Visualizem a estrutura elétrica e energética do universo, como seu fluxo de energia. Podemos visualizar também a estrutura energética do corpo humano. Por trás da aparência física encontra-se na verdade uma estrutura energética. À medida que começamos a compreender o corpo, podemos perceber a importância de controlar e alterar o fluxo de energia. Ao fazermos isso, estamos automaticamente mudando a estrutura física, porque a estrutura é realmente o resultado da energia.
Os cientistas tem procurado meios de registrar esses campos de energia na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, o Departamento de Cinesiologia conseguiu registrar correntes de energia da coluna vertebral. Essas correntes são especialmente importantes porque afetam toda a estrutura física e energética. A coluna vertebral é uma estrutura central de distribuição de energia. Como a energia flui a várias partes do corpo, a coluna vertebral quase sempre está envolvida.
Na antiga compreensão do universo, o aspecto físico era considerado a causa primordial, e tudo o mais somente um epifenômeno que dele surgia. Muitos físicos não mais encaram o universo desse modo. Ao contrário, vêem-no como o resultado de um campo de energia. Alguns pensadores aplicam esse mesmo conceito ao corpo humano – de que o corpo é o resultado da energia, e não a energia o resultado do corpo.
Outros vão além. Afirma que o “pensamento”, junto com a vontade, cria e altera o corpo “através” do campo de energia. A tecnologia atual não tem meios de registrar diretamente o pensamento ou a vontade, mas tem condições de registrar a “energia”. Ao considerarmos a possibilidade de o pensamento e a vontade afetarem diretamente e alterarem esse campo de energia, percebemos a importância da dinâmica do controle e fluxo da energia. Essa dinâmica envolve principalmente o pensamento e a aplicação consciente da energia por meio da vontade.
Segundo essa compreensão do corpo humano, o nosso pensamento altera a nossa energia e, portanto, a estrutura física. Assim, o ser humano é visto como um epifenômeno dum campo de energia. Esse campo de energia, por sua vez, está sujeito ao nosso pensamento e vontade. O impulso “inicial” provém do pensamento, que afeta o campo de energia primeira e, depois, o físico.
PENSAMENTO E ENERGIA_
Tomemos dois exemplos do efeito dos pensamentos na energia do corpo:
_Tarde da noite estamos cansados e temos pouca energia, mas se um velho amigo aparece à porta podemos passar o resto da noite acordados e bem-dispostos, indo até de manhã cheios de energia, conversando e renovando o relacionamento. Nossos pensamentos mudaram, de modo que a energia disponível também mudou.
_Em outro exemplo, uma pessoa pode estar tomando um prato de sopa e ingerir um verme sem o saber. Isso teria pouco ou nenhum efeito em seu corpo ou pensamentos, mas se a pessoa enxergar o verme na sopa, pode sentir náuseas, talvez a ponto de expelir do corpo o que já ingeriu, embora nem tivesse ingerido o verme. Ver e pensar no verme controlou as funções corporais.
Possuímos muitos pensamentos e expectativas de que não temos consciência. Quando padrões de pensamento são inconscientes, estão fora de nosso controle. Sem que o saibamos, esses pensamentos podem causar problemas no corpo. Se padrões inconscientes de pensamento são contrários aos conscientes, tornam ineficaz o nosso controle sobre o campo de energia. É somente quando temos controle consciente sobre o campo de energia, que podemos conscientemente sanar e alterar a estrutura física do corpo. Se um individuo tiver controle absoluto de seus pensamentos [e, portanto, sobre o fluxo de energia do corpo], poderá neutralizar até mesmo o veneno mais forte. Para neutralizar o veneno, os pensamentos devem operar através dos campos de energia.
Algumas pessoas tem a capacidade de enxergar a aura que circunda e permeia o corpo. A maioria de nós não pode ver esse campo áurico sem treinamento ou recurso especial. Podemos, porém, registrar eletronicamente a energia desse campo. Algumas observações indicam que uma alteração ou perturbação no campo áurico muitas vezes antecede uma exaustão ou doença no corpo físico. Esse fenômeno permite aos cientistas estudar o efeito do campo de energia no corpo humano.
ENERGIA CURATIVA_
Quando a energia é suprimida de alguma parte do corpo, doenças ou colapsos estruturais podem ocorrer. Essa supressão de energia pode ser física, como a quebra dum braço, mas pode também ser causada pelo “pensamento”. Às vezes, suprimimos a energia de alguma parte especifica do corpo por certos temores ou emoções perturbadoras. Pelo treino da vontade, é possível enviar energia a qualquer parte do corpo. Se pudermos enviar energia suficiente a todas as partes do corpo, poderemos curar doenças. Se mantivermos um fluxo equilibrado de energia em todas as partes do corpo, a doença poderá ser controlada, mas os pensamentos e emoções inconscientes podem interferir com esse fluxo de energia, provocando doenças, sem que disso tenhamos consciência.
Nossos métodos terapêuticos normais se processam por meio de drogas. As drogas alteram o fluxo de energia e, por conseguinte, afetam o corpo físico. O próximo passo mais importante na cura é aplicar esse fluxo de energia diretamente no corpo. Descobriu-se, por exemplo, que raios X, massagem, acupressura, acupuntura, etc., curam certas doenças.
Alguns afirmam que certas ervas e pedras preciosas, se colocadas em contato direto com o corpo, podem curar. Com o passar do tempo, outros meios de aplicar energia diretamente no corpo serão desenvolvidos.
Todos esses métodos requerem que alguém faça algo por nós. Esses métodos são úteis, mas se formos capazes de controlar nossos pensamentos um nível superior de cura se tornará possível. Podemos também curar o corpo físico usando a energia, pelo processo do pensamento e da vontade. Todos os pensamentos afetam o fluxo de energia, Por conseguinte, se temos pensamentos conflitantes, a energia ou é neutralizada, ou flui com muito menos intensidade.
Para curarmos o corpo com o pensamento e a vontade, devemos não nutrir em nenhuma parte da mente, consciente ou inconscientemente, qualquer pensamento oposto ao da cura. O fracasso em curarmos por nosso pensamento e vontade se origina principalmente dessas oposições. Mesmo sem oposições, é preciso intensa concentração e vontade para fazer com que bastante energia flua para curar o corpo. Se tivermos unidade de pensamento sem a capacidade de nos concentrar nesse pensamento, não seremos capazes de curar por meio do pensamento.
Quando não somos capazes de curar pelo pensamento,faz sentido usarmos outros meios de cura. O real fluxo de energia parte do sutil ao grosseiro, e não do grosseiro ao sutil, mas é difícil convencer a mente de que somos energia ou pensamento quando estamos tão abarrotados de experiências sensoriais. Se não pudermos fornecer à mente verdadeiras experiências em contrário, ela não ficará convencida. Para os sentidos, o corpo é o que parece real, não a energia ou os pensamentos. Somente quando descobrimos meios de registrar diretamente a energia, poremos alterar nossa compreensão, porque esse registro nos permitirá ter a percepção e a experiência dessa energia, o que, então, nos permitirá perceber a relação dessa energia com o corpo.
_
[Texto de Thomas Parker].