24 de out. de 2009

ALIENS NAS SAGRADAS ESCRITURAS

[Uma interpretação realista das histórias que envolvem a Arca de Noé e a Arca da Aliança]

Se prestarmos atenção, a chamada civilização cristã, pelo menos aqui no Ocidente, possui dois deuses. Um deles, tal como se manifesta nas Sagradas Escrituras, notadamente no Antigo Testamento, tem todo realismo, solidez existencial e factual.

O outro, numa tremenda deturpação do conteúdo dos Evangelhos, manifesta-se de maneira abstrata, alienada, irreal e formando um conceito supostamente teológico de Santíssima Trindade:um só Deus em três pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo. Essa é uma conceituação absurda, forjada pelos próprios teólogos, em que se pretende que três pessoas distintas constituam um só deus, algo que está em total contradição com os ensinamentos de Jesus, bem claros a esse respeito.

Tomando essas reflexões como ponto de partida, e, conseqüentemente, enxergando Deus de outra maneira, tentaremos rigorosamente nos basear naquilo que Ele mesmo nos revela sobre si no “Antigo Testamento” – e no que Jesus nos apresenta em seus ensinamentos, além das inscrições de autores inspirados que compõem o “Novo Testamento”. Com essa sólida base, podemos perceber de maneira bem clara certos pontos das escrituras judaico-cristãs. Tais trechos não só podem como devem ser interpretados à luz de um novo conhecimento, e esse nos leva a CIVILIZAÇÕES EXTRATERRESTRES, MANIFESTAÇÕES UFOLÓGICAS E SERES ALIENIGENAS. Isso, sem duvida, vai constituir os fundamentos reais e autênticos não só de nossos conceitos religiosos como de nossas línguas e, em ultima análise, de nossa civilização.

Começando pelo “Antigo Testamento”, voltemos nossa atenção para um significativo acontecimento, o grande desastre ecológico conhecido como DILÚVIO, cuja universalidade ainda hoje é discutida pelos estudiosos. Além do patriarca NOÉ – nome que vem do Hebraico “NÔACH”,que significa flutuação – a figura mais importante do tal desastre é a da famosa arca, que teria sido construída a mando de Deus para o resgate de Noé, sua família e dos animais que por ali existiam.

Avançados estudos conduzidos pelo grande pesquisador e hermeneuta bíblico ZECHARIA SITCHIN, bem como por BRAD STEIGER e HADVEN HEWES, todos também notáveis UFÓLOGOS, levam à conclusão de que a arca teria sido, na verdade, uma nave submersível dotada do que as civilizações extraterrestres possuíam de mais adiantado e sofisticado do gênero, a fim de suportar as catastróficas intempéries dos supostos 40 dias e 40 noites.

Tabulas Sumerianas
Sobre essa afirmação há indícios fortíssimos em textos apócrifos, especialmente encontrados no ‘Gênesis’ e nos manuscritos de “Qumran”, assim como em referencias de textos sumérios, notadamente na epopéia de “Gilgamesh”, em particular na pessoa de “UTNAPICHTIM” - que seria Noé na versão judaica do acontecimento narrada nos capítulos 6,7 e 8 do referido “Gênesis”. Além das tabulas sumerianas, o pesquisado italiano FREDERICO ARBORIO MELLA menciona uma versão ‘hitita’ do hstórico dilúvio, também antiqüíssima, como também é a famosa “Edda Nórdica”, citada pelo pensador alemão GERD VON HASSLER em sua obra “OS SOBREVIVENTES DO DILÚVIO”, ainda sem versão disponível em português.

No presente trabalho queremos mostrar, dentro de uma linha ufológica de pensamento e interpretação, a diferença que há no texto original da “Bíblia” hebraica entre as palavras usadas para designara ARCA DE NOÉ e a ARCA DA ALIANÇA. Para isso nos amparamos mos capítulos acima citados do livro de Gênesis e no capitulo 25 do “Exodus”, a partir do 10º Versículo.

Apesar de nos textos originais estas serem palavras completamente diferentes, quando o famoso São Jerônimo traduziu tudo para o latim – “VULGATA LATINA” – ele empregou, para ambos os casos, a palavra latina ‘arca’, que assim foi traduzida literalmente para o português.

No caso da Arca de Noé, o vocábulo original hebraico usado para a referida embarcação é “HATEBÁ”, que significa uma nave submersível ou um submarino, jamais uma simples embarcação flutuante, como se pensava até o presente momento. Tal vocábulo é ainda hoje empregado no hebraico falado em Israel. Isso faz lembrar um caso análogo de nave extraterrestre apresentada simplesmente como o nome de “GRANDE PEIXE” – tradução de “dag gadol”, no original hebraico -, aquele provável submarino que recolheu o profeta Jonas, quando este foi atirado ao mar. Tal fato está narrado no Livro de ‘Jonas’, logo no início do capitulo 2.

