13 de mai. de 2010

Maomé _ O Profeta de Alá


Considerado o último dos profetas enviados por Deus para dar Sua mensagem à humanidade, Maomé, passou para a história com o uma das personalidades mais influentes de todos os tempos.

Entre os historiadores não há qualquer dúvida de que Maomé é um dos homens mais influentes da história humana. Para os MUÇULMANOS, a explicação disso está no fato de que toda a obra do profeta veio de Deus.

Muitos acreditam que o imenso fascínio que suas palavras exercem sobre o mundo árabe possa ser explicado pela existência de um ambiente extremamente propício para o desenvolvimento da religião islâmica na época – afinal, ele organizou e deu sentido de UNIDADE a um povo dividido em várias tribos hostis. Vencendo inúmeras adversidades, MAOMÉ conseguiu criar uma nação que, durante um perído relativamente curto, estendeu sua influência sobre uma região ainda mais extensa do que a dominada pelo império romano em seu apogeu. Na verdade, o avanço do ISLAMISMO e da cultura árabe só foi detido graças à batalha de TOURS, FRANÇA, no ano de 733. Se assim não fosse, hoje o chamado mundo ocidental poderia ser essencialmente islâmico.

Parece haver uma certa dificuldade para os ocidentais, e para os cristãos em particular, em entender a figura de Maomé, já que é grande a tendência de compará-lo com Cristo. Só que tal comparação não faz sentido, segundo os muçulmanos, que também consideram Jesus como um de seus profetas. Maomé não é tido como Deus, como ocorre com Cristo, mas como o homem a quem foi dada a missão de transmitir a palavra Dele. Assim, o ponto central da religião é o livro chamado ALCORÃO, visto como uma cópia do ALCORÃO CELESTE, ou ALCORÃO INCRIADO. É uma versão terrena da obra divina, traduzida em forma de letras e sons, e sua composição por MAOMÉ se torna ainda mais surpreendente porque o profeta não sabia ler ou escrever.

Mas conjecturas à parte, apesar da importância de Maomé na formação do Islã, segundo o historiador Huston Smith, em AS RELIGIÕES DO MUNDO, os muçulmanos afirmam que o islamismo não começou com Maomé, mas com Deus, como está escrito no Livro de Gênesis. Com Maomé, o islamismo atingiu sua forma definitiva.

AMBIENTE CONTURBADO
O Grande Profeta Maomé nasceu em Meca por volta de 570 d.C., cidade que, na época, já era considerada santa e um centro de peregrinação. Lá se encontrava a CAABA, O TEMPLO DE PEDRA NEGRA, de formato cúbico, que a tradição diz ter sido construído por ABRAÃO, e que alguns afirmam tratar-se de um meteorito. No entanto, a cidade apresentava um ambiente sem qualquer controle ou organização, inclusive por parte da religião predominante, geralmente apresentada como um politeísmo animista repleto de espíritos chamados ‘jinn’[demônios]. Não existindo qualquer restrições morais, não havia uma justiça eficaz ou organização política. A sociedade era composta por tribos que não tinham um sentido de nação e sequer s consideravam integrantes de um mesmo povo.

Diz-se que a personalidade de Maomé - nome que significa ‘altamente louvado’ – foi fortemente marcado pelos acontecimentos em sua infância. Nascido na influente tribo Koreish, o pai morreu logo após seu nascimento, a mãe quando ele tinha seis anos e o avô, que o criou a partir de então, quando ele completara oito anos. Adotado por um tio, o jovem passou a cuidar de rebanhos.

Esses fatos marcantes o tornaram uma pessoa de bom coração, de temperamento calmo e gentil e preocupado com o sofrimento alheio. Apesar dessa preocupação com seus semelhantes, sua forma de ser o manteve afastado da sociedade corrupta e viciada da época. Os relatos descrevem um ambiente em que o jogo, as orgias e a degeneração dos costumes era a regra, com disputas violentas explodindo freqüentemente entre as tribos.

