15 de fev. de 2010

Alguns Anos no Algures Absoluto_ Nazismo Original?!


[Segunda Parte]
[Capítulo V]
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Terra é oca. Nós habitamos no interior.
Os astros são blocos de gelo. Já caíram várias luas sobre a Terra. A nossa também cairá. Toda a história da humanidade se explica pela batalha entre o gelo e o fogo.


O homem não está acabado. Está à beira de uma formidável mutação que lhe dará os poderes que os antigos atribuíam aos deuses. Existem no mundo alguns exemplares do homem novo, vindos talvez de além das fronteiras do tempo e do espaço.

Há alianças possíveis entre o Mestre do Mundo e o “Rei do Medo”, que reina numa cidade escondida algures no Oriente. Aqueles que tiverem um pacto modificarão por milênios a superfície da terra e darão um sentido à aventura humana.

Tais são as TEORIAS “CIENTÍFICAS e as concepções RELIGIOSAS” que alimentaram o ‘nazismo original’, nas quais acreditavam Hitler e os membros do grupo de que ele fazia parte, e que fortemente orientaram os fatos sociais e políticos da história recente. Isto pode parecer extravagante. Uma explicação da história contemporânea, mesmo parcial, a partir de tais idéias e crenças pode parecer repugnante. Mas achamos que nada é repugnante no exercício da verdade.

Sabe-se que o partido nazi se mostrou antiintelectual de maneira franca, e mesmo ruidosa, que queimou os livros e classificou os físicos teóricos entre os inimigos “judaico-marxistas”. Em proveito de que explicações do mundo ele rejeitou as ciências ocidentais oficiais é o que muita gente ignora. Ainda menos se sabe em que concepção do homem se baseava o nazismo, pelo menos no espírito de alguns dos seus chefes. Mas, sabendo-o, situa-se melhor a última guerra mundial no quadro dos ‘grandes conflitos espirituais’; a história recupera o fôlego da “Lenda do Séculos”.

“Lançam-nos o anátema como a inimigos do espírito, dizia Hitler. Pois bem, é verdade, é isso que somos. Mas num sentido bem mais profundo do que a ciência burguesa, no seu imbecil orgulho, jamais sonhou”. É pouco mais ou menos o que ‘Gurdjieff’ declarava ao seu discípulo Ouspensky, depois de terminado o processo da ciência:”O meu caminho é o do desenvolvimento das possibilidades escondidas do homem.É um caminho contra a natureza e contra Deus”.

Essa idéias das possibilidades escondidas do homem é essencial. Ela conduz muitas vezes à rejeição da ciência e ao desprezo pela humanidade vulgar. Ao nível desta idéia, muito poucos homens existem realmente. Ser é ser diferente. O homem vulgar, o homem em estado natural não passa de uma larva o Deus dos cristãos não passa de um pastor de larvas.

O Doutor Willy Ley, um dos maiores peritos do mundo em matéria de foguetes, fugiu da Alemanha em 1933. Foi por seu intermédio que soubemos da existência, em Berlim, pouco antes do nazismo, de uma pequena comunidade espiritual de verdadeiro interesse para nós.

Essa comunidade secreta fundamentara-se, literalmente, num romance do escritor inglês ‘Bulwer Lytton: A Raça que nos há de Suplantar.’ Esse romance descreve homens cujo psiquismo é muito mais evoluído do que o nosso. Eles adquiriram poderes sobre si mesmos e sobre as coisas, que os tornam semelhantes a deuses. No momento, ainda se escondem. Habitam cavernas no centro da terra. Em breve sairão para nos governar.

Eis tudo o que o Doutor Willy Ley parecia saber. Acrescentava, sorrindo, que os discípulos julgavam possuir certos segredos para mudar de raça, para se tornarem iguais aos homens escondidos no interior da terra. Métodos de concentração, toda uma ginástica interior para se transformarem. Iniciavam os seus exercícios contemplando fixamente uma maça cortada ao meio...Nós prosseguimos nas investigações.

