31 de out. de 2009

Penetrando nos poderosos arquivos do inconsciente


[Todo ser humano tem dentro de si um fabuloso arquivo de imagens e fatos vividos nesta e noutras encarnações. Acessá-lo, no entanto, requer treino e completo conhecimento de seus limites]

O vastíssimo oceano da nossa psique emerge uma pequenina ilha: o nosso consciente, do qual o ego é o centro. Ao consciente caber a atenção, a direção dos pensamentos e a elaboração mental das informações recebidas. Tudo isso forma o ego. Segundo CARL GUSTAV JUNG, ele é um dado complexo, formado primeiramente por uma percepção geral do nosso corpo, existência e, a seguir, pelos registros da nossa memória. Todos temos uma certa idéia de nossa existência anterior, em outras vidas, pois acumulamos uma longa série de recordações. Esses dois fatores são os principais componentes do ego, que nos possibilitam considerá-lo um complexo de fatos psíquicos. Sua força de atração é tão poderosa quanto a de um ímã: ele atrai os conteúdos do inconsciente e chama para si as impressões do exterior, que se tornam conscientes do seu contato – que, caso não aconteça, permanecerão inconscientes. O ego é, portanto, o centro de nossas atenções e desejos, o cerne indispensável da consciência.

A nossa pequenina ilha, o consciente, existe num oceano ilimitado, que chamaremos de subconsciente e inconsciente. O subconsciente, ou pré-consciente, é a camada mais superficial do inconsciente, onde se encontram as recordações que podemos evocar com facilidade, s lembranças que nos marcam bastante e que podem ser chamadas ao consciente a qualquer momento. Enfim, é o depósito das informações mais utilizadas por nós na elaboração da idéia que está sendo produzida no momento. Na psicologia junguiana,o inconsciente se divide em inconsciente pessoal e coletivo. O primeiro é uma camada onde ficam registrados os fatos que foram esquecidos totalmente, por falta de uso ou porque foram reprimidos. São recordações dolorosas de serem relembradas, impregnadas de grande potencial emotivo, mas que são incompatíveis com as atitude do consciente.

Já o inconsciente coletivo corresponde às mais profundas camadas do inconsciente, onde ficam armazenadas as imagens que não provêm de experiências pessoais, mas sim imagens universais, as formas mais antigas com que a imaginação humana procurava explicar o mundo. A essa imagens Jung deu o nome de arquétipos. Temos, portanto, em nosso inconsciente, as imagens arquetípicas que representam conceitos de Deus, de energia, de anjos ou demônios, e que ali foram depositadas, talvez, por experiências constantes e repetidas que vêm sendo vividas por nossa humanidade desde os primórdios da nossa existência. As imagens arquetípicas são encontradas com grande riqueza nos contos de fada, mitos, etc. Exemplos disso são as representações do pai, o repressor, o Zeus, o deus do trovão, o déspota, e da mãe que embala, alimenta, a Deméter que fecunda e faz brotar a vida. Para haver um perfeito equilíbrio da psique, é preciso que exista uma comunicação entre consciente e inconsciente. As pessoas que preferem viver somente no mundo da consciência, e não aceitam a comunicação com o inconsciente, vivem dirigidas somente pelas leis formais, criadas racionalmente, mas que, muitas vezes, não estão de acordo com as sábias leis universais, as quais somente o inconsciente tem acesso. A comunicação com o inconsciente é o primeiro passo para todos aqueles que pretendem estudar os fenômenos psíquicos, pois é somente de lá que poderão ser obtidas todas as informações necessárias a uma melhor compreensão da vida e do universo.

MERGULHO NO UNIVERSO
Ao contrário do consciente, que através dos sentidos limita o homem a uma percepção fragmentada do que está a sua volta, se prendendo em detalhes, o inconsciente capta tudo aquilo que faz parte do todo em que estamos mergulhados. Uma interessante representação disso aconteceu com um ‘bancário‘ que passou por uma experiência surpreendente.

Era um dia de trabalho comum quando,ao final do expediente, foi notado o desaparecimento de documentos importantes do ‘caixa’ ao lado do seu. Um colega, responsável pelos documentos que sumiram, estava desesperado:”Eles estavam aqui, bem atrás de mim! Como podem ter sumido?”

Mas os documentos não apareceram. Era preciso apresentá-los logo ou o rapaz teria que responder a um inquérito. No ultimo dia do prazo, o ‘bancário’ em questão, teve a idéia de submeter o colega a um ‘transe hipnótico’, no qual talvez se recordaria do local em que havia guardado os documentos. Como tinha feito um curso de hipnose e se achava em condições de colocá-lo em transe, os dois resolveram fazer a experiência. Em transe hipnótico, o ‘bancário’ fez com que seu colega regredisse até o dia do ocorrido. E ele começou a falar:”Estou trabalhando no caixa. O grande movimento de clientes não permite que desvie minha atenção. Coloco os documentos atrás de mim, numa prateleira para encaminhá-los no final do expediente. Vejo o servente que se aproxima...Ele pega os documentos por engano e os leva para o terceiro andar, onde os guarda numa pilha de documentos para serem arquivados... A pilha foi guardada numa caixa de papelão, que está em tal lugar, em tal andar...”

Terminado o transe, ambos foram imediatamente à procura dos documentos. E lá estavam eles, exatamente como tinha sido revelado em transe hipnótico: guardados juntamente com outros documentos, arquivados na sala e andar descritos. Esse fato fez com que o ‘bancário’ refletisse sobre nossa capacidade de perceber o que acontece ao nosso redor, mesmo que inconscientemente. “Participamos de tudo, meu colega só não foi capaz de revelar fatos que não viu”. Com isso, podemos ter uma vaga idéia de quantas informações chegam ao nosso inconsciente, uma infinidade, mesmo que não tenhamos o mínimo conhecimento consciente delas. E embora estas lembranças estejam arraigadas em nós, existem muitas chaves de acesso ao inconsciente, como sons, sabores, cheiros, etc., que podem subitamente evocá-las, transformando-as em imagens conscientes.

É nesse arquivo do inconsciente que ficam gravados todos os acontecimentos bloqueados, por algum motivo, à nossa lembrança. O grande trabalho dos hipnólogos ou terapeutas é trazer essas informações à memória, de maneira que o arquivo possa ser recuperado intacto. Sabe-se que a atividade elétrica do cérebro decai à medida que a pessoa vai mergulhando no transe. Isso pode ser registrado através de encefalógrafos. Estas variações de potencial do ritmo cerebral foram denominadas de ondas cerebrais, designadas por quatro letras do alfabeto grego, e são medidas em ciclos por segundo.
=> Em geral, 14 ou mais ciclos por segundo são chamados de ondas BETA;
=> Entre 7 e 14 são ondas ALFA;
=> De 4 a 7 são chamados ondas TETA;
=> Menos de 4 são as ondas DELTA.

Quando a pessoa está totalmente desperta se encontra no estágio BETA, plenamente consciente. Já quando passa ao estado que antecede o sono, podemos dizer que atingiu o ALFA. Ao adormecer, passa para TETA, e em sono profundo para DELTA, retornando em seguida a teta e alfa. Este ciclo leva aproximadamente 45 minutos. Os sonhos só acontecem quando a pessoa está em ALFA, estágio que tem duração de apenas cinco minutos. Dependendo do número de horas que a pessoa dorme, este ciclo [ALFA-TETA-DELTA-TETA-ALFA]se repete quatro ou cinco vezes em uma noite. Em transe, o paciente é levado a ALFA e a TETA, e à medida que a atividade de seu cérebro vai decaindo, o foco de sua consciência é gradativamente levado aos estados mais profundos de seu inconsciente, de onde, então as lembranças são resgatadas.

CENAS DE VIDAS PASSADAS
O inconsciente se comunica com o consciente através de símbolos, que chegam com os sonhos, durante os estados de profunda meditação ou em qualquer momento em que suas ondas cerebrais alcancem o ritmo ALFA. O terapeuta, em primeiro lugar, procura identificar a simbologia que chega à mente do paciente em transe, pois ela pode ser uma teatralização do inconsciente, que pretende dar uma mensagem ao consciente. Feito isso, poderá então conduzi-lo às lembranças arquivadas, que podem ter as mais diversas origens, como cenas de vidas passadas, lembranças de contatos extraterrenos, abduções, e tantos outros acontecimentos marcantes que ficam armazenados no arquivo do inconsciente. O acesso ao inconsciente é algo indispensável a todos os que procuram uma realidade maior e respostas àquelas aflições da alma. Se elas existem, é um sinal de que algum fato importante ficou retiro num cantinho muito profundo da sua psique e, seja lá o que for, todos tem o direito, como seres humanos e universais, de conhecer a totalidade de sua própria existência.
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[Texto de Márcia Villas-Bôas, estudiosa de assuntos esotéricos e diretora do Colégio dos Magos]

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ADENDO:
Os cientistas pensavam outrora que o cérebro reduzia a atividade durante o sono porque os instrumentos de gravação (eletroencefalógrafos e semelhantes) acusavam uma redução de produção de impulsos de ondas cerebrais enquanto seu sujeito dormia. Mais recentemente, entretanto, descobriu-se que na verdade, a produção de ondas cerebrais aumenta durante o sono e mesmo durante o estado Alfa de vigília. Em tais ocasiões, a energia avança para o interior e realiza diversas tarefas necessárias ao corpo e à psique.

Assim, quando alguém entra nos estados Alfa e mais profundos, as atividades da mente em relação ao corpo aumentarão. A cura, por exemplo, progride enquanto dormimos. Durante varias formas de meditação penetra-se no nível Alfa, emitindo “ondas Alfa”, quando a atenção da mente e a consciência se dirigem para o interior. Desenvolvendo-se a capacidade de penetrar neste estado consciente e voluntariamente, você pode iniciar o controle e aumentar os benefícios desta energia orientada para dentro de si mesmo. E ainda, pode-se aumentar a quantidade total de energia disponível, já que existe progressivamente menos perda por motivo de dissipação.

Exercício 1. Para Entrar no Estado Alfa

Diariamente, por alguns minutos, praticar a seguinte fórmula:

Assuma uma posição confortável (sentado, de pé ou deitado)
Olhe para cima e fixe seu olhar em um ponto qualquer de atenção e prenda-o neste lugar.
Respire 5 vezes sem esforço e de modo completo exale tranqüilamente enquanto silenciosamente vai dizendo para si mesmo, “R... E... L... A.. X... E”.
Meça a quinta respiração com uma contagem regressiva de cinco para um e feche seus olhos quando atingir a contagem um. Então silenciosamente diga para você mesmo a palavra “ALFA” (que sugerirá sua entrada no estado Alfa). Com os olhos fechados, permaneça nesse estado Alfa passivo durante dois minutos, permitindo que seu corpo se relaxe completamente, respirando com profundidade o tempo todo. Sugira a você mesmo que no final de dois minutos você retornara a seu estado ordinário, sentindo a consciência vazia, sua mente e seu corpo claros e fortes.

Usando este exercício, você eventualmente será capaz de penetrar no estado Alfa prontamente a fim de repousar (diga ao seu subconsciente que este dois minutos valerão para você uma hora de repouso), introduzindo a informação desejada em sua consciência, ou tornando favoráveis as mudanças em sua composição.
Porém, a fim de empregar este estado para libertar seu verdadeiro eu de sua programação negativa do passado e permitir a expressão de sua natureza real, você deve experimentar-se a si mesmo como consciência, separada da mente e do corpo. Experimente o exercício seguinte agora para ver quão facilmente você pode afastar-se de algumas de suas tensões e começar a fazer a separação.


Exercício 2. Para eliminar Tensões Psíquicas Negativas

1. Assuma uma posição confortável (sentado, de pé ou deitado).
2. Respire profundamente cinco vezes e deixa-se relaxar completamente com cada respiração
3. Permita que todo o peso de seu corpo caia no fundo como se você se entregasse à gravidade e penetre num estado de ser mais relaxado e mais profundo.
4. Abandone seus braços e mãos para baixo no seu lado e silenciosamente diga para você mesmo: “Agora estou me afastando de todas as tensões e venenos psíquicos negativos”.
5. Sacuda levemente suas mãos e deixe as tensões da sua mente e do seu corpo fluir de seus braços e mãos para a terra. Quando sentir que isto esta acontecendo, respire profunda e completamente, de maneira repousante e substitua essas tensões por energia e ar positivos e limpos.
Você observara que na verdade não fez coisa alguma, simplesmente permitiu que alguma coisa acontecesse criando o pensamento e entregando-se a sua realização. Empregando diariamente durante cinco a quinze minutos, este exercício pode liberar tensões profundas em sua mente e em seu corpo, permitindo que você acalma seu organismo sempre que quiser.
Estes exercícios simples ajudarão a experimentar-se a si mesmo como um ser espiritual, com uma mente e um corpo para sua expressão. A compreensão desse processo coloca você em uma posição melhor para assumir a responsabilidade da organização de suas atividades.