Maomé tornou-se um comerciante respeitado quando entrou para o ramo das caravanas. Aos 21 anos, conheceu e começou a trabalhar para a rica viúva Khadija, 15 anos mais velha que ele, com quem veio a se casar. Essa união é considerada muito importante, uma vez que, após receber a revelação divina, Maomé foi muitas vezes confortado por sua esposa durante um período em que ninguém acreditava em suas pregações.

A PALAVRA DE ALÁ
Sentindo-se deslocado na sociedade em que vivia, Maomé costumava se retirar para uma caverna no Monte Hira, próxima a Meca. Depois de completar 40 anos, o anjo Gabriel apareceu a sua frente e lhe disse que ele teria uma missão muito especial. As palavras exatas ditas por Gabriel variam de acordo com a tradução, mas basicamente o anjo l he ordenava que lesse o pergaminho que trazia nas mãos, apesar de Maomé não saber ler.

Cheio de dúvidas e achando que poderia estar enlouquecido, o profeta continuou a receber as mensagens. Com o apoio de Khadija, começou a espalhar a palavra de Alá, inicialmente para os familiares e amigos mais próximos, depois conversando com outras pessoas. Foi um período difícil, uma vez que não havia qualquer interesse nos poderosos da região em permitir que uma fé monoteísta ganhasse força.

Segundo Huston Smith, a hostilidade com que sua mensagem foi recebida deve-se a três causas.:

Em primeiro lugar: acabar com as crenças politeístas implicava em reduzir a renda que entrava nos cofres de Meca com as peregrinações – a cidade tinha 360 santuários, um para cada dia do ano lunar.

Em segundo lugar: Os ensinamentos também tinha um fundo moral, que ia contra a licenciosidade a que se entregavam os habitantes do local.

Em terceiro lugar: o conteúdo das mensagens ia diretamente contra a ordem injusta e pregava uma espécie de sistema democrático, uma vez que Maomé insistia na idéia de que todas as pessoas eram iguais perante Alá.

Tais ensinamentos implicavam em acabar com uma série de privilégios dos poderosos e não demoraram a gerar agressões e insultos. Com o passar do tempo e a ineficácia dos ataques verbais, os ataques se tornaram mais contundentes, transformando-se em calúnias e difamações, até chegar às agressões físicas. Mas, como ocorreu com outras religiões, a insistência e a fé de Maomé e de seus até então pouco seguidores fez com que a mensagem ganhasse força e chegasse a mais e mais ouvidos, encontrando respostas positivas. Conta a história que nos primeiros três anos o número de conversões não passava de 40, mas dez anos depois centenas de famílias aclamavam-no como o autêntico porta-voz de Deus.

A HÉGIRA
Em árabe, Hégira significa migração, ou ‘rompimento, partida’. Representa um ponto crucial no desenvolvimento do ISLAMISMO e começou a tomar forma no momento em que os nobres de MECA sentiram-se realmente ameaçados pelo crescimento no número de seguidores do Islã. Sua idéia era simplesmente liquidar Maomé de uma vez por todas.

Foi nesse período que o profeta recebeu a visita de uma delegação de importantes cidadãos da cidade de Yathrib, 450km ao note de Meca, onde seus ensinamentos já começavam a encontrar respostas. A cidade atravessara um momento de imensa dificuldade devido às lutas internas e os cidadãos desejavam a presença de um líder forte, imparcial e sem relação com a cidade. Resultado: Maomé foi escolhido para a função. Como se dispuseram a aceitar os preceitos do Islã, o profeta aceitou a difícil tarefa. Dezenas de famílias partiram de Meca para a cidade e Maomé seguiu posteriormente, perseguido pelos lideres que desejavam a sua morte. Isso ocorreu em 622, ano que marca o inicio do calendário dos muçulmanos.

