29 de nov. de 2009

A MENTE MATERIAL E A MENTE ESPIRITUAL


Todo ser humano encerra em si um EU elevado e puro e outro EU baixo e mau que, através das idades, vai crescendo e purificando-se, como tem igualmente um corpo ou mente corpórea, que é apenas uma coisa transitória que não vai além do presente dia de hoje.

O espírito está cheio de idéias sugestivas, instigadoras, e de aspirações nobilíssimas que recebe do Poder Supremo.

O corpo ou a mente corpórea considera bárbaras essas idéias e denomina tais aspirações de utopias.

A mente espiritual contém em si possibilidades e forças muito maiores, mais fortes e poderosas do que todâs aquelas que até agora tanto o homem como a mulher tem possuído e desfrutado, através de todas as eras.

A mente material ou corpórea diz-nos que só podemos viver como nas épocas anteriores viveram os nossos antepassados. O espírito só anela libertar-se das cadeias e dores que o corpo lhe impõe, ao passo que a mente física se empenha em nos demonstrar que nascemos já fadados para o mal, para sofrer, e que, quanto mais avançarmos na senda do progresso, mais sofreremos. O espírito deseja ser o seu próprio guia, tanto no caminho do bem, como no do mal, e encontrar em si próprio a direção adequada e propicia para ele.

A mente material diz-nos, pelo contrário, que devemos aceitar a mesma norma de vida até aqui seguida pelos outros, a mesma bandeira pelos outros asteada e sugerida pelo entusiasmo de opiniões rotineiras, crenças velhas e velhos preconceitos.

“Nunca mintas a ti próprio”, eis um provérbio ou rifão que freqüentemene se ouve. Porém, a quel EU se refere?

Já por diversas vezes, temos dito que cada um de nós tem em si duas mentalidades, a física e a espiritual.

O espírito é uma força e um mistério. Tudo quanto sabemos ou podemos chegar a conchecer a seu respeito é que existe e que estende a sua ação sobre todas as coisas e fenômenos da vida física, pois vemos e verificamos os resultados dela em tudo, mas muitos dos seus efeitos escapam à percepção dos nossos sentidos físicos.

O que vemos de uma coisa qualquer, árvore, animal, pedra ou homem, é apenas uma parte mínima dessa mesma coisa. Existe uma força que mantém durante um espaço de tempo mais ou menos longo, a pedra e o homem na forma e sob o aspecto em que os nossos olhos físicos os vêem, e esta força atua constantemente sobre eles, em um grau maior ou menor. É esta força que forma a flor, desde o pólen até a sua completa maturação e esplendor. Quando tal força cessa de atuar sobre a flor, sobre o homem, determina o que se chama a decadência e a morte. Esta força está transformando continua e constantemente a forma de todos os seres constituídos pela matéria organizada. Nem a planta, nem o animal, nem o homem conservam hoje exatamente a mesma forma física que tiveram ontem ou hão de ter amanhã. A esta força que está sempre ativa e que é, de certo modo, a criadora de todas as formas que a matéria apresenta aos nossos olhos, é que nós damos o nome especial de ‘espirito’.

O ver, o raciocinar, o apreciar e julgar da vida e de tudo quanto se lhe refere ou lhe é inerente, no conhecimento desta força, é o que se chama a “mente espiritual”.

Em virtude desse conhecimento, possuímos o maravilhoso poder de fazer uso desta força e dirigi-la, logo que a descobrimos e sabemos que existe, para nossa saúde, para a nossa felicidade e para a paz eterna da nossa mente. Nada mais somos do que um composto desta força e, portanto, a estamos atraindo constantemente, para ser convertida, depois, em parte do nosso próprio ser. Quanto maior a quantidade de força que o nosso organismo encerra, tanto maior será também o nosso conhecimento.

No começo da nossa existência física, deixamos essa força agir cegamente, porque ignoramos completamente essa condição especial, a que damos o nome de ‘mente material’. Porém, à medida que a mente cresce e se fortalece, torna-se mais esperta e um dia interroga-se a si própria:”por que havemos de sofrer tanto? Por que hão de ser tão grandes as nossas dores e penas? Por que parece que só tenhamos nascido para adoecer e morrer?

Esta pergunta é o primeiro grito de alerta e despertar que a mente espiritual solta. E toda interrogação feita com o firme desejo de saber, de adquirir o conhecimento da verdade, há de forçosamente ter a satisfatória resposta, um dia, mais cedo ou mais tarde.

A mente material é uma parte do nosso EU, de que o corpo se tem apoderado por ele próprio tem sido educado também. É como se disséssemos a uma criança que são as rodas de um barco que o fazem mover-se, sem nada lhe dizer nem explicar a respeito do próprio vapor, que é incontestavelmente a força motriz das rodas.

O menino educado nessa falsa idéia, quando o barco se recusasse a navegar, procuraria a causa disso nas próprias rodas. É isto justamente o que a muitos sucede, pois tem a pretensão de alcançar a saúde e o vigor dos seus movimentos só pelo fato de alimentar-se bem, isto é, muito, o seu corpo material, sem pensar que a imperfeição ou dano pode estar no verdadeiro motor, única fonte de força – a mente.

A mente material ou corpórea considera e julga tudo sob o ponto de vista físico somente, vendo apenas aquilo que em nosso próprio corpo material está contido. Em compensação, a nossa mente espiritual vê o corpo somente como um instrumento de que há de servir-se o nosso verdadeiro EU, para se pôr em contato com as coisas do mundo material.

A mente corpórea ou física vê, na morte do corpo, o fim de todas as coisas, ao passo que a mente espiritual só vê, na morte do corpo, uma nova libertação do espírito, o ato de abandonar este instrumento, já gasto ou imprestável, inútil, porquanto o espírito sabe que, embora invisível para os olhos materiais, existe sempre, como antes da morte do corpo.

A mente material julga que a força nos provém toda dos músculos e nervos, sem mesmo admitir que, ao menos em parte, ela possa provir-nos de uma fonte muito diversa e alheia a ele e fôra dele, e só nesse poder confia para agir no mundo físico, como nós confiamos também na palavra ou na pena, para nos comunicarmos com os outros homens. Chegará contudo a descobrir um dia, a mente espiritual, que o pensamento pode influir sobre as pessoas, embora se encontrem muitas milhas distantes de nós, tanto a favor como contra os nossos interesses.

A mente material não acredita que o seu pensamento seja uma coisa tão real e verdadeira como a água que bebemos ou o ar que respiramos. Mas a mente espiritual sabe, pelo contrário, que cada um dos mil pensamentos por nós formulados todos os dias, secretamente, é uma coisa real, um elemento verdadeiro que atua sobre a pessoa ou pessoas para as quais é dirigido; como igualmente sabe, também que toda matéria nada mais é do que manifestação do espírito ou força; que tudo quanto é material ou físico continuamente se está modificando de acordo com o espírito, que se exterioriza a si próprio sob a forma por nós denominada matéria.

Por conseguinte, se com firmeza, persistência e Constancia, mantivermos em nossa mente espiritual idéias de saúde, força, fortuna, ventura, e a possibilidade de readquirir ou recuperar as nossas perdidas energias, essas mesmas idéias terão a sua expressão física no corpo, providenciando de forma que nunca decaia, e não tenha fim o seu vigor, nem sequer diminua, antes aumente a acuidade de cada um de seus sentidos físicos.

A mente material acredita que a matéria, isto é, o que os nossos sentidos físicos nos fazem conhecer, é tudo ou quase tudo quanto existe neste mundo.

Do seu lado, a mente espiritual apenas considera a matéria como a expressão mais baixa e grosseira do espírito, sabendo também que ela é uma diminutíssima parte de tudo quanto existe.

A mente material entriste-se ante ao aspecto da decadência e da morte. A mente espiritual nenhuma importância liga a tudo isso, por saber que o espírito ou a força que o move tomará novamente o corpo ou a árvore apodrecida e, vivificando todos os seus elementos, com eles constituirá outra vez alguma nova forma material de vida e de beleza. A mente do corpo acredita que os únicos sentidos que o homem possui são os sentidos físicos da vista, da audição, do tato, do olfato e do paladar, porém, a mente mais elevada, a mente do espírito, sabe que ele é possuidor de mais outros sentidos por nós desconhecidos, semelhantes aos físicos, porém ainda mais poderosos e de muito maior alcance.

A mente do corpo tem sido denominada, em diversas ocasiões, “mente material, mente mortal ou mente carnal.” Todos esses termos se referem a uma spo e mesma coisa, isto é, a essa parte do nosso EU que tem sido educada no erro, pelo próprio corpo. Aquele que tivesse nascido e se tivesse educado sempre entre pessoas que acreditam ser a terra uma superfície plana e que não gira em volta do sol, acreditá-lo-ia também, tal e qual elas o acreditam.

É exatamente assim que absorvemos, durante os primeiros anos juvenis de nossa existência terrestre, todos os pensamentos das pessoas que nos rodeiam ou que mais próximas estão de nós, as quais crêem que é unicamente o corpo que constitui o seu ser e de todas as coisas julgam pelo que os sentidos lhes mostram. É isto que constitui a nossa mente material.

Vendo a mente material que se produz a decadência, a disolução e a morte em toda criatura humana, ou antes o que ela julga como tal desconhecedora do fato de que a mente espiritual ou o verdadeiro EU nada mais faz com tal processo do que abandonar um invólucro já gasto e inútil,pensa que a decadência e a morte são sempre o fim de todo ente humano, de todo organismo vivo. Por esse motivo, não pode evitar a tristeza e o desalent oriundos de semelhante erro, que preenche literalmente a maior parte de nossa existência terrestre. Um dos resultados dessa tristeza, que nasce da falta de esperança, é um espírito desassossegado que põe o Maximo em proporcionar-se todas as alegrias e os prazeres, sem ver que são justos e retos na atual existência do corpo. É este um erro enorme. Toda energia que por acaso se adquira em semelhante disposição de espírito, não pode ser, de nenhuma forma, duradoura, trazendo, além disso, consigo, em partilha, muita dor e, miséria física.

A mente espiritual ensina-nos, pelo contrário, que o prazer e a alegria são os maiores estímulos da existência. Mas estes prazeres e alegrias são muito diversos dos prazeres e alegrias apreciados pela mente material. A mente espiritual – que sempre está aberta às mais elevadas e puras idéias da vida – ensina-nos que existe uma lei que regula o exercício de cada um dos sentidos psíquicos e, quando conhecemose seguimos fielmente esta lei, diminui a fonte das nossas dores até estancar-se totalmente, e aumenta a dos nossos prazeres, que crescem tanto mais, quanto mais cresce a observância da dita lei.

Por ‘mente espiritual’ compreendemos uma visão mental muito mais nítida e clara das coisas e forças existentes, ao mesmo tempo, em nós e no Universo, e das quais a Humanidade tem vivido até agora na maior ignorância.

Atualmente, chega até nós um diminuto vislumbre destas forças e, embora a sua claridade não seja muita, ela tem sido suficiente para convencer a alguns de que as causas reais e verdadeiras da dor humana foram ignoradas nos tempos antigos. Na realidade, a Humanidade tem sido como aquêles meninos que acreditam ser o moleiro de quem, do interior das velas, mói o grão, porque alguém lhe disse isto. E até que não se lhes diga o contrário, os meninos estarão na completa ignorância de que é o vento que faz girar o moinho.

Não se imagine que este exemplo seja uma imagem exagerada da ignorância dos homens, a qual repele a idéia de que o pensamento é um elemento que nos rodeia por todos os lados constituindo uma força propulsora tão potente como o próprio vento, com a diferença que, dirigida às cegas pelos homens, no domínio da mente material e da ignorância, fez girar as velas do ‘moinho humano’ em direções diversas, ora boas, ora más, proporcionando uma vezes resultados magníficos e outras vezes verdadeiros desastres.

O corpo não é constituído dos trajes que ele usa e, contudo, a mente material raciocina como se assim fosse. Não conhece que ele nada mais é do que uma espécie de roupa para o espírito, pela ignorância em que está de que o corpo e o espírito são duas coisas inteiramente diversas, julgando assim que é o corpo aquilo que apenas constitui o homem e a mulher. E quando esse homem e essa mulher caem acabrunhados pelos sofrimentos morais e físicos, empregam todos os seus esforços em refazer o ‘vestido’ em farrapos, sem se lembrarem de restaurar e reforçar antes a força interior, o verdadeiro fabricante da roupa.

Não há provavelmente, duas individualidades em quem a mente corpórea e a espiritual operem e raciocinem exatamente da mesma forma. Em alguns parece não te despertado ainda a mente espiritual. Emm outros começa já a entreabrir os olhos como os nossos olhos físicos fazem, quando despertamos, aparecendo-nos todas as coisas vagas e indistintas. Outos estão quase completamente acordados e sentem que, em volta deles, existem certas e determinadas forças em que nunca tinham pensado, embora se servissem delas. Nestes, já está travada a luta pelo predomínio entre a mente espiritual e a corporal, luta que, algumas vezes, pode ser acompanhada de grandes perturbações físicas, dores fortíssimas e absoluta carência de tranqüilidade de espírito.

A mente corpórea, enquanto não foi subjugada e totalmente vencida e convencida da verdade, é sempre recebida pela mente espiritual de lança em riste e em tom de desafio.