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[“Do Jardim do Éden à Era de Aquarius – O livro da Cura Natural”
Greg Brodsky]
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30 de out. de 2009

Relação do Pensamento com a Energia e a Massa


Os meios científicos reconhecem apenas dois estados em nossa existência relativa: energia e massa. Estes dois estados, são bem fáceis de reconhecer, porque são estados exteriores da existência. Eles podem ser comprovados pelo uso dos cinco sentidos e por instrumentos desenvolvidos pelo homem. Alem disso, graças ao gênio de Einstein, a inter-relação entre energia e massa foi claramente estabelecida.

Transcendendo a percepção dos cinco sentidos, transcendendo as possibilidade de medição dos instrumentos tecnológicos do homem, há um outro estado de existência que não é reconhecido pela ciência e que é o terceiro estado e suporte final desta existência relativa. Trata-se, nada mais nada menos, de nosso mais intimo companheiro:
O PENSAMENTO.

O pensamento é o estado interior sutil que não pode sr comprovado pelo uso dos cinco sentidos, visto que ultrapassa as limitações desses sentidos. O pensamento encerra o processo e a intenção que os instrumentos dos homens não foram suficientemente sutis para captar plenamente. Mais importante ainda é o fato de que o pensamento é o meio de provar que a energia e a massa existem. Ele permanece sublime, porque a tendência do homem é de se perder no pensamento e não de analisá-lo objetivamente.

Físicos como Newton e Einstein podem alcançar algum conhecimento dos estados exteriores da existência, a energia e a massa. Entretanto, devemos nos voltar para os ‘místicos’ para obter algum conhecimento do estado interior e sutil conhecido como pensamento.

O PENSAMENTO É ANTECEDENTE
O AVATAR, KRISHNA disse: “Do meu pensamento saem os Sete Sábios, os Quatro Anciões e,enfim, os Manus; assim dou origem àqueles que geraram todas as crianças da terra”! Isto se deve a que, se esse Homem-Deus disse a verdade, o pensamento é a causa primeira da Criação e o suporte da energia e da massa. A afirmação de Krishna é justificada pela vida, as idéias e a filosofia dos místicos e dos avatares místicos.

Por toda a história, nas lendas antigas e nas teologias, os estados da energia e da massa foram considerados tradicionalmente como sujeitos aos controle [ao comando, mesmo] dos avatares místicos. Consta que o Cristo caminhou sobre água, Krishna sustentou uma montanha num dedo e Josué fez o Sol parar. Patânjali, um santo hindu, em seus aforismos sobre a ioga, explica que todos esses feitos miraculosos foram conseguidos pelo mecanismo da concentração do pensamento.

É difícil para o indivíduo comum, não instruído nos ensinamentos dos místicos, apreender o significado do poder do pensamento, porque seus próprios pensamentos também são limitados. Seu poder de pensamento poderia ser comparado ao da energia liberada numa reação química simples. Numa reação assim, embora haja conversão de massa em energia, essa conversão é tão pequena que não pode ser medida. Mas o pensamento do místico é como energia liberada numa explosão nuclear. Nesse caso a conversão da massa em energia é mensurável, mostrando por conseguinte uma relação da energia com a massa. Analogamente, observando-se o poder do pensamento de um místico, uma relação do pensamento para com a energia e a massa pode ser reconhecida.

Poder-se-ia opor o argumento de que essas façanhas miraculosas são mitos e não fatos. Não obstante, elas foram realizadas por indivíduos cujos nomes resistiram à prova do tempo graças a sua indubitável honestidade e a sua compaixão para com toda a Criação. Os verdadeiros místicos estão completamente em harmonia com suas ações e seu ‘leimotiv’, ao longo de toda a história, tem sido que a verdade é a única força que torna o homem livre! Toma-se evidente, estudando-se a vida e a obra dos grandes místicos que a energia e a massa estão baseadas no pensamento.


O pensamento é o estado de origem sutil dessa existência relativa. Passando do estado sutil ao estado grosseiro, a energia representa o estado intermediário e a massa o estado final. Mesmo assim, esses três estados ligados entre si e, em essência, essa existência relativa é UMA SÓ e não tripla. Assim como a molécula H2O é H2O seja sob a forma de vapor, de água ou de gelo, nossa existência relativa é uma só, seja pensamento, energia ou massa. Para fins de visualização, poder-se-ia considerar o pensamento como um vapor, a energia como um pensamento condensado, e a massa como a energia congelada.

Tendo assim colocado a pedra angular de nossa existência relativa, examinemos cada estado [massa,energia, pensamento]individualmente. Além disso, examinemos o paralelismo de suas qualidades especificas. Assim como a existência relativa é descrita em três estados, estes estão subdivididos em três qualidades principais. A massa existe como sólido, liquido e vapor; a energia como potencial, cinética e radiante; e o pensamento como razão, emoção e intuição. A tabela deste artigo mostra as qualidades de cada estado e de que maneira ele é paralelo a um outro.

QUALIDADES PARALELAS DOS ESTADOS DE EXISTENCIA.

MASSA ENERGIA PENSAMENTO QUALIDADES

Sólido Potencial Razão
Grosseiro
Potencia mínima
Frio
Limitado
imóvel


Liquido Cinética Emoção
Moderado
Potente
Quente
Vagamente Limitado
Movente


Vapor Radiante Intuição
Sutil
Mais potente
Muito quente
Move-se rapidamente


SUTIL...mas potente!
Nas qualidades paralelas, como nos estados de existência, vê-se que, quanto mais a forma é sutil, mais potente é a manifestação. Por exemplo, a intuição é mais potente que a radiação, por sua vez, é mais potente que o vapor. Além disso, quanto mais sutil é a forma, mais rapidamente ela se move. As moléculas de uma vapor são rápidas, mas não são tão rápidas como os ‘quanta da radiação’, que, por sua vez, nem se aproxima da velocidade quase instantânea dos “Shyama”, nome inventado para designar a substância que constitui o pensamento intuitivo. A intuição é a qualidade mais potente nos três estados de existência. É definida como o conhecimento direto, sem prova do pensamento e da dedução racionais.

Tendo postulado que o pensamento seria o terceiro estado de nossa existência relativa, poderá então ser definida a relação que une a energia à massa? Como o pensamento é o estado mais sutil e a energia vem logo a seguir, é lógico contar-se com uma relação entre estes dois estados. Tendo-se já estabelecido que a relação entre a energia e a massa se descreve segundo a equação estabelecida por Einstein e geralmente aceita, E = MC2.

A partir dos ensinamentos dos místicos, é claro que a intensidade do pensamento intuitivo está envolvida. Isto porque os parâmetros que associam o pensamento à energia são postulados como [1]o próprio pensamento e[2] a intensidade da intenção. Graças a análise dimensional, relações foram estabelecidas e as unidades do pensamento foram desenvolvidas e analisadas.

As unidades para o pensamento são bastante lógicas, uma imagem de duas dimensões mantida durante um período de tempo. Isso assume uma orientação a três dimensões quando vem de mais de um ponto. Uma analogia nos é fornecida pela visão. Na visão por um olha não há percepção de profundidade, mas na visão por dois olhos produz-se um efeito de triangulação que acarreta uma percepção de profundidade [ três dimensões]. Consideramos a totalidade do pensamento projetado quando mesmo pensamento sincronizado de toda a Criação penetra cada átomo de massa e cada quantum de energia criada: a única diferença sendo mais um ponto de perspectiva e de campo de visão.

Tendo apresentado o pensamento como a causa e a sustentação da energia e da massa, a questão seguinte é: de onde vem o pensamento? Já abordei essa questão no começo deste artigo, ms seja-me permitido agora examiná-la com mais detalhes.

O pensamento que criou, que mantêm e que um dia destruirá este universo, vem de Deus, do Cósmico. Deus é a Existência Absoluta [a existência que não muda nunca], que é a causa, a raiz e a sustentação da existência relativa em perpétua mudança. Além disso, é a Única Consciência-Conhecimento Pura. E ‘pura’, neste caso, significa EM SI MESMA. Há UMA SÓ Consciência que brilha por toda a Criação, mas, ao fazê-lo ela projeta a ilusão de uma multiplicidade de consciência.

A titulo de exemplo, consideremos a consciência como a luz que passa por um prisma. Embora seja a mesma consciência que a luz refrata através de um intermediário[o prisma], ela se divide em diferentes cores. Se a consciência nas cores especificas projetadas olha somente para o exterior, ela se vê como diferente das outras cores e assume uma individualidade. Disso resulta a ilusão de que há mais de uma única consciência projetada.

O fato e que a existência relativa está baseada no pensamento não é tão abstrato se examinamos uma de nossas próprias experiências pessoais. Todos sonhamos, e que é um sonho se não a invocação de um pensamento? Ao sonhar, podemos ter todas as percepções dos cinco sentidos. Muitas vezes é impossível para nós, enquanto estamos no estado de sonho, fazer a distinção entre o sonho e a realidade física. O sonho só é considerado irreal quando estamos ‘acordados’.

Deixem-me ilustrar isso em escala maior. Perguntaram ao Buda:”que és tu ”? Ele respondeu: “ eu estou desperto”! Assim como nos acordamos de um sonho, o estudante na Senda, o buscador místico, desperta do sonho físico e dos estados de sono profundo, para a consciência de sua verdadeira natureza pessoal, que é uma consciência pura unificada – a CONSCIENCIA CÓSMICA.

À medida que a Consciência brilha através das mais altas formas de vida ela se torna mais e mais consciente de si mesma. Então, no ápice da Criação, a consciência do homem místico se volta pra dentro pela técnica da meditação e se torna completamente consciente. O místico alcança o “summum bonum’ da vida, que é a consciência de que ele é uno com toda a Criação. Esta sabedoria suscita a afirmação mística:”o que fazes ao mais pequenino destes seres, é a mim que fazes”.

A inclusão do pensamento como um estado de origem da existência relativa fornece ao sábio uma solução para suas análises da energia e da massa que giram em circulo. Além disso, ela abre a perspectiva para a compreensão do infinito, do tempo, dos fenômenos psíquicos e de muitas outras coisas ainda sem explicação para o não-iniciado. A busca da ciência pura é a busca da verdade e Deus é a verdade. É por isso que a ciência do homem e Deus são perfeitamente compatíveis – uma senda que leva ao destino supremo!. A razão pela qual essa compatibilidade não foi reconhecida é que nenhuma ponte pôde ser encontrada ente a ciência e Deus. O pensamento é essa ponte!
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[Texto de R.A. Ashworth]

29 de out. de 2009

A eterna busca do ser humano por seu Criador


[Em sua interminável trajetória cósmica,o homem ainda se pergunta quem o criou e para quê. E insiste em questionar sua situação na imensidão do universo:afinal, estamos ou não sozinhos?]

Quase todas as grandes religiões e tradições, através dos tempos, tem apresentado Deus como um ser, um ente, uma realidade exógena, externa, separada de nós, e sobretudo, distante e inacessível, salvo para uma minoria, um reduzido grupo de sacerdotes, pastores, gurus e feiticeiros que, de diversas formas, detém o privilégio da exclusividade na comunicação com Ele. Esse privilégio, além de outras vantagens, tem assegurado a esse circulo tão fechado um fantástico poder sobre os mortais comuns, a plebe ignara, os fiéis, devotos e fanáticos de todos os gêneros e tipos.

Tal poder foi, muitas vezes, exercido com grande voracidade e em proveito pessoal do pastor, guru ou sacerdote. A história humana neste planeta também registra uma profusão de exemplos desse poder exercido com ferocidade contra índios, hereges, pagãos, negros, ciganos e judeus. Basta lembrar da colonização européia do Novo Mundo, quando, a pretexto de espalhar o Cristianismo, os primeiros habitantes da terra foram aprisionados, escravizados e mortos. Os ‘civilizados’ chegavam ao requinte de invocar lições e ensinamentos de doutores da Igreja para justificar a violência no convencimento, e a força para converter tantos quantos resistissem ‘à cruz’ do Salvador.