Instrumento de Comunicação
Já em relação à Arca da Aliança, sua primeira citação no capítulo 25 de ‘Exodus”, quando o próprio Deus teria determinado a Moisés sua confecção, dando os detalhes necessários para isso. No entanto, a oalavra hebraica do texto original massorético é “ARON”, que significa uma cesta, caixa ou mesmo um engenho. Como se vê, a interpretação dada a essa palavra é completamente diferente da empregada no caso da Arca de Noé, como também tem um significado totalmente distinto.

Segundo a história bíblica, a Arca da Aliança seria uma caixa dotada de singulares características determinadas pela própria divindade. Certamente se tratava de um engenho eletrônico ou algo equivalente, tecnologicamente bem acima de nossos atuais artefatos congêneres. Levando-se ainda em consideração as ”Sagradas Escrituras”, tal caixa seria um instrumento altamente preciso de comunicação entre o plano dos ‘ELOHIM’ – mais particularmente de ‘IAHWEH ELOHIM‘, nosso DEMIURGO DE DEUS – e os seres humanos. Para alguns autores, os humanos objetos dessa comunicação seriam especificamente os membros do chamado povo eleito, isto é, os israelitas liderados por Moisés.

As singulares características da Arca da Aliança ainda insinuariam fortemente ser ela dotada de capacidades energéticas e radioativas, que colocariam num plano bem mais concreto e real que aquele puramente sobrenatural, como nos induzem as interpretações do dogmatismo teológico. Por exemplo, tal objeto teria provocado a imediata morte de OZA, narrada no capítulo 6 do segundo Livro de SAMUEL.

Baseado no próprio relato bíblico, a ARCA da ALIANÇA, sob o comando de DAVI, vinha sendo transportada para Jerusalém em um carro de boi especialmente preparado para a tarefa. Em dado momento, a mesma pendeu para a esquerda e ameaçou cair. OZA, que seguia à esquerda do carro,estendeu a mão e segurou. Neste ato teve morte imediata, como que fulminado por algo que a caixa continha ou irradiava. Provavelmente ele não estava preparado para ter contato com tal instrumento e suas emanações letais.

Outro episódio análogo ligado à mesma ARCA DA ALIANÇA – narrado também em SAMUEL, mas desta vez no capítulo 5 de seu primeiro livro –, é o aparecimento de tumores anais e um certo tipo de dolorosas hemorróidas que acometeram a população filistéia, mais precisamente da cidade de ‘Azot’ e redondezas, onde se concentrava. Tudo indica que teriam sido causadas por fortes irradiações que, pela falta de algum tipo especifico de preparação, afetaram aquelas partes do corpo dos filisteus dentro de um determinado raio de alcance local.

EXPLICAÇÃO RACIONAL
Temos nas ‘Sagradas Escrituras Jucaíco-Cristãs’, tanto nos livros que compõem o Antigo Testamento como nos do Novo Testamento, várias e interessantes narrativas que demandam uma explicação mais racional e técnica, que atendem melhor ao raciocínio do homem moderno do que as interpretações teológicas. Tais casos estão descritos em vários livros, notadamente nos escritos que compõem nosso lastro hebraico-cristão. Eles exporiam melhor à humanidade fatos relativos à existência de civilizações extremamente desenvolvidas que, sem a menor sombra de duvidas, vem nos visitando desde tempo imemoriais.

Particularmente no caso da ARCA DA ALIANÇA, ainda usando os textos originais, constamos que ambos os casos – das hemorróidas e do fulminante óbito de Oza – foram justificados como sendo causados pelo repentino acendimento da ira de “IAHWEH”, uma explicação simplista. Tal dedução parece ser um recurso da época, quando tudo tinha que ser explicado sob um ângulo pura e exclusivamente religioso, sobrenatural, sob a égide de uma intervenção divina. Como esses casos, vários outros episódios bíblicos precisam ser desmitificados – ou ‘ DESMITOLOGIZADOS’ -, o que pode ser atingido como um esforço construtivo acompanhado de recursos psicológicos, filosóficos e culturais, mesmo sob a luz de novas concepções teológicas.

