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Depois de quase quarenta anos de trabalho prodigioso, e, algumas vezes, de oposição tempestuosa, o mundo musical reconheceu RICHARD WILHELM WAGNER como o maior criador na história da arte musical! Mas é o mundo místico que discerne, na sua ópera final, PARSIFAL, a revelação do CÁLICE SAGRADO.
Para compreender PARSIFAL, devemos tratar, inicialmente, das óperas da Tetralogia. A maior parte dos Historiadores diz que Wagner obteve o enredo das óperas da Tetralogia, da epopéia alemã, o NIBELUNGENLIED.
Mas, a visão penetrante de Corrine Heline, no seu livro A MUSICA ESOTERICA DE RICHARD WAGNER, mostra que as óperas da TETRALOGIA representam a ÁGUA, o AR, a TERRA e o FOGO. Das RHEINGOLD [O OURO DO RENO]representa o elemento Água; DIE WALKÜRE [ AS VALQUIRIAS], o elemento Ar; SIGFRIED, o elemento Terra; e DIE, GÖTTERDAMMERUNG [O CREPUSCULO DOS DEUSES], o elemento Fogo. Por conseguinte, tem-se certeza que Wagner teve acesso a ensinamentos místicos.
As óperas da TETRALOGIA formam, supostamente “um vasto caleidoscópio do passado, do presente e do futuro desenvolvimento da raça humana. GÖTTERDAMMERUNG mostra as trevas da materialidade e o caminho da Iniciação pelo amor, que, novamente, conduzirá a Humanidade à Luz do Espírito”.
Se considerarmos as óperas de Wagner como graus de desenvolvimento espiritual, elas apresentar-se-ão nesta ordem:
TANNHAUSER;
LOHENGRIN;
TRISTÃO E ISOLDA;
PARSIFAL.
À medida que as óperas se sucediam, cada uma apresentava uma maior promessa relativamente à apresentação épica final - a grande, a incomparável PARSIFAL, da qual foi dito: -
“ Do tempo da musica de PARSIFAL, o Homem pode construir uma ponte áurea de som, pela qual poderá comungar as hostes dos anjos e arcanjos”. [ Musica Esotérica de Richard Wagner, por Corine Heline]
Consta, no mundo musical, que LOHENGRIN e PARSIFAL foram calcadas nas lendas medievais do CÁLICE SAGRADO. Diz-se que Wagner obteve textos para as suas óperas, do poeta épico alemão e Minnesinger, WOLFRAM VON ESCHENBACH [1170-1220].
O primeiro autor conhecido que apresentou a lenda do Rei Arthur, de modo literário, foi CHRESTIEN DE TROYES de França [1164-]. A primeira referencia ao Rei Arthur, é de 600 A.D.
Essas lendas, originaram-se das tradicionais histórias de heróis Irlandeses e Gauleses. Antes do ano 1000, elas apareceram entre os Bretões, que disseminaram os contos pela Europa Ocidental, parcialmente, por meio dos Minnesinger. Os trovadores do Sul da França, que correspondem aos Minnesingers da Alemanha, floresceram nos décimo-segundo e décimos-terceiro séculos. Os maiores foram: WALTER VON DER VOGELWEIDE e WOLFRAM VON ESCHENBACH. Posteriormente os Meistersingers sucederam aos Minnesingers.
Se considerarmos um artigo publicado, em Abril de 1958, no “Rosicruciuan Digest” intitulado o “ Misticismo Voltado para a América”, por Donald Atkins, temos toda a razão para acreditar na existência do REI ARTUR. Declara-se que ele foi um descendente direto de JOSE DE ARIMATÉIA, o tio-avô de JESUS. [José foi um dos homens mais ricos do seu tempo. Possuia, entre outras coisas, a sua própria frota de navios e interesses nas minas de estanho da Britannia. Tomou sob seus cuidados, Maria, a Mãe de Jesus, após a crucificação].
Diz-se que o Rei Artur pode ser situado na oitava geração, aproximadamente, 495 a 537 A.D. O mundo místico, entretanto, tem razões para acreditar que o conhecimento do CALICE [ O SAGRADO GRAAL] data de séculos antes de CRISTO.
Por determinação do Imperador NAPOLEÃO III, a ópera de Wagner, TANNHAUSER, foi apresentada, no teatro de Ópera, em Paris, em Março de 1861. Foi vaiada e recebeu assobios da parte dos membros do Jóquei Clube, que se ressentiam com a produção de uma ópera que não continha o habitual bailado no meio do segundo ato. Wagner recusou-se a inserir um bailado e, conseqüentemente, quebrar a continuidade da ópera.