Essa sociedade berlinense à semelhança da lojas maçônicas, chamava-se: “A Loja Luminosa” ou “Sociedade do Vril”. O ‘Vril’ é a imensa energia de que nós não utilizamos senão uma ínfima parte na vida comum, o fator principal da nossa divindade possível. Aquele que se torna senhor do VRIL torna-se senhor de si próprio, dos outros e do mundo. [A idéia do “vril” encontra-se, originalmente na obra do escritor francês Jacolliot, cônsul da França em Calcutá na época de Napoleão III]. É a isso que devemos aspirar. É nesse sentido que devemos encaminhar os nossos esforços. Todo o resto faz parte da psicologia oficial, das morais, das religiões, do vento. O mundo vai modificar-se. Os Senhores vão sair das entranhas da terra. Se não tivermos feito aliança com eles, se não formos senhores, também nós, ficaremos entre os escravos, na estrumeira que servirá para fazer brotar as novas cidades.

“A Loja Luminosa” tinha adeptos na teosofia e nos grupos rosa-cruzes. Segundo Jack Belding, autor da curiosa obra “Os Sete Homens de Spandau” [Encontra-se a mesma indicação em “As Estrelas em Tempo de Guerra e de Paz, de Louis de Wohl, escritor húngaro que dirigiu durante a guerra a seção de investigações sobre Hitler e os nazis do Serviço de Informações Inglês], Karl Hausoffer teria pertencido a essa loja. Teremos muito que falar dele, e ver-se-á que a sua passagem por essa “Sociedade do Vril” esclarece certas coisas.

Talvez o leitor se recorde que descobrimos, atrás do escritor Arthur Machen, uma sociedade iniciática inglesa: a “Golden Dawn”. Essa sociedade neopagã, da qual faziam parte grandes inteligências, nascera da Sociedade Rosa-Cruz inglesa, fundada por Wentworth Littel em 1867. Litle estava em comunicação com membros da Rosa-Cruz. Recrutou os seus adeptos, em número de ‘144’, entre os dignitários maçãos. Um dos adeptos era Bulwer Lytton.

Bulwer Lytton, erudito genial, célebre em todo o mundo pela sua narrativa “Os Últimos Dias de Pompéia”, não esperava sem dúvida que um dos seus romances, dezenas de anos mais tarde, inspirasse na Alemanha um grupo místico pré-nazi. No entanto, em obras como “A Raça que nos há de Suplantar”, ou “Zanoni”, pretendia aludir às realidades do mundo espiritual, e mais especialmente do mundo infernal. Considerava-se um iniciado. Através da efabulação romanesca exprimia a certeza de que existem seres dotados de poderes sobre-humanos. Esses seres suplantar-nos-ão e conduzirão os eleitos da raça humana a caminho de uma formidável mutação.

É preciso prestar atenção a esta idéia de ‘mutação da raça’,pois viveremos a reencontrá-la em Hitler, [O objetivo de Hitler não nem a criação da raça dos senhores, nem a conquista do mundo; isso são apenas os meios para realizar a grande obra sonhada por Hitler. O verdadeiro objetivo era fazer a obra de criação, obra divina, o objetivo da narração biológica; o resultado será uma ascensão da humanidade ainda não igualada, “a aparição de uma humanidade de heróis, de semideuses, de homens-deuses”. Dr. Achille DelMas.]e ainda não extinguiu. É preciso também dar atenção à idéia dos “Superiores Desconhecidos”. Encontramo-la em todas as místicas negras do Oriente e do Ocidente. Habitando debaixo da terra ou vindo de outros planetas, gigantes semelhantes a esse que dormiriam sob uma carapaça de ouro nas criptas tibetanas, ou então presenças informes e terrificantes, tais como as descrevia Lovecraft, esses “Superiores Desconhecidos” evocados nos ritos pagãos e luciferianos existirão realmente? Quando Machen fala do mundo do Mal “cheio de cavernas e de habitantes crepusculares”, é a outro mundo, àquele onde o homem toma contato com os “Superiores Desconhecidos”, que se refere, como discípulo da “Golden dawn”. Parece-nos certo que Hitler partilhava dessa crença. Mais: que ele pretendia ter a experiência de contatos com os “Superiores”.