A cidade passou a ser conhecida como Medina al-Nabi, A Cidade do Profeta, ou apenas Medina, a primeira a se tornar totalmente islâmica. Diz-se que até mesmo aqueles que costumam falar mal de Maomé reconhecem que ele fez um trabalho notável em Medina, atuando como um estadista de primeira linha. Entre seus feitos locais, conseguiu unir as cinco tribos da cidade, três delas judias, e formou uma federação em que o ponto alto era o sentido de justiça social.

Os acontecimentos seguintes envolveram uma verdadeira guerra contra Meca, iniciada dois anos após a hégira, com uma vitória do profeta contra um exercito numericamente muito superior. Essa vitória, no entanto, foi seguida por uma derrota no ano seguinte, na qual o próprio mensageiro de Deus foi ferido. Os historiadores dizem que Meca cometeu um erro ao não iniciar imediatamente o cerco a Medina, dando às forças muçulmanas a possibilidade de reverter a situação. O resultado é que, oito anos após a saída de Meca, Maomé retornava à cidade como seu conquistador e praticamente toda ela se converteu ao islamismo.

A EXPANSÃO
Quando Maomé faleceu em 632 d.C., a maior parte da Arábia já estava dominada e se tornara islâmica. E foi só após sua morte que o alcorão começou a ser redigido, até então guardado na memória dos seguidores. Diz-se que os textos estavam escritos em folhas de palmeiras, peles e pedras, e que o primeiro califa, Abu Bakr, mandou escrever todos os versículos sobre peles vindas da Pérsia.

Maomé morreu no colo de sua esposa preferida, Aisha, e escolheu ser sepultado em Medina, a cidade que adotou. Seu túmulo ficou na mesquita erguida pela comunidade muçulmana logo que chegaram à cidade. A construção original, que serviu como centro religioso e econômico de Medina enquanto Maomé estava vivo, foi ampliada e embelezada pelos governantes posteriores. Mais tarde, ao lado de seu túmulo foram enterrados Abu Bakr e Umar, os dois primeiros califas.

Os califas foram os sucessores de Maomé na liderança dos muçulmanos, sendo que os três primeiros ou eram parentes do profeta ou faziam parte dos primeiros convertidos. O quarto califa foi Ali, primo de Maomé e casado com sua filha Fátima. Foi nessa época que se deu o cisma no islamismo, uma vez que alguns seguidores do profeta entendiam que a sucessão devia ser a partir da descendência direta do profeta. Essa facção minoritária se denominava ‘Shiat Ali’, ou Shia, que é a facção XIITA, hoje a principal do Irã. A facção majoritária, SUNITA, entendia que a liderança e a sucessão cabia a quem de fato detinha o poder. Ali foi assassinado pelos adversários e o califado se instalou em Damasco e depois, em Bagdá, onde permaneceu por 500 anos. A partir de então, a liderança passou a ser exercida pelo sultão de Istambul, até 1924, quando o último sultão turco foi derrubado e o islamismo deixou de ter um califa como líder.

A influencia do ISLAMISMO no mundo ocidental foi grande, tanto nas artes quanto nas ciências, e sentida ainda mais depois que o califado se instalou na península ibérica. Não se tratou de uma influencia religiosa, uma vez que os conquistadores mantiveram a liberdade de pensamento dos conquistados – ainda que muitas conversões tenham sido realizadas no norte da África, por exemplo, de onde o islamismo se espalhou para o restante do continente africano. Nem mesmo o período colonialista, quando os europeus dominaram grande parte da África, foi suficiente para conter sua expansão.

OS PILARES DO ISLÃ
Segundo praticamente todos os especialistas, o credo do Islã, pode ser resumido na frase:

“NÃO HÁ DEUS SENÃO ALÁ, E MAOMÉ É SEU PROFETA”.