Parece conto da carochinha, mas é a mais pura verdade histórica. Eles prendiam e torturavam os índios, às vezes até a morte, para que estes, supostamente, deixassem de ser pagãos. Basta lembrar a Inquisição patrocinada pela Igreja Católica Romana, que mandou queimar na fogueira milhares de homens e mulheres que discordavam, em qualquer assunto, da Sé de Roma. Instituíram a cruz como símbolo desse maravilhoso e formidável evento e deram-lhe local de destaque nos lares cristãos e, até mesmo, nos bares e salões de jogos. No entanto o verdadeiro e real significado da vinda do Mestre Jesus ao planeta Terra é infinitamente maior, mais grandioso, mais eloqüente do que a representação que nos foi passada há gerações.

O drama do ‘ calvário’, que nos comove às lagrimas, nem de longe se compara ao que efetivamente ocorreu, desde a decisão do SER CRISTICO de encarnar na Terra. O magnífico sacrifício não foi o de deixar-se crucificar entre dois ladrões, mas o de aceitar a missão de descer, e descer muito, até o nível vibracional de um planeta ainda nos primórdios de sua evolução, onde habitavam [ainda habitam?] criaturas capazes de matar um ‘profeta do amor sem limites, da harmonia e da paz’.

O grande gesto de amor e de carinho pela humanidade terrestre, da parte de Deus-Pai, o Criador, foi o de permitir que o filho se submetesse ao incompreensível e imensurável sacrifício de deslocar-se dos mais elevados planos dos universos, com inexcedíveis níveis de vibração energética, que nem sequer concebemos, para manifestar no mundo físico da forma, no universo material, denso, embrionário e ainda no processo evolutivo.

A grandiosidade desse evento jamais poderá ser satisfatoriamente descrita, sobretudo enquanto permanecemos no mundo material, aprisionados às conceituações e às linguagens limitadas. Entretanto, quando meditamos sobre a natureza divina do ‘Mestre Jesus’, podemos, ao menos, vislumbrar pela pequena fresta aberta ao mundo das idéias o que significou uma pessoa da Trindade Divina manifestar-se em carne, osso, barba e bigode, submetendo-se aos caprichos e loucuras dos romanos e às desconfianças dos seus conterrâneos, preocupados com as leis mortas, do passado, questionando-o sobre questões menores, desligados da busca da verdade.

Bem que o ‘Mestre’ resumiu tudo muito bem ao dizer, já na cruz:”Perdoai Pai, eles não sabem o que fazem”. Até hoje continuamos sem saber, ignorantes de nós mesmos e do que nos cerca. Amanhã iremos acordar para a realidade, a presença de Deus dentro de nós, de fato, de direito e de nascença. Ao contrário dos ensinamentos anacrônicos que nos afastaram da verdade, não há um Deus guerreiro, vingativo, chefe de Exércitos, nem de inimigos a combater ou derrotar. Há um Deus de amor incondicional por todas as criaturas que criou, por isso não autorizou quem quer que seja a cometer atrocidades em Seu nome, a qualquer pretexto, sobretudo o mais cínico, o de conquistar crentes ou fiéis a chicotadas ou a ferro em brasa. DEUS NÃO TEM INIMIGOS.

Com certeza, os condutores de rebanhos não acertaram na apresentação do Deus com quem apregoam ter a comunicação direta e exclusiva. Esses porta-vozes não conseguiram sucesso na descrição da imagem desse Deus, pior ainda na explicação da sua natureza. Não lograram o êxito desejado ao falar em Seu nome, ao transmitir Seus ensinamentos, queixas e Suas reclamações contra a humanidade terrestre, e ao aplicarem penitencias e castigos em Seu nome.

A ODISSÉIA TERRESTRE
O fracasso desses ensinamentos apresenta-se inquestionável. Basta olhar a humanidade inteira, o que hoje é possível graças à televisão, que despeja diariamente em nossa casa toneladas do pior lixo produzido em qualquer parte do planeta Terra. As guerras da Chechênia, de Kosavo, do Afeganistão. A fome nos países da África e no nordeste brasileiro. Os crimes do motoboy e do jovem brasileiro que disparou, sem qualquer motivo, uma submetralhadora em um cinema de São Paulo. O massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará. As crianças atingidas por balas perdidas no Rio de Janeiro. Os doentes que, diariamente, morrem nas filas dos hospitais públicos, sem socorro, sem despertar qualquer providencia no poder publico. A corrupção enraizada e endêmica na administração publica, que drena grande parte dos recursos disponíveis,que quase sempre faltam para as obras sociais. Basta analisarmos a situação das escolas publicas, onde não há vagas.

Enquanto isso, ‘socialites’ provem festinhas de aniversário para suas cachorrinhas, gastando verdadeiras fortunas e tendo amplo destaque na mídia nacional, e igrejas fazem de tudo para conquistar o ‘rebanho’ de fiéis, num vale-tudo desesperado. A lista é inesgotável e alcança as mais diversas regiões do planeta, sem exceção entre os desenvolvidos e os subdesenvolvidos, entre ricos e pobres. Basta abrir a janela e olhar em volta. Decididamente não temos um belo quadro a apreciar, salvo o da natureza que, dia após dia, mesmo apesar das atitudes destrutivas do homem, insiste em brilhar aos nossos olhos. Toda essa cruel realidade arremessa-nos às garras do medo, de tudo. E isso é o que nos leva a buscar proteção contra o que é, ou parece ser, uma ameaça. Nenhum de nós quer ser abordado na rua por um semelhante que busca uma informação ou pede esmola para comprar comida. O susto é inevitável e irritante. Evitamos, a todo custo, os relacionamentos, com medo da agressão, dos pedidos, da decepção, inevitável quase sempre, porque esperamos do outro bem mais do que ele pode nos oferecer efetivamente.

Somos tristes e infelizes nesse vale de lágrimas em que nós mesmos transformamos nossa casa, a Terra, esse lindo planeta azul, que até há bem pouco tempo acreditávamos ser um imenso deposito do lixo, produzido por nós a todo instante, em toda parte. Ao mesmo tempo, dela extraímos todas as riquezas que julgávamos inesgotáveis e, por isso mesmo, esbanjáveis, desperdiçáveis, porque acreditamos no conto de que o homem é o senhor feudal da Terra, da qual tudo pode sem nada dar em troca. É como se fosse o rei da criação, esquecendo-se que “ noblesse oblige”, a realeza impõem deveres e exige grandeza na relação com seus súditos. A odisséia terrestre não pode ser considerada um modelo de sucesso.

Ao contrário, parece óbvio o fracasso em estabelecer, na Terra, entre os homens e seres da criação, a regra da felicidade, da alegria, da verdade e da justiça. Não vivemos no melhor dos mundos, com certeza. Cabe agora perquirir: Deus errou? Seu projeto fracassou ou foi mal interpretado por seus porta-vozes ao longo da história? Esse é um falso enigma, temos que reconhecer, porque o verdadeiro Deus não erra. Ele é a sabedoria infinita, atributo da Sua natureza. É verdade inquestionável. Sendo assim, quem errou foi o deus que nos ensinaram na escola, que tem sexo masculino, é bem idoso, exigente e vingativo. Um Deus seguramente inexistente com defeitos e fraquezas, que não é o Criador, a fonte primal, a origem de todas as coisas que existem no céu e na terra. É, sim, um Deus inventado para nos intimidar e punir. Um arremedo de Deus é op que os interpretes impuseram à humanidade.

E deu no que deu.É esse Criador inventado, rabugento e raivoso que fracassou, fragorosamente. Nem a ameaça do mais cruel castigo que se pode conceber, o inferno eterno alimentado de enxofre e fogo, povoado de demônios aterrorizantes e sonorizado por choro e ranger de dentes, nem esse inferno, que nos é apresentado quando mal festejamos os primeiros quatro ou cinco anos, conseguiu evitar a mentira, a inveja, o ódio, a luxuria, a hipocrisia, ou qualquer dos pecados capitais que, de sete, sete vezes sete se multiplicaram, com as modernas tecnologias de reprodução e transmissão globalizada. De nada valeram as constantes ameaças de castigo que nos atormentam desde sempre, do tipo “ não faz isso porque Deus castiga”, “Deus está vendo”, etc. As ameaças não conseguiram nos fazer mais confiáveis, mais verdadeiros, compreensivos, melhores. Tudo que essa versão personificada, masculinizada e distante de um Deus gerente e capataz, conseguiu produzir são homens e mulheres, adultos e crianças também soterrados pela culpa, acumulada e alimentada todos os dias ao acordarmos. A mesma culpa que dá medo de sr feliz, porque na concepção de um Deus vingativo, somos todos pecadores e, conseqüentemente, não merecemos a felicidade. Isso originou a ideologia do medo e da tristeza, que nos recrimina e nos intimida sempre, porque “muita alegria é sinal de tristeza depois”. Um crime contra a vida. Inventaram um Deus triste e que não gosta da alegria alheia, pois sempre dá um jeitinho de estragá-la no melhor da festa.

Freqüentemente ouvimos as pessoas dizerem:”passamos melhor do que merecemos”. Não raramente, quando as coisas estão indo bem para alguém, lhe sobrevém um sentimento ou sensação de que algo ruim vai acontecer. Isso, quando um sentimento de culpa não a aflige, porque os outros, parentes, amigos ou colegas de trabalho, não estão igualmente no melhor momento de sua vida familiar, profissional ou financeira. Este é o estigma do pecado original, que marca em brasa cada um de nós, do útero à cova. Ou, com maior exatidão, do útero materno nesta etapa terrestre até o próximo útero, em outra etapa, porque tal estigma não é destruído pelos vermes. São diversas gerações transmitindo esse vírus letal à felicidade, que é o nosso estado natural. Não é aceitável que o Criador fonte de toda a sabedoria e glória, tenha criado seres à Sua imagem e semelhança com o objetivo de povoarem a Terra e serem tristes, infelizes, sofredores e vítimas de todos os males que conhecemos e tantos outros que desconhecemos. Isso não é possível. Algo de muito importante ocorreu no meio desse caminho, que começou no Criador e chegou até nós, homens e mulheres, que povoamos e damos vida a esse lindo planeta, também criatura de Deus.

PROTAGONISTAS,NÃO FIGURANTES

Alguma coisa desandou, deu errado e acabou nesse desajuste, que transformou o paraíso terrestre nesse inferno de dor e tristeza. Deus, o verdadeiro, o Incriado, a fonte inicial, o Criador de todas as coisas não tem responsabilidade por essa bagunça em que nós, homens e mulheres, transformamos as nossas duas casas, a interior, que é nossa alma, e a exterior, o planeta que habitamos. Chegou a hora de despertar da ignorância de nós mesmos e assumir a “parte que nos cabe nesse latifúndio” de insucesso. É o momento de virarmos o jogo que nos foi imposto por doutrinas ou ideologias anacrônicas, estabelecidas no medo e responsáveis pela doença, tristeza e infelicidade. Temos que refazer nossa ligação direta,s em intermediários, com o verdadeiro deus, que habita em nós. Esta é a única estratégia que transmutará o fracasso em sucesso, a tristeza em felicidade, os pobres filhos de Eva em filhos de Deus-Pai.

A essência divina, que é a nossa origem, nos assegurou muitos atributos e correspondentes responsabilidades. Desses atributos, um dos mais importantes para a perfeita compreensão de quem realmente somos, e o eu estamos fazendo aqui, é o livre-arbítrio. Ele não nos foi dado como prêmio ou benesse, como pensam alguns, mas como herança do Criador, porque fomos feitos à sua imagem e semelhança. É esse atributo que nos permite agir com responsabilidade, participando do processo da criação, da qual nossa existência é parte integrante e indivisível. A cada dia estamos criando alguma coisa que ajuda a compor o imenso mosaico da criação, que é eterno e ininterrupto. Não é sem razão o ditado de que “a cada hora Deus melhora”. A criação melhora.