A parte ignorante de nosso EU opõe uma resistência hecúlea a despender-se dos seus modos habituais e rotineiros de pensar; e em cada caso tem o espírito de travar uma renhida batalha para nos induzir firmemente à convicção e libetação de um erro qualquer estabelecido.

A mente física só deseja seguir sempre os caminhos rotineiros de suas idéias cediças. Quer fazer e continuar sempre a fazer apenas o que tem feito, o que seus antepassados fizeram. É isto oq eu sucede atualmente à imensa maioria dos homens, e, à medida que os anos passam, mais espêssa e dura se torna a crosta de seus velhos pensamentos e, portanto, maior dificuldade encontra em se modificar ou renunciar às suas velhas e errôneas crenças.

Quer e deseja viver sempe na casa onde longos anos tem vivido, vestir segundo seus antigos hábitos, i aos seus negócios ou ocupações e voltar cotidiniamente à sua casa à mesma hora, e isto durante anos e anos.

Ao chegar a certa idade nega-se absolutamente a aprender qualquer coisa de novo e até chega a menosprezar todas as artes, como a música, a pintura e outros trabalhos artísticos que muito contribuíram não sópara o distrair, mas também para lhe robustecer a mente espiritual, proporcionando-lhe o repouso necessário, sem mencionar o prazer que o espírito sente em ensinar ao corpo maior habilidade, destreza e aptidão para uma profissão ou ofício.

No exercício de qualquer arte,a mente corpórea apenas sabe ver o meio de ganhar dinheiro e nunca de tornar aprazível e variada a existência, destruindo toda a fadiga e repousando, assim, a parte da inteligência dedicada aos negócios ou preocupações habituais, aumentando, deste modo ou destarte, a saúde e o vigor do espírito e do corpo. A mente material mantém fixa a idéia, à medida que o corpo avança em idade, que já demasiado velho para aprender. É isto o que dizem muitíssimas pessoas antes de terem chegado ao que chama meia-idade, aceitando como incontestável e invencível a idéia de se irem fazendo velhos.

A mente material diz-lhes que o seu corpo se irá debilitando gradualmente, perdendo, pouco a pouco, as forças juvenis até chegar, por fim, à morte.

A inteligência ou mente corpórea diz que sempre assim tem sido e, portanto, assim será sempre também no futuro, e aceita esta idéia sem sequer discuti-la ao menos. “Isto tem de ser assim”, diz ela, com plena inconsciência do que diz.

Dizer que uma coisa há de ser é a maior força que se pode por em ação para que se realize. A mente material vê que o corpo corre para uma decadência gradual, lenta por vezes, é certo, porém inevitável. E embora trate, de quando em quando, de afastar esse espetáculo da vista, a idéia reaparece uma vez ou outra, como sugestionada pela morde de seus contemporâneos, o que nela desperta a idéia de que há de ser; e este estado mental suscitado por essa frase é o que determinará a inevitável decadência física.

O espírito, ou antes, a mente melhor inspirada diz: - “Quando alguém sentir que está entrando no caminho da fraqueza ou decadência, dirija o seu pensamento, com toda a energia que lhe for possível, para idéias de saúde, bem-estar e vigor; pense em coisas mateiais alegres, saudáveis, animadoras, que encerram tais idéias; por exemplo, nas encasteladas nuvens, na fresca brisa, nas espumante cascata, nas tempestades do oceano, no bosque de robles seculares ou pássaros que, nos viridentes ramos, soltam alegres e harmoniosos gorgeios, cheios de vida e de movimentos.”

Agindo assim, atrairemos uma positiva e verdadeira corrente de vida e saúde, encerrada nas coisa materiais aqui mencionadas e outras semelhantes. E, acima de tudo isso e com isso, se aprende a confiar no Poder Supremo que formou todas essas belas coisas e muitas mais, o que constitui a infinita e imortal parte do nosso EU mais elevado, isto é, a nossa mente espiritual; à medida que a nossa fé no dito Poder aumente, aumentarão também as nossas forças.

Responde a mente material:”Isto é um absurdo! Se o meu corpo está doente, devo procurar curá-lo com coisas materiais que possa ver e senti; isto é, e só isto, o que tenho a fazer. Quanto ao pensamento, é indiferente pensar na enfermidade ou na saúde.”

Pode acontecer que qualquer mente que comece a despertar e sentir toda a força destas verdades, permita em muitos casos, que a sua própria mente material ridicularize e menospreze alguma destas idéias, sendo coadjuvada por outras mentes espirituais, ainda não despertas também de todo a estas verdades e em quem a ‘ignorancia’ é a força mais positiva e nela radicda transitoriamente.

Há pessoas que, com um telescópio na mão, não vêem tão longe quanto outras podem ver, sendo possível, por esse motivo, que elas duvidem, de boa-fé, ser verdade o que as outras dizem ver. Embora tais pessoas não digam nem desmintam as crenças de quem já tem a mente mais desperta e esclarecida,nem por isso deixa de atuar o seu pensamento como uma barreira ou cortina que intercepta a luz da verdade e a impede de chegar aos seus olhos.

Porém, quando a mente espiritual começou uma vez a despertar, nada pode deter o seu acordar definitivo. Só a ação da matéria pode retardá-lo mais ou menos.

“o nosso verdadeiro EU pode não se encontrar onde se encontra o nosso corpo. Ele está sempre onde está o nosso pensamento – no negócio, no escritório, na oficina ou junto de alguém para quem nos sentimos atraídos pelos laços de afeto ou de rancor, e ainda em lugares muito afastados do ponto aonde se encontra o nosso corpo. O nosso verdadeiro EU move-se com a mesma inconcebível rapidez com que o faz o nosso pensamento.”

E a mente material diz: “Isto é um absurdo. O meu EU está sempre onde o meu corpo se encontra e em nenhuma outra parte.”

Muitos dos pensamentos ou idéias que repelimos às vezes como impossíveis ou filhos de pura fantasia, são apenas procedentes da mente espiritual, e é a ‘mente fisica’ quem a repele e menospreza.

Não nos ocorre idéia alguma que não encerre em si mesma alguma verdade; o que sucede é que nem sempre somos capazes de descobri-la e compreende-la de um modo perfeito. Há alguns séculos ou talvez ml anos que um homem pôde ter concebido a idéia de que o vapor existia como fonte de força e poder inestinguíveis. Era necessário, para isso, produzir um certo progresso – progresso na manufatura do ferro, na construção de estradas e nas necessidades criadas pelos homens. Mas isto não impede que a idéia de aproveitar o vapor como orgem de força, não fosse uma verdade. Mantida esta verdade, uma série de mentalidades acabou por trazer as aplicações do vapor à sua presente e relativa perfeição, para o que a dita idéia teve que lutar contra as negações e obstáculos que iam lançando em seu caminho e mentes materiais, cegas e grosseiras.

Quando uma idéia qualquer nos ocorre, e dizemos a nós próprios: “Bem,eis aqui uma coisa que poderia ser muito boa, embora não veja, neste momento, como possa acontecer”,deitamos por terra uma grande barreira, abrindo um largo caminho para a realização das mais novas e extraordinárias possibilidades em nós latentes.

A mente espiritual sabe hoje que possui, para conseguir toda espécie de fenômenos sobre o mundo físico, um poder muito maior do que a maior parte das pessoas pensa, e vê que, a esse respeito, o mundo se acha imerso nas mais densas trevas da crassa ignorância.

Todavia o homem espiritual conhece já o caminho a seguir para conseguir uma saúde perfeita, para se libertar da decadência e ainda da morte física, para se transladar de um ponto a outro e observar quanto quiser, inteiramente independente do corpo e para conseguir todas as coisas materiais de que tenha necessidade ou desejo, mediante somente a ação da prece ou súplica silenciosa em comum com os outros homens[*] ou isoladamente.

A condição mental que mais devemos desejar é o completo domínio da mente espiritual. Isto porém não significa que a mente material ou corpo deva ser inteiramente e em toda ocasião martirizado pelo espírito; significa apenas que a sua resistência e oposição aos impulsos do espírito tem de ser vencidas. Nada mais significa senão que a mente material ou o corpo não deve empenhar-se em predominar sobre o espírito, quando, na realidade, ela constitui somente a parte inferior da personalidade humana. Pelo “predominio do espírito” esse especial estado em que o corpo coopera de boa vontade e alegremente em todos os desejos da mentalidade espiritual.

É então que o espírito poderá gozar de todas as suas faculdades e poderes, pois não terá de desbaratar nenhuma porção da sua força em vencer a hostilidade da mente material.

Podemos, então, empregar todas as nossas energias na empresa que deve ou há de trazer-nos toda espécie de bens materiais, aumentando cada vez mais as nossas potencias, a nossa paz e a nossa felicidade, até chegar à realização do que hoje, decerto, seria tido por milagre.

A mente material ou física nunca se deve misturar com a espiritual em coisa alguma do se possa referir às privações ou castigos que a nós próprios infligimos, por pecados ou faltas cometidas. Bastaria só esta mistura para nos levar a convertermo-nos em verdadeiros fanáticos, em homens inexoráveis e sem piedade, tanto para conosco como para com o próximo. Esta grande e indubitável perversão da verdade tem dado origem a frases cruéis, tais como estas: crucificar, subjugar o corpo, martirizar a carne. Foi desta mesma perversão ou má compreensão da verdade que brotaram essas ‘ordens religiosas’ ou associações de homens e mulheres que, caindo ao extremo do exagero, procuram a santidade na privação de todo conforto e no próprio martírio.

A palavra “santidade” significa ação integral do espírito sobre o corpo, mediante o conhecimento, a fé profunda em nossa capacidade para atrairmos o auxilio do Poder Supremo, em maior proporção de dia para dia.

Quando perdemos a paciência conosco, quando não nos podemos suportar a nós próprios – devido às repetidas investidas e ataques da mente material ou por nossos freqüentes delitos e recaídas nos pecados que nos assediam ou por vivermos em determinados períodos de irresistível intemperança – nenhum bem faremos em nosso favor pensando sempre mal de nós e apostrofando-nos com os piores epítetos.

O homem nunca deve chamar-se a si próprio: mísero pecador, e ainda menos com maior energia e intensidade do que chamaria os outros. Ao pronunciar esta frase, materializamos a idéia nela contida e, pelo menos temporariamente, convertemo-la em realidade.

Se muito freqüentemente pusermos diante de nosso espírito a visão de sermos um miserável pecador, o que inconscientemente faremos é que essa visão se converta em um ideal que, de dia para dia, se robustecerá cada vez mais, produzindo-nos grave dano, até obrigar-nos a retroceder no caminho do nosso progresso, o que nos arruinará o nosso próprio corpo. Porque, após esse estado mental que tem sido preconizado nos tempos passados, vem sempre a dureza de coração, a hipocrisia, a falta de caridade pelo próximo, a misantropia e a mesquinha concepção da vida – estados mentais próprios apenas para nos trazerem toda espécie de enfermidades físicas.

Quando a mente material permanecer no sítio quelhe corresponde, ou antes quando nos convencermos da existência verdadeira desta força espiritual, dentro e fora de nós ao mesmo tempo, e quando aprendermos a fazer uso dela com ‘retidão’ – pois de alguma forma temos usado dela em todos os tempos – compreenderemos então as palavras de Paulo:”A morte absorvida na vitória”, e o pavor e a aflição da morte desaparecerão. Então se converterá a vida em uma marcha triunfal, caminhando do prazer de hoje aos prazeres vindouros; e a palavra VIVER significará somente ALEGRIA.

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Notas:
[*] Bases do Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento.

[Texto retirado do, Volume 4º, Capitulo 5º do Livro Nossas Forças Mentais, pg. 43/54 de Prentice Mulford, Editora “O Pensamento”.


VIAGEM ATRAVÉS DO TEMPO – SERIAM OS ETs PROCEDENTES DO FUTURO?


Na Teoria da Relatividade Geral de Einstein, o tempo num determinado local se acelera e desacelera quando se passa por corpos de grande massa, como estrelas e galáxias. Ao se aproximar do Sol, por exemplo, uma nave estraplanetária teria deformado o tempo medido em eventual relógio em seu interior. Desta mesma forma, um segundo na Terra não é o mesmo que um segundo em Marte. Se pudéssemos espalhar relógios pelo universo, notaríamos que eles se movimentam a velocidades diferentes, nos diversos pontos onde se encontram. E ao praticar navegações por distintos pontos do cosmos, um veículo estaria sujeito a inúmeras variações no transcorrer de seu tempo, conforme se aproxima ou distancia de corpos de grande massa.

A pergunta que fica no ar, então, é: seres pertencentes a uma tecnologia mas avançada teriam como tirar proveito disso para fazer viagens espaciais? Aparentemente, sim. Boa parte dos ufólogos da atualidade acredita que nossos visitantes extraterrestres têm capacidade de vencer grandes distancias através do uso calculado de conceitos que envolvem a manipulação do tempo. Os elementos essenciais para isso estão espalhados pelo universo e são justamente as estrelas, os buracos negros e, mais recentemente descorbertos, os buracos de minhoca [Do inglês wormholes]. Estes seriam, a grosso modo, a ligação de dois ou mais buracos negros, interligando distintas e as vezes longínquas posições do universo – ou de vários universos.