Nessa ocasião, Wagner estava em sérias dificuldades financeiras, dependendo da caridade de alguns amigos,principalmente, LISZT. A partir de 1850, a sua lista de trabalhos literários estava crescendo, rápida e poderosamente, nela se incluindo todos os poemas para as suas óperas posteriores, exceto PARSIFAL.
Em 1864, Ludwig II, da Bavária, ofereceu a Wagner o lugar de diretor real, em Munich, e amplo apoio aos seus projetos dramáticos. O teatro da Ópera de Beirute, construído, exclusivamente, para a produção de suas óperas, foi completado em 1876, e a TETROLOGIA, que Wagner chamou de”DER RING DES NIBELUNGEN” foi apresentada nesse ano.
PARSIFAL, a ultima ópera de Wagner, foi apresentada em 26 de Julho de 1882. A impressão que produziu, foi profunda;e, dessa época em diante, os festivais de Beirute, realizados a intervalos regulares, tornaram-se a meta de incontáveis peregrinações musicais.
Depois da morte de Wagner, em 1883, a sua segunda esposa, Cosina, que era filha de Franz Liszt, continuou com os espetáculos em Beirute.
No teatro de Beirute, a orquestra ficava escondida da audiência, por uma antepara que se inclinava em direção ao palco. E o que era ainda mais surpreendente, ninguém tinha permissão de aplaudir. Wagner, queria que o seu publico passasse pelas mesmas experiências da alma,que os atores estavam apresentando.
Entretanto, os seus temas nobres eram uma afronta a uma sociedade sensual e de prazeres. Que eles façam barulho e fumem, que proíbam que as suas obras sejam apresentadas e as vaiem. Wagner não cederá!
Ele viveu anos difíceis e enfrentou o fato doloroso de não ser reconhecido o seu grande talento. Eles o chamaram de teimoso, mal-humorado, egoísta, exaltado em suas exigências, um monstro e um tolo. Mas, ele não cederia. Ele tinha razão e sabia! E, no fim, triunfou.
As honras a ele tributadas, foram muito além das recebidas por qualquer outro compositor. O tempo provou que seus trabalhos revolucionaram o rumo da ópera e reverberaram em todo o âmbito da arte musical. Obtivemos, assim, o ‘TRABALHO DE ARTE” do futuro, que certa vez foi tão atacado, mas que, finalmente, tornou-se VITORIOSO. Ao criador desse trabalho, podemos aplicar, apropriadamente as palavras de Shakespeare: “ Ele cavalgou o exíguo mundo, como um Colosso”.
DESPERTAR DIVINO
Revisemos os dramas das duas óperas mais reveladoras, LOHENGRIN e PARSIFAL.
A princesa Elsa, heroína de LOHENGRIN, tipificava a personalidade-alma que parece já estar suficientemente desenvolvida para o casamento com o Divino [a Grande Luz] que é representada por LOHENGRIN, o cavaleiro do CÁLICE SAGRADO.
O sonho de Elsa com um cavaleiro numa armadura resplandecente, indica que ela está pronta para passar para um grau mais elevado da sua evolução. Lohengrin aparece num bote puxado por um cisne. Depois que os planos para o casamento foram feitos, Lohengrin pede a Elsa para ter fé - não perguntar o seu nome ou de onde vem. Elsa concorda;tudo parece bem, e são feitos os preparativos para o casamento. Mas, a duvida vence a fé. Elsa faz as perguntas fatais e, desse modo, perde seu lugar na Grande Luz.
Enquanto ainda soam os acordes da marcha nupcial, Lohengrin anuncia, tristemente, à assembléia, que o casamento não terá lugar. Ele canta, então, a declaração que é conhecida como uma das mais dramáticas em todas as óperas – a narrativa: “ NAS TERRAS DISTANTES “. Menciona Monsalvat e os cavaleiros que, ali, guardam o Cálcie Sagrado. Anuncia que seu pai é PARSIFAL e reina sobre todas as coisas; e que, ele mesmo, é Lohengrin. Lohengrin desaparece, então, num bote, puxado, agora, por uma pomba branca.
Tem sido dito que a ópera de ‘PARSIFAL’ está mais próxima da “MUSICA DAS ESFERAS” do que qualquer outra composição feita por mão mortal. Wagner sentiu que ela estava acima da sua época, e solicitou que só fosse apresentada, em Beirute, cinqüenta anos depois da sua morte. Ele a chamava: “Um Festival de Composição Sagrada”. A despeito da oposição completa da Sra. Wagner, a ópera PARSIFAL foi apresentada no Metropolitan Opera House, em Nova York, em 1903. Os direitos autorais expiaram em 1913, e seguiram-se apresentações em Berlim, Paris, Roma, Bolonha, Madrid e Barcelona.
