8 de fev. de 2010

A Montanha da Salvação


Notas sobre os Padrões Arquetípicos por trás da Montanha Sagrada do Oriente, a Montanha do Graal e o “Mons Philosophorum” Alquímico.
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A essência da Montanha Sagrada como símbolo puro reside na imagem de ascensão espiral através dos níveis do SER. Na vida real isto pode ser comparado à experiência do alpinista que tenta subir a encosta íngreme de uma montanha. Ele não pode mais esperar que a trilha se curve suave e gradualmente como fazia na planície. Ao contrário, ele é confrontado com subidas íngremes que ziguezagueam sobre encostas escarpadas. Embora relativamente pequenos em extensão, esses ziguezagues do caminho exercem uma demanda considerável sobe as reservas físicas do alpinista e ele pode muitas vezes duvidar de que alcance o seu objetivo – o cume.

Essa experiência de caminhar para frente e para trás, até mesmo de às vezes ter de descer de modo a continuar subindo, nos dá um sentido claro e literal da natureza espiral de nossa ascensão através dos níveis do SER. Porque a forma espiral da montanha parece tão notavelmente próxima, em natureza, à nossa experiência de vida no caminho espiritual, a montanha tem sido usada desde tempos imemoriais como um símbolo central para a prática espiritual, através do diligente esforço do constante subir e descer pela grande Cadeia do Ser.

Desde as montanhas da Ásia Central, os altos Himalaias, até as grandes cadeias das Américas, toda cultura humana reverenciou suas próprias montanhas sagradas, na medida em que estas espelhavam a ‘grande montanha interior’ dos mundo arquetípicos. Como imagem pura na mente do Cósmico, a grande montanha do universo está sempre no “axis mundi”, o eixo sobre o qual o mundo gira. Em geral, a montanha também se apresenta circundada por um rio ou oceano circular, significando sua separação das coisas mundanas. Em seu cume repousa a cidade sagrada – “a Cidade das Muralhas Quadradas” - que simboliza o encontro dos quatro elementos da vida. No centro da cidade, como misterioso e invisível quinto elemento, ou “quintessentia”, reside o Senhor do Mundo, que zela pela evolução de toda vida com um “olho” impessoal e matematicamente exato.

Em nossa ‘Tradição' estamos bem familiarizados com essa grande montanha sagrada em sua forma alquímica, como o “Mons Philosophorum” ou “Montanha dos Filósofos”, que são também conhecidos como os “Amantes da Sabedoria”. Conforme ilustrado no famoso “Geheime Figuren”, a montanha tem sua base guardada pela figura austera de Saturno, senhor da contrição e da passagem difícil. Isto simboliza o inicio do trabalho espiritual, que é empreendido em estado de escuridão, trabalho vigoroso e penúria interior. No topo da montanha alquímica ergue-se o orbe ou coroa do Senhor do Mundo, que é freqüentemente representado como Apolo ou Júpiter, Senhores do Ouro, da Luz, da expansão e da benevolência. A ‘Tradição Maçônica’ refere-se a esta figura como o “Grande Arquiteto do Universo”. Assim, os dois Senhores da base e do topo representam polaridades opostas de escuridão e luz, dificuldade e facilidade, chumbo e ouro, as quais definem bem a natureza ascendente e descendente, em constante espiral, da subida da montanha.

A JORNADA_
A jornada montanha acima, dos domínios do Senhor Saturno àqueles do Senhor Júpiter, pode ser dividida em quatro estágios primordiais de transformação, de ‘physis’ [matéria] até ‘spiritus’.

Começamos, naturalmente, no pesado e púmbleo mundo da materialidade, o submundo da ‘nigredo’, ou ‘enegrecimento’. Este é também o reino das cavernas subterrâneas de Vulcano, deus dos ferreiros, símbolo do subconsciente profundo. No centro destas vastas e labirínticas grutas está o trono da ‘Grande Mãe de Toda Vida”, aquela que manifesta e provê o elemento material do Ser, em toda a sua glória e esplendor.

Depois de passar por este reino escuro e extenuante, embora miraculoso, podemos então ascender ao menos pesado mundo do astral, ou etérico, governado pela “Senhora Sofia”, que representa o principio da sabedoria e sapiência. Como reflexo de sua mãe nutridora abaixo, Sofia é sempre representada alimentando seus amantes, os filósofos, com o leite de seus seios. Seu reino é também aquele da lua prateada, o primeiro portal para uma consciência mais elevada. Isto é representado em termos alquímicos como a “albedo”, ou “branqueamento” da alma.