Em 1935, Einstein e o cientista Nathan Rosen deduziram que a solução das equações da relatividade geral permitia a existência de “pontes temporais” no cosmos, originalmente chamadas de Pontes de Einstein-Rosen. Correntemente, são os conhecidos buracos de minhoca, que receberam esse nome em virtude de terem imaginariamente formas irregulares, tais como canais. Estas pontes uniriam distantes regiões do espaço-tempo e, viajando-se através de uma delas, poder-se-ia mover mais rápido do que a luz viajando pelo espaço-tempo normal. Os buracos de minhoca seriam poderosos atalhos que encurtariam distâncias astronômicas.

Antes da morte de Einstein, o matemático Kurt Gödel, que também trabalhava na Universidade de Princenton, teria encontrado uma solução para as equações da relatividade geral que, em tese, permitiram a viagem através do tempo proposta por seus antecessores. Esta solução mostrava que o tempo poderia ser distorcido pela rotação do universo, gerando ‘redemoinhos’ que possibilitariam a alguém, movendo-se na direção de tal rotação, chegar ao mesmo ponto no espaço, mas atrás no tempo. Antes de Gödel, no entanto, Einstein havia concluído que, como o universo não está em rotação, a solução de Gödel não se aplicava. Estava criado um impasse, até que, em 1955, o físico norte-americano John Archibald Wheeler cunhou o termo buraco negro. Ele escerveu um artigo sobe geometrodinâmica mostrando que as pontes de Einstein-Rosen poderiam ligar não somente distintas regiões do universo, formando um túnel de espaço-tempo, mas também universos paralelos.

Em 1963, o matemático Roy Patrick Kerr, da Nova Zelândia, encontrou outra solução nas equações de Einstein para um buraco negro em rotação. Nesta solução, tecnicamente, tal buraco negro não colapsa para um ponto, ou para o que os cientistas chamam de “SINGULARIDADE” como previsto nos estudos anteriores. Ele concentraria sua ação num gigantesco anel de nêutrons em rotação.Em termos mais simples, um anel desse gênero teria um equilíbrio gravitacional, através de forla centrífuga, que impediria um colapso que o encerraria em si mesmo. É muito difícil conceber de forma mental como isso se daria, mas cientistas chegaram a equações matemáticas de grande complexidade que garantiriam, em tese, que o anel formado seria um redemoinho que conectaria não somente regiões do espaço, mas também regiões do tempo, como um buraco de minhoca. Apropriadamente empregado, tal redemoinho poderia ser usado como uma máquina do tempo.

Nossa ciência tem conhecimento disso apenas teoricamente, com algum respaldo em observações astronômicas através de telescópios óticos e radiotelescópios. Outras civilizações mais avançadas poderiam ter maiores e mais complestas informações a respeito, usando-as de uma forma prática que, entre outras coisas, as permitiriam usar as próprias forças naturais do universo em seu favor. Segundo nossos conhecimentos a respeito dessa área da astronomia – já apelidade de opináutica [ De opi, que significa buraco + náutica, que se usa para navegação] -, a maior dificuldade para o uso dos buracos de minhoca como máquina do tempo é a energia necessária para sua operação, que teria que ser de uma quantidade fabulosa. Seria preciso usar a energia nuclear de uma estrela, ou a proveniente da operação com antimatéria, para se lograr êxito na empreitada. E essas são apenas conjecturas teóricas sobre as quais temos pouco ou nenhum conhecimento.

O segundo problema que se enfrentaria é falta de estabilidade do sistema. Um buraco n egro em rotação pode ser instável, se excreta massa. Efeitos quânticos também podem acumular-se e destruir o redemoinho. Na verdade, a teoria prevê que os redemoinhos ou buracos de minhocas sobrevivam somente uma fração de tempotão curta que nem a luz conseguiria atravessá-lo. O outro grande problema para se usar um buraco negro ou de minhoca como ponte entre dois locais é que a força desses objetos estelares seria tão grande que despedaçaria qualquer corpo que se aproximasse de suas redondezas, primeiro sugando-o ao seu interior e, uma vez lá, exercendo sobre ele uma pressão descomunal. Portanto, embora teoricamente possível, uma viagem no tempo não é praticável.

AUMENTO DE MASSA _ O postulado fundamental da TEORIA DA RELATIVIDADE de Einsteins, que até os dias de hoje se mantém como padrão de entendimento na área, é de que o limite universal de velocidade é a que a luz atingiria em sua propagação no vácuo, algo pouco menor do que 300 mil km por segundo. Para se ter idéia dessa grandeza e das distâncias que envolvem os corpos estelares, se o Sol se extinguisse neste instante, sua luz ainda brilharia sobre a Terra por pouco mais de oito minutos, que é o tempo necessário para que viaje da posição onde está nossa estrela-mãe até nosso planeta. Ao extinguir-se, os últimos raios do Sol precisariam dos tais minutos para atingir a Terra. Isso equivale a dizer que cada instante em que recebemos a luz e o calor solares, eles já tem oito minutos de duração viajando pelo espaço.

A estrela mais próxima da Terra, fora do Sistema Solar, é Alfa da Constelação do Centauro, que está a pouco mais de 4,4 anos-luz da Terra. Seu brilho, portanto, precisa de quatro anos e alguns meses para atingir nosso planeta. Se num determinado instante a estrela deixar de existir, talvez por uma explosão, por exemplo, só perceberemos o fato quase meia década depois, porque a luz que ela emitiu antes de extinguir-se ainda estaria chegando à Terra. Isso à fantástica velocidade de 300 mil km por segundo. Em sua trajetória, ao passar por corpos de grande massa, poderia sofrer alterações, cujos impactos estãos sendo estimados por astrônomos.

Qualquer corpo do universo, quando acelerado, tem sua massa inercial aumentada em função da velocidade atingida. Assim, quanto maior a velocidade do corpo, maior a massa inercial, o que implica que será necessário muito mais energia para fazê-lo acelerar e, conseqüentemente, desacelerar. Em outras palavras, para fazer a velocidade de um corpo aumentar até 100 km/h, por exemplo, gasta-se muito mais energia do que para acelerar um corpo a 10 km/h, ou mais ainda para outro que esteja a 1km/h. Assim, para corpos que estejam próximos à velocidade da luz, a quantidade de energia necessária para aumentar sua velocidade é absurdamente alta, algo quase inimaginável.

Já a relação da velocidade com o tempo é inversa. Quanto maior a velocidade de um determinado corpo em movimento, mais lentamente o tempo passa para ele. Daí o exemplo clássico da Astronáutica: um pai que viaja numa espaçonave, próximo à velocidade da luz, quando volta ao ponto de partida estará mais novo do que o filho que ficou na Terra. Assim, a velocidade do fluxo de tempo é tanto mais lenta quanto maior a velocidade do corpo, de forma que, à velocidade da luz, esse fluxo de tempo seria nulo. Mas, ainda assim, por mais que isso fosse um benefício para quem gostaria de viajar a velocidades supralumínicas [acima da luz], ainda haveria o impasse da fabulosa quantidade de energia necessária para acelerar o corpo a tal velocidade, para que se pudesse usufruir de um retardamento no envelhecimento de quem estivesse dentro da nave espacial. Pode-se chamar de velocidade de fluxo de tempo a relação entre o fluxo de tempo propriamente dito no corpo em movimento e o fluxo de tempo no referencial que se toma por base - aquele que fica parado com relação ao qual medimos nossa velocidade. Assim, se relativamente ao fluxo de tempo no referencial, para cada segundo transcorrido, o tempo decorrido no corpo em movimento fosse de 0,5 segundo, a velocidade de fluxo de tempo seria de 0,5 – 0,5 segundo para o corpo em movimento, dividido por um segundo no referencial.

VELOCIDADE DA LUZ _ A constatação que se pode fazer a partir daí é bastante interessante: quando o corpo está em repouso, sua velocidade no espaço é mínima ou nula, e sua velocidade de fluxo de tempo é máxima. Ou seja, para cada segundo que se passa no referencial, passa-se um segundo para o corpo. Dessa forma, quando o corpo está à velocidade da luz, algo apenas imaginário para o ser humano, sua velocidade no espaço é máxima e sua velocidade de fluxo de tempo é mínima. Portanto, poder-se-ia dizer que o delocamente de um segundo no tempo equivale a um deslocamento no espaço de 300 mil km. A viagem para o futuro, em tese, é perfeitamente possível segundo a já citada Teoria da Relatividade. Fazendo-se aumentar a velocidade de um corpo, o tempo passará mais vagarosamente para ele em relação ao referencial de partida. Assim, para cada segundo que se passa para o corpo, passará um segundo e mais alguma coisa para o referencial parado. Esse “mais alguma coisa” pode ser uma fração do valor total. A velocidade do corpo, nessa interpretação da teoria de Einstein, determinará a “velocidade” da viagem no tempo.

E se chegar a dois-terços da velocidade da luz, para cada segundo que passar para o corpo, passará 1,34 segundo para o referencial. Assim, ao final de 10 anos de viagem, o corpo em viagem pelo universo terá se “adiantado” no tempo em mais de três anos. Embora complexas para o leitor, estas constatações são matemáticas e precisas. Infelizmente, nada podemos fazer para testá-las na prática...

De qualquer forma, seguindo a mesma analogia, para fazer o corpo ganhar velocidade é preciso a ação de uma força descomunal para acelerá-lo. E quanto maior a velocidade que se deseja atingir, maior terá que ser a força a ser empregada, devido ao aumento da massa inercial,como já foi colocado anteriormente. Isso significa que mais e mais energia será necessária para continuar a aceleração ou manter a velocidade atingida. Segundo a conhecidíssima formula de Einstein, a energia que o corpo absorve, com o aumento da massa inercial, é definida por sua clássica fórmula, E=m.C2, onde E é a energia necessária, m é a massa considerada e C2 é a velocidade da luz elevada ao quadrado. Matematicamente falando, a energia necessária para acelerar um corpo até certa velocidade é sempre a mesma. Entretanto, a força produzida pela energia é que determina a aceleração, e assim, se a energia for aplicada lentamente, o corpo demorará bastante até chegar à velocidade desejada. Desta forma, o fluxo de energia também pode influir no tempo gasto na hipotética viagem ao futuro.

VIAGEM AO PASSADO_ E para o passado, é possível viajarmos? Será um dia, mas certamente não tão ‘simplesmente” quanto viajar ao futuro. O raciocínio que geralmente se faz, relativamente aos efeitos do aumento da velocidade quando se atinge velocidade supralimínicas, é incorreto. Ainda que se ignore a impossibilidade de se ultrapassar a velocidade da luz para viajar ao futuro, não podemos usar a mesma lógica para viajar ao passado. Um imaginária jornada à Antiguidade, por exemplo, seria uma impossibilidade mesmo segundo o avançado postulado de Einstein ou aqueles dele derivados. Mesmo que a velocidade de um veículo fosse maior do que a da luz, ele não seria levado ao passado. Na realidade, o corpo teria seu tempo, retrocedido e uma pessoa em seu interior, por exemplo, ficaria mais nova. Mas não haveria o retrocesso do próprio tempo.

A menos é claro, que se descubra no futuro alguma condição que permita rever aquilo que Einstein tão brilhatemente descobriu, um teoria sobre a qual cientistas das mais diversas áreas, há décadas, se debruçaram para ampliar ou modificar. No entanto, a julgar pelo fato de que, num dado momento de nossa história, surgiu um Albert Einstein para criar um “regulamento” que permitia ao homem sonhar com viagens no tempo, talvez possamos soltar nossa imaginação e esperar que essa mesma história nos presenteie com outro ser com seu brilhantismo e intuição, que nos dê mais respostas às perguntas que tanto nos inquietam. Essa nossa trajetória histórica, que contemplamos neste instante, por já ser algo concreto para outras civilizações mais avançadas, que estiveram e resolveram os problemas que hoje nos retém ao nosso próprio tempo.
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[Texto de Sheyllah Salles Pires]

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VIAGENS ATRAVÉS DE BURACOS NEGROS
A idéia de que espaçonaves podem navegar rapidamente através do universo usando buracos negros como portais de alta velocidade é um antigo clichê da ficção cientifica. Mas, ultimamente, o consenso entre cientistas é que buracos negros são tão destrutíveis que espaçonaves seriam transformadas em migalhas subatômicas se seus pilotos tentasse usá-los. Então, novamente, talvez não seja a hora de se falar no assunto. Mas, de qualquer maneira, um novo estudo da Universidade de Utah, dirigido pelo físico Lior Burko, um israelense de 34 anos, levanta a possibilidade de que esses corpos celestes não destruiriam as coisas que a ele se acercariam. Assim, o potencial de viagem pelo hiperespaço permanece em aberto.

“É uma possibilidade real que os buracos negros possam ajudar-nos a viajar a locais remotos do universo, ou a outros universos”, disse Burko. Para ele, isso dependeria da topologia do universo, algo que não conhecemos bem. “Não estou discutindo se é uma coisa prática ou não, mas, talvez daqui a mil anos, com certeza será mais simples”. No esquema de Burko, buracos negros podem ser portais para outros buracos, os de minhoca. Estes seriam construções teóricas equivalentes a túneis ou atalhos entre pontos distantes do universo, que se distinguiriam em diferentes tempos ou mesmo em diferentes universos paralelos.

