Consideraremos agora um dos mais fascinantes e interessantes fenômenos paranormais a: PRECOGNIÇÃO. Em termos parapsicológicos diz-se que é um dos fenômenos mais comuns e que todo mundo tem, ao longo de sua vida, pelo menos uma experiência precognitiva, geralmente através de sonhos.
A precognição se define como a captação de um acontecimento futuro que ultrapassa o alcance da interferência lógica, fenômeno que não se pode fazer ocorrer nem se pode influenciar depois que ocorreu, para que satisfaça a predição. Também é definido como o conhecimento direto do futuro.
Em geral, as precognições estão relacionadas com sonhos e delírios associados a situações de caráter emocional ou de perigo. Muitos se perguntam por que as precognições estão relacionadas com perigos de acidentes, de morte ou de enfermidades. Acredita-se que isto se deve a que nosso subconsciente está sempre procurando nos proteger. Quando tudo está bem, não é necessário recebermos mensagens de advertência, mas quando algum perigo nos ameaça ou a alguém de nossa família ou a amigos, de algum modo ele nos adverte. O que é às vezes difícil é interpretar os sonhos ou as imagens precognitivas.
Além disso, nem tudo o que se capta do futuro é uma precognição. Por exemplo, quando se sabe de um terremoto futuro a prazo curto, como de várias horas ou um dia, isso é geralmente captado por meio de hiperestesia.
Muitas advertências, horóscopos, profecias, etc., cumprem-se não porque os chamados ‘adivinhos’ possam ver o futuro, mas porque os consulentes se deixam levar pela força da sugestão; esta leva a obsessão, de que passamos para a compulsão e, neste estado, realizamos inconscientemente os atos contidos nas idéias expressas pelo ‘adivinho’. Assim acreditamos que ele soube das coisas por antecipação, quando na realidade fomos nós mesmos que as produzimos.
Um ‘adivinho’ inteligente e preparado sabe como prever as conseqüências de seus prognósticos e, por conseguinte, não dirá a um consulente coisas negativas ou que lhe causem preocupação. Exemplos: se um adivinho prediz a uma pessoa a enfermidade de que ela vai morrer, é possível que, graças à lei da sugestão, essa pessoa venha a padecer dessa enfermidade e chegue a morrer. Dizer a alguém que vai sofrer um acidente fará com que, através da cadeia sugestão-obsessão-compulsão,o sujeito fique predisposto a provocar inconscientemente um acidente para si mesmo. Também pode acontecer que sonhemos algo bonito e agradável e que isso nos leve inconscientemente a buscar na vida real uma experiência semelhante; com isso acreditamos que tivemos um sonho precognitivo, mas o que ocorreu, na verdade, foi que nós mesmos fizemos coincidir fatos da vida com o sonho.
SUPOSTAS PROFECIAS
Por esse mesmo processo, opina-se em meio científicos que algumas das famosas profecias de Nostradamus não foram profecias, mas as pessoas que se tornaram famosas por interpretá-las ajustaram sucessos do passado a sua interpretação, e é sempre fácil de encontrar alguma experiência que coincida com o que elas interpretaram.
O correto seria, por exemplo, que agora se interpretasse uma dessas profecias como um fato a ocorrer supostamente dentro de cinco ou dez anos e que se guardasse essa interpretação sigilosamente e se esperasse para ver se ocorreria ou não o fato no prazo indicado. Se não se faz isso, não se pode atribuir caráter cientifico à interpretação e nem sequer se pode considerá-la válida.
Por outro lado, descobriu-se que algumas profecias são apócrifas. É o caso da profecia de San Malaquias, que faleceu no dia 2 de novembro de 1148. A profecia se refere ou começa com Celestino II, entre 1143 e 1144, mas o método do carbono 14 determinou que ela foi escrita em 1595. Para escrevê-la, foi usada a História de Panvínio, 400 anos depois da morte de San Malaquias.
De 1595 em diante, continuou-se a escrever numa linguagem com sentido enigmático e genérico, o que faz com que qualquer circunstância se acomode à profecia e qualquer profecia à circunstância. Por exemplo, dizer, ‘todos os lemas para cada Papa e todos os Papas para cada lema’, serve para fazer coincidir a causalidade com a interpretação. Também se verificou que algumas profecias de Nostradamus ou não se cumpriram ou não se soube interpretá-las. Segundo uma delas, o sucessor de Pio XII deveria ser jovem, e João XXIII tinha 77 anos quando foi eleito.
PRECOGNIÇÕES VERDADEIRAS
Não obstante, conhecem-se fatos que foram captados antes que ocorressem e que constituem precognições verdadeiras. Exemplos: o naufrágio do Titanic ocorreu entre 14 e 15 de abril de 1912. No dia 23 de março desse ano, J.O’Connor reservou passagem para a viagem inaugural, mas 10 dias antes sonhou duas vezes com a tragédia, cancelou a viagem e assim salvou a sua vida.