Todos nós, ao escolher este ou aquele caminho, ao fazer ou não algo, ao acreditar ou duvidar, enfim, cada ação ou omissão nossa libera energia igual e contrária, da mesma intensidade. É a Lei da Causa e Efeito, a irmã gêmea do livre-arbítrio. Pois bem, o conceito equivocado sobre a natureza de Deus, além de tantos outros malefícios que provoca, é incompatível com essa lei universal, porque transfere para Ele toda a responsabilidade por nossas ações, como se fôssemos meros robôs, simples marionetes nas mãos de um destino arbitrário, que nos tira o poder de decidir sobre os nossos próprios atos, de participarmos do processo contínuo da criação.

Nenhum mérito haveria se assim fosse. Não adianta nos esconder atrás de uma falsa humildade que apregoa “ se Deus quiser”, para tudo por fazer, ou “Deus não quis”, para nossos insucessos, numa renúncia irresponsável a esse maravilhoso dom de Deus, o de governar a própria sina, de escrever a própria história. Desse atributo e sua conseqüente responsabilidade haveremos de prestar contas nas sucessivas etapas do nosso processo de evolução. Não se trata, portanto, de uma simples faculdade da qual podemos abrir mão, ou a ele renunciar, ao nosso talante. A vida exige a nossa participação diária e efetiva. Não é permitido esconder-se na ribalta. De tantas verdades que tenho conhecido, no estudo e, sobretudo, no convívio com inteligências de outras dimensões, a mais constante é o respeito ao livre-arbítrio do homem terrestre. Para mim, essa é a grande referência na avaliação dessas inteligências em seu contato conosco. Recuso-me a dar crédito a qualquer manifestação de inteligência extradimensional, quer seja extra ou intraterrena, que dê ordens e tende nos obrigar a isso ou aquilo, que não respeite a vontade de qualquer um de nós, mesmo em erro. A quem se depare com alguns desses ‘mandões’ aconselho cautela, porque ele está descumprindo uma lei universal, o direito natural de cada um de nós, santo ou pecador.

Nem o verdadeiro Deus desrespeita a vontade de sua criatura. Isso seria a violação de uma lei criada por Ele mesmo.

O desconhecimento do direito de nascença, herança legitima do Pai e Criador, leva o homem terrestre a cair perplexo, abobalhado diante dos acontecimentos da sua própria vida e dos seus semelhantes, interrogando-se acerca das suas causas, confessando sua ignorância a si próprio ou ao seu pastor ou sacerdote, cujas respostas, na imensa maioria das vezes, não são satisfatórias, pois insistem em atribuir a Deus, e somente a Ele, a responsabilidade pelas catástrofes e tragédias, o que não satisfaz à razão e ao bom senso. Tudo porque o homem acredita na mentira da sua exclusão, da não participação no processo diário da criação, pois crê na mentira de um Deus isolado, que governa sozinho, despoticamente. Dentro desse conceito, jamais encontrará respostas às perguntas que o atormentam. Irá render-se ao mais cruel fatalismo ou à mais radical incredulidade. De acordo com esse paradigma equivocado sobre Deus, Sua natureza, e nosso papel dentro dela, nunca saberemos por que ocorrem as grandes tragédias da humanidade, por que tantas pessoas morrem de fome todos os dias em qualquer parte do planeta, enquanto outras milhares desperdiçam tudo, porque tanta dor e injustiça. Tudo é e continuará sendo um grande enigma enquanto continuarmos na ignorância.

A solução é a convicção de que somos, efetivamente, participantes do processo da criação, que é diário, não tem fim nem interrupção, e que nossas ações e omissões criam a todo momento os acontecimentos planetários individuais e coletivos, sejam tragédias ou milagres. Necessitamos, com a máxima urgência, romper com falsos e anacrônicos paradigmas, que nos contra-põem a Deus e nos distanciam cada vez mais da fonte de toda a vida, a pretexto de reverenciá-lo ou adorá-lo. Nosso Pai não quer devoção nem contrição de ninguém, porque não necessita disso. Ele conta, isso sim, com o nosso acendrado amor ao semelhante e a todas as Suas criaturas, manifestando esse amor por atos de solidariedade e perdão. Assim agindo, estaremos atendendo ao Seu desígnio. O Próprio “Jesus” disse, em nome do Pai, que tudo aquilo que fizerdes à menor das Suas criaturas a Ele estaria fazendo, e recomendou que amássemos o próximo como a nós mesmos. Mas apesar de amarmos nosso Pai, devemos ter em mente que a devoção extremada pode fabricar fanáticos. A nossa ligação direta com Deus depende do nosso amor ao próximo e a todas as criaturas, o que nos faz participar da criação conscientemente. Para isso existimos.

Em minha terra natal, uma senhora de bom nível intelectual, esposa de um grande amigo, questionou-me duma feita, dizendo que não pedia nada a Deus porque Ele, se é onisciente e onipotente, conhece melhor que nós o que necessitamos. Não precisava de pedidos ou explicações. Estarreci-me na época, seminarista católico que era. Hoje, no entanto, reconheço o acerto da sua afirmação dentro desse conceito equivocado da natureza da divindade, que nos foi imposto através de gerações, que ela não conseguia, com inteira razão, entender as preces e pedidos. Se Deus fosse uma pessoa, existisse desligado de nós e estivesse inacessível e distante, habitando as alturas, sua onisciência e onipotência não precisariam, realmente, de nossas preces e apelos para agir, mesmo em nosso favor. Sem a nossa participação no filme da vida, sem sermos coadjuvantes e protagonistas ao mesmo tempo, não teriam sentido as nossas súplicas e queixas, dirigidas a quem conhece tudo, de todos, a todo instante, em toda parte. Seria um despropósito, um desperdício de energia, um terrível faz-de-conta, ou esse Deus seria também sádico, exigindo de cada um de nós que se esgoelasse em pedir, suplicar, sem necessidade. Não consigo entender um Deus que aprecie os pagadores de promessa maltratando-se, sacrificando-se numa solerte tentativa de chantageá-lo em busca de um evento ou resultado, muitas vezes, absolutamente em desacordo com as leis universais que Ele institui e faz cumprir.

Como ninguém desconhece o valor da prece e do pedido que o Mestre Jesus tanto estimulou em seus ensinamentos, assegurando realmente a certeza do atendimento,não podemos aceitar a figura do Deus personalizado, zangado e capataz, imiscuindo-se em cada ação nossa por uma manifestação unilateral da Sua vontade. Deus não pode ser convencido por nós de coisa alguma, posto que, além de saber tudo, a todo instante, não pode estar sujeito aos nossos interesses e humores. Rezar, orar, pedir, suplicar tem grande valor e sentido, sim, quando nos dirigimos a um Deus próximo, conectado, vibrante e sensível às nossas emoções e sentimentos, interno, do qual somos parte hologramáticas, não separadas ou dissociadas. Nossas orações, rezas e apelos, quando feitos com força e convicção, são o ‘gatilho’ que ativa e reativa o nosso campo vibratório, religando-nos com a fonte da vida, o Criador, de quem provém toda a energia que necessitamos, a todo instante, para realizar o que queremos. Está aqui o “pedi e recebereis”.

Saber pedir é fazer essa conexão com a fonte da vida, que não está distante, mas dentro de cada um de nós, permanentemente disponível para quem a procura e canaliza o seu manancial inesgotável. Esse é o verdadeiro poder da fé da oração. Esse poder é o mesmo que remove montanhas, opera cura de males incuráveis, os chamados milagres, e disponibiliza o universo a nosso favor, a qualquer hora, em qualquer circunstancia, trivial ou de maior gravidade. Todos nós, sem exceção, dispomos da força, tão glorificada na série “Guerras nas Estrelas”. Essa força é a energia do Deus-Pai, que dá vida a toda a criação e está em nosso interior, latente, a ponto de ser ativada por nossa consciência, para nosso uso. Existem vários exercícios que ajudam a ativar esse campo energético, ou de proteção, que assegura à pessoa um especial desempenho em suas atividades e nos relacionamentos. Existem pessoas já bastante treinadas que se utilizam desse mecanismo natural, não apenas para sua proteção, como também para desfrutar de uma vida menos complicada pelos pequenos aborrecimentos do cotidiano, que terminam por comprometer nosso humor.

POR QUE DEVEMOS MELHORAR?
As praticas religiosas ou espirituais adotadas pelo homem, do oriente ou ocidente, seja ele islâmico, muçulmano, budista ou cristão, ao longo de sua história no planeta, só se justificam com a exclusão desse conceito errôneo de um Deus distante e mandão. Se todas as causas, efeitos e absolutamente tudo resultasse da vontade exclusiva e despótica desse Deus fora de nós, por que o homem buscaria meios de auto-aperfeiçoamento? Para barganhar com Deus ou tentar enganá-lo? De que valeria a prática do Yoga, da meditação, do Shiatsu, do Reiki, da Cromoterapia, da Aromoterapia, de uma vida dedicada à ajuda ao próximo, entre outras coisa, se tudo terminasse na vontade arbitrária e insondável desse Deus distante, difícil de agradar? Seriam meros exercícios, sem valor algum, ou tentativas de negociar com Deus esse ou aquele resultado desejado. Todas essas práticas e muitas outras, do oriente e ocidente, para variadas crenças, gostos e temperamentos, têm a sua valia, pois possibilitam o auto-crescimento, o desenvolvimento e o despertar à Iluminação do Ser Humano. Com que objetivo? Possivelmente para conectar-se com a fonte primal, a origem de toda a vida, o eu divino e interno.

Ao propiciar o realinhamento dos vórtices de energia situados em nossos corpos, os chakras, restabelecendo a harmonia entre esses diversos corpos, nos variados planos, tais práticas permitem a RELIGAÇÃO com o EU SUPERIOR ou DIVINO, nosso CRISTO INTERNO, cuja Luz brilha com maior ou menor intensidade na medida da nossa consciência dessa realidade. Na medida da nossa certeza do Deus dentro de nós, da nosso origem divina. Não são exercícios ou práticas voltadas para fora, mas para o interior do ser em busca da sua totalidade, que também é chamada de Deus, Criador, Pai eterno. O conceito errado acerca da natureza de Deus, mantendo-o fora de nós, distante, individualizado e despótico, desvaloriza todas as práticas e exercícios espirituais, como se fossem moedas de troca com o Criador. Durante essas práticas, exercite a consciência de estar buscando a conexão direta com o Deus que habita em você.

FILHOS DE DEUS SIM SENHOR!
Realmente, fomos criados à imagem e semelhança do Criador, de quem saímos, um dia, puros e inconscientes, ou seja, sem experiência no mundo manifestado, e a quem retornaremos um dia, infalivelmente, puros e conscientes depois de vividas múltiplas e variadas experiências no universo da forma, o mundo físico. Somos partes da divindade. Nela, e com ela, vivemos todas as nossas experiências, positivas ou menos positivas, todas, sem exceção de uma única, porque o Criador abarca toda a sua Criação e nada lhe escapa. Deus está dentro de nós, e isso não é uma simples figura de retórica ou um reforço de expressão. Assim como não o é a afirmação de que à Sua imagem e semelhança fomos feitos. Deus está na Terra por nossa causa. O propósito de Deus na Terra é o homem, e basta esta razão para aferirmos a extraordinária importância de cada um de nós no plano da criação, no papel que nela desempenhamos, tenhamos ou não consciência disso agora. Isso é uma verdade absoluta, que várias estruturas de poder temporal e espiritual impediram que acreditássemos com tal. Enfatizaram, é verdade o sentido figurado, a representação, como aliás fizeram também em relação a outras verdades, que foram realmente transmitidas, mas desfiguradas de seu conteúdo e da sua força, a exemplo da mensagem do Cristo Jesus e do seu próprio sacrifício, calvário e crucificação.

Até certo ponto, é compreensível que as doutrinas religiosas que fizeram a história do homem no planeta, desde priscas eras de grande barbárie, e mesmo até à Idade Média, de exacerbado individualismo opressor dos semelhantes despossuídos de riqueza material, tenham buscado contrapor a esse poder individual dos senhores feudais o poder espiritual limitador daquela opressão, que dava aos nobres decisão sobre a vida e a morte de seus vassalos. Mesmo porque o clero estaria a salvo, detentor que era desse outro poder. Para tanto, essas doutrinas cuidaram de diminuir, de apequenar, de amesquinhar mesmo a natureza humana, o homem e, sobretudo, a mulher, considerada a personificação do mal ou do Diabo.