O terceiro reino da ascensão é um intermediário entre a terra de Sofia – o jardim da rosa da sabedoria – e o topo da montanha, o trono do “Demiurgo”, ou “Senhor do Mundo”. Esse estado intermediário é conhecido na alquimia como “citrinitas”, ou, “amarelamento”, e corresponde àquilo que os grandes místicos conhecem como “ a noite negra da alma”. Esta é uma terra gélida, de neve, tempestades e gelo, onde podemos tão somente esperar pacientemente que correntes espirituais profundas fluam do interior, para que a passagem para a cidade sagrada seja permitida com segurança.Por mais negro que este reino possa parecer, o “amarelado” deste período nos dá também a esperança do ouro pleno da aurora do Sol ou rei, na cidade solar acima.

O SOL VIVIFICANTE_
Quando ascendemos deste terceiro reino intermediário, com seus desertos frios e congelados, descobrimos miraculosamente uma primavera dourada no grande cimo. Há neste pico um planalto bem-aventurado, agraciado com a presença harmoniosa e geometricamente perfeita da cidade quadrada, cujas doze portas representam os signos do zodíaco e a passagem de toda vida por todas as forças vivificantes do Sol. Em certo sentido o Sol no centro da cidade é o Senhor do Mundo, que canaliza e molda as forças espirituais do Sol elétrico na forma de manifestação na Terra abaixo. O Senhor é um figura estranha e algo distante, andrógino e onisciente, conhecido pelos gnósticos como “Ialdaboath, o Demiurgo ou Criador”, o qual é o representante metafísico do Cósmico incorpóreo. O Senhor pode também ser chamado de “Mônada Elevada” – uma janela, não-espacial e não-temporal, que permite olhar para dentro do coração do absoluto. O Senhor guarda a fonte da vida, no centro da cidade. Esta fonte, que é o coração da vida, distribui a cura e a própria força vital revivificante, que é muitas vezes contida no vaso sagrado, para ser usada pelo Senhor. No mundo ocidental, faz-se referência a este vaso com o nome de “Santo Graal”.

O REI PESCADOR_

O Senhor do Mundo freqüentemente é representado nos mitos arthurianos como o rico Rei Pescador; Prester John; Melquisedeque; ou como Imperador de Sarras, a misteriosa cidade do Graal no Leste, o lugar onde o Sol nasce. Na verdade, a “Montanha da Salvação ou Montanha do Graal” apresenta um paralelo extremamente próximo ao “Mons Philosophorum”. Em essência, devemos considerar ambas as montanhas como versões ligeiramente diversificadas do arquétipo singular mais amplo da “Montanha Sagrada”. No “Parcival”, de “Wolfram von Eschenbach”, o papel do Senhor Saturno, da Montanha Alquímica, é representado por Klingsor, o Mago Negro; enquanto Kundry, a Virgem do Graal, torna-se a Senhora Sofia, e o Rei Pescador, torna-se o Rei Solar da Montanha Alquímica.

Similarmente os aspectos geométricos e mandálicos do Monte Meru das tradições hindus e budistas, a Montanha da Salvação oculta uma presença sagrada dentro de seu cume – uma passagem que se liga aos domínios supernais do Cósmico e que pode ser representada por uma aurora, erguendo-se como uma imensa coroa acima do pico da montanha.

Existindo no próprio coração da Criação e paradoxalmente em todo lugar, a Montanha Cósmica arquetípica nos proporciona um caminho cristalino, porém em constante espirilamento, para o “Absoluto”.