Precisamos desenvolver esforços no sentido de desmistificar quadros já bem batidos, pisados e repisados por instituições eclesiásticas, notadamente as mais dogmáticas, que se julgam depositárias exclusivas das revelações feitas pela divindade e, conseqüentemente, as únicas credenciadas a fornecer interpretações “INFALÍVEIS” para os fatos bíblicos. Em nome do esclarecimento e do progresso cientifico e religioso, urge retomarmos o ponto de vista dos antigos padres gregos e latinos, como o grande ”Orígenes de Alexandria” e outros do período patrístico, que adotavam os lemas “FIDES QUAERENS INTELLECTU” = “A FÉ PROCURANDO A INTELIGENCIA”, e “FIDES QUARENS RATIONEM” = ”A FÉ EM BUSCA DA RAZÃO”. Estes devem ser também nossos lemas e o nosso grande esforço.
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[Texto de DOM FERNANDO ANTONIO PUGLIESI, estudou filosofia e teologia na Pontífice Universidade Gregoriana Romana, é bispo da Igreja Católica Apostólica Brasileira em Maceió [AL] e consultor da Revista UFO].

A ELIMINAÇÃO DAS TREVAS


Não nos cansaremos, pois, de repetir que a base da existência está no pensamento criativo. Tomaremos consciência da significação do ritmo como o dínamo subjacente ao nosso labor. Lembraremos o pacto da Luz segundo o qual, dentre todas as coisas, as primeiras em importância para nós são espírito e criação; em segundo lugar vem a saúde; em terceiro a riqueza. Entretanto, se ouvires a voz adocicada do murmurador, insinuando-se na escuridão para dizer: “Primeiro ao riqueza, depois a saúde e por ultimo a criação”, responde:”Conheço-te, homúnculo disfarçado! Novamente vistes de rastos, aproveitando que o guardião ausentou-se para almoçar, deixando a porta aberta. Mais uma vez tiras proveito da inconstância e da fraqueza humana, mais uma vez tentas reanimar a semente da traição. Não importa o disfarce que uses, nós te reconheceremos. Tua reavaliação materialista de valores te revelou, junto com tua influência desagregadora. A próxima evolução não se apóia em tuas bases,homúnculo! Verdadeiramente, teu elaborado disfarce não terá valia para ti. Sabemos sem qualquer duvida que o espírito e a criação encontram-se na base da Existência e podem ser a única salvação da humanidade!”

Penetrando vigilantemente nas leis que governam a humanidade, enxergamos centelhas redentoras em toda parte. Observemos que os homúnculos como protótipos do traiçoeiro Mime, que sonhava aniquilar o heróico Siegfried, sempre revelam suas intenções ocultas,de um modo ou outro. Lembramos quão docemente Mime solapa a vigilância de Siegfried descrevendo em murmúrios como o havia criado e educado. Ele chega mesmo a falar de feitos heróicos a Siegfried, obviamente com a intenção de apoderar-se das recompensas desse gigantesco empenho [empreendimento], enquanto pensa em matar Siegfried à traição. Mas de um modo miraculoso Mime começa a dizer, não o que gostaria de dizer, mas o que verdadeiramente pensa. Na verdade, se observamos atentamente, discerniremos as reais formulas do homúnculo que ele, mais cedo ou mais tarde, pronuncia em nossa presença.

Agucemos nossa atenção;mesmo nas pequenas coisas aprendamos a intensificar a concentração e a estarmos sempre alertas, para que no momento adequado não sejamos obscurecidos por nossos próprios pensamentos mesquinhos e nebulosos. Dizem que o criminoso sempre volta ao local do crime e acaba sendo apanhado. Homúnculos se traem da mesma forma, pois, em ultima analise, tudo que é destrutivo acaba exposto e revelado. Homúnculos temem o futuro, como tantas pessoas que se tornam atéias simplesmente para poderem rejeitar todos os pensamentos sobre o porvir.

A idéia de um “Espírito Orientador”, a idéia da “Liderança Superior” bafeja todas as eras, pois nesse conceito se encontra a oposição, o contrapeso ao homúnculo sombrio. Ao começarmos fazendo um discurso ao homúnculo desmascarado, relembramos algumas promessas da Luz que sem esmorecimento, guiam a humanidade sofredora.

Eis o que ordena a Sabedoria Oriental:

“Na construção de bases ou empreendimentos solenemente afirmados, devemos lembrar que toda construção começa de baixo para cima. Ao construirmos em nome do Senhor, só temos um caminho a tomar – aquele que leva à Fonte Criativa, o caminho da poderosa Hierarquia do Serviço Elevado; a partir dele o contato com o principio criativo impele o espírito da ratificada lei da Hierarquia. Cada construção requer um esforço para o alto. Portanto, só a lei da obediência à Hierarquia pode proceder à tensão oriunda da lei. O que é dado para o alicerce deve portanto, ser bem guardado, pois sem as pedras da fundação a estrutura não poderá se manter ereta.