Nesta frase esta contido o núcleo da religião, ou seja, o monoteísmo e a revelação por intermédio de Maomé. Um conceito teológico básico do islamismo, explica Huston Smith, é a crença absoluta na realidade de Deus, imaterial e invisível, ainda que não tenha sido o Alcorão que introduziu os árabes no mundo invisível do espírito, ou mesmo no monoteísmo. Os chamados ‘HANIFS’ já tinham chegado a essa postura antes de Maomé. O que o alcorão fez foi acabar com os ídolos religiosos e centralizar a atenção dos fiéis em um único Deus invisível.

Outro conceito teológico tido como uma das causas da ciência islâmica ter se desenvolvido muito mais que a européia, especialmente durante a Idade Média, trata-se da idéia de que o mundo foi criado por ato deliberado da vontade de Alá. Isso implica em um entendimento da matéria como algo real e importante, o que levou ao desenvolvimento da observação cientifica. Esse mesmo conceito também se encontra na idéia de que, por ter sido criado por Alá, que é bondoso, o mundo material só pode ser um lugar bom.

Os muçulmanos possuem obrigações religiosas básicas, chamadas de OS CINCO PILARES DO ISLÃ, que estão relacionadas com o CAMINHO RETO, ou seja, o caminho correto para a vida, explicado por meio de ordens bem claras.

Isso está relacionado com os quatro estágios da revelação de Deus à humanidade.:

=> Primeiro, por intermédio de ABRAÃO, foi a revelação do monoteísmo;

=> O segundo por intermédio de Moisés, foi a revelação dos Dez Mandamentos;

=> a terceira, com Jesus Cristo, foi a revelação da Regra de Ouro, ou seja, ‘devemos fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem’;

=> Restava, então, uma pergunta: como deveríamos amar nossos semelhantes?

Assim, os pilares que regulam a vida dos muçulmanos são:
 o credo;
 a oração;
 a caridade;
 o jejum e a peregrinação a Meca.


Hoje, mais do que nunca, tornou-se fundamental conhecer mais da religião islâmica. Uma onde de interesse pelo islamismo espalhou-se pelo mundo, especialmente nos EUA, que sofreu os atentados terroristas ligados ao radicalismo islâmico. No entanto, muitos estudiosos entendem que a falta de conhecimento sobre o Islã é crônica na sociedade ocidental, algo que já vem dos tempos das cruzadas e se fundamenta principalmente no preconceito.

Fala-se muito que, ao considerar os atos radicais e violentos de organizações muçulmanas, os ocidentais tendem a esquecer os atos igualmente terríveis praticados por outras religiões no passado, inclusive a católica. Ao se levantar esses assuntos é importante lembrar que os muçulmanos consideram Jesus como um de seus profetas, e a mensagem de amor ao próximo transmitida por ele é encarada com tanta seriedade e respeito quanto o é pelos cristãos.

Por esse motivo, obter informação e conhecimentos sem preconceitos é fundamental para obter um ponto de vista equilibrado sobre realidades que, aparentemente, encontram-se tão distantes da nossa
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[Texto de Gilberto Schoereder_Sexto Sentido Especial_Grandes Iluminados]

Quem foi Cristo afinal?


Ainda envolta em muitos mistérios, a vida de Jesus Cristo causou uma revolução sem precedentes na humanidade. Mas e o lado místico do grande avatar, seus ensinamentos esotéricos?

É quase uma unanimidade que Jesus tenha sido o homem mais influente da História humana, ainda que com o atual crescimento do islamismo os muçulmanos possam reclamar a mesma situação para Maomé. Mas Jesus ultrapassa a fronteira das religiões, uma vez que também é um profeta para os muçulmanos, e na Índia é reverenciado como um ‘AVATAR’ da divindade Vishnu. O mais interessante é que esse jovem mestre, nascido na Galiléia há mais de 2 mil anos, alterou para sempre a sociedade no planeta e é muito pouco mencionado nos documentos de sua época.