Voltando ao nível das montanhas terrenas reais, é importante relembrarmos os muitos paralelos entre a ascensão física – alpinismo - a ascensão espiritual – o estudante na Senda. A gravidade é uma força viva contra a qual devemos lutar nas altitudes. A própria natureza parece conspirar para nos manter seguramente aninhados nos vales sombrios abaixo, enquanto o espírito anseia por pairar nos domínios da leveza e da luz. É talvez ao mesmo tempo irônico e comovente que nossa grande fábula moderna sobre a aventura da montanha, “Monte Análogo”, a obra-prima de René Daumal, tenha ficado inacabada em seu leito de morte. A escalada da montanha interior de fato não tem conclusão, pois um topo simplesmente nos conduz ao próximo, através de todos os mundos do Cósmico e além.
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[Texto de Timothy O’Neill]

Guerreira da LUZ


Ergo-me das profundezas do meu ser,
Conscientizo-me de quem verdadeiramente EU SOU.
E assumo o meu lugar, como Filha da LUZ.
EU SOU a Guerreira da LUZ.
Discípula da VIRGEM.
Imaculada Mãe Divina.
EU SOU a LUZ do Perdão.
E guardo em mim amor intenso,
Por todos os meus irmãos.
Dos recessos de minha alma,
Eu resgato a minha verdadeira serenidade,
E vivo a minha verdadeira PAZ.
Forço agora a porta sagrada do meu coração,
Para adentrar ao limo do meu SER,
Onde reside o pulsar da minha autentica HARMONIA.
PAZ!!!
EU SOU a essência da COMPREENSÃO,
EU SOU filha DIVINA, SERENA e CALMA, em todos os momentos.
EU SOU a vibração de HARMONIA,
EU SOU a LUZ DIVINA, radiante e intensa,
EU SOU o brilho que emana, do CORAÇÃO DA DIVINA MÃE.
LUZ!!!
EU SOU filha da LUZ,
EU SOU a força da SERENIDADE,
EU SOU a compreensão deste exato momento.
EU SOU a criança eterna, virgem, intocável, virtuosa.
EU SOU livre e tenho completo domínio de minha mente,
E faço o meu caminho.
EU SOU una com a SABEDORIA ETERNA.
EU SOU pura, e tenho o poder do AMOR em mim.
DEUS!!!
A serenidade da minha mente, traduz em meu verbo,
A compreensão e opera a CURA.
EU SOU um ser mágico, sereno e opero a cura,
Porque tenho em mim, o poder do AMOR por todas as criaturas.
EU fui gerada, em um momento de intensa ternura e carinho, entre
Os meus pais, os anjos e DEUS.
Vibro em uníssono com o AMOR,
E nenhuma mente ou circunstância,
Me moverá, em qualquer outra direção.
EU SOU a Filha do AMOR
E qualquer mente que entrar na minha,
Qualquer mente que entrar na minha freqüência,
Será por mim dominada.
EU SOU PAZ,
EU SOU HARMONIA,
EU SOU AMOR,
EU SOU A LUZ DIVINA, RADIANTE E INTENSA.
EU...SOMOS NÓS!!!



ASTROMITOLOGIA_A Ciência do Tempo, do Espaço e do Cosmo


Na linha do tempo das disciplinas cientificas, a astromitologia é um campo relativamente novo, mas em rápido crescimento. Esse campo de estudo dedica-se à exploração e análise dos principais mitos históricos como representações de ocorrências astronômicas, e à tentativa de explicar de que modo esses mitos foram adotados por povos antigos como revelações sobre o tempo, o espaço e o cosmo.

A astromitologia concentra sua atenção no vasto lapso de tempo desde o alvorecer da vida senciente até meados do século XVII d.C. Desde então a astronomia tem refletido nossa maneira de pensar, tal como é, baseado nas idéias de Newton e seus sucessores do Iluminismo. Na visão moderna, o cosmo é uma coleção impessoal de “coisas” a serem descritas e classificadas de acordo com sua massa, densidade, peso, cor e radiação de energia. Essas “coisas” são vistas ocupando um dado espaço numa estrutura de tempo relativo.Caracterizamos a nós próprios como amanuenses cósmicos, registrando [o melhor possível dentro dos limites de nossa percepção] as complexas operações de um sistema intricado e em constante fluxo. Tornamo-nos “espectadores” ao invés de participantes.

Tal não acontecia com o homem antigo, que se reconhecia como participante vital num universo orgânico.