Não satisfeitos em realçar a grandeza do Criador, a Sua majestade e Seu poder, que a tudo e a todos se sobrepõe, os pregadores da fé não pouparam os piores ápodos às criaturas de Deus, todos filhos do pecado e, por isso, pecadores, fornicadores, assassinos, ingratos, filhos de Eva, condenados a chorar e a gemer neste vale de lágrimas, a Terra. Abastardaram o homem, apequenaram-no, tornaram-no filho ilegítimo de Deus, que deveria, certamente, estar profundamente arrependido de tê-lo criado – imaginem - a sua imagem e semelhança. De geração em geração, de catecismo em catecismo, adquirimos um triste e pérfido conceito acerca de nós mesmos com a aquisição, não menos triste nem menos pérfida de um brutal sentimento de culpa, que nos persegue desde o berço e nos faz tristes e infelizes, sem brilho, nem fulgor. E o que é pior, essa doutrina aniquiladora da verdadeira natureza do homem não conseguiu fazê-lo melhorar, nem com Deus, nem com o seu semelhante, muito menos com a sua própria vida, porque nada, nenhum conceito ou ideologia fincada no medo consegue criar algo de valioso e verdadeiro. Só o amor pode participar do processo da criação.

Quando nos referimos a nós mesmos como criaturas de barro, feitas de pó, ao qual haveremos de voltar, pecadoras e indignas do Pai que nos criou, em nada estamos contribuindo para melhorar nosso progresso espiritual, nem para nos aproximar de Deus. Confundir a nossa massa de músculos e nervos com a nossa essência e espírito, que são divinos, é método seguro e eficaz para nos determos na ignorância de nós mesmos, perplexos e abobalhados diante da criação, omissos de nossa participação no papel, que é nosso, de nascença e de direito. Essa maravilhosa verdade nos foi ocultada, ou pelo menos camuflada, ao longa da história. As doutrinas religiosas ‘esqueceram-se’ de enfatizar a nossa verdadeira origem e, sobretudo a necessidade de retomarmos o contato direto com essa fonte. As magníficas lições do Mestre Jesus, o CRISTO encarnado, sofreram igual tratamento, como apropriadamente escreveu Ken Carey em As Transmissões da Estrela Semente:

=> “Um verdadeira bomba para os governos que ocupavam o poder. As forças involutivas sabiam que se as pessoas começassem a agir com base na informação que eles [os Evangelhos]continham, sua influencia teria fim. Formularam, então, um engenhoso plano para usar o próprio poder dessa informação e impedir que fossem aplicadas. Organizaram uma vasta estrutura burocrática em torno dos ensinamentos singelos de Jesus. Mobilizaram milhares de interpretes oficiais e os enviaram às multidões, para enfadá-las, confundi-las e nelas criar preconceitos contra a mensagem do Cristo. Não importa ao mal que se adore superficialmente o Cristo, contanto que se continue a adorar de fato as posses materiais. Não importa ao mal que se dê ouvidos aos ensinamentos de Jesus, contanto que não os ponha em prática. A grande manobra para nos distrair e nos afastar da mensagem de Cristo é enfatizar o mensageiro e a mecânica da mensagem, desconsiderando a substancia daquilo que é ensinado. A grande chamada para assumirmos a responsabilidade pessoal e implementarmos os ensinamentos de Cristo na vida cotidiana ficou perdida na adoração do crucifixo e das escrituras. A mensagem de Jesus foi enterrada sob uma massa de palavreado religioso e de interpretação dogmática”.

Outro expressivo exemplo dessa manipulação e distorção dos ensinamentos bíblicos é o maior evento da historia da humanidade: o próprio sacrifício do Mestre Jesus, o Cristo. As mesmas forças involutivas, diante da impossibilidade de ocultar tal acontecimento, que estabeleceu um novo marco na trajetória do homem neste planeta, conseguiram reduzi-lo à caminhada pela via sacra, à coroa de espinhos e à crucificação entre o bom e mau ladrão.

RELEBRANDO NOSSA ORIGEM
O momento da humanidade terrestre é o de despertar e relembrar a sua verdadeira origem. A unanimidade das informações e ensinamentos que estão chegando até nós, através de seres de maior evolução na hierarquia espiritual, afirma que se impõe uma mudança de paradigma para o homem e a mulher desse novo milênio. O novo paradigma é o despertar do encanto da matéria enquanto ainda retemos as formas humanas, reunidas em torno de nós próprios durante nossa descida para este mundo físico, e retomar a consciência da nossa origem. Esse novo paradigma permitirá uma era de entendimento e colaboração entre nós, homens e mulheres da Terra, que por sua vez será beneficiada com um grande aceleramento vibracional, capaz de assegurar que a sua luz volte a brilhar no universo, o que neste momento não acontece, face às sucessivas camadas de lixo energético que a mantém opaca e pouco receptiva ao fluxo de energia vital que vem, com abundancia, desse cosmos. Isso passa pela conscientização da nossa verdadeira origem e da nossa tarefa planetária, porque o propósito de Deus na Terra é o homem. É através e dentro dele, que o Pai opera no planeta, criando, dando vida e evoluindo, pois não é estático, nem morno, tampouco está sentado em trono algum. Deus não está na Terra para ser confinado em conceitos reverentes ou devocionais, e muito menos para ser sombrio ou soturno, mas para dançar, cantar, sentir prazer em tudo que criou.

E como faz isso? Através de nós, homem, mulher, criancinha, passarinho, borboleta, planta, flor, macaco, leão, cão, gato, rios,mares, pedras e rochedos. Enfim, em tudo que compõe o maravilhoso cenário que Ele criou conosco para a evolução e o deleite Seu e de suas criaturas, nós e tudo que nossos olhos vêem. Deus está presente em cada átomo, em cada partícula subatômica, pulsando, oscilando entre as duas faces da realidade, a manifestada, ou da forma, e a imanifestada. A chave para a entrada no novo milênio, quando estará ruindo o mito do Deus isolado e distante, sujeito às nossas chantagens, vingativo e solitário no governo da criação, será a retomada da consciência do Deus que habita dentro de nós e o restabelecimento da ligação ON LINE com Ele, que foi interrompida num passado distante na poeira do tempo.

De fato, o reino de Deus está dentro de cada um de nós, e não em outra dimensão inacessível ou nas construções de cimento e madeira, feitas na tentativa de enclausurá-lo, a pretexto de adorá-lo. Dele nos distanciamos, é verdade, mas nunca nos desligamos efetivamente. O que perdemos, infelizmente, foi a consciência dessa ligação, que precisamos urgentemente retomar, readquirindo a certeza de que somos protagonistas e coadjuvantes, às vezes, no teatro da criação. Simples figurantes, nunca. Isso seria um piada de mau gosto do Onipotente, que a razão e o bom sendo repudiam. As mensagens canalizadas em várias partes da orbe terrestre, originárias de inteligências extraterrestres ou exobiológicas, enfatizam a necessidade desse despertar. As múltiplas missões desses irmãos mais evoluídos, tecnológica e espiritualmente, identificam-se como de ajuda à humanidade, para que alcance esse objetivo vital ao homem, ao planeta e a todo o universo, do qual fazemos parte.

ORA, SE DEUS QUISER ...
Essa expressão deve ser evitada, principalmente se esconde a intenção ou desejo, ainda que recôndito ou dissimulado, de transferir para o Criador a responsabilidade pelo resultado de determinado projeto ou ação nossa, ou de qualquer evento. Dentro das leis de funcionamento do universo, fixadas por Ele próprio, a toda ação corresponde uma outra igual e contrária, da mesma intensidade. Equivale dizer que Deus não interfere despoticamente, a todo instante, em nossa vida, para que alcancemos tal ou qual resultado, quase sempre muito conveniente aos nossos desejos e anseios, mas sem a devida contrapartida no mundo da verdade e solidariedade. A todo instante, pedimos essa “ajudinha” a Deus, contra os desejos ou anseios, ou contra o que é melhor para o nosso semelhante. Queremos ganhar sempre, contra tudo e todos, se necessário. A Lei da Causa e Efeito, esta sim, é a responsável pelo eventos bons e maus em nossa vida, sem exceção. Ela, como tantas outras leis universais, é obra do Criador, é verdade, e por essa razão Ele a respeita, a cumpre e a faz cumprir. Não a descumpre, como tantas vezes desejamos, quando pedimos, com toda a força de nossa alma, um resultado, um efeito, uma conseqüência, em completa dissonância com a ação ou causa que lhe deu origem, lá atrás, num passado mais ou menos distante e esquecido. Não devemos desejar, muito menos esperar, que uma má semente dê bons frutos. A uma má ação, ou omissão, corresponderá, infalivelmente, uma reação igual ou contrária, de mesma intensidade. Essa lei é irrevogável e imutável. A Deus, nosso Criador, podemos e devemos, sim, pedir misericórdia e compaixão, para que os efeitos dessa Sua lei sejam minorados, nos limites das nossas forças. Os nossos pedidos certamente podem alterar a aplicação da lei, mas nunca revogá-la. De acordo com outra lei universal, a do livre-arbítrio, temos a capacidade de, através de nossas ações, obter a suspensão da pena. Isso é a misericórdia divina. Ele dá o frio conforme o cobertor, sempre.

No inicio de tudo, antes da criação dos universos manifestados, materiais ou físicos, como vemos hoje, Deus conteve todas as coisas e criaturas, em estado potencial e, em outro momento, nele manifestaram-se na forma e matéria. O homem também estava contido em Deus, mas não com sentido de individualidade restritiva, e sim em essência, real. Nesse estado, era chamado a cumprir suas tarefas ou missões nos universos não físicos, quando então assumia um sentido de identidade própria, com características especificas para relacionar-se no desempenho de determinada tarefa ou missão dada pelo Incriado, a quem retornava, invariavelmente, após cumprida a sua tarefa, desvestindo-se de sua identidade na forma e retomando o estado potencial em Seu seio, onde permanecia até que nova tarefa ou missão lhe fosse confiada.

QUEDA OU ESCORREGÃO?
Para melhor compreensão desse estado inicial, em que somos um com o Criador, o norte-americano KEN CAREY, em seu notável e já citado livro “As transmissões da Estrela Semente”, recorre a duas expressões de uso dos indígenas norte-americanos, que são de grande ajuda. Segundo ele, no inicio, nós existimos no “nagual”, interpretado como “tudo que não tem nome”. É o tudo, o nada, todas as coisas, o vazio primal onde tudo existe em estado potencial. É o criador que envolve a criação como o mar envolve o peixe. Desse ”nagual” éramos chamados a sair e viver durante um relacionamento em seu oposto, “o tonal”, que é tudo que tem nome. É o mundo imaginário de Deus, no qual existem todas as diferenças aparentes. Ainda segundo Carey, esse mundo físico manifesto tira todo o seu sustento do “nagual”, do qual não pode separar-se, e que é um estado de repouso dinâmico, porém constante, enquanto o “tonal”, ou universo físico, está continuamente ligando e desligando, como ocorre na mais ínfima partícula subatômica e na maior das galáxias.

Todo o universo, homens, anjos, tudo que tem nome, toma forma apenas metade do tempo. Na outra metade, tudo existe na totalidade do Ser, chamada também de Deus-Pai. Dele recebemos toda a energia, o alimento e as bênçãos que necessitamos para viver. Desse estado, digamos, de bem-aventurança, de permanente e direta ligação com Deus-Pai, nós levamos uma grande queda. Mas no que consistiu, afinal, esse episódio, que quase todas as tradições religiosas registram e ao qual atribuem nossas desditas e revezes? A queda foi a perda da consciência do processo de abastecimento permanente do homem, diretamente em Deus-Pai, de toda a energia e de todo o alimento. Após a queda, o processo não se interrompeu, nem será nunca interrompido, mas não participamos conscientemente nem diretamente dele.

Nós continuamos sendo supridos pelo “nagual”, por Deus-Pai, mas não diretamente, e sim através dos alimentos vegetais, minerais ou animais. Isso porque a queda nos tirou a habilidade de oscilar conscientemente entre as duas realidades em que vivemos, limitando-nos à consciência do mundo material. Uma conseqüência nefasta desse episódio é que o homem tornou-se inconsciente do ser e consciente apenas da forma que o reveste, porque desaprendeu a DESLOCAR SUA CONSCIENCIA DA REALIDADE FISICA PARA A NÃO FISICA, do mundo da forma para a metaforma, da sua identidade para o Deus-Pai. Por que e como ocorreu essa tragédia, se até então tudo corria bem? O homem perdeu a confiança na perfeição do projeto do Criador e, por isso, deixou de confiar apenas Nele, como confiava até então.

