Tao é a Fonte do profundo silêncio.
Que o uso jamais desgasta.
É como uma vacuidade,
Origem de todas as plenitudes do mundo.
Desafia as inteligências aguçadas.
Desfaz as coisas emaranhadas,
Funde em uma só todas as cores,
Unifica todas as diversidades.
Tao é a Fonte do profundo silêncio.
Atua pelo não-agir.
Ninguém lhe conhece a origem,
Mas é o gerador de todos os deuses.
Explicação: Qualquer finito em demanda do Infinito está sempre a uma distância infinita. Nenhum cognoscente finito poderá compreender o incognoscível do Infinito.
Tao, a Realidade, o Todo, o Transcendente, se nos apresenta como se fosse o Nada, porque aos olhos de nosso Algo humano, o Todo da Divindade, parece ser absoluta vacuidade.
Nenhuma inteligência analítica pode abranger a Realidade Infinita. Tudo que a inteligência explica, implica ou complica, é desfeito, num instante, pela visão intuitiva da Realidade.
O prisma multicor das coisas finitas, que os sentidos percebem e a inteligência analisa, é projeção da Luz Incolor do Infinito.
Todas as coisas várias que o homem percebe e concebe na zona do Verso, são o Uno da Realidade de Tao, que foi vertido [verso] nesses efeitos.
Tao, a Divindade não tem filiação – porque é a única paternidade. Ele é o Uno da Causa única, que se manifesta no Verso dos efeitos múltiplos.
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Lao-Tse_Tao Te King
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