Naqueles tempos antigos, o conhecimento cientifico era a esfera reservada ao sacerdócio, disponível apenas para os iniciados. A informação era quase sempre encoberta pelo manto mitológico e sua verdadeira mensagem ou significado era compreendida por uns poucos. Infelizmente, muitos historiadores científicos modernos freqüentemente repudiam esses mitos e verdades ocultas, considerando-os como singularidades de mentes menos sofisticadas. Isto provavelmente se deve à maneira como os cientistas e historiadores de hoje são educados para pensar de modo reto, linear e seqüencial. Isto bastaria se a história fosse uma seqüência clara e ordenada de eventos impressos como pegadas nas areias do tempo. Mas não é isto que acontece.

Tentando construir uma história da astronomia, esperamos apresentar o passado tão fielmente quanto possível. Baseamos nossa apresentação, tanto quanto possível, naquilo que acreditamos seres fatos, e apoiamos esses fatos em evidências bem definidas, tangíveis. Objetos como um tablete de argila com inscrições cuneiformes, da Babilônia, detalhando posições planetárias; uma carta estelar diagonal, pintada na parede de uma tumba no Egito; ou uma ‘clepsidra’ [relógio de água] ateniense, são muito mais fáceis de se identificar, classificar e posicionar num contexto histórico do que mitos como aqueles de um ‘dilúvio universal’; Horus trespassando com uma lança a esposa de seu irmão; ou Cronos mutilando Uranos – ainda que estes mitos sejam dessas mesmas três civilizações.

E, no entanto, os mitos têm os mesmos válidos direitos de serem incorporados à história da astronomia quanto os três itens materiais mencionados. Os três mitos contêm “idéias” astronômicas, enquanto os três itens são “formas” que expressam uma ideação anterior. Os historiadores modernos preferem basear suas apresentações primeiro nas “formas” ou artefatos, e mais tarde, quase que como uma reflexão tardia, explorar as idéias que estão por trás delas. E quando se torna necessário levar em consideração “meras idéias” – idéias em estado puro – muitos historiadores as rejeitam, caso elas não possuam correlação com uma “forma”. Sem objetos físicos que lhes dêem substância verificável, os mitos são com freqüência transladados da “ciência” para a “literatura”.

Nossos métodos modernos de comunicação e nossa maneira de pensar – linear e seqüencial – nos impedem de estabelecer uma conexão adequada com o mítico. Além disso, nossa abordagem “não-insensata” da ciência, com seu dedicado direcionamento para a abertura de novas vistas e sua onipresente orientação para o “agora”, simplesmente obliterou nossa capacidade de perceber prontamente, em primeiro lugar, a base sobre a qual se funda o “agora”. Raramente a mentalidade cientifica sonda com suficiente profundidade a forma mítica, de modo a discernir o subsistente conteúdo científico, oculto sob o manto dos mitos antigos. Como se pode ver, os historiadores em geral, e os astrônomos em particular, infelizmente têm sofrido de um caso avançado de miopia cultural.

A humanidade é filha do cosmo, na medida em que sua evolução segue o curso das leis naturais manifestas. Somos reflexos das leis operativas do cosmo, e estamos física e psicologicamente impressos pela natureza e as pressões naturais, às quais temos respondido com sucesso a fim de sobrevivermos neste mundo às vezes hostil. O homem primitivo aprendeu por observação e teve de se tornar um cientista natural pela mais prática das razões: ele tinha de aprender rápido e ‘lembrar-se’ do que aprendeu, ou morreria por ignorância.

De todos os fenômenos naturais, o céu estrelado com sua repetitiva regularidade era o mais conveniente para estudo. Enquanto outros eventos naturais alteravam-se ou passavam por ciclos de nascimento, vida, decadência e morte, o céu fornecia informação recorrente e intemporal, que impressionavam o homem, tanto física quanto psicologicamente. O céu fornecia o proeminente padrão que a humanidade escolheu para imitar e também elegeu como padrão básico para suas instituições sociais - e esta escolha não foi meramente a externalização de um processo interno. Ela foi a escolha ponderada d cientistas naturais, em sua lida com as pressões da sobrevivência.

O nascer e o pôr das estrelas, do Sol, da Lua e dos planetas, ao seguirem um padrão diário e anual ao longo do céu, fornecia eventos repetitivos, dos quais se derivava uma compreensão das leis naturais. O céu era o laboratório onde experiências recorrentes podiam ser realizadas. Qualquer estrela podia ser observada em relação a qualquer estrela, numa dada noite, e na noite seguinte a relação podia ser reavaliada. Após certo período de tempo, o conhecimento empírico delineava quais estrelas eram aparentemente imóveis ou “fixas” e quais eram “andarilhas” – planetas, que mudavam suas posições contra o plano de fundo ou das estrelas ficas.