Hoje, talvez mais do que nunca, estuda-se a vida de Cristo na tentativa de decifrar os mistérios que ainda envolvem sua passagem pela Terra, especialmente dos 12 aos 30 anos, período completamente obscuro no Novo Testamento. Numa época consumista como a nossa, muitos falam sobre Jesus e suas mensagens para a humanidade – há inclusive aqueles que afirmam receber instruções diretamente dele -, utilizando sua figura de forma puramente comercial, totalmente contrária aos seus ensinamentos básicos.

Arqueólogos vêm tentando comprovar ou desmitificar passagens bíblicas, relativas ao Velho e ao Novo Testamento, e novas descobertas jogam luz no conhecimento histórico sobre o mestre, desde as TEORIAS envolvendo a estrela que iluminou o céu após o seu nascimento – que seria um cometa – até a recente possível descoberta do local em que Jesus foi batizado na Jordânia.

Como se não bastasse, em tempos mais próximos Jesus também passou a ser entendido por alguns como um extraterrestre de poderes e conhecimentos muito acima dos humanos, atuando na Terra como parte de um processo de esclarecimento e limpeza do planeta – um conceito que também faz parte dos milenares conhecimentos da Índia.

INFÂNCIA
Embora a maioria dos historiadores cristãos não aceite a idéia, outros pesquisadores e historiadores afirmam que a passagem de Jesus pela Índia está fartamente documentada nos Iamastérios. Essa ida já estaria evidenciada em seu nascimento: o incenso e o ouro levados pelos magos Gaspar e Baltazar vinham de Ladakh – o incenso com a finalidade de reconhecer o novo avatar, e o ouro como dote para que, a partir dos 11 anos, ele pudesse se instruir em Ladakh e conhecer o budismo.

No Tibete, o jovem rabino ficou conhecido como Issa, um grande profeta, uma emanação de Buda. E, ao contrário do que acreditam os cristãos, Jesus não teria morrido na cruz, mas na Índia, tendo sua sepultura em Srinagar, onde também é conhecido como o profeta Yuz Asaf. Alguns historiadores afirmam que essa passagem de Jesus pela Índia não ocorreu, e a idéia apenas começou a ser apresentada após a publicação de um livro do viajante russo Nicolas Notovitch, “The Unknown Life of Jesus [A Vida Desconhecida de Jesus], em que o autor falava sobre documentos que teria encontrado sobre Issa, relacionando-o com Jesus. Mas a tradição tibetana e indiana é bem mais antiga, e estudiosos entendem que a semelhança entre os ensinamentos de Jesus e dos tibetanos é evidente demais para ser negada. Da mesma forma fala-se de sua viagem ao Egisto e à Pérsia, onde teria estudado o Zoroastrismo, na época em que tinha cerca de 16 anos.

A dificuldade dos historiadores está em conciliar informações e datas contraditórias que vêm tanto do Tibete, quanto dos evangelhos considerados apócrifos, mas que contém informações importantes sobre os anos misteriosos do Cristo. Segundo o professor Fida Hassnain – historiador nascido em Srinagar, Índia, e autor do livros ‘Jesus, a Verdade e a Vida´[Madras Editora]-,na primeira etapa da viagem à Índia, o mestre teria entrado em contato com seguidores do JAINISMO, religião que defendia a purificação da alma pela pureza de vida, não-violência, ações e pensamentos nobres, generosidade com todos os seres e dieta vegetariana.

Depois, ele teria ido a Varanasi, e existiriam textos sobre seus sermões na região, que irritaram os sacerdotes brâmanes. Logo após, Jesus teria entrado em contato com BUDISTAS e vivido entre eles por seis anos, quando iniciou a viagem de volta à sua terra natal, cruzando a Pérsia até chegar em Israel. Mais uma vez, ele teria se dirigido ao Egito, onde havia estado antes, e visitado mosteiros dos ESSÊNIOS com seu pais terrenos.