As idéias de Burko não são novas. Buracos de minhoca foram popularizados pelo físico Kip Thorne, nos anos 80. Eram o meio de transporte interestelar da série “Contato”, de Carl Sagan. Mas estudos subseqüentes sobre eles sugeriram que seria impossível utilizá-los como portais. O interior dos buracos negros são infinitamente densos, de maneira que eles exerceriam destruição maciça a corpos que nele adentrem. “Seriam como marés distorcendo objetos que se aproximem, rasgando-a em suas partículas subatômicas”, disse ainda Burko.

Curiosamente, é o interior infinitamente denso destes misteriosos corpos celestes que dá a eles seu potencial para facilitar viagem no tempo e espaço. Dentro de um buraco negro, o tecido do universo entra em colapso num ponto de curvatura infinita, conhecido como “singularidade” tempo-espaço, onde as leis da física não se aplicam mais. É o equivalente a dizer que um buraco negro altera a estrutura do universo de forma irreversível. E há muitos por aí. Quando se interligam, formam canais que são os tais buracos de minhoca [Do inglês wormholes]. É através desses canais que, teoricamente, uma nave interplanetária suficientemente resistente à gigantesca pressão viajaria de um ponto a outro do universo. Um atalho e tanto.

Foi o mesmo que Burko quem recentemente sugeriu que alguns buracos negros podem ser tão destrutivos como outros.”Sob certas circunstancias, podem até agir como aberturas para buracos de minhocas”. Seus trabalhos anteriores comprovaram que singularidades mais fracas estão presentes em buracos negros de uma espécie peculiar, os rotativos. Num artigo publicado na revista Physical Review Letters, o cientista alega que, sob certas circunstâncias, podem existir singularidades híbridas, compostas de um setor forte, que é destrutivo, e um setor fraco, que não é. Qualquer astronave que entrasse no setor fraco poderia, em tese, passar através dele sem ser danificada. Para isso seria necessário um grande equilbrio e controle por parte de seus eventuais pilotos. Tudo é teórico, é claro, mas a possibilidade de uma singularidade fraca, se confirmada, aumenta o potencial para se usar buracos negros para viagem interestelares.”No momento, este tipo de viagem pelo hiperespaço não está descartada”, disse Burko.

Já o físico Richard Gott, autor de Time Travel in Einstein’s Universe [Viagem no tempo num universo de Einstein], disse que hipóteses como essas abrem possibilidades interessantes. “Uma singulardade fraca pode ser um atalho do atalho. Acertá-lo representa pular para uma nova região do tempo, algum lugar muito distante ou talvez outro universo”. Burko acrescenta que sua teoria se baseia em presunções não provadas, e que mais trabalho deve ser feito.Ele diz que pouco é sabido sobre a gravidade quântica – casamento da física quântica com a teoria clássica da gravidade – e que leis físicas ainda não conhecdas podem tornar viagens hiperespaciais impossíveis.

“E mesmo a idéia de viagens como essas sejam possíveis, fazê-lo ainda está longe de nossas capacidades”. Para exemplificar isso, Burko disse que um buraco negro no centro da Via Láctea pode ser um candidato a portal interestelar, mas está a 26 mil anos-luz de distância de nós. Mesmo viajando a velocidade próxima à da luz, o que é impensável,levaria ainda 30 mil anos para chegarmos até esse portal.
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[Texto elaborado pela Equipe Ufo a partir de noticias e informações traduzidas por Pedro Paulo Luz Cunha]



27 de nov. de 2009

A HARMONIA NAS RELAÇÕES HUMANAS


A harmonia é um aspecto da Mente Divina ou Cósmica. O Cósmico encerra o potencial de tudo. Por isso, contêm potencialmente a harmonia e a desarmonia. Concretizamos uma ou outra segundo a capacidade de escolher de que somos dotados. A harmonia se manifesta especialmente na função criativa do Cósmico, pela qual a Força Cósmica, torna manifesta a Sabedoria Cósmica, que inclui tudo o que existe; e tudo isso é uma unidade: a Força, o Propósito e a Sabedoria na unidade da Mente. Só nos cabe perceber a Harmonia em nossa mente e manifestá-la em nossa consciência.

Esse é o nosso Divino Destino, e não apenas uma questão de capricho ou de escolha aleatória. É fundamental que manifestemos a Divindade. Aí está uma afirmação completa do propósito de vivermos. Podemos retardar ou nos esquivar ao fato, fingindo que outras coisas são mais importantes;mas no final teremos de manifestar nossa Divindade, o Deus de nosso interior, simplesmente porque ‘somos seres divinos’.

Com frequencia afirmamos que nosso objetivo final é o retorno à fusão com a Divina Mente do Cósmico. Mas será que também compreendemos que, no momento do retorno à fusão, deveremos estar em completa e final harmonia com a Mente Divina?

Tudo de valioso que já desejamos, tudo o que vale a pena possuir nos será concedido em conseqüência das mudanças que teremos de proceder em nossa personalidade antes que esse resultado seja alcançado. Muitas das coisas que hoje desejamos serão inúteis quando e conforme mudarmos. Nossos valores serão mudados com nossa consciência. E seremos mais felizes do que jamais sonháramos. Quando crianças talvez pensássemos que possuir um triciclo nos faria extremamente felizes. Hoje não mais pensamos assim. Sabemos agora que a posse de coisa não traz [porque não pode trazer...] a felicidade. A felicidade só pode advir da harmonia, que nada tem a ver com posses, mas somente com a manifestação da unidade.

A palavra “harmonia” veio do grego, através do latim. No grego, “harmonia” derivou-se de “harmos”, que significa junção. Assim, basicamente, harmonia significa unificação por junção.

Falamos de harmonia de cor numa pintura ou num por-de-sol. Falamos de harmonia numa música orquestrada, nos acordes de um órgão ou piano ou no canto que um pássaro entoa enquanto a brisa da manhã farfalha por entre árvores e a relva. Falamos também de harmonia que deveria existir e que às vezes existe nos sentimentos ou nas relações entre as pessoas. E percebemos claramente que todas essas harmonias resultam da junção, da união de todos os elementos de cada qual nas forças e propósitos que se manifestam em cada qual, porque cada qual é uma expressão da Sabedoria Divina.

Se falarmos a palavra “harmonia” a uma grande número de pessoas, algumas pensarão em musica, outras em pintura, dança ou cor, e muitas pensarão nas relações humanas. Analisemos alguns dos fatores que afetam a manifestação da harmonia entre membros de um grupo que trabalham para um propósito comum.

QUATRO FATORES ESSENCIAIS
A harmonia, sendo expressão da Sabedoria Cósmica, é o estado natural. A desarmonia resulta de percepções defeituosas. Os quatro fatores essenciais à consecução da harmonia são:

1 => reconhecimento da distinção entre realidade e aparência;

2 => adotar atitude impessoal em nossa relação com os outros;

3 => prática da bondade, da ‘verdadeira’ bondade;

4 => cultivo da reflexão acertada.

Sabemos que nossos sentidos com freqüência apresentam deformada a realidade para nós. Olhamos uma longa estrada de ferro, e os trilhos parecem unir-se no horizonte. Isso não nos pertuba, porque sabemos qual é a realidade. Contudo, é freqüente enxergarmos só parcial e rapidamente o modo como algum conhecido ‘parece estar fazendo isto ou aquilo’, e ‘presumimos’ que conhecemos a realidade. Formamos, dos motivos ou capacidades da outra pessoa, uma percepção tão errada quanto a dos trilhos da estrada de ferro, e ficamos ressentidos, tensos, com raiva e completamente desarmonizados.

Às vezes a natureza da realidade faz pouco diferença para as nossas percepções. Podemos saber que a água consiste em moléculas, cada qual composta de dois átomos de hidrogênio unidos a um de oxigênio. Talvez ‘saibamos’ [em certo sentido] que cada átomo consiste num núcleo positivo ao redor do qual elétrons negativos giram como minúsculos satélites. Podemos ainda saber que a Física Matemática pode ‘provar’[como é costume dizer que tanto o núcleo positivo como os elétrons negativos nada mais são que energia vibratória. Mas não é assim que percebemos a água. Percebemo-la como um líquido incolor, essencialmente sem sabor, que é ‘molhado’ e, por isso, muito útil.

Talvez percebamos a água como chuva e, se formos um agricultor cuja lavoura está ameaçada pela estiagem, poderemos dar graças a Deus quando chove. Mas se formos um menino desejando jogar futebol ou uma garotinha desejando sair num piquenique, a mesma chuva pode ser vista como uma tragédia.

Esses simples exemplos apontam um só coisa: => é a percepção, não a realidade, que traz harmonia ou desarmonia à nossa consciência das relações humanas, e precisamos saber mudar a percepção. Mas para aprendermos a fazer isso, devemos aprender a diferenciar a realidade verdadeira da realidade aparente, e precisamos também aprender a ser impessoais e gentis e a refletir corretamente.

Algumas pessoas não conseguem ser impessoais. Acham que impessoalidade é indiferença e, sendo errado esse raciocínio, não conseguem ser impessoais. Devemos quase sempre ser impessoais, mas nunca indiferentes.

A grande maioria das pessoas não conseguem ser impessoais. Não conseguem nem mesmo imaginar ou compreender a noção de um Deus impessoal. Por isso, acham que Deus é uma pessoa que possui todos os atributos pessoais que ‘elas’ imaginam teriam se fossem Deus.

Tais pessoas não podem servir a um propósito, a um princípio ou a uma causa. Devem servir à pessoa de algum líder. Não avaliam os fatores de um problema estatal, e seguem as diretrizes do líder cuja personalidade mais as atrai. Não perseguem um ideal, mas alguma pessoa que enuncie ou exemplifique um ideal. Não conseguem atacar um problema; precisam atacar as pessoas envolvidas no problema.

A impessoalidade é a indiossincrasia do Mestre. As personalidades entram nas suas [do Mestre] concretizações da verdade somente na medida em que possam servir aos propósitos, princípios e ideais a que ele sirva, ou só conforme ele seja capaz de ajudá-las a fazê-lo. Ele não recrimina uma pessoa por ser ela o que é, do mesmo modo que não reciminaria um gato por ser um gato ou um pássaro por ser um pássaro. Ele não é iludido pelas aparências, porque pode distinguir a verdadeira realidade da realidade aparente. Se suas percepções são inarmônicas, ele as muda no sentido da verdade e percebe a harmonia. Conhecendo a verdade fundamental, nada teme e, assim nunca fica tenso ou confuso. Em suas necessárias relações com outras pessoas, ele sempre é guiado pela essência da verdadeira bondade.

São Paulo [segundo normalmente se traduz sua afirmação] disse:”...e restam estas três: Fé, Esperança e Caridade, e a maior destas é a CARIDADE.” Mas Paulo não falava português. Suas palavras são transmitidas em grego. A palavra que ele teria usado em que foi traduzida como caridade era HAGAPE. Na época das primeiras traduções talvez a palavra ‘caridade’ fosse uma tradução bastanete boa. Mas infelizmente ‘caridade’ passou a ter muitos outros significados além do atribuído por Paulo, e hoje ela quase nem sugere parte do que Paulo com ela indicava. Talvez a melhor tradução hoje possível seja ESSÊNCIA DA BONDADE. Não atos ou pensamentos bons, solidariedade ou emoção sentimental, ou polidez – nem aliás, nenhuma combinação específica ou genérica disso tudo -, mas a ESSÊNCIA DA BONDADE.

Já vi a essência de milhares de maças contidas num pequeno frasco. Essa essência não era vermelha, amarela ou verde, nem era densa, suculenta ou leitosa, Não tinha pele, caroço ou sementes, mas se fosse removida a rolha do frasco, todos que estivessem perto logo saberiam que no frasco havia essência de maçã.

Para alcançarmos a harmonia, a essência da BONDADE precisa estar em nossa CONSCIÊNCIA. Que é a essência da bondade? Ela não pode ser definida, porque possui natureza eterna; mas podemos examinar seus principais aspectos: visão, compreensão, coragem e humor.

Deverá conter a visão, a visão que nos faz ver além do que nos mostram nosso débeis sentidos; visão para vermos a alma por trás da personalidade, e Deus por trás da alma; visão para vermos a essência por trás das aparências. Esse é o primeiro requisito da verdadeira bondade de espírito; o segundo é a compreensão. Devemos primeiro ver e depois compreender a natureza e os problemas - as esperanças, os temores e os ideais da pessoa com que nos relacionemos.

Agirmos com bondade, com verdadeira bondade, com base em nossa visão e compreensão, requer coragem e humor; coragem para fazermos aquilo que ‘ é preciso fazer’, e humor para lubrificarmos a ação. Muitas vezes a ação verdadeiramente boa de nossa parte não é o que a outra pessoa desejaria que fizéssemos. Ela sente a necessidade de ver exaltado seu ego, quando o que realmente precisa é aprender a humildade perante Deus. Gostaria de receber coisas de mão beijada, quando o que precisa é aprender a conseguir sozinha o que deseja. Gostaria de ser elogiada, quando o que precisa é abrir os olhos e enxegar os seus próprios erros. Isso não quer dizer que devamos julgar, mas que precisamos conhecer a diferença entre a verdadeira realidade e a percepção que dela temos e que, conhecendo a verdade, devemos,de modo impessoal, servir a esse ideal de verdade espargindo sua LUZ. Sejamos lâmpadas dignas, através das quais possa brilhar qualquer luz de compreensão que nos tenha sido concedida.

