29 de nov. de 2009

VIAGEM ATRAVÉS DO TEMPO – SERIAM OS ETs PROCEDENTES DO FUTURO?


Na Teoria da Relatividade Geral de Einstein, o tempo num determinado local se acelera e desacelera quando se passa por corpos de grande massa, como estrelas e galáxias. Ao se aproximar do Sol, por exemplo, uma nave estraplanetária teria deformado o tempo medido em eventual relógio em seu interior. Desta mesma forma, um segundo na Terra não é o mesmo que um segundo em Marte. Se pudéssemos espalhar relógios pelo universo, notaríamos que eles se movimentam a velocidades diferentes, nos diversos pontos onde se encontram. E ao praticar navegações por distintos pontos do cosmos, um veículo estaria sujeito a inúmeras variações no transcorrer de seu tempo, conforme se aproxima ou distancia de corpos de grande massa.

A pergunta que fica no ar, então, é: seres pertencentes a uma tecnologia mas avançada teriam como tirar proveito disso para fazer viagens espaciais? Aparentemente, sim. Boa parte dos ufólogos da atualidade acredita que nossos visitantes extraterrestres têm capacidade de vencer grandes distancias através do uso calculado de conceitos que envolvem a manipulação do tempo. Os elementos essenciais para isso estão espalhados pelo universo e são justamente as estrelas, os buracos negros e, mais recentemente descorbertos, os buracos de minhoca [Do inglês wormholes]. Estes seriam, a grosso modo, a ligação de dois ou mais buracos negros, interligando distintas e as vezes longínquas posições do universo – ou de vários universos.

Em 1935, Einstein e o cientista Nathan Rosen deduziram que a solução das equações da relatividade geral permitia a existência de “pontes temporais” no cosmos, originalmente chamadas de Pontes de Einstein-Rosen. Correntemente, são os conhecidos buracos de minhoca, que receberam esse nome em virtude de terem imaginariamente formas irregulares, tais como canais. Estas pontes uniriam distantes regiões do espaço-tempo e, viajando-se através de uma delas, poder-se-ia mover mais rápido do que a luz viajando pelo espaço-tempo normal. Os buracos de minhoca seriam poderosos atalhos que encurtariam distâncias astronômicas.

Antes da morte de Einstein, o matemático Kurt Gödel, que também trabalhava na Universidade de Princenton, teria encontrado uma solução para as equações da relatividade geral que, em tese, permitiram a viagem através do tempo proposta por seus antecessores. Esta solução mostrava que o tempo poderia ser distorcido pela rotação do universo, gerando ‘redemoinhos’ que possibilitariam a alguém, movendo-se na direção de tal rotação, chegar ao mesmo ponto no espaço, mas atrás no tempo. Antes de Gödel, no entanto, Einstein havia concluído que, como o universo não está em rotação, a solução de Gödel não se aplicava. Estava criado um impasse, até que, em 1955, o físico norte-americano John Archibald Wheeler cunhou o termo buraco negro. Ele escerveu um artigo sobe geometrodinâmica mostrando que as pontes de Einstein-Rosen poderiam ligar não somente distintas regiões do universo, formando um túnel de espaço-tempo, mas também universos paralelos.

Em 1963, o matemático Roy Patrick Kerr, da Nova Zelândia, encontrou outra solução nas equações de Einstein para um buraco negro em rotação. Nesta solução, tecnicamente, tal buraco negro não colapsa para um ponto, ou para o que os cientistas chamam de “SINGULARIDADE” como previsto nos estudos anteriores. Ele concentraria sua ação num gigantesco anel de nêutrons em rotação.Em termos mais simples, um anel desse gênero teria um equilíbrio gravitacional, através de forla centrífuga, que impediria um colapso que o encerraria em si mesmo. É muito difícil conceber de forma mental como isso se daria, mas cientistas chegaram a equações matemáticas de grande complexidade que garantiriam, em tese, que o anel formado seria um redemoinho que conectaria não somente regiões do espaço, mas também regiões do tempo, como um buraco de minhoca. Apropriadamente empregado, tal redemoinho poderia ser usado como uma máquina do tempo.

Nossa ciência tem conhecimento disso apenas teoricamente, com algum respaldo em observações astronômicas através de telescópios óticos e radiotelescópios. Outras civilizações mais avançadas poderiam ter maiores e mais complestas informações a respeito, usando-as de uma forma prática que, entre outras coisas, as permitiriam usar as próprias forças naturais do universo em seu favor. Segundo nossos conhecimentos a respeito dessa área da astronomia – já apelidade de opináutica [ De opi, que significa buraco + náutica, que se usa para navegação] -, a maior dificuldade para o uso dos buracos de minhoca como máquina do tempo é a energia necessária para sua operação, que teria que ser de uma quantidade fabulosa. Seria preciso usar a energia nuclear de uma estrela, ou a proveniente da operação com antimatéria, para se lograr êxito na empreitada. E essas são apenas conjecturas teóricas sobre as quais temos pouco ou nenhum conhecimento.

