explicar esse fato por meio do fenômeno da ressonância, já que dois terços do nosso corpo consistem em água. Ao que parece, a radiação se manifesta nos músculos longos do corpo. Os animais também são muito sensíveis à água, principalmente o elefante.
INSTRUMENTOS
Os zaorís, rabdomantes ou radiestesistas, usam a baqueta ou varinha de avelã, embora empreguem também diversos utensílios, como varinhas de metal, prendedores de roupa, barbatanas de colarinho, fios de cobre, bastões, forquilhas, pêndulos, etc. Dizem que alguns até já se valeram de salsichas alemãs.
O pai da radiestesia é o abade Bouly [1865-1958] e o aristocrata da radiestesia é Henri de France [1872-1947], que, em 1910, promoveu na França os estudos sérios do tema; publicou um livro intitulado o Zaorí Moderno e, em 1933, participou na criação da Sociedade Britânica de Zaorís. O termo foi cunhado pelo abade Bagard, em 1919, e foi ele quem pôs em desuso os termos Rabdomancia e Zaorí. Na Rússia foi conseguido um progresso nessa matéria e os soviéticos chamam o fenômeno de ‘Método de Efitos Biofísicos’.
O uso do pêndulo foi adotado em fins do século dezoito, por Antoine Gerboin, professor da Faculdade de Medicina de Strasburg. Embora as reações sejam menos violentas e enérgicas do que as da baqueta, seu uso está generalizado e parece mais seguro.
Em 1919, Emile Cristophe criou o vocábulo ‘teleradiestesia’, ou ‘radiestesia a distância’. Joseph Treive [1877-1946] especializou-se na prospecção a distância. Um avanço maior seria a Radiestesia Mental.
A TEORIA de Chevreul, químico famoso, explica o fenômeno da seguinte maneira: o pêndulo ou a varinha só se move quando segurado pelo operador. Este capta a mensagem por via paranormal [sensorial ou extra-sensorial] e inconscientemente a traduz em movimentos involuntários. Supõe-se que a Mesa Ouija funciona por um mecanismo semelhante.
PRECAUÇÕES
ð 1. Evitar a auto-sugestão;
ð 2. Evitar as idéias preconcebidas;
ð 3. Não cruzar as pernas nem os braços e colocar os dois pés sobre o solo;
ð 4. No campo, não trabalhar em dias de chuva ou de muito vento;
ð 5. Trabalhar com roupa não muito apertada;
ð 6. Não usar coisas metálicas [anéis, pulseiras, relógios, etc];
ð 7. Não trabalhar depois de uma refeição pesada;
ð 8. Também não trabalhar depois de ter corrido ou se está muito emocionado;
ð 9. Trabalhar com boa iluminação;
ð 10.Trabalhar descontraído;
ð 11.Uma vez por mês, desimpregnar os instrumentos;
ð 12.Não trabalhar na presença de céticos ou curiosos;
ð 13.Não trabalhar mais de meia hora por sessão.
USOS
a) Para determinar o sexo. Os japoneses usam ovos de galinha; o eixo do ovo deve estar na direção norte-sul. Se o pêndulo oscila ao longo do eixo, o ovo é estéril. Se gira em círculo no sentido horário, é um macho; no sentido oposto, uma fêmea. Consegue-se 99% de êxito.
b) Em criminologia. É possível determinar o sexo de um criminoso com uma gota de sangue, de saliva, um cabelo ou uma unha.
c) Encontrar pessoas desaparecidas.
d) Detectar doenças.
e) Encontrar água, petróleo ou minerais.
f) Na agricultura, para detectar doenças nos vegetais.
Em nosso próximo artigo, narraremos algumas experiências relacionadas com este tema.
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Antes, porém, cabe advertir que os fenômenos psíquicos não se apresentam isolados e sim misturados, de modo que muitas vezes é difícil determinar com exatidão a natureza de uma experiência psíquica. Nestes artigos, vamos descrevendo os fenômenos separadamente, para analisá-los e compreendê-los; no final, estaremos mais capacitados a analisar e compreender em sua totalidade uma experiência de natureza paranormal.