Num artigo anterior, falamos do dotado holandês, Gerard Croiser, que tinha a faculdade da psicometria precognitiva e podia descrever, tocando uma cadeira, a pessoa que se sentaria nela na semana seguinte. Isso não era nenhum truque, pois tomavam-se todas as precauções para que as pessoas fossem ao local a esmo e, quando alguém sentava na cadeira tocada por Croiset, coincidia com sua descrição em muitos detalhes, inclusive cicatrizes.
Também é conhecido o sonho precognitivo do Presidente Lincoln. No dia 21 de março de 1865, ele sonhou que estava no palácio presidencial, descendo as escadas. Ao chegar ao salão, ouviu vozes abafadas e choro, viu um caixão de defunto com quatro velas. Perguntou então o que havia ocorrido e alguém lhe disse: “mataram o presidente”. O sonho o impressionou um pouco e ele o contou no dia 23 do mesmo mês. Lincoln foi assassinado no dia 14 de abril, no Teatro Ford de Washington, pelo ator John Wilkes Booth.
Outro sonho, histórico está relacionado com o atentado de Saravejo, que deu origem à Primeira Guerra Mundial. O bispo Joseph von Lanhyi sonhou,no dia 28 de junho de 1914, que recebia uma carta num envelope com timbre e selo negros. A letra era do Arquiduque Francisco Fernando, que explicava o atentado de que seria vítima. Enquanto o bispo lia a carta, viu uma cena do atentado. Ele acordou apavorado às três e meia da madrugada e não conseguiu mais dormir. Doze horas mais tarde aconteceu o atentado tal como ele tinha sonhado.
PRECOGNIÇÃO OU TELEPATIA?
Mesmo assim fica uma duvida. São esses sonhos precognitivos, ou são captações telepáticas? È provável que em ambos os sonhos tenha sido captado o plano que estava preparado na mente dos assassinos e, neste caso, não se trataria de precognição e sim de telepatia. Podemos assim perceber que o estudo da parapsicologia não é fácil e que o cientista pesquisador tem de fazer hipótese, às vezes muito originais, e fazer experimentos que lhe permitam constatar a natureza e validade dos fenômenos.
Há muitos outros casos de precognição que poderíamos citar, mas com isso não acrescentaríamos nada novo ao tema e cairíamos em monotonia. Em nosso próximo artigo aprofundaremos o fenômeno quanto às hipóteses propostas e apresentaremos um experimento cientifico que foi considerado uma chave para que a ciência se assegure da existência da verdadeira precognição.
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[Texto de Pedro Raúl Morales]
A precognição se define como a captação de um acontecimento futuro que ultrapassa o alcance da interferência lógica, fenômeno que não se pode fazer ocorrer nem se pode influenciar depois que ocorreu, para que satisfaça a predição. Também é definido como o conhecimento direto do futuro.
Em geral, as precognições estão relacionadas com sonhos e delírios associados a situações de caráter emocional ou de perigo. Muitos se perguntam por que as precognições estão relacionadas com perigos de acidentes, de morte ou de enfermidades. Acredita-se que isto se deve a que nosso subconsciente está sempre procurando nos proteger. Quando tudo está bem, não é necessário recebermos mensagens de advertência, mas quando algum perigo nos ameaça ou a alguém de nossa família ou a amigos, de algum modo ele nos adverte. O que é às vezes difícil é interpretar os sonhos ou as imagens precognitivas.
Além disso, nem tudo o que se capta do futuro é uma precognição. Por exemplo, quando se sabe de um terremoto futuro a prazo curto, como de várias horas ou um dia, isso é geralmente captado por meio de hiperestesia.
Muitas advertências, horóscopos, profecias, etc., cumprem-se não porque os chamados ‘adivinhos’ possam ver o futuro, mas porque os consulentes se deixam levar pela força da sugestão; esta leva a obsessão, de que passamos para a compulsão e, neste estado, realizamos inconscientemente os atos contidos nas idéias expressas pelo ‘adivinho’. Assim acreditamos que ele soube das coisas por antecipação, quando na realidade fomos nós mesmos que as produzimos.
Um ‘adivinho’ inteligente e preparado sabe como prever as conseqüências de seus prognósticos e, por conseguinte, não dirá a um consulente coisas negativas ou que lhe causem preocupação. Exemplos: se um adivinho prediz a uma pessoa a enfermidade de que ela vai morrer, é possível que, graças à lei da sugestão, essa pessoa venha a padecer dessa enfermidade e chegue a morrer. Dizer a alguém que vai sofrer um acidente fará com que, através da cadeia sugestão-obsessão-compulsão,o sujeito fique predisposto a provocar inconscientemente um acidente para si mesmo. Também pode acontecer que sonhemos algo bonito e agradável e que isso nos leve inconscientemente a buscar na vida real uma experiência semelhante; com isso acreditamos que tivemos um sonho precognitivo, mas o que ocorreu, na verdade, foi que nós mesmos fizemos coincidir fatos da vida com o sonho.