Citamos a “Golden Dawn” e a “Sociedade do Vril alemã”. Falaremos mais adiante do grupo de “Tule”. Não temos a loucura de pretender explicar a história por meio das sociedades iniciáticas. Mas veremos, curiosamente, que tudo teve importância e que através do ‘nazismo’, foi “o outro mundo” que exerceu autoridade sobre nós durante alguns anos. Foi vencido. Não morreu. Nem do outro lado do Reno, nem alhures. Isso não é horroroso, a nossa ignorância é que é horrorosa.

Já fizemos notar que Samuel Mathers fundara a Golden Dawn. Mathers pretendia estar em comunicação com esses “Superiores Desconhecidos” e ter estabelecido os contatos em companhia de sua mulher, irmã do filósofo ‘Henri Bergson’. Eis uma passagem do manifesto aos “Membros da Segunda Ordem”, que ele escreveu em 1866:

“A respeito desses Chefes Secretos, aos quais me refiro e de que recebi as instruções da Segunda Ordem que vos comuniquei, nada vos posso dizer. Nem sequer sei os seus nomes terrenos e só muito raramente os vi com os seus corpos físicos... Eles encontram-se fisicamente comigo, no tempo e no lugar antecipadamente fixados. Na minha opinião, creio que são seres humanos que habitam a Terra, mas que possuem poderes terríveis e sobre-humanos... As minhas relações físicas com eles mostraram-me quão difícil é para um mortal, por muito evoluído que seja, suportar-lhes a presença. Não quero dizer que, durante esses raros encontros que com eles tive, o efeito em mim produzido tenha sido o de depressão física intensa que se segue à perda do magnetismo. Pelo contrário, sentia-me em contato com uma força tão terrível que apenas a posso comparar ao efeito provocado numa pessoa que esteve perto de um relâmpago durante uma violenta trovoada, acompanhado por uma grande dificuldade de respirar...À prostração nervosa de que falei juntavam-se suores frios e perdas de sangue pelo nariz, pela boca e, por vezes, pelos ouvidos.”

Hitler conversava um dia com ‘Rauschning’, chefe do governo de Dantzig, a respeito do problema da mutação da raça humana. Rauschning, que não possuía a chave de tão estranha preocupação, interpretava as frases de Hitler como frases de um criador de gado que procurasse melhorar o sangue alemão.

“Mas não pode fazer outra coisa senão auxiliar a natureza, dizia ele, abreviando o caminho a percorrer! É preciso que a própria natureza lhe dê uma nova variedade. Até agora só raramente o criador obteve bons resultados, em relação à espécie animal, no desenvolvimento das mutações, quer dizer, em criar ele próprio novos caracteres.
- O homem novo vive entre nós! Já chegou!- exclamou Hitler em tom triunfante. - Isto não lhe basta? Vou dizer-lhe um segredo. Eu vi o homem novo. É intrépido e cruel. Tive medo diante dele.

“Ao pronunciar essas palavras, acrescenta Rauschining, Hitler tremia num ardor extático.”


E Rauschning conta também esta cena estranha, a respeito da qual se interroga em vão o Doutor Achille Delmas, especialista em psicologia aplicada. De fato, neste caso, a psicologia não se aplica:

“Uma pessoa da intimidade de Hitler disse-me que ele acorda durante a noite soltando gritos convulsivos. Pede socorro, sentado na beira da cama, como que paralisado. É possuído por um pânico que o faz tremer a ponto de sacudir a cama. Profere vociferações confusas e incompreensíveis. Arqueja como se estivesse a sufocar. A mesma pessoa relatou-me uma dessas crises com pormenores em que me recusaria a acreditar se a fonte não fosse de tanta confiança. Hitler estava de pé no seu quarto, cambaleante, olhando em redor com ar desvairado. “É ele! É ele! Ele esteve aqui!”, gemia. Os lábios tremiam-lhe. O suor escorria abundantemente. De súbito pronunciou números sem qualquer sentido, depois palavras, restos de frases. Era pavoroso. Empregava termos curiosamente reunidos, absolutamente extraordinários. Depois, novamente, voltava a ficar silencioso, mas continuava a mexer os lábios. Tinham-no então friccionado, e fizeram-no tomar uma bebida. Depois, subitamente, berrou: “Ali, ali no canto! Está ali!” Batia com o pé no chão e soltava gritos. Tranqüilizaram-no dizendo-lhe que nada se passava de anormal, e ele acalmou-se pouco a pouco. Em seguida, dormira várias horas e voltara a ser quase normal e suportável.” [Hermann Rauschining:”Hitler m’a dit. Edition Cooperation, Paris, 1939. Achille Delmas: Hitler, essai de biographie psucho-pathologique. Librairie Marcel Riviére. Paris, 1946].