A ‘Xenoglassia’ foi observada e estudada por um cientista chamado Charles Richet, que foi professor de Fisiologia e Prêmio Nobel em 1913.
Ele foi um dos pioneiros da parapsicologia e, juntamente com o Dr. J.B. Rhine, é tido como o pai dessa disciplina.
O termo ‘Xenoglossia’ vem de ‘Xenos’, que significa ‘estrangeiro’, e ‘Gloto, que quer dizer ‘falar em línguas ou empregar linguas’. Também se denomina ‘Glossolalia’, equivalente ao dom de falar em línguas estrangeiras. Algumas vezes o ‘dotado’ como veremos mais adiante num exemplo, em vez de falar em línguas conhecidas, inventa novas línguas, e então o fenômeno se denomina ‘Pseudo-Xenoglossia’.
A ‘Xenoglossia’ pode, no entanto, manifestar-se em outras formas. Foi classificada em: Escrita, também chamada de Psicografia, que é conhecida como escrita automática. Falada, que é propriamente a ‘Xenoglossia clássica’, e por meio do movimento de objetos para dar respostas de ‘sim ou não’ às perguntas que se fazem ao dotado. Estas três modalidades de ‘xenoglossia’ podem ser mecânicas ou automáticas, ou podem se manifestar de modo inteligente.
A ‘Xenoglossia’ pode se manifestar ou expressar por meio de transes, traumatismos ou em forma experimental através do hipnotismo.
As respostas podem ser inteligentes sem que o ‘Sensitivo ou Dotado’ entenda o sentido do que diga.
Como se explica esse fenômeno?
Na verdade, encontram-se muitas pessoas que, de repente, em condições já descritas de transe ou depois de terem recebido uma pancada na cabeça, etc., começaram a se expressar em línguas estranhas que nunca haviam estudado, ou então começaram a escrever com sinais estranhos ou numa linguagem estrangeira, e às vezes em seu próprio idioma.
Os parapsicólogos dizem que esses fenômenos são de tipo mecânico, pois repetem-se palavras ou frases aparentemente esquecidas mas que estão no arquivo do subconsciente. [Lembre-se o que foi explicado em artigos anteriores sobre a pantomnésia].Além disso, s o ‘Sensitivo’ está em transe, torna-se HIPERESTÉSICO e pode extrair informação da mente dos consulentes ou das testemunhas. Outra possibilidade é que também comece a receber informação por via extra-sensorial, fenômeno que estudaremos mais adiante. Já começamos a nos dar conta de como os fenômenos paranormais se vão misturando e de como as experiências psíquicas vão então se complicando.
No caso da ‘Xenoglossia por meio do movimento de objetos’, como por exemplo, vasos, pêndulos, mesas, etc., trata-se de uma forma pela qual se manifesta automaticamente a atividade interna inconsciente. Um exemplo claro desse fenômeno é a chamada “Mesa Ouija”, onde estão distribuídos as letras do alfabeto e os algarismos de 0 a 9. Coloca-se um copo emborcado no centro da mesa e várias pessoas põem sobre ele o dedo indicador; faz-se uma invocação ou oração e de repente o copo começa a se deslocar rapidamente, sem que ninguém aparentemente o esteja movendo. Ao se fazerem perguntas, o copo começa a se dirigir para letras e números, e com isto vai construindo uma resposta coerente e que em geral satisfaz a curiosidade dos presentes. Há tendência a crer que quem transmite a mensagem é alguma entidade que já não se encontra no plano terreno e, no final dessa mensagem, aparece um nome estranho que é identificado com essa entidade.