Fida Hassnain também diz que Jesus esteve na Grécia e Inglaterra, esta última viagem realizada como acompanhante de José de Arimatéia, ESSÊNIO rico e importador de estanho entre Cornawall e Fenícia. Essa viagem figura em lendas apenas - que dizem que Jesus construiu uma igreja em Glastonbury e que a mãe de Maria seria de Cornwall. Para a maioria dos pesquisadores, no entanto, essa é apenas uma tentativa de aproximar Cristo do Ocidente, transformando sua verdadeira origem.

INFLUÊNCIAS
Historiadores ortodoxos também têm posturas contraditórias, algumas vezes reconhecendo uma relação entre os ensinamentos cristãos e os de outras religiões, outras vezes entendendo que tudo o que Cristo disse estava dentro da ortodoxia judaica.

Arnold Toynbee, um dos mais famosos historiadores do mundo, diz que o cristianismo venceu uma verdadeira batalha para se tornar a religião universal no Oriente Médio e Mediterrâneo. Essa competição entre religiões ocorreu após a unificação política com o Império Romano, em que muitos deuses e deusas desapareceram e deixaram ‘lugares vagos’. Assim, o papel de Mãe, que já fora de Isis, Cibele, Ártemis ou Deméter, foi assumido por Maria, com os mesmos atributos de Ísis. E com a morte de Zeus no mundo helênico, Javé assumiu seu lugar.

Toynbee também diz que os relatos mais antigos sobre Cristo foram escritos por devotos que já haviam passado a acreditar que o mestre não tivera qualquer pai humano, assim como os faraós, que se diziam ter sido fecundados por um deus. O historiador também assinala paralelos com religiões como o HINDUISMO, uma vez que Jesus havia repudiado a sugestão de ser Deus – informação contida nas próprias escrituras, ainda que renegada por grande parte do clero católico. Em pelo menos dois pronunciamentos registrados, Jesus teria afirmado que ele e Deus não eram o mesmo ser, o que o historiador entende como uma postura hindu – ou seja, um homem que anulou o seu ego e com isso abriu o véu que oculta a realidade espiritual suprema. ‘Essa visão direta da realidade espiritual maior’, escreve Toynbee, ‘pode ter sido a experiência que levou seus adeptos não-judeus a deificá-lo’, algo que, como judeu, ele não poderia aceitar. O historiador ainda explica que, assim como outros rabinos de sua época, Jesus pode ter-se denominado ‘filho de Javé’, uma frase comumente utilizada para indicar relação de amizade e confiança mútuas.

Seguindo a trilha de outros estudiosos, Toynbee também situa Jesus num ambiente cultural limitado, entendendo que, como judeu ortodoxo, seus horizontes étnico e geográfico limitava-se ao judaísmo palestino, e mesmo quando enviou os discípulos em expedição missionária, eles foram instruídos para se dirigis apenas aos judeus – uma postura que contradiz as informações de que Jesus esteve na Índia e em outros países absorvendo culturas. Grande parte dos historiadores do período entende que os SADUCEUS concordaram com a condenação de Cristo pelas autoridades romanas porque ele havia permitido que a população judaica de Jerusalém o aclamasse como o Messias, aquele que iria libertar o povo judeu, e não pode discordar de suas interpretações dos textos sagrados, idênticas às de outros rabinos. Assim, a revolta da população, que poderia terminar em imensa matança, foi evitada com a morte de um único judeu.

O escritor Sérgio de Souza Carvalho, autor de ‘Os Mestres da Terra’ [Hemus editora], também cita evangelhos apócrifos como exemplo da influência hindu nas palavras de Jesus, especialmente o chamado ‘Evangelho de Tomé’, encontrado no Alto Egito em 1945. Nele, Jesus utilizaria idéias que os judeus desconheciam, mas muito comuns na Índia. Carvalho desenvolveu um pensamento diferente de Tonynbee ao afirmar que Jesus entrou em conflito com as autoridades justamente por se utilizar de métodos pouco ortodoxos, como a escolha de homens simples para discípulos, a convivência com prostitutas, uma vida itinerante e uma preocupação com os pobres e oprimidos, apesar de ter se recusado a ser um líder político.