Mas Deus está presente em cada átomo, em cada partícula subatômica, pulsando, oscilando entre as duas faces da realidade. A chave para a entrada consciente no novo milênio, quando ruirá o mito do Deus isolado e distante é a retomada da consciência do Deus que habita dentro de nós e o restabelecimento da ligação direta com Ele. As mensagens canalizadas, originárias de inteligências extraterrestres ou exobiológicas, enfatizam a necessidade desse despertar. As múltiplas missões desses irmãos mais evoluídos, tecnológica e espiritualmente, identificam-se como de ajuda à humanidade. Merecem referencias as mensagens oriundas do COMANDO ASHTAR SHERAN, através do Centro de Estudos Exobiológicos, Asthar Sheran [CEE-AS], em Salvador, Bahia, as canalizadas por BÁRBARA MARCENIAK, em MENSAGEIROS DO AMANHECER, as canalizadas por KHEN CAREY, no espetacular AS TRANSMISSÕES DA ESTRELA SEMENTE. Precisamos nos libertar, hoje e agora, desse processo engavetado nos cartórios da nossa memória coletiva, que nos impede de ir e vir livremente pelas terras distantes e alçar vôos mais altos.

Afinal, não nascemos para o pecado e nem somos filhos de pecado algum, mas de Deus-Pai, cuja presença em ação na Terra somos nós, feitos, não de barro nem de pó, mas da Sua essência, à Sua imagem e semelhança. A partir de hoje, vamos professar firmemente que não tomamos queda alguma, mas demos um simples ‘escorregão’, que nos levou ao chão, é verdade, mas não nos quebrou, nem nos destruiu, porque somos criaturas de Deus, perfeitas. A partir de hoje, vamos procurar a nossa fonte interior de luz divina, situada no lado esquerdo do peito, canalizando seu manancial inesgotável para suprir a nossa vida, que precisa voltar ao estado original de graça, sem doença, dor, fome, sofrimento ou pecado. A partir de hoje vamos repetir, a todo instante, em casa, no carro, no escritório, no estádio, onde estivermos:”Eu não sou prisioneiro de queda alguma. Sou livre. Eu acordei hoje para a Luz, para o Amor e para o Perdão.”

MÃE TERRA, IRMÃO SOL, IRMÃ LUA
O bem-amado São Francisco de Assis, canonizado pela Igreja Romana, foi aqui na Terra um modelo exemplar de filho de Deus, que após tantas e variadas experiências afastado do Pai, a Ele retornou, rompendo com velhas estruturas, que o aprisionavam, para realizar um trabalho e legar uma obra espiritual e social que os séculos não destruíram. Seguramente, o bem que plantou foi infinitamente mais frondoso que os erros e deslizes que antecederam a sua descoberta de Deus e a conexão direta com Ele. Assis foi compassivo por excelência, e essa compaixão o tornou capaz de falar com Deus, com os animais, com as plantas e com a Terra, o Sol, Alua, e a chuva. De todas as criaturas dizia-se irmão e assim as tratava. Mãe Terra, irmão Sol, irmã Lua. Esse tratamento não decorria de uma atitude piedosa, muito menos de uma postura piegas, longe disso. O amor e a compaixão em Francisco eram virtudes positivas, no sentido de convicção e ação. Daí, porque acreditamos que ele tinha perfeita consciência e certeza de que todas as criaturas, sem exceção de nenhuma, são filhas do mesmo Deus-Pai, dotadas de uma única essência, que as credencia ao papel de irmãs na obra da criação, diferenciando-se apenas na identidade da forma, no nível de consciência que cada uma apresenta, no seu particular estágio de evolução.

E sendo irmãos, a eles dispensemos o sentimento e o tratamento de irmãos. O pensamento ecológico e a inspiração divina para a humanidade do século XX conseguiram dissipar a ignorância mais robusta, que através de gerações permitia considerar o planeta como alguma coisa sem vida, que somente servia de morada para o homem, que, não obstante, tratava-o como um imenso deposito do lixo. Felizmente, já se disseminou terra afora a consciência de preservação de seus recursos naturais, que exigem ações governamentais efetivas. Essa mudança de consciência, louvável sob todos os aspectos, deve constituir o primeiro passo para uma compreensão mais abrangente do que é realmente a terra que pisamos, da qual recebemos toda a energia, a força e a luz indispensáveis à nossa vida. Não há um único corpo, manifestado no universo da forma, nos vários planos da criação, que não tenha sido precedido de uma decisão, para tanto, de um Ser consciente.

“Natureza morta” é uma infeliz expressão que não reflete a realidade do processo da criação, onde tudo e todos tem vida, admitindo-se apenas variados níveis de consciência entre todas as coisas e criaturas, que as fazem parecer diversas e isoladas no mundo fenomênico ou sensível aos cinco sentidos. Apesar das aparentes diferenças, que impressionam nossa visão e o tato, a vida pulsa e vibra num cristal de rocha, como pulsa e canta num beija-flor, numa rosa orvalhada, nas águas de um rio, como numa frondosa mangueira no quintal de casa. Estamos envoltos no oceano da vida, como peixes, e nele encontramos todos os nutrientes que nos deixam vivos, saudáveis e felizes. É um oceano de energia, dinâmica, vibrante, incessante, que interpenetra todos os nossos circuitos, em corrente contínua, e que nos mantém ligados e brilhantes. Essa mesma energia nos foi fornecida, sem cortes nem interrupções, mesmo quando atrasamos o pagamento da conta, isto é, mesmo quando dela não temos consciência, fingimos ignorá-la ou a desperdiçamos, atentando contra a própria saúde, pelas mais variadas formas.

Essa energia gera a fonte primal, aa origem, o Criador, Incriado, o Deus-Pai, nosso Deus, que é ela própria. Como energia, após gerada, é transmitida à toda a criação e distribuída através das estações rebaixadoras – os planos ou níveis da criação – e dos transformadores que modulam a freqüência que cada um de nós pode suportar. A energia não é boa nem má em sua origem, porque em Deus-Pai, nada existe que não seja perfeição absoluta, que exclui a conceituação polarizada de bem e mal, bom e ruim. Ao passar pelo “transformador” de cada criatura consciente, aí sim, essa energia perfeita, pura e total pode encontrar alguns desgastes nos cabos condutores, que dificultam a sua passagem, retardando-a ou, em casos mais sérios, impedindo-a de chegar a todos os ‘pontos’ do corpo dessa criatura. Os desgastes, maiores ou menores, são os espíritos malignos, assim entendidos todos os sentimentos ou emoções de baixa freqüência vibratória que permitimos que habitem nossa casa, nosso corpo, como o ódio, a mágoa, o ressentimento, a vingança, a culpa, a inveja, o ciúme, etc.

Ao retardar o fluxo contínuo de energia, os pequenos desgastes da fiação causam mau funcionamento do ‘ponto’, de determinado órgão, que adoece. Persistindo o desgaste, ele termina por impedir, totalmente, que a energia chegue até aquele órgão, causando-lhe a morte. A doença é causada pela dificuldade, ou interrupção, no fluxo de energia que nos mantém saudáveis. Daí é possível inferir que o mal e suas manifestações, a doença, a dor e o sofrimento, não passam de ausência de energia. Não tem existência real nem são obra do Criador. O que habitualmente chamamos de energia ruim é a sua ausência ou negação. Quando os magos ou feiticeiros atentam contra a vida ou integridade de alguém, desejando-lhe o mal, outra coisa não fazem senão tentar interromper o fluxo energético para aquela pessoa, como um todo, ou para determinado órgão do seu corpo físico ou mental, na expectativa que lhe advenham dificuldades, ou sobrevenha a doença ou morte física.

MANIPULAÇÃO DE ENERGIAS VITAIS
O homem é quem manipula a energia e a utiliza para o bem ou para o mal, para si ou seu semelhante. Vale ressaltar que o mau uso da energia contra um semelhante é o pior erro [pecado] que o homem pode cometer, do qual lhe advirá inenarráveis conseqüências cármicas. Muitos de nós, cujo sofrimento compadece a todos e parece inexplicável, resgatam o gravíssimo erro desse mau uso da energia vital, em encarnações anteriores. Esse é o pecado contra o Criador, que é a própria vida de que falam os Livros Sagrados. Se todas as criaturas, da partícula do átomo à maior das galáxias, existem nesse oceano de energia, que tudo envolve e nada lhe escapa, e que é a própria vida, quem pode duvidar que a nossa mãe Terra, que o nosso irmão Sol, que a nossa irmã Luz, além de outros corpos celestes, são seres vivos?

A Terra, o Sol e a Luz fornecem todo o alimento, todos o abrigo, todo o calor, a luz e a energia que recolhem da fonte e repassam a cada homem, cada mulher, cada animal, cada planta, cada ser manifestado, na medida correta da sua necessidade, num processo ininterrupto e perfeito, todos os dias, o tempo todo. E não são seres vivos? Como absorvem e repassam toda a energia da vida? Alguns povos da Antiguidade, que deixaram fantástico legado de cultura e saber, tratavam a Terra, o Sol e a Lua bem melhor que nós, os civilizados do Século XXI.

Mas não é necessário culto ou sacrifício em favor dos irmãos astros, até porque isso não engrandece o Criador, apenas aquieta alegra a alma de quem o faz. O que dignifica a criação é a nossa participação consciente no seu processo infinito, sem fim nem começo, com todas as nossa experiências - melhor que sejam as mais altruístas. Essa participação consciente eleva-nos ao papel de co-criadores, que nos foi destinado desde o inicio e nos faz interagir com a mãe Terra, o irmão Sol e a irmã Lua, de igual para igual. Ao homem que readquirir essa consciência de co-criador, certamente, um mundo infinitamente mais bonito será revelado. Ele descobrirá, extasiado, a verdadeira Terra, o verdadeiro Sol, a verdadeira Lua, ou, o verdadeiro ser atrás de cada um. Amar a Terra, o Sol e a Lua, bem como toda a obra da Criação é um salutar exercício para a conexão direta com o Criador.

Em Deus não existe passado de culpa a resgatar, nem tampouco futuro a realizar. Somente o eterno agora. Assim sendo, é um espantoso desperdício de tempo linear, ou faz-de-conta, alimentar a culpa pelo erro de ontem e a promessa de corrigi-lo de hoje a sete dias. Nada existe fora do momento, além da fantástica ilusão que nos mantém reféns de um passado de erros e um futuro desconhecido, por isso mesmo atemorizante. DEUS É AMOR. Ele não criou o ódio nem a vingança, ou qualquer sentimento ruim. Tampouco vive nos espreitando para flagrar nosso erros, nossas falhas, sempre perdoadas, setenta vezes sete vezes, até atingirmos a perfeição. Aí então, o livre-arbítrio não será mais necessário, pois somente optaremos pelo AMOR. Isso é mesmo possível? Não há duvida. É apenas uma questão de tempo. Deus não é único no sentido da ilusão de que é uma pessoa que governa sozinho a criação. É único porque é a única realidade, que dá origem a todo o resto, o começo e fim de todas as coisas.
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[Texto de Luiz Henrique J.Almeida]
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ð Uma concepção errônea de Deus é o mais sério dos entraves de que alguém pode padecer [ C.W. Leadbeater]

ð O poder divino que está em todos nós não se oferece nem se recusa. Nós é que o assimilamos ou rejeitamos [Annie Besant]

ð Deus é absoluto e fora Dele nada existe. De tudo que há, nada existe que não tenha sido criado por Ele [Filosofia Seicho-No-Ie]

ð Deus é o mesmo para os habitantes da Terra e os de outros planetas deste universo, que Ele também criou [Asthar Sheran]

ð A busca de Deus é, em verdade a busca de nossas origens e destinos. Sem Ele, seja o que for, nada somos. [Erik Von Daniken]


27 de out. de 2009

Esoterismo Científico ou Cientificismo Esotérico?