“Como, então, nos ratificarmos no Ensinamento? Como devemos no aproximar da Mais Elevada Lei da Hierarquia? Somente através do refinamento do raciocínio e da expansão da consciência. Como pode o Comando do Alto ser cumprido se a ratificação de conformidade não estiver presente? Devemos ter a capacidade de aceitar a vastidão do Ensinamento. Só a conformidade permitirá que a taça seja preenchida. Vemos, portanto, que a manifestação da tolerância é digna de uma consciência ampla. No caminho para o Nós, só alcançamos a consecução através da Hierarquia. Assim, somente através do poder da Hierarquia Nós podemos transmitir o que nos é dado, portanto, todas as couraças devem permanecer puras. Como podem novas possibilidades e novas pessoas ser atraídas se não agimos em nome da Hierarquia?

“Como o Nós certamente se pode realizar pela saturação do coração. Aquele que isso alcança é privilegiado, pois a fonte do coração não secará. A imagem do Senhor centralizada no coração não ficará toldada, e a qualquer hora estará pronta para auxiliar. Este método de usar o coração é extremamente antigo, mas exige uma expansão considerável da consciência. Não se deve falar do coração logo no principio, pois é possível sobrecarregá-lo sem qualquer resultado. Igualmente, será inútil falar de amor se o coração ainda não contiver a imagem do Senhor. Mas soará a hora em que se afará necessário apontar o poder do coração. Aconselho recorrermos ao coração, não só porque ali a Imagem do Senhor é límpida, mas também por razões cósmicas;; é mais fácil transpor abismos quando os laços com o Senhor são fortes. Não é fácil, pois, caminhar sem o Senhor. Não devemos repetir em nome do Senhor com os lábios tão somente, devemos revolvê-lo em nosso coração – assim Ele não se afastará, mas será como uma imagem esculpida na pedra pelas torrentes da montanha. Dizemos ‘Cor Reale’ quando o Rei de Copas entra na habitação predestinada. Devemos nos proteger com a Imagem do Senhor.

“O fogo onipresente impregna cada manifestação vital. O fogo onipresente abraça cada ação. O fogo onipresente impele cada esforço, cada inicio – como não nos impregnarmos com o onipresente fogo! O poder cósmico que existe em cada impulso do homem, e no poder criativo, é dirigido para a criatividade consciente. Com que grande cuidado devemos colher e reunir essas energias correspondentes para a criação de um futuro melhor! Só uma luta consciente pela posse do poder de mensuração conjunta [co-mensuração] pode manifestar uma criatividade digna de progresso futuro. Depreende-se daí que cada ser que esteja no caminho para o Nós deve esforçar-se por alcançar criatividade, dirigindo conscienciosamente seu discernimento.

“Quando a consciência desperta nosso reconhecimento da necessidade de termos uma Imagem do Senhor constantemente diante de nós, retiremo-nos para um local tranqüilo e dirijamos o olhar para a Imagem escolhida. Mas lembremos de que é preciso decidir irrevogavelmente, pois a Imagem constante servirá de censura incessante em caso de traição. Após uma contemplação fixa da Imagem, fechemos os olhos, transferindo-a para o terceiro olho. Assim procedendo, receberemos uma Imagem vívida e sentiremos um tremor intenso, especialmente no coração. Em breve a Imagem do Senhor habitará inseparavelmente conosco. Podemos testar-nos fitando o sol e da mesma forma veremos o Senhor diante de nós, às vezes sem colorido, outras vezes vividamente e sempre em movimento. Nossa prece será desvestida de palavras e só o tremor do coração preencherá nossa compreensão. Assim, é possível a cada um realizar alguma coisa muito útil na vida, mas a consciência deverá corresponder.

“Como é importante preservar o fogo do impulso! Sem esse estimulo não podemos impregnar a base, o alicerce, com as melhores potencialidades. As forças aplicadas no início se multiplicam pela ação do fogo do impulso. É necessário, portanto, tentar multiplicar as Forças da Fonte Primeira. Em toda construção é preciso observar a harmonia e o dimensionamento, pois para impregnar nossos começos é necessário dimensionar as medidas dadas com as aplicadas. Fogo e impulso sustentam a vida em cada começo. Sem eles, os inícios perdem sua vitalidade. Por isso, esforcemo-nos para alcançar o Fogo ratificado, oferecido pelo Senhor. Só assim será possível alcançar a saturação ardente. Sim!Sim!sIm!