Deixamos ao leitor o cuidado de comparar as declarações de Mathers, chefe de uma pequena sociedade neopagã do fim do século XIX, e os ditos de um homem que, no momento em que Rauschning os coligia, preparava-se para lançar o mundo numa aventura que provocou vinte milhões de mortos. Pedimos-lhes que não despreze essa comparação e a sua lição, a pretexto de que a “Golden Dawn” e o nazismo são, aos olhos do historiador razoável coisas completamente diferentes. O historiador é razoável, mas a história não o é. Sãs as mesmas crenças que animam os dois homens, e suas expectativas fundamentais são idênticas, a mesma força os impele. Pertencem à mesma corrente de pensamento, à mesma religião. Essa religião ainda não foi verdadeiramente estudada. Nem a Igreja, nem o racionalismo, que é outra igreja, o permitiram. Nós entramos numa época do conhecimento na qual tais estudos se tornarão possíveis porque a realidade desvendará a sua face fantástica, e idéias ou técnicas que nos pareciam anormais, desprezíveis ou odiosas, apresentar-se-ão úteis para a compreensão de um real cada vez menos tranqüilizador.

Não propomos ao leitor que estude uma filiação Rosa-Cruz-Bulwer Lytton-little-Mathers-Cowley-Hitler, ou qualquer outra filiação do mesmo gênero, onde também se encontraria Mme Blavatsky e Gurdjieff. O jogo das filiações é como o das influências em literatura. Acabado o jogo, o problema mantém-se. O do gênio da literatura. O do poder em história. A “Golden Dawn” não basta para explicar o grupo “Tule”, ou “A Loja Luminosa”, a “Ahnenerbe”. Existem, evidentemente, inúmeras interferências, passagens clandestinas ou declaradas de um grupo para outro. Não deixaremos de as assinalar. Isto é apaixonante, como toda a pequena história. Mas o nosso objetivo é a grande história.

Pensamos que essas sociedades, pequenas ou grandes, ramificadas ou não,conexas ou não, são as manifestações mais ou menos claras, mais ou menos importantes, de outro mundo diferente daquele em que vivemos. Digamos que é o mundo do Mal no sentido em que Machen o entendia. Mas também não conhecemos melhor o mundo do Bem. Vivemos entre dois mundos, tomando este no “man’s land” pelo próprio planeta inteiro. O nazismo foi um dos raros momentos da história da nossa civilização em que uma porta se abriu sobre outra coisa, de forma ruidosa e visível. É bastante estranho que os homens finjam nada ter visto nem ouvido, além dos espetáculos e ruídos vulgares da desordem guerreira e política.

Todos estes movimentos:Rosa-Cruz moderna, Golden Dawn inglesa, Sociedade do Vril alemã [que nos conduzirão ao grupo Tule no qual encontraremos Haushoffer, Hess, Hitler] tinham maiores ou menores ligações com a Sociedade Teosófica, poderosa e bem organizada. A teosofia juntava à magia neopagã uma solenidade oriental e uma terminologia hindu. Ou antes, abria os caminhos do Ocidente a um certo Oriente luciferiano. Foi sob a designação do teosofismo que se acabou por descrever o vasto movimento de renascimento do mágico que impressionou muitas inteligências no início do século.

No seu estudo “Lê Théosophisme: historie d’une pseudo-religion”, publicaso em 1921, o filósofo ‘Renê Guénon’ mostra-se profeta. Ele vê aumentarem os perigos por detrás da teosofia e os grupos iniciáticos neopagãos mais ou menos ligados à seita de Mme Blavatsky.