O segundo problema que se enfrentaria é falta de estabilidade do sistema. Um buraco n egro em rotação pode ser instável, se excreta massa. Efeitos quânticos também podem acumular-se e destruir o redemoinho. Na verdade, a teoria prevê que os redemoinhos ou buracos de minhocas sobrevivam somente uma fração de tempotão curta que nem a luz conseguiria atravessá-lo. O outro grande problema para se usar um buraco negro ou de minhoca como ponte entre dois locais é que a força desses objetos estelares seria tão grande que despedaçaria qualquer corpo que se aproximasse de suas redondezas, primeiro sugando-o ao seu interior e, uma vez lá, exercendo sobre ele uma pressão descomunal. Portanto, embora teoricamente possível, uma viagem no tempo não é praticável.

AUMENTO DE MASSA _ O postulado fundamental da TEORIA DA RELATIVIDADE de Einsteins, que até os dias de hoje se mantém como padrão de entendimento na área, é de que o limite universal de velocidade é a que a luz atingiria em sua propagação no vácuo, algo pouco menor do que 300 mil km por segundo. Para se ter idéia dessa grandeza e das distâncias que envolvem os corpos estelares, se o Sol se extinguisse neste instante, sua luz ainda brilharia sobre a Terra por pouco mais de oito minutos, que é o tempo necessário para que viaje da posição onde está nossa estrela-mãe até nosso planeta. Ao extinguir-se, os últimos raios do Sol precisariam dos tais minutos para atingir a Terra. Isso equivale a dizer que cada instante em que recebemos a luz e o calor solares, eles já tem oito minutos de duração viajando pelo espaço.

A estrela mais próxima da Terra, fora do Sistema Solar, é Alfa da Constelação do Centauro, que está a pouco mais de 4,4 anos-luz da Terra. Seu brilho, portanto, precisa de quatro anos e alguns meses para atingir nosso planeta. Se num determinado instante a estrela deixar de existir, talvez por uma explosão, por exemplo, só perceberemos o fato quase meia década depois, porque a luz que ela emitiu antes de extinguir-se ainda estaria chegando à Terra. Isso à fantástica velocidade de 300 mil km por segundo. Em sua trajetória, ao passar por corpos de grande massa, poderia sofrer alterações, cujos impactos estãos sendo estimados por astrônomos.

Qualquer corpo do universo, quando acelerado, tem sua massa inercial aumentada em função da velocidade atingida. Assim, quanto maior a velocidade do corpo, maior a massa inercial, o que implica que será necessário muito mais energia para fazê-lo acelerar e, conseqüentemente, desacelerar. Em outras palavras, para fazer a velocidade de um corpo aumentar até 100 km/h, por exemplo, gasta-se muito mais energia do que para acelerar um corpo a 10 km/h, ou mais ainda para outro que esteja a 1km/h. Assim, para corpos que estejam próximos à velocidade da luz, a quantidade de energia necessária para aumentar sua velocidade é absurdamente alta, algo quase inimaginável.

Já a relação da velocidade com o tempo é inversa. Quanto maior a velocidade de um determinado corpo em movimento, mais lentamente o tempo passa para ele. Daí o exemplo clássico da Astronáutica: um pai que viaja numa espaçonave, próximo à velocidade da luz, quando volta ao ponto de partida estará mais novo do que o filho que ficou na Terra. Assim, a velocidade do fluxo de tempo é tanto mais lenta quanto maior a velocidade do corpo, de forma que, à velocidade da luz, esse fluxo de tempo seria nulo. Mas, ainda assim, por mais que isso fosse um benefício para quem gostaria de viajar a velocidades supralumínicas [acima da luz], ainda haveria o impasse da fabulosa quantidade de energia necessária para acelerar o corpo a tal velocidade, para que se pudesse usufruir de um retardamento no envelhecimento de quem estivesse dentro da nave espacial. Pode-se chamar de velocidade de fluxo de tempo a relação entre o fluxo de tempo propriamente dito no corpo em movimento e o fluxo de tempo no referencial que se toma por base - aquele que fica parado com relação ao qual medimos nossa velocidade. Assim, se relativamente ao fluxo de tempo no referencial, para cada segundo transcorrido, o tempo decorrido no corpo em movimento fosse de 0,5 segundo, a velocidade de fluxo de tempo seria de 0,5 – 0,5 segundo para o corpo em movimento, dividido por um segundo no referencial.