SUPOSTAS PROFECIAS
Por esse mesmo processo, opina-se em meio científicos que algumas das famosas profecias de Nostradamus não foram profecias, mas as pessoas que se tornaram famosas por interpretá-las ajustaram sucessos do passado a sua interpretação, e é sempre fácil de encontrar alguma experiência que coincida com o que elas interpretaram.
O correto seria, por exemplo, que agora se interpretasse uma dessas profecias como um fato a ocorrer supostamente dentro de cinco ou dez anos e que se guardasse essa interpretação sigilosamente e se esperasse para ver se ocorreria ou não o fato no prazo indicado. Se não se faz isso, não se pode atribuir caráter cientifico à interpretação e nem sequer se pode considerá-la válida.
Por outro lado, descobriu-se que algumas profecias são apócrifas. É o caso da profecia de San Malaquias, que faleceu no dia 2 de novembro de 1148. A profecia se refere ou começa com Celestino II, entre 1143 e 1144, mas o método do carbono 14 determinou que ela foi escrita em 1595. Para escrevê-la, foi usada a História de Panvínio, 400 anos depois da morte de San Malaquias.
De 1595 em diante, continuou-se a escrever numa linguagem com sentido enigmático e genérico, o que faz com que qualquer circunstância se acomode à profecia e qualquer profecia à circunstância. Por exemplo, dizer, ‘todos os lemas para cada Papa e todos os Papas para cada lema’, serve para fazer coincidir a causalidade com a interpretação. Também se verificou que algumas profecias de Nostradamus ou não se cumpriram ou não se soube interpretá-las. Segundo uma delas, o sucessor de Pio XII deveria ser jovem, e João XXIII tinha 77 anos quando foi eleito.
PRECOGNIÇÕES VERDADEIRAS
Não obstante, conhecem-se fatos que foram captados antes que ocorressem e que constituem precognições verdadeiras. Exemplos: o naufrágio do Titanic ocorreu entre 14 e 15 de abril de 1912. No dia 23 de março desse ano, J.O’Connor reservou passagem para a viagem inaugural, mas 10 dias antes sonhou duas vezes com a tragédia, cancelou a viagem e assim salvou a sua vida.
Num artigo anterior, falamos do dotado holandês, Gerard Croiser, que tinha a faculdade da psicometria precognitiva e podia descrever, tocando uma cadeira, a pessoa que se sentaria nela na semana seguinte. Isso não era nenhum truque, pois tomavam-se todas as precauções para que as pessoas fossem ao local a esmo e, quando alguém sentava na cadeira tocada por Croiset, coincidia com sua descrição em muitos detalhes, inclusive cicatrizes.
Também é conhecido o sonho precognitivo do Presidente Lincoln. No dia 21 de março de 1865, ele sonhou que estava no palácio presidencial, descendo as escadas. Ao chegar ao salão, ouviu vozes abafadas e choro, viu um caixão de defunto com quatro velas. Perguntou então o que havia ocorrido e alguém lhe disse: “mataram o presidente”. O sonho o impressionou um pouco e ele o contou no dia 23 do mesmo mês. Lincoln foi assassinado no dia 14 de abril, no Teatro Ford de Washington, pelo ator John Wilkes Booth.
Outro sonho, histórico está relacionado com o atentado de Saravejo, que deu origem à Primeira Guerra Mundial. O bispo Joseph von Lanhyi sonhou,no dia 28 de junho de 1914, que recebia uma carta num envelope com timbre e selo negros. A letra era do Arquiduque Francisco Fernando, que explicava o atentado de que seria vítima. Enquanto o bispo lia a carta, viu uma cena do atentado. Ele acordou apavorado às três e meia da madrugada e não conseguiu mais dormir. Doze horas mais tarde aconteceu o atentado tal como ele tinha sonhado.
PRECOGNIÇÃO OU TELEPATIA?
Mesmo assim fica uma duvida. São esses sonhos precognitivos, ou são captações telepáticas? È provável que em ambos os sonhos tenha sido captado o plano que estava preparado na mente dos assassinos e, neste caso, não se trataria de precognição e sim de telepatia. Podemos assim perceber que o estudo da parapsicologia não é fácil e que o cientista pesquisador tem de fazer hipótese, às vezes muito originais, e fazer experimentos que lhe permitam constatar a natureza e validade dos fenômenos.
Há muitos outros casos de precognição que poderíamos citar, mas com isso não acrescentaríamos nada novo ao tema e cairíamos em monotonia. Em nosso próximo artigo aprofundaremos o fenômeno quanto às hipóteses propostas e apresentaremos um experimento cientifico que foi considerado uma chave para que a ciência se assegure da existência da verdadeira precognição.
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[Texto de Pedro Raúl Morales]
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