Escreve:

“Os falsos messias que até agora vimos fizeram prodígios de qualidade muito inferior, e aqueles que os seguiram provavelmente não eram muito difíceis de seduzir. Mas quem sabe o que o futuro nos reserva? Se pensarmos que esses falsos messias nunca foram senão instrumentos mais ou menos inconscientes entre as mãos daqueles que os suscitaram, e se no reportarmos em especial à série de tentativas sucessivamente feitas pelos teosofistas, somos levados a pensar que tudo isso foram apenas ensaios, de certa maneira experiências, que se renovarão sob diversas formas até que o êxito seja alcançado, e que, entretanto, sempre conseguem provocar certa perturbação nos espíritos. Aliás, não acreditamos que os teosofistas, nem os ocultistas ou os espíritas sejam capazes de realizar, por si mesmos e com pleno êxito, tal empreendimento. Mas não haveria, atrás de todos esses movimentos, qualquer coisa de igualmente temível, que os seus chefes talvez nem conhecessem e de que eram, por sua vez, simples instrumentos?”

É também a época em que uma extraordinária personagem, ‘Rudolph Steiner’, desenvolve na Suíça uma sociedade de investigações que se baseia na idéia de que o Universo inteiro está contido no espírito humano e que esse espírito é capaz de uma atividade sem nada de comum com o que a esse respeito nos diz a psicologia oficial. De fato, certas descobertas ‘steinerianas’, na biologia [os adubos que não destroem o solo], na medicina [utilização dos metais que alteram o metabolismo], e sobretudo em pedagogia [funcionam hoje na Europa numerosas escolas steineranas], enriqueceram consideravelmente a humanidade. Rudolph Steiner pensava que há uma forma negra e uma forma branca de investigação ‘mágica’. Achava que o teosofismo e as diversas sociedades neopagãs provinham do grande mundo subterrâneo do Mal e anunciavam uma era demoníaca. Apressava-se a estabelecer, no âmago do seu próprio ensinamento, uma doutrina moral incitando os “iniciados” a só utilizarem forças benéficas. Ele pretendia criar uma sociedade de benevolentes.

Não vamos por a questão de saber se Steiner tinha ou não razão, se era ou não senhor da verdade. O que nos impressiona é que as primeiras equipes nazis parecem ter considerado Steiner o seu inimigo número um. Logo de início, os seus agentes dispersaram por meio da violência as reuniões de steinerianos, ameaçam de morte os discípulos, obrigam-nos a fugir da Alemanha e, em 1924, na Suíça, em Dornach, ateiam fogo ao centro edificado por Steiner. Os arquivos ardem, Steiner já não está em condições de trabalhar e morre de desgosto um ano mais tarde.

Até agora descrevemos os antecedentes do fantástico hitleriano. Agora vamos realmente entrar no assunto. Floresceram duas teorias na Alemanha nazi:

 a Teoria do Mundo Gelado;e
 a Teoria da Terra Oca.

São duas explicações do mundo e do homem quem confirmam dados tradicionais, justificam mitos, verificam um certo número de ‘verdades’ defendidas por grupos iniciáticos, deste os Teósofos a Gurdjeff. Mas essas TEORIAS foram expressas com grande aparato político-científico. Quase expulsaram da Alemanha a ciência moderna tal como nós a consideramos. Foram aceitas por muitos espíritos. Além disso, determinaram certas decisões militares de Hitler, influenciaram por vezes a marcha da guerra e contribuíram sem dúvida para a catástrofe final. Foi levado por essas TEORIAS especialmente pela idéia do dilúvio sacrificial que Hitler pretendeu arrastar todo o povo alemão para a destruição.

Não sabemos por que razão essas TEORIAS,tão poderosamente afirmadas, às quais aderiram dezenas de homens e de grandes espíritos pelas quais se fizeram grandes sacrifícios materiais e humanos, ainda não foram estudadas por nós e continuam mesmo desconhecidas.

Ei-las a seguir, com sua gênese, sua história, suas aplicações e sua posteridade.
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[Texto extraído do Livro: O Despertar dos Mágicos_ Introdução ao Realismo Fantástico, de Louis Pauwels e Jacques Bergier. Editora: Difel]

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