Nenhuma lâmpada digna procura forçar a luz que quer que seja.Possivelmente o maior gerador de desarmonia num grupo é o individuo que, não sendo capaz de distinguir a realidade da aparência de certa situação, coloca-se como o ‘chefe’, como a única autoridade quanto ao que deve ser feito e a como deve ser feito. Fica com raiva e ressentimento se não for aceito por todos segundo a avaliação que faz de si próprio.

É preciso coragem, bem como visão e compreensão, para usar a essência da bondade na difusão da luz. É preciso também humor; a capacidade de enxergar o lado humorístico de qualquer situação, e especialmente a capacidade de rir das próprias incongruências, é de inestimável valor para estabelecer a harmonia.

Mas se refletirmos acertadamente, e de acordo com os princípios que sugeri, deveremos alcançar o sucesso. Refletir com acerto é obviamente a resposta final para todas as circunstancias. Refletir acertadamente é a qualidade que a Bíblia cristã valoriza muito com o termo justiça e deve estar baseada no conhecimento da verdade, em ser capaz de distinguir ou diferenciar a realidade verdadeira da realidade aparente. Refletir com acerto significa alcançar a percepção harmoniosa da VERDADE CÓSMICA, e requer visão, compreensão, coragem e humor. Mas será que poderemos vigiar e inquirir todos e quaisquer pensamentos que nos ocorram? A resposta é: não precisamos.

O pensamento pode ser comparado a um rio que flui e, como um rio que fui, seguirá a linha de menor resistência. Às vezes essa linha é curta e reta; geralmente é longa e tortuosa – mas o rio sempre fuirá no canal que, por acaso ou por deliberação, “foi preparado para ele”.

Nossos pensamentos ‘fluirão’ pelos canais que preparamos para eles.De tempos a tempos mudamos o fluxo abrindo novo canal. Essa mudança pode ocorrer por nossa própria vontade ou por vontade alheia. Mas podemos ‘planejar’ nossos pensamentos e, se conscienciosamente trabalharmos para tanto, nossos pensamentos seguirão esse plano até que, pela força de vontade, nós mudemos o plano.

Se preparamos canais voltando a nossa atenção consciente a certos assuntos, então, quando não estivermos alertas, nossos pensamentos fluirão naturalmente pelos canais preparados. Cavamos os canais com nossa atenção. Quanto mais concentrada for a atenção, mais profundos e longos serão os canais. Naturalmente, se desejarmos ser justos, se desejarmos refletir com acerto, voltaremos nossa atenção para a verdade, concentrá-la-emos em ideais, princípios e propósitos cósmicos e a harmonizaremos com a verdadeira bondade, que significa visão, compreensão, coragem e humor.

Se conseguirmos, pela reflexão acertada, vivenciar cada vez mais a harmonia que buscamos [e ao grau em que a consigamos], passaremos a concetrizar a união com o ambiente que é augurada pelo próprio significado da palavra. Conforme se expanda nossa capacidade de relacionamento harmonioso, nosso ambiente também se expandirá, até finalmente abranger o TODO CÓSMICO.

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[Texto de Harold. P. Stevens]



26 de nov. de 2009

ALIENS OBSERVAM NOSSAS GUERRAS


Discos voadores sempre estiveram presentes em nossos conflitos bélicos.

“Dois estranhos objetos avançam sobre seus exércitos, causando pânico nos soldados, elefantes e cavalos que se recusavam a cruzar o Rio Jaxartes.” Este trecho foi escrito em 329 a.C., durante uma das campanhas militares de Alexandre O Grande, segundo o estudioso Raymond Drake, autor de DEUSES E ASTRONAUTAS NA GRÉCIA e ROMA ANTIGAS [Editora Record].”Os objetos descritos eram grandes e prateados, como escudos brilhantes que cuspiam fogo de suas extremidades.”

Durante quase todos os conflitos militares do planeta, desde os tempos mais remotos até os mais recentes, estranhos objetos têm sido observados no cenário dos entraves. Agora, a noticia de um UFO tenha sido visto sobre o Iraque durante a ofensiva anglo-americana despertou mais uma vez a atenção da comunidade ufológica mundial. Afinal, por que os alienígenas observam nossos conflitos e guerras? Eles estão presentes onde quer que haja ação militar. É assim desde a Antiguidade, em períodos anteriores a Cristo, durante a Idade Média, nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais, na Guerra das Malvinas, durante os conflitos Vietnã e na Coréia, e, mais, nas Guerras do Golfo. Lá estavam observando o que se passava e, em determinadas ocasiões, até interagindo com as forças combatentes.

A partir da Guerra do Golfo, em 1991, armamentos de alta tecnologia empregados nos campos de batalha têm confundido muitos dos comandos engajados nos conflitos. Mas o mesmo arsenal tecnológico tem sido usado para detectar com mais precisão intrusos não identificados. Sempre que há um entrave militar de grandes proporções, ou que atraia a atenção do resto do mundo, surgem em abundância relatos de avistamentos de enigmáticos objetos nos céus. Claro, muitas vezes são aeronaves militares ou mísseis. Mas em outras ocasiões, não. Nem olado mais preparado dsses conflitos – como as forças anglo-americanas na Guerra do Iraque – tem tido condições de determinar a origem desses fenômenos.

Os indícios do surgimento de obejtos voadores não identificados estão presentes até mesmo em guerras bastante antigas. Há milhares de naos atrás, no antigo Egito, aparições de UFOs já eram registradas com regularidade: O escritor inglês BRINSLEY LÊ POUR TRENCH, O CONDE DE CLANCARTY, cita em suas obras o fragmento de um hieróglifo do tempo do faraó THUTMOSE III, que governou entre os anos de 1468 e 1436 a.C. Durante uma guerra de conquistas às margens do Rio Eufrates, os escribas relataram o avistamento de um círculo de fogo vindo do norte. Eles o descreveram ao faraó da seguinte maneira: “Hoje, esses círculos de fogo são cada vez mais numerosos no céu. Eles brilham mais que o Sol. As tropas estão com medo.Tempo depois, os círculos ascenderam ao céu e desapareceram.” Esse trecho tem quase 4,5 mil anos de idade.

Outro exemplo ocoreu no ano 70 d.C., durante a chamada Guerra Judaica.” “No dia 21 de maio, um fantasma demoníaco de incrível tamanho surgiu no céu sobre todas as carroças e tropas que se preparavam para a batalha.” Constantino O Grande e sua armada, em 312 d.C., também observaram uma cruz luminosa no céu, que ficou em frente ao Sol. Para Constantino, esse foi o derradeiro aviso de sua vitória sobre Maxentiu, meses depois. Da mesma forma, durante o reinado de Carlos Magno também foram regstrados muitos relatos de encontros com “tiranos do ar e suas naves aéreas.” Conforme eram descritos. Estes relatos preocupavam tanto o rei que as pessoas que relatavam tais fenômenos eram sujetios à tortura e à morte. Ainda assim, as narrativas continuavam surgindo e importunando Carlos Magno.

O monarca também esteve às voltas com UFOs durante outra importante ocasião, quando foram registradas manifestações desses objetos em plena campanha militar que empreendeu contra os saxões pagãos, entre 800 e 814 d.C. O monge Lorenzo, em suas cartas ANNALES LAURISSENSES, escreveu que as tropas de Carlos Magno avançavam em direção ao Castelo de Salzburg. Segundo os escrito medievais. “... a oposição dos saxões foi dura e, quando tudo parecia perdido, Deus enviou dois grandes escudos vermelhos e brilhantes para cima dos saxões.” Não seria a primeira vez que um governante teria a impressão de que fora ajudado por forças divinas, quando, na verdade, o que se via nos campos de batalhas eram UFOs claros e de formatos semelhantes aos que conhecemos hoje. O contrário também era comum, atribuir uma derrota aos mesmos enigmáticos objetos, só que, nesses casos, vinham do inferno.

Se Carlos Magno foi ajudado pelos deuses em seu confronto com os saxões, séculos mais tarde, na sangrenta conquista do México, alguma inteligência alienígena a tudo acompanhava, sobrevoando os combatentes em terras norte-americanas. Segundo Bernal Del Castillo, cronista do conquistador espanhol Hérnan Cortez, que massacrou os astecas, numa das batalhas os nativos disseram que uma bola de cor verdade e vermelha fora vista no céu.”E que logo atrás dela uma outra luz, que acompanhava a primeira, surgiu disparando relâmpagos em direção ao solo e sobre as cidades de Panuco e Tezeuco.” Não se sabe se foipor causa das cores desses objetos – vermelho e verde – que a bandeira mexicana recebeu as mesmas tonalidades.

No Japão, durante a Guerra dos Shoguns, no ano de 1235, o quarto Kamakura Shogun, Fujiwara Yoritsune, e sua tropa estavam acampados quando misteriosas luzes apareceram no céu. Os objetos foram vistos por horas fazendo círculos e ‘loopings’ que impressionavam os militares. O Shogun [Título de senhor de um clã no Japão Medieval] pediu uma investigação a fundo sobre o evento, cujos resultados não são conhecidos. Talvez essa tenha sido a primeira investigação oficial sobre os UFOs de que se tem notícias. De fato, era relativamente comum que os governantes envolvidos em conflitos em que objetos não identificados eram vistos, pedissem a seus comandantes que averiguassem a sua natureza. A Guerra dos Cem Anos, que na verdade durou 116, foi travada entre a Inglaterra e a França pelo poder do trono francês, ente 1337 e 1453.

Em diversas ocasiões durante seu transcurso, discos voadores resplandecentes foram observados. As batalhas eram travadas nas planícies da Europa e os objetos mais comumente registrados eram “esferas de fogo”. O ufólogo inglês Timothy Dodd pesquisou a fundo essa guerra à procura de relatos de UFOs e conseguiu algumas evidencias que sugerem fortemente a presença de visitantes. “Tenho certeza absoluta de que estamos sendo visitados há milhares de anos por extraterrestres e eles não deixariam de nos observar em nossa atitude mais selvagem, durante as guerras”, disse Dodd.

DEZENAS DE BOLAS PRATEADAS_ Um dos relatos coletados pelo ufólogo inglês remonta ao ano de 1410 e foi feito numa carta de um soldado inglês aos seus pais, moradores de Weybridge County. “Eram quase 05:30 de 15 de abril, quando fomos acordados pelo general McFulky. Quando nos levantamos, vimos, para o nosso assombro, duas dezenas de bolas prateadas cruzarem a planície onde estávamos acampados. Elas ficaram sobre uma lagoa e depois sumiram.” Segundo Dodd, o próprio general McFulky teria escrito uma carta ao rei Henrique V relatando os estranhos fatos:”Nossas tropas não podem enfrentar os demônios franceses. Eles estão utilizando bruxaria contra vossas tropas.“ Em maio de 1986, entre o Rio de Janeiro e São Paulo, tivemos um das maiores ondas ufológicas do país, em que mais de 20 UFOs foram registrados e detectados por radar na área. Seria mais bruxaria francesa?

Ainda na Inglaterra, em Bristol, no ano de 1343, uma guarnição inteira viu um “...navio baixar um escada reluzente e seus tripulantes descerem por ela”, segundo escritos da época. Mas os estranhos foram atacados pelos soldados ingleses e retornaram para bordo do curioso navio, para depois desaparecer. “Desde aquela época, os reis tinham medo dos círculos voadres, das bolas de fogo e seres alados. Os foo-fighters da Primeira e Segunda Grandes Guerras são os descendentes de tais fenômenos.”, acrescentou Timothy Dodd. Ele sabe o que diz. Dodd, um policial aposentado é considerado um dos mais meticulos ufólogos da Inglaterra, tendo sido um dos fundadores da revista UFO Magazine.

O primeiro grande conflito do século XX foi a Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918. A tecnologia das nações envolvidas no conflito, naquela época, nem em sonho se igualava ao que vários pilotos e tropas viram durante suas missões. Em 1914, no primeiro ano da guerra, vários avistamentos assombraram os generais de ambos os lados do conflito, que ficaram sem saber o que poderiam ser aquelas “máquinas voadoras” que surgiam sobre os campos de batalha. Em Midlandet, Noruega, no dia 21 de novembro daquele ano, uma fantástica aeronave foi vista perto do Farol de Skjaervaer. Na cidade de Morgenbladet, no mesmo país, outra aeronave não identificada foi vista na manhã do dia 20 de dezembro, e vários soldados aliados testemunharam o ocorrido. O objeto de Midlandet foi observado inicialmente a cerca de 700 m de altitude, mas desceu até 400m e ficou parado por uma hora sobre a área, para espanto dos militares. Dezenas de soldados da guarda real norueguesa viram o fenômeno e, na época, o general Irwin SolsKajer levantou a possibilidade de ser uma aeronave alemã, hipótese logo descartada.

Outro fato inexplicado marcou o ano de 1915. Em Gallipoli, na Turquia, o 1º Regimento de Norfolk simplesmente desapareceu quando tentava tomar uma montanha na Baía de Suvla. Diante dos olhos de 22 testemunhas, mais de 800 homens marcharam em direção a uma estranha formação de nuvens lenticulares, que estava sobre a montanha, e nunca mais foram vistos.Os soldados que ficaram na área disseram ter enxergado uma enorme bola de luz indo em direção ao céu. O governo inglês considerou os homens que desapareceram como capturados pelos turcos, mas quando a guerra acabou e a Inglaterra pediu formalmente à Turquia sua libertação, o governo de Ankara surpreendeu-se com o fato e negou ter conhecimento de tal regimento. Aqueles militares nunca mais foram encontrados.