“Embarcado num navio, certo viajante teve roubada a sua bolsa, contendo todo o seu ouro, os outros todos ficaram indignados, mas a vitima sorriu e disse: ”quem sabe?”

“Veio uma tempestade e o navio naufragou. Só um passageiro foi lançado à praia. Quando os moradores da ilha consideraram sei salvamento um milagre, ele novamente sorriu, dizendo:”Eu apenas paguei mais caro que os outros por minha passagem”.

“Nunca sabemos quando as boas sementes germinarão nem quanto tempo levará para amadurecer a colheita de pensamentos envenenados. Também eles precisam de tempo para sazonar. Cuidado, portanto, como os pensamentos envenenados; nenhum deles desaparecerá sem deixar traços.

“Mas onde fica aquele país, onde está aquela hora, em uma espiga de veneno estará madura? Embora pequenas mas rascantes, farão com que não haja pedaços de pão que não nos rasguem a garganta.

“Será possível não colher o que plantamos? Que a semente seja boa, de outro modo o veneno só gerará veneno. Muito poderá ser evitado, mas o tesouro do coração é o mais precioso. O pensamento, sendo a forma mais elevada de energia, é indissolúvel e pode ser depositado em sedimentos. A manifestação de um experimento com as plantas prova o poder do pensamento. Da mesma forma, um cientista cujo pensamento esteja tenso, pode tirar da estante o livro de que necessita.

“Devemos, portanto, desenvolver o assombroso impulso do fogo que a tudo dá vida. Assim, o fogo impregnado poderá atrair todas as energias correspondentes. No cultivo do pensamento devemos, acima de tudo, nutrir o impulso ardente. Assim como o impulso criativo atrai reverberações, assim o pensamento atrai correspondências. Guardemos, por conseqüência, o impulso do fogo.

“O maior erro das pessoas é se considerarem separadas daquilo que existe. Desse conceito errôneo surge a falta de cooperação. É impossível explicar àquele que se coloca no exterior que é responsável pelo que acontece em seu interior! O pai manifesto de egoísmo já semeou a duvida e o engano para romper o elo com o tesouro da luz.

“Podemos deitar raízes no mundo do pensamento, e assim criar para nós asas no céu e nos alicerces da terra...”

Estudemos sem preconceito a história da humanidade e veremos que, seja qual for o seu disfarce, o homúnculo despreza a Luz, e odeia acima de tudo a Hierarquia da Ventura e do Conhecimento.[Bem-aventurança]. Diante dessa Hierarquia portadora de LUZ, o homúnculo começa, em sua própria confusão, a reiterar suas próprias fórmulas ocultas. Mas tudo que já foi pronunciado deixa de ser perigoso. A fina teia de trevas será instantaneamente destruída pelo fogo do espaço.

No serviço pela grande Cultura não devemos nos limitar a um programa uniforme. Todo padrão leva à tirania. A chama fundamental da Cultura será uma só,mas suas centelhas, na vida, serão extensamente multiplicadas [múltiplas], bem como preciosamente individuais. Tal como um jardineiro dedicado, o verdadeiro portador da cultura não esmagará cruelmente as flores que partilham da vida fora de seu jardim, se elas pertencerem à mesma preciosa espécie que ele zelosamente defende. As manifestações da cultura são tão múltiplas quanto as manifestações infindas de variedades de vida. Elas enobrecem a qualidade de ser, de existir. São os verdadeiros ramos da única e sagrada ‘Árvore”, cujas raízes sustentam o universo.

Se nos perguntarem que espécie de país e que futura constituição sonhamos, podemos responder com plena dignidade:”Visualizamos o país da Grande Cultura”. O país da Grande Cultura será nosso nobre lema. Saberemos que naquele país, onde o CONHECIMENTO e a BELEZA serão alvo de reverencia, existirá PAZ. Que todos os ministros da guerra não se ofendam se tiverem que ceder suas prioridades aos ministros de educação pública. A despeito de todos os homúnculos que espiam dos buracos que se escondem, cumpriremos nossos deveres para com a Grande Cultura e seremos fortalecidos pela certeza de que só restarão homúnculos como inimigos.

Nada pode ser mais nobre que ter os homúnculos por inimigos. Nada pode ser mais puro e elevado que o esforço pela criação do futuro país da Grande Cultura.

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[ Texto apresentado na Reunião dos Jovens Idealistas, New York, 1931, por NICHOLAS HOERICH]