VELOCIDADE DA LUZ _ A constatação que se pode fazer a partir daí é bastante interessante: quando o corpo está em repouso, sua velocidade no espaço é mínima ou nula, e sua velocidade de fluxo de tempo é máxima. Ou seja, para cada segundo que se passa no referencial, passa-se um segundo para o corpo. Dessa forma, quando o corpo está à velocidade da luz, algo apenas imaginário para o ser humano, sua velocidade no espaço é máxima e sua velocidade de fluxo de tempo é mínima. Portanto, poder-se-ia dizer que o delocamente de um segundo no tempo equivale a um deslocamento no espaço de 300 mil km. A viagem para o futuro, em tese, é perfeitamente possível segundo a já citada Teoria da Relatividade. Fazendo-se aumentar a velocidade de um corpo, o tempo passará mais vagarosamente para ele em relação ao referencial de partida. Assim, para cada segundo que se passa para o corpo, passará um segundo e mais alguma coisa para o referencial parado. Esse “mais alguma coisa” pode ser uma fração do valor total. A velocidade do corpo, nessa interpretação da teoria de Einstein, determinará a “velocidade” da viagem no tempo.

E se chegar a dois-terços da velocidade da luz, para cada segundo que passar para o corpo, passará 1,34 segundo para o referencial. Assim, ao final de 10 anos de viagem, o corpo em viagem pelo universo terá se “adiantado” no tempo em mais de três anos. Embora complexas para o leitor, estas constatações são matemáticas e precisas. Infelizmente, nada podemos fazer para testá-las na prática...

De qualquer forma, seguindo a mesma analogia, para fazer o corpo ganhar velocidade é preciso a ação de uma força descomunal para acelerá-lo. E quanto maior a velocidade que se deseja atingir, maior terá que ser a força a ser empregada, devido ao aumento da massa inercial,como já foi colocado anteriormente. Isso significa que mais e mais energia será necessária para continuar a aceleração ou manter a velocidade atingida. Segundo a conhecidíssima formula de Einstein, a energia que o corpo absorve, com o aumento da massa inercial, é definida por sua clássica fórmula, E=m.C2, onde E é a energia necessária, m é a massa considerada e C2 é a velocidade da luz elevada ao quadrado. Matematicamente falando, a energia necessária para acelerar um corpo até certa velocidade é sempre a mesma. Entretanto, a força produzida pela energia é que determina a aceleração, e assim, se a energia for aplicada lentamente, o corpo demorará bastante até chegar à velocidade desejada. Desta forma, o fluxo de energia também pode influir no tempo gasto na hipotética viagem ao futuro.

VIAGEM AO PASSADO_ E para o passado, é possível viajarmos? Será um dia, mas certamente não tão ‘simplesmente” quanto viajar ao futuro. O raciocínio que geralmente se faz, relativamente aos efeitos do aumento da velocidade quando se atinge velocidade supralimínicas, é incorreto. Ainda que se ignore a impossibilidade de se ultrapassar a velocidade da luz para viajar ao futuro, não podemos usar a mesma lógica para viajar ao passado. Um imaginária jornada à Antiguidade, por exemplo, seria uma impossibilidade mesmo segundo o avançado postulado de Einstein ou aqueles dele derivados. Mesmo que a velocidade de um veículo fosse maior do que a da luz, ele não seria levado ao passado. Na realidade, o corpo teria seu tempo, retrocedido e uma pessoa em seu interior, por exemplo, ficaria mais nova. Mas não haveria o retrocesso do próprio tempo.

A menos é claro, que se descubra no futuro alguma condição que permita rever aquilo que Einstein tão brilhatemente descobriu, um teoria sobre a qual cientistas das mais diversas áreas, há décadas, se debruçaram para ampliar ou modificar. No entanto, a julgar pelo fato de que, num dado momento de nossa história, surgiu um Albert Einstein para criar um “regulamento” que permitia ao homem sonhar com viagens no tempo, talvez possamos soltar nossa imaginação e esperar que essa mesma história nos presenteie com outro ser com seu brilhantismo e intuição, que nos dê mais respostas às perguntas que tanto nos inquietam. Essa nossa trajetória histórica, que contemplamos neste instante, por já ser algo concreto para outras civilizações mais avançadas, que estiveram e resolveram os problemas que hoje nos retém ao nosso próprio tempo.
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[Texto de Sheyllah Salles Pires]

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VIAGENS ATRAVÉS DE BURACOS NEGROS
A idéia de que espaçonaves podem navegar rapidamente através do universo usando buracos negros como portais de alta velocidade é um antigo clichê da ficção cientifica. Mas, ultimamente, o consenso entre cientistas é que buracos negros são tão destrutíveis que espaçonaves seriam transformadas em migalhas subatômicas se seus pilotos tentasse usá-los. Então, novamente, talvez não seja a hora de se falar no assunto. Mas, de qualquer maneira, um novo estudo da Universidade de Utah, dirigido pelo físico Lior Burko, um israelense de 34 anos, levanta a possibilidade de que esses corpos celestes não destruiriam as coisas que a ele se acercariam. Assim, o potencial de viagem pelo hiperespaço permanece em aberto.