A historia de ‘PARSIFAL’ conduz à genuinidade do “CENTRO DIVINO”. Unicamente por intermédio de Wagner, foi essa revelação mística tratada de modo tão reverente e dramático e teve significado tão maravilhoso. Os acontecimentos que são adiante narrados, são os que ocorrem antes da abertura desta ópera e auxiliam para lhe dar maior compreensão.
O SANTO GRAAL foi o Cálice no qual Cristo bebeu, na última Ceia, com seus discípulos. Esse cálice sagrado, juntamente com a lança sagrada, estavam em perigo de cair nas mãos de infiéis.
Mensageiros santificados levaram o cálice e a lança sagrada a um cavaleiro puro, chamado TITUREL, que construiu, então, um esplêndido santuário, chamado Monsalvat [Monte da Salvação] numa paragem inacessível dos Pirineus, e reuniu uma companhia de cavaleiros de honra imaculada.Esses cavaleiros devotavam-se à guarda do Graal. Uma vez por ano, uma pomba sagrada descia, dos céus, para renovar o poder sagrado do Graal e de seus guardiões.
Titurel, O Chefe dos Cavaleiros, sentindo-se velho, nomeia a seu filho, AMFORTAS, como sucessor.
O Cavaleiro Klingsor, que vive perto do Castelo de Monsalvat, deseja fazer penitencia por seus pecados, pois, a velhice dele se aproxima. Tenta unir-se à Ordem do Graal, mas, é rejeitado. Em revide, consulta um espírito do Mal e projeta a queda desses cavaleiros. Invoca o auxilio de um conjunto de sereias chamadas JOVENS-FLORES, cada uma das quais é meio mulher, meio flor, e vive num jardim mágico.
Verificando que muitos dos cavaleiros perderam a graça em virtude dos encantos das jovens-flores, AMFORTAS resolve verificar o caso, ele mesmo. Leva consigo a lança sagrada, confiante em que ela será poderosa contra a mágica das sereias. Mas, infelizmente, não só ele fica dominado por Kundry, como Klingson toma da lança e lhe faz uma ferida, que não sara.
Amfotas retorna profundamente infeliz para o Castelo de Monsalvat, sofrendo eterno remorso e agonia perpétua, por sua ferida. Entretanto, como sacerdote supremo, è forçado a celebrar os Ritos Sagrados, embora se sinta indigno.
Em vão, procura ele, por todas as partes, um remédio para o seu ferimento e o perdão para o seu pecado. Finalmente, numa visão, ouve uma voz proclamar que, apenas “um tolo sem maldade” [isto é, que desconheça o pecado e possa resistir a tentação] poderá trazer-lhe alivio e que mensageiros Celestiais guiarão tal pessoa a Monsalvat. Segue-se então, a ação da ópera PARSIFAL.
Quando PARSIFAL fere um cisne, ignorando que este se achava sob a proteção do rei, é arrastado por dois cavaleiros à presença de Gurnemanz [um veterano cavaleiro do Graal] que o repreende.
Este acontecimento tem lugar nas proximidades do Castelo de Monsalvat.
Os cavaleiros verificam que PARSIFAL pouco pode dizer de si mesmo. Encontrou um cavaleiro, chamado Sir Lancelot, na floresta, próximo ao seu Lar. Contra os desejos de sua mãe, ele o seguiu até o castelo. Recordava-se de que sua mãe chamava-se HERZELIED [Coração Triste].
Kundry, que vem nesse momento, à cena com um novo remédio para o ferimento de AMFORTAS, oferece mais informações. O pai do jovem era GAMURET. Depois da sua morte em combate, a mãe afastou seu filho, Parsifal, da maladade dos homens, por temer que ele sofresse a mesma sorte. Ela já está morte e PARSIFAL anda errante.
KUNDRY [KUNDRALINA] é um SER estranho que parece ter duas naturezas. Surge, alternadamente, como serva devota do Graal e, sob influencia mágica de Klinhgsor, como mulher terrivelmente bela, que conduz à ruína todos os cavaleiros que caem sob o seu poder. Essa praga, é punição por um crime cometido numa existência prévia, quando, como HERODES, zombou de CRISTO, na cruz. Quem quer que encontre KUNDRY dormindo, pode colocá-la sob seu serviço; sob o domínio de Klingsor, ela é bela; no castelo dos cavaleiros, é como uma fera horrível. Alguns cavaleiros protestam contra a sua presença, mas, GURNEMANZ, defende-a. Ocorre a GURNEMANZ que PARSIFAL talvez seja o “ tolo sem maldade”, enviado para curar a ferida de MAFORTAS. Quando ele conduz Parsifal ao grande salão em que o Graal deve ser desvendado no rito anual, Parsifal é tocado pela beleza e mistério do local, e diz:”Eu mal posso me mover;e, no entanto, estranhamente, sinto-me como se corresse”.