ZEPELIM MISTERIOSO _ O repertório de casos durante a Primeira Guerra Mundial é imenso. Em 1916, por exemplo, o soldado inglês Maurice Phillip Tuteur relatou com clareza um UFO.” Um objeto em forma de zepelim surgiu por detrás das nuvens, mas não como uma aeronave normal. Ele disparou verticalmente e depois ficou em posição horizontal, acelerando a mais de 320km/h. Então, virou-se, deu marcha ré e desapareceu nas nuvens”. Dois sargentos também teriam visto o objeto. Casos assim foram se tornando rotina durante o conflito. Ao seu final, os registros de ambos os lados envolvidos no entrave continham centenas de ocorrências ricamente descritas. E não somente soldados rasos ou sargentos eram testemunhas dos fenômenos. Muitos oficiais graduados também os observaram.

Um dos maiores ases da aviação, o barão Manfred von Richthofen, mais conhecido como Barão Vermelho, é um deles. “Ele não derrubou somente 80 aviões inimigos para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Ele foi também o primeiro a atirar contra uma espaçonave alienígena.” Quem afirma isso é o ex-piloto alemão Peter Waitzrik, que afirma ter ficado abismado ao ver o Barão Vermelho disparar contra um UFO com luzes laranjas quando se encontravam em uma missão matinal sobre a Bélgica, em 1917. Segundo Waitzrik, quando atingido, o UFO abriu-se como se fosse uma ostra e caiu numa floresta. “Os Estados Unidos tinham acabado de entrar na guerra e, então, pensamos que poderia ser alguma arma secreta deles, disse o ex-piloto, aos 105 anos de idade. “Já se passaram mais de 80 anos. Ordenaram-me que não contasse nada, mas já estou no fim da vida e quero que meus filhos, netos e bisnetos saibam a verdade”, declarou. Ainda segundo seu relato, o objeto tinha cerca de 40m de diâmetro, formato de dois pratos sobrepostos e era prateado.

Em 1918, dois soldados britânicos que voltavam de uma campanha militar viram vários objetos voadores alaranjados sobrevoarem a planície de Salisbury. Em pleno furor que varria a Europa durante a guerra, as observações eram tidas como prenúncios de fatos a acontecer. Já próximo do final do conflito, o marechal-do-ar da Real Força Aérea Britânica [RAF], lorde Dowding, fez uma afirmação surpreendentes.”Estou convencido de que estes objetos existem e de de que não são fabricados por qualquer nação da Terra. Não vejo, portanto, qualquer alternativa senão a de aceitam que provenham de fontes extraterrestres. A existência dessas máquinas é evidente, e eu já as aceitei totalmente”. Sua palavra conta muito. Foi lorde Dowding um dos responsáveis pelo sucesso da Inglaterra no entrave. Ele garantiu à imprenssa, na época, que mais de 10 mil avistamentos de naves não identificadas haviam sido comunicadas às forças aliadas.

Tais fatos se repetiram também durante a Segunda Guerra Mundial, e novamente o acúmulo de avistamentos de misteriosos objetos celestes chamou a atenção das autoridades militares. Nos diversos lados do conflito, oficiais da inteligência começaram a estudar os casos mais graves e comitês de investigação do assunto, compostos por militares e cientistas, foram criados em vários países. Eles tinham dois propósitos:


Ø primeiramente, determinar a natureza dos objetos e;
Ø depois, examinar se constituíam alguma ameaça a segurança nacional dos países envolvidos.

Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha tinham os estudos mais avançados na área. No caso alemão, Hitler era informado pessoalmente dos fatos mais graves registrados por seus comandos em toda a Europa.

Mas tanto os aliados quanto os alemães tiveram em inúmeras ocasiões a presença desses enigmáticos objetos sobre suas bases secretas. Com o início dos avistamentos, a primeira reação que cada lado da guerra teve foi imaginar que UFOs seriam armas de espionagem das forças inimigas. Mas como os objetos não atacavam qualquer dos países envolvidos, a hipótese de que fossem inimigos passou aos poucos a dar lugar a outra, de que seriam armas secretas dos aliados, mas ainda não informadas ou conhecidas publicamente. A confusão durou os primeiros anos da guerra, até que sucessivas reuniões entre os comandantes militares resultassem na descoberta de que a ninguém pertenciam tais artefatos. De quem seriam, então?

Em 1943, os ingleses criaram um grupo especial para investigar UFOs, chefiado pelo tenente-general Warren Massey. Ele foi informado por espiões que os objetos não identificados não eram de origem alemã, e que os alemães achavam que fossem armas secretas dos aliados. Massey evidentemente sabia que tais artefatos não eram ingleses nem norte-americanos, e deduziu a gravidade do assunto. Pouco depois, em 1944, a 8ª Esquadrilha norte-americana baseada na Inglaterra também criaria um grupo de estudos do assunto. Nesta ocasião, intruções amplamente disseminadas entre as tropas aliadas davam aos soldados instruções sobre como registrar e relatar avistamentos de UFOs. Não se assimia ainda, de maneira aberta, que seriam de procedência extraterrestre. Mas o crescente interesse que os governos desenvolveram quanto às observações e o aumento do grau de sigilo com que o assunto foi sendo tratado, deixou claro que algo de muito sério se passava.

SMOKEY STOVER_ Lembremos qua ainda era a década de 40, que não tinham sido registrados os casos de Kenneth Arnold ou mesmo de Roswell, que fizeram com o que o assunto passasse a uma alçada ainda mais complexa e confidencial. Durante a Segunda Grande Guerra, os UFOs receberam o nome provisório de “foo-fighers ou kraut-balls”, respectivamente lutadores tolos ou esferas germanas. O nome inglês doi adotado a partir de um personagem dos quadrinhos chamado Smokey Stoover, que dizia sempre que ” where ther is foo, there is frire” [Onde há tolos, há fogo]. Quando os marinheiros e aviadores aliados começaram a ver estranhas bolas de fogo ou esferas prateadas, que podiam circular seus aviões e seguir seus navios no mar, passaram a chamá-los de “foo-fighters” e o nome pegou.

Definitivamente, a Segunda Guerra Mundial foi aquela em que mais se registrou relatos desses UFOs. Mas embora tenham sido vistos durante todo o conflito, os registros se acumularam pesadamente a partir de 1944, ao mesmo tempo que os aliados invadiram a França e os alemães começaram a disparar os mísseis V-1 contra Londres. Eram tratados como “inexplicáveis bolas metálicas, transparentes e brilhantes” pelos jornais. E os relatos se intensificaram ainda mais em novembro daquele ano, não muito depois que a Alemanha passou a disparar também os modernos foguetes V-2 contra Londres e Paris. De alguma forma, pareceu haver uma escalada nas observações conforme se agravava o conflito. O mesmo fato se repetiu noutras guerras. Quanto maior a hostilidadee os recursos bélicos lançados em batalhas, maior é o numero de registros de UFOs acompanhando o processo.

OBJETOS DE METAL POLIDO _ Os casos da Segunda Grande Guerra são inúmeros e não se restringiram à Europa, palco central de operações. Em setembro de 1941, no Oceano Indico, dois marinheiros a bordo do navio USS Pulaski alertaram o resto da tripulação para o fato de que um estranho globo verde brilhante seguia a embarcação por uma longa hora. No dia 12 de agosto de 1942, em Tulagi, Ilhas Salomão, o sargento Stephen Brickner, da 1ª Brigada Pára-quedista Norte-Americana relatou que as sirenas de sua base tocaram e ele pôde observar cerca de 150 objetos voando em linhas de 10 e 12, um atrás do outro. “Eles pareciam ser de metal polido e extremamente brilhante”, registrou no livro de ocorrências da base.

No final de 1943, o sargento Luiz Kiss era o artilheiro da cauda do avião B-17 Phyllis Marie, em missão de bombardeio. Eles estavam sobre o centro da Alemanha quando se observou a aproximação de uma estranha esfera dourada do tamanho de uma bola de basquete. O objeto aproximou-se do B-17 ficou sobre a asa direita do avião. Logo depois, ficou acima da cabine dos pilotos, para então baixar até a asa esquerda. Kiss chegou a pensar em atirar naquela coisa, quando ela ficou próxima aos motores do bombardeio, mas desistiu da idéia.Muitos aviadores relataram que os objetos reagiam a seus pensamentos. Quando a idéia que lhes passava pela mente era de atirar em sua direção, quase que instantaneamente os “foo-fighters” se afastavam. O saudoso general brasileiro Alfredo Moacyr Uchoa, um de nossos maiores pioneiros e notáveis ufólogos, definiu estes objetos como sondas com capacidade de obter informações do estado psicológico dos pilotos durante suas missões.

Em 22 de dezembro de 1944, sobre Hagenau, Alemanha, o piloto e o operador de radar de um avião norte-americano encontraram duas enormes “...bolas laranjas que rapidamente desceram e ficaram ao lado de sua aeronave”, segundo a descrição de um deles. Quando o piloto fez uma manobra evasiva, os objetos o seguiram. No final de 1945, o tenente-coronel Donald Meiers estava voando sobre o Vale do Reno, também na Alemanha, quando globos flamejantes apareceram repentinamente em direção ao seu avião. “Eu virei para a esquerda e as bolas de fogo vieram comigo. Fui para a direita e eles também. Estávamos a 420km/h e as bolas o tempo todo o nosso lado. Pensei que fossem armas alemãs”, disse o piloto. Manobras evasivas não surtiam muito efeito, visto que as sondas continuavam coladas aos aviões.

Em meio aos milhares de relatos e informes sobre “foo-fighters”, o jornal New Tork Herald Tribune, de 02 de janeiro de 1945, publicou em suas paginas uma matéria sobre o assunto que chamou a atenção dos norte-americanos que estavam distantes e alheios à guerra. “Agora parece que os nazistas estão usando algo novo nos céus alemães. São estranhas esferas chamadas “foo-figthers”, que perseguem nossos aviões. Pilotos têm observado essas armas há mais de um ano, mas aparentemente ninguém sabe o que o são. As bolas de fogo aparecem de repente e acompanham os aviões por quilômetros”.

Era evidente e crescente a preocupação dos governos envolvidos no conflito, principalmente o norte-americano. Os avistamentos continuaram até 1945, quando UFOs começaram a ser vistos noutras partes do mundo. Em 1952, o tenente-coronel W.W. Ottinger, da Divisão de Inteligência da Força Aérea Norte-Americana [USAF], declarou que uma avaliação dos relatos sobre os “foo-fighters” foi feita no final da Segunda Guerra Mundial. Tal estudo concluiu que não se tratava de algo que pudesse ameaçar a segurança nacional. Esta posiçãoambígua, sem assumir a preocupação que os EUA tinham quanto ao assunto nem definir qual era a origem dos objetos, incomodou a opinião publica. Para inquietá-la ainda mais, os jornais da Califórnia trouxeram à tona um fato acontecido em 1942, que até então era pouco associado com os objetos registrados na guerra.

ARTILHARIA CONTRA UFOs _ Naquele ano, no dia 25 de fevereiro, às 02h25, num dos períodos mais crítico da guerra e apenas três meses após o ataque japonês a Pearl Harbor, as sirenes de alerta contra ataques aéreos soaram em alto e bom som em Los Angeles. Os radares norte-americanos tinham detectado a aproximação de uma aeronave à 200 km de distância da costa do Pacífico. Era uma esquadrilha de objetos não identificados, esféricos e brilhantes. Segundo um relatório enviado ao então presidente Franklin Roosevelt no dia seguinte, foram feitos mais de 1.340 disparos de artilharia antiaérea contra os objetos. Holofotes nas ruas iluminaram a misteriosa formação enquanto era atingida pelas armas terrestres. Mas ela permanecia imóvel, alheia aos disparos. Do relatório de Roosevelt constava que “...nenhuma aeronave foi derrubada.Os objetos simplesmente desapareceram no ar”. Se isso não é perigo à segurança nacional norte-americana, o que seria então?

“A preocupação dos países aliados, e principalmente dos EUA, era evidente. Afinal, seus pilotos estavam sendo perseguidos por esferas prateadas que pareciam ser controladas por inteligências superiores. Seu país tinha sido invadido por uma esquadrilha que ficou sobre Los Angeles e não foi derrubada”, avaliou a situação o ufólogo e físico canadense Stanton Friedman.Até hoje o incidente de Los Angeles é solenemente ignorado pelas autoridades. É importante lembrar que,logo após a guerra, em 1947, teríamos o Caso Roswell e, com ele,a implantação de uma severa política de sigilo ao assunto UFO.

Mas os casos envolvendo objetos voadores não identificados durante conflitos armados não pararam com o término da Segunda Guerra Mundial. Logo após ela, os EUA se viram envolvidos em mais um conflito, a Guerra da Coréia. E novamente os UFOs surgiam para preocupar os comandos militares engajados nas sangrentas disputas. No palco dos bombardeiros dessa guerra tivemos muitos caos de intrusos misteriosos, todos cuidadosamente registrados. Documentos liberados por força da Lei de Liberdade de Informações norte-americana [Freedom of Information Act ou FOIA], e estudados pelo ufólogo e escritos inglês Nick Redfern, contêm pelo menos 10 casos extraordinários de avistamentos de naves por pilotos e marinheiros dos EUA. Em seu livro THE FBI UFO FILES [Arquivos Ufológicos do FBI], Redfern descreve que, na madrugada de 05 de março de 1951, pilotos norte-americanos faziam ataques-surpesa à cidade de Fuxin quando surgiram nada mais do que 20 esferas luminosas no céu.