APÓS A CRUCIFICAÇÃO
A crença na crucificação e ressurreição de Jesus Cristo é um ponto fundamental do cristianismo e da Igreja Católica, mas não é compartilhado por outras religiões que também têm em Jesus uma figura especial.

Para os HINDUS, por exemplo, Cristo não morreu na cruz, mas sobreviveu e retornou à Índia, onde faleceu anos depois. Diz-se que ele possuía o conhecimento dos iogues, que são capazes de reduzir sua respiração para dar a impressão de estarem mortos. Hassain cita um texto sobre a crucificação de Jesus, que eles chamavam de ISHA NATHA, no qual é explicado que Jesus entrou em estado de superconsciência, ou ‘samandhi’ mesmo antes da tortura. Um de seus mestres, CHETAN NATHA, viu em meditação o que ocorria com Cristo/Isha Natha e se transportou para Israel, tornando seu corpo mais leve que o ar. Ele pegou o corpo de Jesus do sepulcro, despertou-o do transe profundo em que se encontrava e conduziu-o para a Índia, onde estabeleceu um ‘ashram’ nas terras baixas do Himalaia.

A seita muçulmana AHMADDIYA, segundo Souza Carvalho, não aceita a morte de Jesus na cruz, acreditando que ele faleceu de velhice na Cachemira, onde teria se casado e tido um filho. O professor Fida Hassnain diz que os ESSÊNIOS também têm uma versão diferente para o que ocorreu após a crucificação – versão obtida do livro “The Crucifixion by na Eye Witness” [A Crucificação Segundo uma Testemunha Ocular], lançado em Chicago em 1907. Segundo se diz, o livro foi publicado originalmente em 1873, mas acabou sendo retirado de circulação e todos os exemplares foram destruídos. Uma cópia teria ficado em poder da ORDEM MAÇÔNICA em Massaschussets. O texto seria a tradução de um manuscrito em latim, em poder da FRATERNIDADE MAÇÔNICA DA ALEMANHA, que continha uma carta escrita por um membro da ORDEM DOS ESSÊNIOS a outro membro na Alexandria, sete anos após a crucificação.

O texto diz que dois ‘irmãos’ de ordem, José e Nicodemos, influentes tanto junto a Pilatos quanto aos judeus, foram os que removeram o corpo de Cristo da cruz, depois que um terremoto afastou as pessoas do local. Eles não acreditavam que o mestre estivesse morto, já que ele teria passado menos de sete horas crucificado. Quando viram seu estado, perceberam que ainda era possível salva-lo usando ungüentos de grande poder curador. O corpo foi então colocado no sepulcro pertencente a José de Arimatéia. Defumaram a gruta com aloé e outras ervas, e fecharam a entrada com uma pedra grande. Trinta horas depois, um ruído foi ouvido. Os ESSÊNIOS perceberam que seus lábios se moviam e ele respirava. Assim que Jesus se recuperou foi escondido em um centro essênio.

RESSURREIÇÃO E RETORNO
Seguindo esses estudos paralelos, as inúmeras aparições de Cristo após sua morte, registradas nos evangelhos, devem ser entendidas não como aparições no sentido MÍSTICO, mas FÍSICAS mesmo. Na verdade, passagens de LUCAS[24:36-40 e 24:36-42] são citadas como exemplos d que isto de fato ocorreu. Durante encontros dos discípulos, que discutiam se Cristo tinha ou não ressuscitado, Jesus surgiu para eles. O texto diz:

“Enquanto ainda falavam dessas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes: A paz esteja convosco. Espantados, todos pensaram estar vendo um espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados e por que essas dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho”. E ainda: “Mas vacilando eles ainda, e estando transportados de alegria, perguntou: Tendes aqui alguma coisa para comer? Então ofereceram-lhe um pedaço de peixe assados. Ele tomou e comeu à vista deles”.