Esse fenômeno deve ser analisado com muito cuidado, pois quando é praticado por pessoas muito sugestionáveis ou crianças, pode causar muito dano, inclusive doenças, pânico, e sofrimentos. Os parapsicólogos sustentam que as mensagens são produzidas pela pessoa mais sensitiva do grupo, que mantêm o dedo no copo. Como esse individuo se tornou hiperestésico, extrai de seu próprio conteúdo pantomenésico as respostas às perguntas, assim como pode extraí-las da mente de seus companheiros. Por que, então, o suposto agente informante se identifica com um nome raro? Para nós, que temos estudado as faculdades de nossa mente, isso não é precisamente raro e, sim, comum. Nosso subconsciente tende a se acomodar ao ambiente, e também a transmitir mensagens através de dramatizações, geralmente por meio de sonhos, o que estudaremos ao considerarmos as precognições. Costuma-se chamar tudo isso de “Talento do Inconsciente”. Talvez você mesmo tenha tido a experiência de estar perplexo ante uma situação ou um problema que não consegue resolver, e um belo dia acordar feliz porque sonhou com a solução.
Agora consideraremos duas situações observadas no campo paranormal, que nos esclarecerão muitas dúvidas a respeito da “Xenoglossia”.
FALAR EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Primeiro, vem o caso de um menino que, depois de ter recebido uma pancada na cabeça e ficado inconsciente, começou a dizer frases numa língua estranha. Alguém teve a impressão de que eram palavras em chinês e concluiu que provavelmente havia morrido algum chinês na cidade, que se tinha incorporado no menino. Chamaram então alguns chineses que tinham uma lavanderia ali perto. Quando eles ouviram as frases do menino, começaram a rir e, quando lhes perguntaram por que riam, disseram que o menino estava dizendo coisas indecentes. O fato é que aquele menino brincava com os filhos dos chineses e, embora não entendesse o que eles diziam, sua mente subconsciente tinha gravado as frases e estava então repetindo. Neste particular, deve-se notar que, no passado, todos os médiuns ou pessoas em transe falavam em latim, mas os médiuns modernos não o fazem porque agora a missa é rezada no idioma do lugar e eles têm o latim em seu conteúdo pantomnésico.
Em segundo lugar, temos o caso de uma médium chamada Helen Smith. Consultada por uma mãe angustiada que tinha perdido seu filho, disse-lhe que o jovem estava no planeta Marte, mas que não podia lhe dar detalhes porque não conhecia o idioma marciano. A mãe continuou visitando-a e, passados seis meses, a médium tinha elaborado um idioma ‘marciano’. Mas uma pesquisa séria por parte de um filósofo chamado Dr. Floumoy, demonstrou que se tratava de uma ‘fraude inconsciente’, de modo que tudo o que ela dizia era uma modificação, palavra por palavra, d um livro em francês que tinha lido quando era muito criança e que tinha arquivado em seu conteúdo pantomnésico.
Mas nem tudo é negativo. Essa força pode também ser aproveitada para resolver problemas ou situações difíceis. Já explicamos como nossa mente interior pode nos ajudar a resolver alguma coisa. Acredita-se que alguns artistas compõem suas obras, ou pintam, em estados de semitranse que lhes proporciona maior inspiração.
Em outras palavras, nunca devemos pressionar nem exigir demais do nosso subconsciente. Se temos uma preocupação e manifestamos sutilmente a ele que precisamos de seu auxilio, ele nos ajuda. Mas se o pressionamos demais, se lhe fazemos perguntas muito complexas, etc., para nossa satisfação, ele nos diz qualquer coisa, inclusive uma mentira.
A RADIESTESIA
Trata-se de uma técnica que permite perceber as radiações da natureza mediante varinhas ou pêndulos [meios físicos], ou por condutores humanos paranormais. O termo vem do latim ‘radius’, raio, e do grego ‘aisthesis’, sensibilidade.
Na antiguidade era conhecida como ‘Rabdomancia’ e é um tema que aparece nos baixos-relevos do Egito Antigo. Numa representação do imperados chinês ‘Kwang Su, de 2200 a.C’., vêem-se figuras procurando água. A bíblia faz alusão à vara ou bastão usado para esse fim. O fenômeno também foi conhecido dos gregos e dos romanos.