O combate tornou-se o que alguns dos pilotos descreveram como uma “brincadeira de pega-pega” entre caças dos EUA, norte-coreanos e os próprios UFOs. Os aviadores conseguiam ver os objetos, mas os radares de seus aviões não os detectavam. Eles tentavam disparar suas armas, mas não conseguiam. Até hoje, mesmo com os documentos liberados, o governo nega que tais fatos tenham ocorrido. No dia 22 de abril de 1953, o piloto Michael S.Brown foi perseguido por esferas metálicas quando estava sobre a cidade de Pungsan. A exemplo de como aconteceu durante a guerra anterior, sobre a Europa. Tais fatos começaram a parecer repetitivos, mas os objetos não mais receberam o nome de “foo-fighters”. Não foram somente as tropas norte-americanas que os viram durante o conflito. Segundo o jornal coreano Dagin Daily, de 18 de dezembro de 1952, o 5º Regimento de Infantaria Norte-Coreano observou um objeto discóide com três metros de diâmetro sobre um vale. Todos os soldados teriam permanecido no local até a chegada de dois oficiais que relataram o caso ao general Xin-Li Po, comandante daquele regimento. Noutras ocaisões, há indícios de que os norte-coreanos atiraram contra UFOs, mas o governo do país jamais liberou informações concretas a respeito.

NAVES VISTA NO VIETNÃ _ A Guerra do Vietnã também foi palco de avistamentos ufológicos. Ela se deu entre 1959 e 1975 e, segundo os norte-americanos, foi de natureza ideológica. Mas foi, na verdade, o mais polêmico e violento conflito armado da segunda metade do século XX, em virtude da determinação das guerrilhas comunistas do Vietnã do Sul, o chamado Vietcong, com o apoio do governo do Vietnã do Norte, para derrotar seu rival sulista. “Como não poderia deixar de ser, avistamentos de UFOs também aconteceram durante essa guerra e deixaram o govrno norte-americano inquieto a ponto de um general declarar numa reunião do Pentágono que não mandaria seus pilotos decolarem se fossem feitos de tolos por estranhos objetos”, declarou o escritor e pesquisador Jerome Clark, dirigente do J. Allen Hynek Center for UFO Studies [CUFOS], dos EUA.

Um dos casos mais interessantes deste sangrento conflito foi relatado pelo tenente Haines Bishop, da 5ª Esquadrilha Fox de Artilharia, em julho de 1967. Ele pilotava seu caça sobre a cidade de Hoi Na quando foi avisado por rádio, pelos seus companheiros, que uma gigantesca bola luminosa estava em sua cauda. Segundo os outros pilotos, o objeto tinha mais de 10m de diâmetro. Haines tentou escapar pensando que fosse alguma arma inimiga, mas não conseguiu despistá-la. A perseguição durou cinco minutos, até que outros aviões se aproximaram e a esfera acelerou desaparecendo.Outro caso ocorreu com militares norte-coreanos que faziam vigília num acampamento na mata, no Vietnã ocupado. “Ouvíamos explosões distantes e nossos aviões passando sobre nossas cabeças.De repente, três objetos luminosos em forma de pires apareceram do nada e ficaram sobre uma colina próxima ao acampamento”, disse um dos soldados.

Clark enviou um interessante relato que informa que, na manhã do dia 25 de março de 1971, três aviões dos EUA foram abordados por dois objetos discóides enquanto bombardeavam uma floresta vietnamita. Seus pilotos tentaram disparar contra os UFOs, mas seus instrumentos não respondiam ao comando. Esse é um fato relativamente comum durante guerras. Quando os pilotos, no ar, ou artilharias terrestres tentam disparar ou lançar mísseis contra objetos voadores não identificados, notam que seus equipamentos travam misteriosamente.Em alguns casos, projéteis lançados contra UFOs desviam-se inexplicavelmente do alvo ou simplesmente explodem antes de atingi-los.

Um ano após o fim da Guerra do Vietnã, o brigadeiro Joseph Lawrence Prest, deu uma entrevista à rede de tevê norte-americana ABC e respondeu ao repórter que havia lhe perguntado se os pilotos tinham observado UFOs durante o conflito. “Não só vimos, como fomos perseguidos por eles e também os perseguimos. UFOs podem ser muitas coisas, menos objetos de fabricação terrestre”. A declaração teve o efeito de uma bomba de artilharia pesada sobre os militares do Pentágono, que esforçavam-se para conter a curiosidade da imprensa quanto ao assunto. Noutra entrevista, desta vez ao Jornal The New York Times, o piloto da reserva da USAF Theodore Winfred, que lutou na Normandia, declarou que todos os relatos de avistamentos eram passados aos seus superirores. Disse ainda que a cúpula militar dos EUA estava mesmo interessada nesses avistamentos, “não importa que neguem”. Desta forma, os conflitos globais continuavam. E com eles os UFOs iam e vinham. Na década de 80, tivemos duas guerras, que, apesar de não serem mundiais, também atraíram a atenção de todo o planeta, e, mais uma vez, de nossos curiosos visitantes.

FORTE DITADURA _ ”A guerra entre Irã e Iraque foi de 1980 a 1988 e vitimou milhares de pessoas. Esses dois países sempre tiveram governos mais fechados e viviam sob forte ditadura.Portanto, informações sobre UFOs em seus territórios era algo quase impossível”, disse Paul Stonehill sobre a guerra entre aquelas nações. Stonehill é um dos maiores nomes da Ufologia soviética, apesar de viver na Califórnia. Ele se dedicou a pesquisar o assunto porque a extinta URSS teve participação decisiva no conflito. Segundo apurou, um dos casos mais conhecidos que se tem notícia no Irã está em documentos oficiais do FBI, e descrevem a perseguição de um UFO em 1976 por dois caças Phanton II, da Real Força Aérea Iraniana, sobre a capital, Teerã, Stonehill forneceu relatos interessantes de discos voadores durante a guerra entre Irã e Iraque.

OPERAÇÃO NO DESERTO _ Num deles, ocorrido em maio de 1983, acreditando-se tratar de uma aeronave inimiga, patrulhas iranianas dispararam contra um objeto esférico com mais de 20m de diâmetro, que cruzou a fronteira de seu país. No mesmo mês, vários aviões iranianos teriam sido perseguidos por UFOs, o que levou o comando militar local a abrir investigações. Forças iraquianas também registraram encontros com UFOs. Durante uma operação no deserto, baterias antiaéreas abriram fogo contra um misterioso anel luminoso.

Também durante a década de 80 tivemos discos voadores agitando o cenário de uma guerra relampago, entre Argentina e Inglaterra, pelo controle das Ilhas Malvinas [Para os argentinos] ou Falklands [Para os Ingleses]. Apesar de curtíssima, ela também entrou no rol das que tiveram avistamentos de UFOs em plena luz do dia e durante sessões de bombardeio. Alguns casos sçao relatados por Redfern, em seu livro The FBI UFO Files. Um deles dá conta de que, em meio às incursões inglesas na ilha, Paul Brigtsson, piloto de um caça Tornado da RAF, foi perseguido por esferas de cor alaranjada. No dia 28 de maio de 1982, em pleno conflito, dois aviões ingleses foram surpreendidos por um grande objeto discóide. Ao tentar alcançá-lo, os ingleses somente conseguiam se aproximar um pouco para, segundos depois, ver a nave acelerar de forma incrível e sumir no horizonte.

Documentos da CIA relatavam que o governo inglês abriu várias investigações para tentar esclarecer esses fatos, e que em todos os casos os pilotos que relatassem algo incomum eram interrogados e submetidos a exames médicos. Do lado argentino, os incidentes ganharam as páginas dos jornais. Na época, o coronel Charles Greffet, ministro da Defesa, citou alguns casos ao público. Em 26 de abril,quando cinco soldados que estavam nas Malvinas dispararam contra um objeto que estava pousado num penhasco da ilha, pensando ser algo dos ingleses. No dia seguinte, outro avistamento se deu sobre o oceano. Nessa ocasião, a tripulação de um avião Mirage não conseguiu disparar suas armas contra 10 esferas que acompanhavam a sua rota. Em Buenos Aires, o jornal La Razón, do dia 08 de junho de 1982, descreveu como dois pilotos viram uma grande nave enquanto faziam o patrulhamento da ilha.

Os jornais tiveram grande participação no conhecimento desses fatos pela população. O Diário do Povo da cidade de Tandil, do dia 13 de maio de 1982, por exemplo, descreveu o pouso de um UFO na base militar da cidade. Parecia que os militares argentinos estavam tão concentrados na estúpida guerra que desencadearam, numa tentativa desesperada e suicida de ganharem prestígio da população, que esqueceram-se de censurar os meios de comunicação. Ufólogos argentinos relatam inúmeros acontecimentos que eram descritos pela tevê e emissoras de rádio do país. Os governantes ingleses foram mais prudentes e, antendendo à sua histórica tradição de combatentes, mantiveram a imprensa em silêncio.

A década de 90 teve inicio com mais uma guerra. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e eclodiu, então, a Guerra do Golfo. Pela primeira vez num combate eram utilizados equipamentos de alta tecnologia, mísseis teleguiados com precisão cirúrgica e instrumentos impensáveis em conflitos anteriores. A cobertura que a tevê faz da guerra também foi inédita. Redes de todo o mundo, principalmente a CNN, mostravam os acontecimentos praticamente ao vivo – e quando se tem imagens ao vivo, não se pode censurá-las. Foi o que aconteceu no dia 30 de janeiro de 1991, quando o jornalista Willian Blystone, da CNN, disse com todas as letras que um obvjeto voador não identificado estava sobre Tel Aviv, capital de Israel. “Essa coisa vai cair na minha cabeça”, gritou. O Jonal Nacional chegou a noticiar que ”...um objeto sem identificação surgiu nos céus de Israel”.

Durante as guerras, cada lado dos conflitos tentam derrubar tudo que não seja do seu time – algumas vezes, até mesmo isso acontece, o que é chamado de ‘fogo amigo’. Mas o que mais chamou a atenção dos ufólogos foram dois episódios nos quais UFOs teriam sido derrubados por tropas em combate. No dia 24 de janeiro de 1991, um objeto foi detectado pelos radares dos norte-americanos sobre o Golfo Pérsico. A ordem para abatê-lo foi dada pelo comando na região e vários navios a antenderam, incluindo o USS Wisconsin, o USS England e o USS O’Brien, além das fragatas Battieaxe e Júpiter.

PRATO CROMADO _ Todas as embarcações dispararam contra a misteriosa aeronave, que foi descrita pelos oficiais como tendo o formato de um prato cromado e parecido com alumínio. O objeto emitia um som muito agudo e diferente dos aviões convencioanais. Aquilo caiu no oceano. Não há muitos detalhes sobre a ocorrência, infelizmente, que foi bem ocultada com o auxilio de diretrizes que regem momentos de guerra. Nestas ocasiões, além da tradicional política de sigilo há ainda uma complementar e fortíssima determinação de que a revelação de fatos como esse por militares pode levar o infrator à corte marcial. Mas o segundo caso transpirou na lsita de discussão interna da Mutual UFO Network [MUFON] na Internet, a Mufonet, e causou excitação em toda a comunidade ufológica mundial. Segundo um e-mail que circulou na lista, uma fonte do alto escalão das forças armadas norte-americanas teria revelado que um caça F-16 derrubara um UFO sobre a Arábia Saudita, durante a operação Tempestade no Deserto.O documento informava ainda que cinco nações tentavam encobrir o fato. Ainda segundo esta fonte, o objeto era circular e feito de um material muito resistente.

A nave teria entrado no espaço aéreo saudita e o piloto do F-16 teria começado uma perseguição imediata. Quando o avião estava a cerca de 5km de distância do objeto, este disparou alguma coisa contra o F-16, que desviou e disparou dois de seus mísseis. O UFO foi atingido em sua lateral, espatifando-se no deserto e sendo rapidamente alcançado por outros veículos. Todos os destroços foram recolhidos pelos EUA e enviados para análises. O fato foi insistentemente examinado e as autoridades questionadas sobre sua veracidade. Evidentemente, negaram.

As notícias de aparecimentos de UFOs durante a Guerra do Golfo foram revelados apenas parcialmente através de relatórios do Pentágono, liberados com muitas restrições por Washington.Mas os rumores de incidentes envolvendo discos voadores foram investigados por muitos ufólogos e jornalistas, entre eles o repórter inglês Anthony Edens. “A tecnologia de guerra dos EUA não foi superior somente a Saddam Hussein, mas também a alguns UFOs”, disse Edens. E ele vai ainda mais longe ao afirmar que, quando George Bush ordenou que os avistamentos fossem investigados, a CIA informou que desde a Segunda Guerra Mundial radares e, posteriormente, satélites operavam ao redor do mundo para detectar e rastrear UFOs. O ex-presidente dos EUA não tinha conhecimento disso.