Dessa maneira, as inúmeras aparições foram para mostrar aos discípulos que ele estava vivo e que não se tratava de um milagre.

Em João 10:16 também estaria a indicação de que Jesus partiria em viagem, quando diz: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão minha voz”. Os muçulmanos costumam dizer que, após ter sido salvo da cruz, Jesus partiu numa odisséia, guiado e protegido por Alá, tendo vivido até os 120 anos.

Claro que os indícios de que Jesus teria vivido e morrido na Cachemira muito depois da crucificação não são reconhecidas pela história oficial, mas isso é o que menos importa. A mensagem do jovem rabino permaneceu viva durante dois milênios, foi acolhida pelas mais diferentes culturas e cravou raízes nos quatro cantos do mundo. ‘AMA O PRÓXIMO COMO A TI MESMO’ nunca foi tão relevante como nos tempos atuais, em que pessoas continuam se matando em nome de ideais distorcidos, sem perceber que em essência falam a mesma língua e procuram a mesma espiritualidade esquecida.

ENCARNAÇÕES
Segundo o visionário Edgar Cayce, um dos mais famosos paranormais de todos os tempos, Cristo teve uma série de encarnações antes daquela que o consagrou o grande mestre Jesus. Em vários de seus transes, nos quais fazia curas milagrosas e revelações espantosas, Cayce relatou que Jesus teria sido Ram ou Rama, na Índia, por volta de 2000 a.C., assim como Buda, o que confirmaria a noção tibetana de que ele seria uma encarnação do grande iluminado.

No entanto, explica o paranormal, tudo teria começado com a criação da primeira alma por Deus, Amilius, que fizera parte dos atos da criação divina. Essa alma, que seria Jesus não foi materializada e, tendo sido a primeira criação de Deus, liderou a segunda geração de espíritos que vieram ao plano terrestre para ajudar os que aqui haviam ficado presos à matéria. Essa aparição na Terra, apenas em espírito, teria ocorrido por volta de 200 mil anos atrás, época em que ainda existia o continente da ATLÂNTIDA. Isso evidentemente contraria a idéia de que os humanos primitivos surgiram há pelo menos 2 milhões de anos, bem como a noção de que ‘MU’ precedeu a ‘ATLANTIDA’.

Glenn Sanderfur, que escreveu o livro LIVES OF THE MÁSTER:THE REST OFF THE JESUS STORY [Vidas do Mestre: O restante da História de Jesus] baseado nos escritos psíquicos de Edgar Cayce, disse que as revelações de Cayce não contrariam a Bíblia ao supor a existência de almas na Terra anteriores a Adão. Segundo o autor, a ‘New Catholic Encyclopedia’ diz que nem as escrituras, nem os ensinamentos da Igreja negam a possibilidade da existência de pré-adamitas. Essas almas aprisionadas nos corpos materiais seriam conhecidas como filhos e filhas do homem, ou filhos de BELIAL.

Depois, Deus e Amilius criaram um novo tipo de corpo para essas almas, e o primeiro deles, Adão, foi habitado por Amilius. Posteriormente, a alma se manifestou como o profeta ENOQUE, e como um sacerdote egípcio chamado RA, por volta de 10.500 a.C. O mesmo AMILIUS teria sido HERMES, posteriormente chamado de HERMES TRISMEGISTOS pelos gregos. Reencarnou ainda como MELQUIZEDEQUE, como JOSÉ e ainda como ZEND. Este último teria sido o pai de ZARATUSTRA e, provavelmente, quem lhe passou o conhecimento que redundou no ZOROASTRISMO, que muitos estudiosos entenderam ter uma relação bem próxima com o CRISTIANISMO. Por fim, a alma assumiu o corpo de JESUS e deixou sua marca indelével na História da Humanidade.
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[Texto de Gilberto Schoereder_Sexto Sentido Especial_Grandes Iluminados]