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[O eterno embate entre correstes de pensamento que regem a divina experiência humana divide personalidades e talentos em lados opostos, num grande desperdício para o futuro da humanidade]

Quando os ventos da historia mudaram de rumo e deixaram para trás a estrutura feudal típica da Idade Média, o então emergente capitalismo mercantil exigiu posturas e atitudes que pudessem proporcionar sua completa instauração, sua demarcação estratégica e seu expansionismo ilimitado. Muito do ‘poder’ foi tirado e copiado das instituições religiosas, por estarem criando obstáculos ao livre transitar dos ideais burgueses. Dessa forma, este poder passou para as mãos dos monarcas absolutistas, vaidosos e interessados nos títulos de nobreza, de direito e de fato, mesmo que para isso tivessem que patrocinar e fomentar a ganância monetária dos mercantilistas.

Esta conduta serviu, e muito, para o desenvolvimento de toda a estrutura marítima da época, que sem duvida era a principal forma de comunicação e de comercialização de mercadorias e capital, além de ser um poderoso meio de exibir a ‘força’. Essa nova concepção sócio-político-econômica,que viria a ser chamada de capitalismo, demandou avanços em todas as áreas, visando a maximização dos lucros, da conquista de mercados e do poder. Enfim, tudo o que fosse necessário para favorecer o domínio da nova classe dirigente. Foi justamente nesse contexto que surgiram as ciências naturais. Elas buscavam respostas a muitas das inquietudes que, durante séculos, estiveram atreladas aos chamados ‘desígnios divinos’.Somente aos poucos é que os homens decidiram trazer às suas mãos essas respostas, em benefício próprio, utilizando-se do místico e sobrenatural para conseguir a obediência dos ainda em estado de ignorância.

Através da observação do entorno e da constatação de um determinado problema, a busca pela solução, através de um processo empírico de experimentações sucessivas, acabou gerando a formulação de um conjunto de hipóteses para a explicação e solução de problemas. E havendo uma generalização nos resultados obtidos dos experimentos, o que era hipótese passava a ser lei ou teoria e o problema original se via inserido num ciclo completo de análise. Estava criado, assim, o método científico de análise e solução de problemas. Desde então, ele tem sido considerado a baliza mestra sob a qual todos devemos nos basear, principalmente quando nos deparamos com um determinado problema.

NOVA CONTEXTUALIZAÇÃO DA VIDA
Graças a este novo conceito, e a sua massiva difusão e aplicação, passamos pelas transformações mais rápidas e radicais da história das civilizações, chegando aos dias atuais no ápice do desenvolvimento tecnológico. Contudo, isso aconteceu em detrimento de nossa evolução espiritual, pois o domínio da tecnologia passou a ser o aspecto social mais valorizado – um terrível lembrança do domínio do ainda sobressalente capitalismo. No entanto, se por um lado as ciências naturais tiveram êxito na recontextualização da vida, do mundo e do universo material, por outro, fracassaram profundamente no que tange aos aspectos relativos eminentemente à essência humana. O homem é mais complexo do que o restante dos seres vivos, do que a natureza, e até mesmo, do que os corpos celestes. Chegamos ao final do século XX em plena crise da modernidade, quando descobrimos que as ciências naturais, que desenvolvemos para obter respostas e soluções a todas as nossa fraquezas, não foram capazes de cumprir fielmente esses objetivos. Por quê? Porque para entendermos o homem precisamos avaliar de forma mais abrangente não somente ele, mas também outros tipos de variáveis.

As recentes ciências humanas [Antropologia, Sociologia, Psicologia, Semiologia, etc] nos mostram a realidade de aspectos ditos não científicos, imersos no universo das relações humanas. Mais do que aspectos quantitativos, o estudo do comportamento humano envolve matizes qualitativos. Assim sendo, a UFOLOGIA ou OVINOLOGIA [Estudo do Fenômeno UFO] jamais será encarada como uma ciência oficial, uma vez que envolve nuances e aspectos que vão além dos limites físicos das ciências naturais. Como objeto de estudo,o fenômeno UFO refere-se a muito mais do que uma simples observação de luzes estranhas ou de um disco voador, e resulta em um debate extremamente sério e complexo sobre o acobertamento de informações por parte dos governos. E muito mais importante do que o concernente ao que ‘vem de fora’, o extraterrestre, é o que representa para a humanidade como cultura: esse encontro de diferentes civilizações, que seguramente envolve fatores e aspectos que estão além do cogitar comum.

Nos outros encontros ‘domésticos’ que pudemos presenciar – Colombo e os índios, Cortez e Montezuma, Pizzaro e Atahual – vimos, a complexidade das relações estabelecidas, próprias das diversidades, entre as culturas. Entre nós, humanos terrestres, mal logramos consensuar normas básicas de sobrevivência como espécie. Somos uma verdadeira ‘sopa de culturas’, cada uma representando como ingrediente, permeada por um fluido unificado, do qual quase nada sabemos. Considerando-se esse cenário, não seria mais racional e profícuo ponderarmos e procurarmos nos situar melhor no palco da vida, avaliando e estudando melhor nosso roteiro, corrigindo as falas e gestos? Dessa forma poderíamos desempenhar nosso papel de maneira adequada, e ainda entenderíamos um pouco mais desta obra-prima chamada ‘vida’ e suas relações no universo. Está feito o convite! Depois não poderemos dizer que não fomos avisados, que não sabíamos do jogo. Por acaso tentamos entender para que serve o jogo, afinal? Será que não perdemos muito tempo tentando entender as regras em vez de aproveitar as oportunidades que se apresentam, para depois tentar compreendê-las?

Nos debates psicosociológicos atuais, muitos deles encontrados em listas de discussões na Internet, duas são as correntes principais por onde se canalizam as idéias sobre qual deve ser a postura de estudo e conhecimento do desenvolvimento humano e tudo o que dele deriva:

 uma é a Ciência;
 e o outro - é o Misticismo ou Esoterismo.

Seus conceitos têm três limitações:

 Primeiramente, não representam todas as possibilidades de expressão e avaliação, e considerá-los assim é o mesmo que limitar as possibilidades de conhecimento. E duvidar ou rejeitar uma hipótese é limitar o estado de consciência.

 Em segundo lugar, são conceitos parciais, em transição e de significação variável, dependente da conotação e referencia que se atribua a estes conceitos.

 Por fim,seus porta-vozes, isto é, seus defensores e propagadores, estão, em sua maioria, muito aquém de uma real formação acadêmica e pessoal em ditas correntes. Na maioria dos casos, o que é verbalizado não corresponde à conduta adotada por essas pessoas.

Na Ufologia a situação não é diferente. Pelas verdades pessoais de alguns poucos, o grande fluxo do estudo, análise e debate dos enigmáticos discos voadores foi dividido em duas frentes antagônicas e adversárias: a científica e a Esotérica ou Mística.

Os defensores da primeira acusam os da segunda de ‘pouco científicos, incoerentes, isentos de provas, delirantes, fantasiosos, farsantes e ingênuos’.

Os defensores da segunda acusam os primeiros de ‘ególatras, limitados, sem imaginação e flexibilidade, demasiado cartesianos e racionais, num mundo há muito tempo quântico!’.

Lamentável! Coitados daqueles que, no intimo, se julgam detentores da verdade. Pobres são os que assumem a atitude mundialmente conhecida dos três macacos:

- não ouço;
- não falo;
- não vejo.

Coitados daqueles que se consideram cavaleiros missionários numa luta do bem, pela verdade, contra o mal, a mentira.

Coitada da grande maioria das pessoas que, passivamente, como uma rede num jogo de pingue-pongue, vê a bola passar de lado a lado, regozijando-se e vibrando quando, num erro de um dos competidores, a bola resvala ou toca na rede.

Quanta ignorância e egocentrismo! Até quando teremos que suportar esse joguinho sem graça? Sim, porque os competidores gritam e rugem como se fossem do naipe ou da categoria de jogadores olímpicos, quando no fundo não passam de amadores que mal resistiriam a um saque de muito efeito. Afinal, para os que defendem uma UFOLOGIA CIENTIFICA deveríamos perguntar: quem é realmente cientista na Ovinologia ou Ufologia? Quem sabe o que a palavra e o conceito de Ciência realmente significam? Por acaso existe alguém por aí que seja formado em Ciência Ovniológica ou que seja PH.D em Ovinologia Cientifica? Mais mentiras e desperdício de tempo mental e humano.

INTERFERENCIA DIMENSIONAL
Por outro lado, os que defendem a UFOLOGIA MISTICA descobriram quem realmente já penetrou no âmago do conhecimento? Quem sabe discernir entre sonho, viagem astral, interferência dimensional, desdobramento, projeção mental, projeção astral, bilocação, visão remota e passo quântico? Se tanta gente é tão intima assim dos mestres ascencionados, por que há tanta briga e discussão? Não têm certeza do que viveram e sentiram? Não seria melhor pedir um tempo, unir esforços, admitir que muito pouco ou quase nada sabemos, preparar melhor as raquetes, planejar com cautela e, ai sim, sair e jogar contra o nosso grande inimigo comum, que foi, e será sempre o mesmo: Nossa Ignorância?

Como ultima reflexão, lembro que o melhor exercício não é a subida ao pódio para ganhar o premio. Mas, sem duvida, apenas ficar de pé para aplaudir aqueles que conseguem quebrar os seus próprios limites e compreender o quanto foi valiosa a sua própria experiência de conquistar o melhor índice. Para o atleta, a conquista jamais será o que os outros pensam de sua forma ou modo de ganhar o prêmio, mas sim o que ele próprio precisou modificar em si para esta ali naquele momento ímpar de satisfação e transformação. O trabalho de compreensão de um fenômeno jamais deverá ser de imposição ou homéricas discussões de temas profundos e até quânticos, caso ainda possamos falar deste ultrapassado meio energético ainda estudado em algumas partes do mundo. Seria mais simples se todos apenas pudessem compreender sua própria evolução desde quando iniciaram alguma consciência desta, e que fossem atletas o suficiente para compreender que existem alguns limites e grandes recordes, e que não adianta valorizar um corrida apenas para fazer parte de uma turma. É preciso preparar-se para a participação.

O importante é ter consciência de que os que estiverem participando da corrida serão os melhores a representar a oportunidade de ultrapassar os limites e impor novos recordes. Se, em seu grau de consciência, o atleta entender que não conseguirá, deve participar de outra prova, mas jamais ocupar a vaga de outro. O grande percurso será sempre de resistência e não teimosia. Em nosso universo a insistência inconseqüente qualifica uma falta de consciência de caminhos alternativos que facilitem uma melhor compreensão do momento e do futuro dos resultados. Albert Einstein, um cientista holístico, diante da banalização a que a tecnologia estava submetendo o ser humano, disse uma vez:”Fica evidente notar que nossa tecnologia superou nossa humanidade”. Pois é, mas ainda tenho a grande esperança de que, um dia, possamos superar a nossa tecnologia através do resgate de NOSSA HUMANIDADE!.

RESTABELECENDO A VISÃO HOLÍSTICA
Cada um de nós afirma ter uma visão própria de si mesmo, mas será que ela é verdadeira? Será que as conclusões obtidas para estruturar essa visão estão sedimentadas em dados reais e conscientes? A resposta é Não. Todos possuímos conhecimentos que são parciais, já que a informação e vivência obtidas são limitadas às oportunidades. Ninguém tem uma visão completa de tudo, por isso é que somos tão diferentes. Cada ser humano pensa que aquilo que possui é o supra-sumo, ou seja, a verdade clara, óbvia, total, possível e evidente, quando na realidade é somente um fragmento, uma fração de um todo maior.

É este aspecto que nos distancia não somente de um relacionamento mais profundo, mas também de uma compreensão cada vez maior de nós mesmos e do papel que representamos neste mundo e no universo. Hoje nada nos inspira confiança, motivo pelo qual cada vez mais mergulhamos dentro de nós mesmos à procura de um sentido para a vida e de uma compreensão maior das coisas, que nunca chega, ou que timidamente se perfila sem jamais ser avistada totalmente. O que conseguimos realmente é aumentar nosso egoísmo. A atomização da personalidade distante das outras camufla um desejo desesperado de sobrevivência, que tristemente nos separa cada vez mais da verdadeira razão de existirmos.

Para vir a compreender o que realmente somos, por que vivemos e o que o universo espera de nós, é necessário entender que a vida e o cosmos são diferentes do que estamos acostumados a ver. Tudo, lá fora, ocorre em função de regras e normas que desconhecemos, já que as ignoramos por estarmos condicionados e alienados dentro de um mundo onde tudo está convencionalizado e definido conforme interesses ideológicos e megalomaníacos, que poucos tem manipulado ao longo dos séculos. Hoje, até eles mesmos desconhecem o verdadeiro sentido das coisas, pois, condicionados por gerações, acabam escravos de si mesmos.