“É uma possibilidade real que os buracos negros possam ajudar-nos a viajar a locais remotos do universo, ou a outros universos”, disse Burko. Para ele, isso dependeria da topologia do universo, algo que não conhecemos bem. “Não estou discutindo se é uma coisa prática ou não, mas, talvez daqui a mil anos, com certeza será mais simples”. No esquema de Burko, buracos negros podem ser portais para outros buracos, os de minhoca. Estes seriam construções teóricas equivalentes a túneis ou atalhos entre pontos distantes do universo, que se distinguiriam em diferentes tempos ou mesmo em diferentes universos paralelos.

As idéias de Burko não são novas. Buracos de minhoca foram popularizados pelo físico Kip Thorne, nos anos 80. Eram o meio de transporte interestelar da série “Contato”, de Carl Sagan. Mas estudos subseqüentes sobre eles sugeriram que seria impossível utilizá-los como portais. O interior dos buracos negros são infinitamente densos, de maneira que eles exerceriam destruição maciça a corpos que nele adentrem. “Seriam como marés distorcendo objetos que se aproximem, rasgando-a em suas partículas subatômicas”, disse ainda Burko.

Curiosamente, é o interior infinitamente denso destes misteriosos corpos celestes que dá a eles seu potencial para facilitar viagem no tempo e espaço. Dentro de um buraco negro, o tecido do universo entra em colapso num ponto de curvatura infinita, conhecido como “singularidade” tempo-espaço, onde as leis da física não se aplicam mais. É o equivalente a dizer que um buraco negro altera a estrutura do universo de forma irreversível. E há muitos por aí. Quando se interligam, formam canais que são os tais buracos de minhoca [Do inglês wormholes]. É através desses canais que, teoricamente, uma nave interplanetária suficientemente resistente à gigantesca pressão viajaria de um ponto a outro do universo. Um atalho e tanto.

Foi o mesmo que Burko quem recentemente sugeriu que alguns buracos negros podem ser tão destrutivos como outros.”Sob certas circunstancias, podem até agir como aberturas para buracos de minhocas”. Seus trabalhos anteriores comprovaram que singularidades mais fracas estão presentes em buracos negros de uma espécie peculiar, os rotativos. Num artigo publicado na revista Physical Review Letters, o cientista alega que, sob certas circunstâncias, podem existir singularidades híbridas, compostas de um setor forte, que é destrutivo, e um setor fraco, que não é. Qualquer astronave que entrasse no setor fraco poderia, em tese, passar através dele sem ser danificada. Para isso seria necessário um grande equilbrio e controle por parte de seus eventuais pilotos. Tudo é teórico, é claro, mas a possibilidade de uma singularidade fraca, se confirmada, aumenta o potencial para se usar buracos negros para viagem interestelares.”No momento, este tipo de viagem pelo hiperespaço não está descartada”, disse Burko.

Já o físico Richard Gott, autor de Time Travel in Einstein’s Universe [Viagem no tempo num universo de Einstein], disse que hipóteses como essas abrem possibilidades interessantes. “Uma singulardade fraca pode ser um atalho do atalho. Acertá-lo representa pular para uma nova região do tempo, algum lugar muito distante ou talvez outro universo”. Burko acrescenta que sua teoria se baseia em presunções não provadas, e que mais trabalho deve ser feito.Ele diz que pouco é sabido sobre a gravidade quântica – casamento da física quântica com a teoria clássica da gravidade – e que leis físicas ainda não conhecdas podem tornar viagens hiperespaciais impossíveis.

“E mesmo a idéia de viagens como essas sejam possíveis, fazê-lo ainda está longe de nossas capacidades”. Para exemplificar isso, Burko disse que um buraco negro no centro da Via Láctea pode ser um candidato a portal interestelar, mas está a 26 mil anos-luz de distância de nós. Mesmo viajando a velocidade próxima à da luz, o que é impensável,levaria ainda 30 mil anos para chegarmos até esse portal.
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[Texto elaborado pela Equipe Ufo a partir de noticias e informações traduzidas por Pedro Paulo Luz Cunha]



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