O fenômeno celeste imprimiu-se no homem. O período claro do dia era um tempo para caçar e armazenar alimento; a escuridão da noite, um tempo para se esconder dos predadores noturnos. As variações climáticas das quatro estações, por sua vez, incitava o homem à plantação de grãos, à criação de animais, à estocagem da colheita e à busca de proteção contra o inverno. As atividades espelhavam o curso observável da natureza.

As luzes divinas da esfera celeste pareciam compelir ambos, natureza e homem. Com o tempo, essas forças percebidas vieram a ser reverenciadas como deuses, e as ações desses deuses tornaram-se a base para os mitos e as teologias.

O corpo de tradição [fábulas, lendas, composições, folclore], a que comumente chamamos “mito” é um grande armazém de informações. Além disso, contém alguns dos mais profundos e abstratos conceitos e idéias sobre o macrocosmo.

Mitologia é história porque recorda eventos, entretanto não é história na acepção ordinária da palavra, pois as personagens e situações que ali figuram podem nunca ter existido. Mitologia é ciência porque investiga e exprime a natureza e sua origem, embora em sua personificação e deificação da natureza a mitologia não seja ciência, tal como esta é normalmente definida.

A astromitologia procura estabelecer uma ponte entre o homem e o cosmo. Esta ponte é o processo simbólico de que o mito é a principal expressão. E a expressão mitológica é usada pelo todo da humanidade para exprimir o simbolismo que reside em nossa herança psicológica coletiva – uma herança adquirida através de séculos de exploração e contemplação ativas, realizadas pelo cientista natural que habita dentro de todos nós.
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[Texto de: Charles C. Warren]

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MITO E FATO na CIVILIZAÇÃO CLÁSSICA
As linguagens cientificas das antigas civilizações eram suas mitologias, e todos os “fatos” eram dispostos em formas antropomórficas. Assim:

MITO: O deus romano vulcano surpreende sua esposa infiel. Vênus, num encontro com Marte, e os prende em uma rede.
FATO: Vulcano [ com muitos dos atributos de sua contraparte grega, Cronos, deus do tempo], representando o Tempo, prende uma conjunção dos planetas Vênus e Marte em uma rede, referindo-se ao aglomerado estelar chamado Hiades, localizado na constelação de Touro.

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MITO: Faetonte, filho deus-Sol, pega às escondidas a carruagem solar de seu pai para se divertir, mas perde o controle dos fogosos corcéis e se aproxima demasiadamente da Terra, ameaçando queimar todo mundo. No momento crucial, Zeus [rei dos deuses] derruba Faetonte, salvando o mundo, permitindo que a carruagem solar retorne à sua rota normal e segura através do céu.
FATO: A queda de Faetonte marca o fim da helênica Era de Ouro dos deuses, a grande era mundial quando a Via Láctea [ligando Gêmeos e Sagitário] coincidia com as posições do Sol equinocial [no Hemisfério Norte]: equinócio vernal em Gêmeos, equinócio outonal em sagitário, período em torno de 6000-6400 a.C.

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MITO:Zeus, desgostoso com o banquete canibalístico que foi lhe servido por Licaon, vira a mesa em sua fúria.
FATO: Zeus, virando a mesa, pôs fim à Era Cósmica seguinte – a Era de Prata – quando Touro e Escorpião tomaram o lugar de Gêmeos e Sagitário, na regência dos equinócios. A mesa é uma metáfora para o Mundo, segundo a compreensão dos antigos; um mundo que incluía não apenas nossa Terra, mas os domínios do espaço, abrangendo as constelações zodiacais e também os planetas que pareciam se mover contra esse fundo estelar. O tampo da mesa – a mítica Terra “achatada”, equivalente ao mundo expandido – é o reino dos seres viventes, incluindo os deuses [Sol, Lua e os cinco planetas visíveis] e a humanidade. As pernas da mesa representam os quatro pontos cardeais da Terra – norte, leste, sul e oeste – e as quatro posições do Sol que delimitam as fronteiras desse mundo metafórico, que são os equinócios de primavera e outono, e os solstícios de verão e inverno.