Muitos procuram explicar esse fato por meio do fenômeno da ressonância, já que dois terços do nosso corpo consistem em água. Ao que parece, a radiação se manifesta nos músculos longos do corpo. Os animais também são muito sensíveis à água, principalmente o elefante.
INSTRUMENTOS
Os zaorís, rabdomantes ou radiestesistas, usam a baqueta ou varinha de avelã, embora empreguem também diversos utensílios, como varinhas de metal, prendedores de roupa, barbatanas de colarinho, fios de cobre, bastões, forquilhas, pêndulos, etc. Dizem que alguns até já se valeram de salsichas alemãs.
O pai da radiestesia é o abade Bouly [1865-1958] e o aristocrata da radiestesia é Henri de France [1872-1947], que, em 1910, promoveu na França os estudos sérios do tema; publicou um livro intitulado o Zaorí Moderno e, em 1933, participou na criação da Sociedade Britânica de Zaorís. O termo foi cunhado pelo abade Bagard, em 1919, e foi ele quem pôs em desuso os termos Rabdomancia e Zaorí. Na Rússia foi conseguido um progresso nessa matéria e os soviéticos chamam o fenômeno de ‘Método de Efitos Biofísicos’.
O uso do pêndulo foi adotado em fins do século dezoito, por Antoine Gerboin, professor da Faculdade de Medicina de Strasburg. Embora as reações sejam menos violentas e enérgicas do que as da baqueta, seu uso está generalizado e parece mais seguro.
Em 1919, Emile Cristophe criou o vocábulo ‘teleradiestesia’, ou ‘radiestesia a distância’. Joseph Treive [1877-1946] especializou-se na prospecção a distância. Um avanço maior seria a Radiestesia Mental.
A TEORIA de Chevreul, químico famoso, explica o fenômeno da seguinte maneira: o pêndulo ou a varinha só se move quando segurado pelo operador. Este capta a mensagem por via paranormal [sensorial ou extra-sensorial] e inconscientemente a traduz em movimentos involuntários. Supõe-se que a Mesa Ouija funciona por um mecanismo semelhante.
PRECAUÇÕES
ð 1. Evitar a auto-sugestão;
ð 2. Evitar as idéias preconcebidas;
ð 3. Não cruzar as pernas nem os braços e colocar os dois pés sobre o solo;
ð 4. No campo, não trabalhar em dias de chuva ou de muito vento;
ð 5. Trabalhar com roupa não muito apertada;
ð 6. Não usar coisas metálicas [anéis, pulseiras, relógios, etc];
ð 7. Não trabalhar depois de uma refeição pesada;
ð 8. Também não trabalhar depois de ter corrido ou se está muito emocionado;
ð 9. Trabalhar com boa iluminação;
ð 10.Trabalhar descontraído;
ð 11.Uma vez por mês, desimpregnar os instrumentos;
ð 12.Não trabalhar na presença de céticos ou curiosos;
ð 13.Não trabalhar mais de meia hora por sessão.
USOS
a) Para determinar o sexo. Os japoneses usam ovos de galinha; o eixo do ovo deve estar na direção norte-sul. Se o pêndulo oscila ao longo do eixo, o ovo é estéril. Se gira em círculo no sentido horário, é um macho; no sentido oposto, uma fêmea. Consegue-se 99% de êxito.
b) Em criminologia. É possível determinar o sexo de um criminoso com uma gota de sangue, de saliva, um cabelo ou uma unha.
c) Encontrar pessoas desaparecidas.
d) Detectar doenças.
e) Encontrar água, petróleo ou minerais.
f) Na agricultura, para detectar doenças nos vegetais.
Em nosso próximo artigo, narraremos algumas experiências relacionadas com este tema.
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[Texto de Pedro Raúl Morales]
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