Gurnemanz responde:”Meu filho, viste que aqui o espaço e o tempo estão unidos, e tudo é DEUS”.
Parsifal testemunha o desvendar do Santo Graal. A sua glória flamejante envolve o local e, embora os cavaleiros e donzelas se ajoelhem, em êxtase, Parsifal olha como se a cena não o tocasse. Mais tarde, quando Gurnemanz interroga-o, ele está tão maravilhado que não pode falar. Irritado, Gunermanz expulsa-o do salão e bate a porta.
No mundo exterior, Parsifal resiste às jovens-flores e à presentemente sedutora e bela, Kundry. Enraivecido, Klingsor atira a lança sagrada sobre Parsifal, mas, ao invés de feri-lo como aconteceu com Amfortas, passa sobre sua cabeça e Parsifal fica na sua posse. Parsifal, então, bane a mágica negra de Klingsor e de seu castelo, para sempre. O poder de Klingsor é vencido e o seu palácio se arruína. Embora Kundry tenha rogado uma praga a Parsifal para que tenha uma vida errante, ele vagabundeia, não tanto pelo poder da praga, como pelo fato de que ainda tem muito para aprender.
Anos mais tarde, numa bela manhã de primavera, numa SEXTA-FEIRA SANTA, Parsifal volta. Durante a sua ausência, Amfortas tem se recusado a descobrir o Graal, do qual os cavaleiros recebem o sustento e força, visto que, cada vez que ele o faz, a sua ferida se abre e renova-se a sua agonia.
Corrine Heline diz o seguinte, referentemente ao ferimento de Amfortas: “ A ferida incurável que tem no lado, é o sofrimento da Humanidade, causado pela sua queda na vida dos sentidos – que trouxe consigo necessidade, doença, discórdia, morte e todas as grandes tristezas que sobrecarregam os habitantes da Terra”.
“Essa ferida só pode ser curada pela redenção, pela purificação da natureza sensória inferior e pela transmutação dos seus poderes em faculdades da alma” [A musica esotérica de RICHARD WAGNER”,* por Corrine Heline].
Amfortas, em agonia continua e em desespero, almeja a morte. Ele, porém, deverá viver uma vez que tem a seu cargo o Santo Graal. Em virtude da mote de seu pai, deverá desvendar agora, o Cálice. Como a agonia é maior do que aquilo que pode suportar, suplica aos cavaleiros que o matem.
Nesse ínterim, Gurnemanz revelou a Parsifal o triste estado dos cavaleiros, no castelo. Kundry lá está, na qualidade de empregada do Castelo do Graal. Lava os pés de Parsifal, na fonte de água sagrada e seca-os com seus cabelos [reminescencia de Madalena].Ele a batiza.
O Graal é desvendado. Kundry morre quando se ajoelha ante o altar. Isto representa a completa e final dedicação da personalidade aao serviço da alma.
Parsifal, que penetra no grande salãocom Gunermanz e Kundry, não é percebido;Amfortas está prestes a desvendar o Cálice Sagrado; Parsifal toca o seu ferimento com a lança sagrada, e o cura.
Um pomba branca desce e paira sobre a cabeça de Parsifal.
Parsifal agita suavemente o Santo Graal ante os cavaleiros prosternados. Gurnemanz e Amfortas, os sábios e rei depostos, ajoelham-se ante a Parsifal, que é o Rei-Sábio da Ordem de Melchizedek, o Senhor das Idades. Parsifal é coroado rei, e permanece no castelo como líder dos cavaleiros.
Temos assim:
1_ A vinda de Parsifal;
2_ A tentação de Parsifal;
3_ A Coroação de Parsifal.
Essa disposição é idêntica aos três passos dos antigos mistérios. Foi Pitágoras, o grande filósofo místico do sexto século A.C., quem apresentou a musica e os números como forças e poderes divinos. Estudantes, na escola – templo de Pitágoras, progrediam através de três graus sucessivos; PREPARAÇÃO, PURIFICAÇÃO e PERFEIÇÃO - de modo a alcançar a revelação final do centro divino do homem, em si mesmos.
Por conseguinte, do ponto de vista místico, a ópera PARSIFAL, de Wagner, projeta, na época atual, a essência as sabedoria de Pitágoras. Pela LUZ dessa sabedoria, compreendemos o plano de Wagner para descobrir o Cálice Sagrado, apresentá-lo à visão humana.
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Texto de Edna May Crowley.
Wagner - Parsifal Act I Prelude_1
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Wagner - Parsifal Act I Prelude_2
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Parsifal Fantasia Richard Wagner
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