Para sair desta prisão mental, ideológica e espiritual, é necessário restabelecer a visão clara das coisas, principalmente a respeito de nós mesmos. Mas isto só será possível substituindo os condicionamentos que adquirimos através de uma osmose induzida por uma aquisição através da compreensão. Quando descobrirmos a fragilidade do sistema e iniciarmos uma substituição de valores por outros que reflitam sabedoria, amor e consideração, assim como senso comum organizado e racional, estaremos a caminho de nossa autodescoberta. O homem somente se tornará um cidadão cósmico quando souber viver harmonicamente dentro dele, compreendendo como a vida se desenvolve e olhando para o seu próprio interior, sem preconceitos nem parcialismos. Nesse momento, poderá sentir a extensão do seu poder criativo e perceber a capacidade construtiva do seu intelecto. Estará unido e irmanado a seus semelhantes no objetivo de crescer cada vez mais.

Em suma, o ser humano somente transcenderá se estiver disposto a um confronto, a um questionamento sincero, honesto e puro, em que a imagem de si mesmo, do mundo e do sistema, suas crenças e objetivos de vida, estejam passiveis de questionamento e análise. É na reestruturação de si mesmo, interna, profunda e radical, que encontrará o caminho que o levará ao infinito. Como disse alguém há muito tempo: “Conheça a verdade e ela vos libertará!”, é isso! Quando uma civilização caminha em busca da verdade sincera, baseada em princípios universais, está a caminho de sua própria liberdade de ser e existir em HARMONIA.

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[Texto de Rogério Chola, Engenheiro de Sistemas e membro da Sociedade de Pesquisas Ovinológicas e Fenômenos]


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O INEGÁVEL VALOR DA EXPERIENCIA MISTICA
“O sentimento mais profundo e mais bonito que podemos experienciar, é o sentimento do místico. Este sentimento é a semente de toda a ciência verdadeira!Aquele que não conhece este sentimento, que não mais tem a capacidade de se maravilhar e ficar tomado de humildade, é como um homem morto. Saber que na verdade existe o que é impenetrável para nós, se manifestando na mais elevada sabedoria e na mais radiante beleza, que as nossas esparsas faculdades conseguem compreender apenas em suas formas mais primitivas, este conhecimento, este sentimento está na base da verdadeira religiosidade” [Albert Einstein]

25 de out. de 2009

TERRA OCA [Existem portais que levam ao interior da Terra?]


Buscadores garantem que existem passagens secretas para o interior da Terra, que seria habitado por seres mais avançados. Mas o que há de verdade sobre tais rumores e onde estariam as entradas?

Enquanto a humanidade aponta seu olhar para as estrelas e a ciência avança em direção aos mistérios do universo infinito, buscando, sobretudo, sinais de vida inteligente lá fora, alguns pesquisadores tem feito exatamente o caminho contrário: navegam com teorias mirabolantes pelas entranhas do planeta em busca de civilizações intraterrenas. O que se sabe a respeito do homem é espantosamente pouco comparado com o que se conhece sobre o mundo que nos cerca. Um livro chamado “MIZ TLI TLAN”, de um autor quase desconhecido do grande publico, garante que nós não estamos sozinhos no planeta. Isso mesmo:na própria Terra, estaríamos acompanhados por outras civilizações.

“Existem outros mundo, civilizações intraterrenas e extraterrenas. Muitas histórias há sobre SHAMBALLA, ERKS e o mistério das regiões amazônicas. Dizem que povos habitam áreas do interior da Terra, as quais correspondem a Honduras, Venezuela, Equador, Peru, parte do Brasil e muitas outras”, afirma TRIGUEIRINHO, que se diz um contatado por ETs e escolhido para uma missão importante: conscientizar a humanidade a respeito de seus vizinhos. Os ufólogos ortodoxos torcem o nariz e tem argumentos para não crer nas predições de TRIGUEIRINHO, mas isso não o impede de continuar suas afirmações: “Há na selva amazônica passagens subterrâneas para uma civilização intraterrena, que são guardadas por tribos indígenas como a dos TÍBAROS, no Peru”, garante. Essas passagens conduziriam, segundo o suposto contatado, a outro mundo quase inexplorado, que é a cidade de MIZ TLI TLAN. “Lá vive-se conscientemente em vários planos e passa-se à vontade de um para outro, fato que é difícil para a mente concreta de alguns homens”, arremata.

TRIGUEIRINHO foi duramente criticado por ufólogos de todo o pais, em especial os da revista UFO, em 1995. Nessa ocasião, no auge de sua fama como “escolhido de ETs”, já tinha vários livros publicados em um vasto esquema mercadológico de palestras por todo o Brasil, onde apresentava suas teorias. Seus livros foram objeto de suspeita principalmente por trazerem, em suas capas, fotos de luzes noturnas não identificadas que Trigueirinho descrevia como sendo extraterrestres e pertencentes aos seus “amigos de outros planetas”. As imagens não resistiram a uma mera análise e resultaram em falsificações grosseiras de pontos de luz urbanos, flagrados com lentes especiais e em circunstancias extraordinárias. “As capas de seus livros são bonitas, mas não são UFOs”, declarou o ufólogo paulista e também co-editor de Ufo Marco Antonio Petit.

Sociedades místicas e teosóficas do mundo todo relacionam a origem dos seres intraterrenos a uma civilização antediluviana que poderia ter migrado para o centro da Terra num passado remoto. Muitas ciências ocultas consideram o planeta uma grande esfera oca onde existiriam enormes canais ligando aberturas polares a bolsões em seu interior, além de entradas tanto pó grutas adjacentes a esses bolsões quanto por passagens submersas aos oceanos. Para teósofos brasileiros, os discos voadores tem sua origem justamente no interior da Terra.

Através de cálculos cabalísticos, eles apontam a existência de uma abertura numa área a noroeste da SERRA DA MANTIQUEIRA, próxima à cidade de SÃO LOURENÇO [MG], onde apregoam a existência da cidade sagrada de NOVA CANAÃ, a TERRA PROMETIDA.

De acordo com o historiador Cláudio Tsuyoshi Suenaga, consultor da revista UFO, neste mundo interior habitariam elites de antigas civilizações que teriam povoado a crosta terrestre, descendentes dos antigos povos da ATLÂNTIDA e LEMÚRIA, depositários de conhecimentos ancestrais, que só em tempos mais recentes os homens da superfície começaram a dominar, incluindo a tecnologia dos discos voadores. Suenaga é rara exceção entre os ufólogos, a maioria dos quais simplesmente acredita que a vida intraterrena é um completo absurdo.Mas fala com propriedade de quem estuda o tema há muitos anos. Mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista, em Assis [SP], Suenaga é um exemplo de estudioso do tema ufológico. Não somente sua tese de mestrado versou sobre o assunto, quanto escreve artigos muito bem embasados sobre as visitas constantes de extraterrestres à Terra.

De acordo com certos excertos da história, os ETs também teriam adentrado nas galerias do intramundo através de ramificações dos antigos povos pré-colombianos – INCAS, ASTECAS, MAIAS e TOLTECAS – que teriam sobrevivido ao dilúvio. Este mundo insólito é conhecido pelos metamisticos e iniciados como AGARTHA, que significa “GRANDE CONTINENTE CENTRAL”. Já o engenheiro e pesquisador CLAUDEIR COVO, que é co-editor da revista UFO e Presidente do Instituto Nacional de Investigação de Fenômenos Aeroespaciais [INFA], com sede em São Paulo, não acredita na possibilidade de seres vivendo dentro do planeta. “Quando analisamos a Terra em corte, envolvendo uma parte sólida e outra líquida, tanto a temperatura como a pressão não permitiriam a existência de vida igual ou parecida com a nossa”, conjectura. Ele é um defensor de que, de oca, a Terra não tem absolutamente nada. O falecido ufólogo OSNI SCHAWARZ, que comungava de suas idéias, costumava dizer, antes de falecer, que ... “oca é a cabeça de quem pensa que a Terra é oca”.

Covo vai a fundo na matéria, defendendo uma posição unânime entre os ufólogos:”Muito se fala em Terra oca, e até um livro foi escrito a respeito. Esse livro diz que nos pólos Norte e Sul há entradas para o interior da Terra, e que no centro existiriam muitos seres vivendo. Cientificamente falando, isso tudo não passa de uma grande especulação”, garante o pesquisador. Ele compara a superfície da Terra com uma grande queijo suíço, cheio de cavernas e entradas para o subsolo, que poderiam estar sendo usadas como esconderijo para seres extraterrestres que tenham interesse ou missões em andamento m nosso planeta. Por terem suas bases nessas localidades, seriam confundidos por leigos com seres intraterrestres.

Julgando que a Ufologia moderna já considera provável a existência até de objetos submarinos não identificados [OSNIs], tripulados por alienígenas habitando estações subaquáticas nos cinco oceanos do planeta, a teoria de Covo pode ter razão. O jornalista especializado em divulgação da ciência pela Universidade de São Paulo [USP], Ulisses Capozoli, em seu artigo “Órfãos Cósmicos”, compilado no livro “VISÕES DO NOVO MILENIO” [Editora Mercuryo,.1990],escreveu que a maior parte das pessoas acredita que o núcleo das coisas pode ser atingido pelo pensamento racional. Essa crença, segundo Capozoli, é baseada na tradição aristotélica e gera a sua imagem particular do mundo ao dar materialidade a uma série de conceitos, atitudes e valores.

CIDADES SECRETAS ABAIXO DO SOLO.
A sociedade de EUBIOSE, que tem sede em São Lourenço [MG], propaga a existência de outras passagens para o intramundo além do portal da Serra da Mantiqueira. Segundo seus seguidores, hoje aos milhares, haveriam entradas para cidades internas pelo subsolo abaixo da Pirâmide de Queóps, no Egito, logo abaixo do Monte Shasta, nas Montanhas Rochosas [EUA], em entradas secretas em Lhasa, capital do Tibet, e em inúmeras cavernas na Cordilheira dos Andes. O Brasil em particular, seria um dos territórios mais bem servidos por entradas para o mundo subterrâneo. Haveriam passagens próximas a cidade de Joinvile [SC],entradas escondidas na floresta amazônica e na Serra do Roncador [MT]. O ultimo local, em especial, tem atraído esotéricos de todo o mundo em busca de contato com seres que viveriam em cavernas, conforme crêem os estudantes de EUBIOSE.

Na serra do Roncador conta-se que as passagens requerem preparo e sintonia vibracional para serem localizadas, além de serem bem guardadas pelos ÍNDIOS XAVANTES, que até hoje habitam o local, e pelo lendários INDIOS MORCEGOS, sobre os quais não temos muitas provas. Contam os historiadores, em especial o Coronel Inglês FAWCETT, que encontrou na região estranhos índios que habitavam cavernas e delas só saíam pela noite.

Motivo: Tinham peles e olhos claros, semelhando-se a europeus, e não podiam suportar a luz solar. Nos registros mais recentes e confiáveis, no entanto, apenas meras alusões são feitas aos INDIOS MORCEGOS, sem qualquer comprovação efetiva de sua existência naquele ou noutro local. De qualquer forma, FAWCETT, foi sem duvida, o desbravador mais famoso que aventurou-se pela região atrás dos povos intraterrestres.

Ex-soldado do exercito britânico, o coronel FAWCETT ‘sumiu do mapa’. Alguns dizem que morreu, provavelmente devorado por índios pouco hospitaleiros – seriam os morcegos? Em 1951, o sertanista ORLANDO VILLAS-BOAS alegou ter encontrado as ossadas do coronel, mas até hoje nada foi comprovado. Na pista do desaparecido seguiu um jornalista goiano, HERMES LEAL, que publicou em 1996 a obra “CORONEL FAWCETT – A VERDADEIRA HISTORIA DO INDIANA JONES”. O escritor, que trabalhou na extinta Rede Manchete, no Rio de Janeiro, levou quatro anos pesquisando a vida do desbravador inglês, que veio para a América Latina a procura de toda sorte de aventuras e perigos e acabou sucumbindo. Se descobriu as tais entradas para o interior da Terra, alegadamente instaladas na Serra do Roncador, não ficou vivo tempo suficiente para dizer.
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[Texto de Willy Silva, jornalista e produtor de tevê e conselheiro editorial da revista UFO]