Agora, em 2003, durante a Guerra do Iraque, a mais completa cobertura jornalística já montada durante uma guerra esteve presente no ‘front’ de batalha, junto às tropas anglo-americanas e cobrindo seus avanços passo-a-passo, ao vivo para a tevê mundial. Como era de se esperar, também nesse moderníssimo conflito, UFOs foram registrados. As informações ainda estão chegando e sendo analisadas, mas há fatos sólidos a serem narrados. Um deles aconteceu durante os bombardeios sobre a cidade de Aszab As-Saghir [Que significa pequeno Rio Zab, em árabe], quando vários objetos voadores não identificados foram vistos e permanecem não esclarecidos.

Essa noticia reacendeu a hipótese, muito propalada através da Internet de que Saddam Hussein tivesse um espécie de base secreta num dos desertos iraquianos. Mesmo cientistas dissidentes do regime de Bagdá, ainda que sob risco de morte, já afirmaram que Saddam tinha conhecimento sobre a presença alienígena na Terra e chegou a construir um local tão secreto quanto a Área 51, no Iraque. Dinheiro para isso nunca faltou ao ditador, e condições tecnológicas idem, a julgar pela maneira como seus ‘bunkers’ foram construídos para dar-lhe proteção.

Segundo os relatórios que chegaram do Iraque, após a guerra, alguns casos parecem impressionantes. Como se sabe, os céus do país foram ocupados por aviões norte-americanos e ingleses, e toda a alta tecnologia disponível no momento foi utilizada neste conflito, incluindo avançadíssimos sistemas de detectação de movimentos aéreos. O uso de instrumento inéditos para rastrear o céu era necessário para s proteger, e nisso muitas coisas estranhas foram registradas. Mas como a coalizão anglo-americana usou dispositivos ainda totalmente secretos sobre o Iraque, é possível que os ufólogos tenham ainda muito trabalho para identificar os casos de UFOs legítimos daqueles de armas voadoras secretas – até porque, talvez a tecnologia de ambos não seja muito distinta.

AÇÃO GOVERNAMENTAL_Como os governos envolvidos nas guerras encararam esses casos de possíveis e verdadeiros UFOs?
Da única forma que sempre procederam: investigando tudo para seu próprio conhecimento e acobertando os fatos do publico. Desde o imperador Carlos Magno, que punia inclusive com a morte aqueles que relatavam tais eventos, até os fatos ocorridos durante a Primeira Guerra Mundia, todos os lados das batalhas tinham uma visão dos acontecimentos. Podiam não saber, a principio, do se tratavam aqueles objetos. Mas isso mudaria radicalmente na Segunda Guerra Mundial, quando os governos engajados chegaram a criar grupos de investigação do assunto. Já estava ficando claro que nossos problemas terrenos interessavam a nossos vizinhos cósmicos.

Rumores chegaram a circular após a Segunda Grande Guerra, de que Hitler teria abatido UFOs para usá-los em projetos bélicos e que estaria desenvolvendo seus próprios protótipos de discos voadores. Sua intenção, garantem alguns historiadores, era dispor de uma tecnologia imbatível contra seus inimigos. E essa é uma idéia que já passou também pela cabeça de russos e norte-americanos. Quem não gostaria de ter uma arma com as capacidade de um UFO?
Afinal, sua tecnologia ainda transcende o imaginável por nosso espécie. Para o tenente-coronel Meiers, dos EUA, “...Existem três tipos de foo-fighters. As bolas de fogo vermelhas que aparecem sobre asas de aviões. O segundo voa à frente de nossas aeronaves e, o terceiro tipo, são grupos de 15 luzes que aparecem à distancia, como uma árvore de Natal.” De qualquer forma, detêm uma tecnologia formidável.

Desde a última guerra mundial já passamos por outros 280 conflitos armados. Será que fomos observados por civilizações alienígenas em todas elas? Provavelmente, sim. Mas por que nos acompanham e que impressão esses nossos vizinhos têm a nosso respeito? Somos uma espécie evidentemente belicosa, e ajudaria bastante a melhorar nossa condição se os governos revelassem o que escondem sobre nossos vizitantes. Mas isso não parece estaar prestes a acontecer. Em 1963, o ex-presidente John Kennedy, quando perguntado pelo repórter Bill Holden, a bordo do Força Aérea Um, sobre o que pensava a respeito dos UFOs, respondeu: “Eu gostaria de contar ao publico o que existe sobre a situação alienígena, mas minhas mãos estão atadas”. As nossas também. [???]

UFOS vistos na Guerra Civil Espanhola
A Guerra Civil espanhola, que durou de 1936 a 1939, foi o acontecimento militar mais traumático que ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX. E os avistamentos de UFOs na Espanha não foram exceção. Vários são os casos relatados pelo pesquisador espanhol Javier Garcia Blanco.

No dia 05 de fevereiro de 1938, os soldados do batalhão que defendia a posição de Peñon de La Mata, em Granada, guardavam a sua posição bravamente. Localizdaos numa altitude de 200 m, observaram um objeto parecido com um sombreiro mexicano prateado. Os raios de sol eram refletidos em sua superfície metálica. O UFO deslocou-se lentamente, dando aos soldados a oportunidade de relatarem detalhadamente o objeto. “Visto por baixo, sua forma era exatamente como a de uma roda de carroça. Seu centro, de onde saiam estranhas vozes, parecia com a lente de uma câmera fotográfica e dava a sensação de profundidade”, disse um deles. Quando o objeto aproximou-se ainda mais, puderam observar também janelas em sua lateral.

Cinco meses depois, outro destacamento militar também foi testemunha de um encontro insólito, desta vez com humanóides. O fato deu-se em Guadalajara. Eram 23H30 de 25 de julho de 1938, quando um tenente e seu ajudante desciam uma montanha em direção à cidade de La Alcarria. De repente, uma poderosa luz branca chamou sua atenção. Logo depois que desapareceu, um objeto discóide de 11 m de comprimento e 5 mde largura apareceu diante de seus olhos. O UFO estava à 60 m de distancia e parecia estar em suspenso a poucos metros do chão. O tenente descreveu-o assim: “Eramm como dois pratos juntos, separados por uma linha escura. Da parte de baixo do objeto parecia descer uma coluna onde havia dois seres parecidos com humanos”.

Após isso, o objeto começou a projetar um circulo de luz azul no solo. Quando o raio de luz atingiu os militares, sentiram uma sensação de frio. Rapidamente, a luz apagou-se e a coluna subiu silenciosamente. O pesquisador e autor J. J. Benítez também relata em seu livro A Ponta do Iceberg um caso envolvendo alguns moradores da cidade de Horcajada, que em maio de 1939 foram surpreendidos pelo aparecimento de um humanóide com pernas de metal. Uma das testemunhas, Adelaida Rubio, afirmou que a entidade aparecia sempre depois de um poderoso flas de luz azul e tinha o aspecto de um ‘estranho soldado’.

Dois meses depois, no dia 01 de julho, vários soldados sitiados em Cádiz testemunharam um objeto voador não identificado de 18m de diâmetro. Quando o UFO passou lentamente sobre suas cabeças, sentiram uma sensação de extremo calro. O objeto posou à 30 m de onde estavam e de dentro dele saíram dois seres, um alto e outro baixo. Este segurava uma espécie de lanterna capaz de iluminar o ambiente, apesar de ser apenas meio-dia! Depois de se afastarem do UFO, os seres se viraram e entraram novamente na nave. O incomum encontro durou 15 minutos, um tempo enorme em termos ufológicos.


UFOS_Surgem durante a Guerra do Iraque
Apesar do pesado bombardeio que a coalizão anglo-americana executou na localidade iraquiana de As-Zab Assaghir [Pequeno Rio Zab em árabe], em 02 de abril passado, UFOs apareceram durante a noite e demonstraramm não se importar com os acontecimentos. Apenas se interessavam em observá-los. Logo nas primeiras horas do dia, aviões bombardeiros B-52 abateram alvos fora de Kirkuk durante o mais pesado e maciço ataque ao estratégico centro petrolífero desde que a guerra começou. Bombas de fragmentação pesando quase 900 Kg cada foram lançadas sobre Zarzi e outros locais do pequeno Vale de Zab, que fica no norte do Iraque. O local é conhecido pela comunidade ufológica por abrigar uma instalação militar secretissima, conhecida como “a Área 51 de Saddam”, devido à fama da presença de aliens por ali.

“Os bombardeiros voaram tão alto que não puderam ser vistos pela população”, disse Ayesha al-Khatabi, uma das correspondentes do boletim eletrônico canadense UFO Roundup no Oriente Médio. Sua fonte iraquiana afirmou que muitas pessoas no vale ouviram o som das bombas caindo, depois uma série de explosões. Foram bombardeadas Zarzi e Qala Dizeh, mas não a fortaleza de Qalaat-e Julundi, que fica a 7 km ao sul do Rio zab. A tumba de um famoso imam [lder religioso] nas proximidades de Ishkut-Kurh também escapou ilesa, assim como a pirâmide do popular feiticeiro iraquiano Gimilishbi, em Altun Kopru.

De acordo com os comentários que circulam há anos pela comunidade ufológica do Oriente Médio, um disco voador teria sido abatido no Iraque durante a primeira Guerra do Golfo, em 1991, ou durante a operação Raposa do Deserto, em 1998. Saddam Hussein teria inclusive afirmado que concedeu um refugio aos aliens capturados, permitindo a eles permanecer no país se ajudassem a neutralizar as vantagens militares tecnológicas desfrutadas por seus inimigos, os Estados Unidos, Inglaterra e Israel. Os aliens teriam sido instalados na bse subterrânea de Zarzi ou na antiga fortaleza de Qalaat-e Julundi. Mas estas informações nunca foram confirmadas oficialmente e nenhum dos ufólogos do Oriente Médio tem qualquer evidência de que sejam legitimas.

Zarzi fica a aproximadamente 70km a oeste de Kirkuk, que era o objetivo principal da milícia curda, a chamada Peshmirga. Foi lá que 2.200 pára-quedistas da 173ª Brigada do Exército norte-americano atacaram e tentaram controlar a região , o que aconteceu com êxito. Depois da tomada de Chamchamal, a Peshmirga forçou as tropas iraquianas de duas divisões armadas para fora de Taqtaq, em 31 de março, e então, em 02 de abril, as empurrou para Kalak. Foi num ambiente de intenso bombardeio e fortes tensões entre a coalizão anglo-americana, iraquianos e curdos que os estranhos objetos voadores foram observados e acompanhados em suas atividades pelos militares aliados.Em 05 de abril, as forças da coalizão tomaram uma ponte acima do Rio Khazer e permaneceram em Bahra, 40 km a leste de Mosul. Um pesado duelo de artilharia aconteceu na cidade de Mankubah, na mesma área.

Segundo Ayesha, “o Peshmirga e os boinas-verdes norte-americanos formaram uma ferradura ao redor do vale, mas não o tomaram. Os iraquianos estavam a oeste de Bahra e recebendo as forças da coalizão com forte artilharia”. Apesar da pressão aliada, UFOs fizeram o que pareceu ser sua primeira incursão durante a guerra uma semana antes das forças da coalizão tomarem a ponte do Rio Khazer, em 27 de março. Um objeto luminoso pairou acima da cidade santa de Najaf, com população de 560 mil pessoas, localizada aproximadamente a 100km ao sul de Bagdá. Um fotografia que mostra o objeto desconhecido, com soldados da 3ª Brigada e da 101ª Divisão norte-americanas apontando para ele, foi publicada no jornal Euronews, de acordo com o ufólogo francês Thierry Garnier.

“O jornalista do Euronews não menciona nada sobre o objeto e atribui a destruição de um tanque aliado a uma implosão acidental”, informou Thierry. Outro ufólogo francês, Franck Marie, disse que a imagem foi veiculada primeiramente no site do Euronews, à 01h30 de 28 de março, “mas foi imediantamente retirada do ar após apenas meia hora”. O também correspondente do UFO Roundup na região, Mohammed Haji al-Amdar, declarou que o aparecimento do UFO causou grande excitação entre os xiits que o viram. “Eles disseram que o objeto teria sido enviado por Alah, diretamente dis Jardins da Felicidade para proteger a Tumba de Ali”. Ali é o genro do profeta Mohammed, que tem seu sepulcro numa mesquita de cúpula dourada em Najaf, a cidade santa dos muçulmanos xiitas. A mesquita e o sepulcro escaparam ilesos dos bombardeios aéreos da coalizão.

Às 11h57 de 03 de abril, horário de Bagdá, minúsculos UFOs tubulares com uma espiral giratória ao redor sobrevoaram a capital iraquiana. As pequenas sondas teriam surgido sobre o subúrbio entre a Via AAbu Ghrab e a Rua Qadisiya, ao redor de Parque Zawra. O ufólogo norte-americano Grady Croy afirmou que foi possível avistar os objetos durante uma transmissão ao vivo da rede de tevê Fox News, direto de Bagdá. “Enquanto assistia ao noticiário, vi muito claramente alguns destes UFOs. Entrei em contato com a Fox para saber mais a respeito, mas não falaram comigo”, disse Croy. Ele também calculou que os objetos pairaram durante cinco minutos sobre a capital, antes de desaparecerem. [Este texto foi elaborado pela UFO a partir de noticias traduzidas por Andréa Zorzeto da Equipe UFO]

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Notas
[Texto de Thiago Luiz Ticchetti_Revista UFO/Junho/03]