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Talvez uma busca de significado tenha sido o que atraiu a atenção de tantas pessoas para um curioso símbolo conhecido como a CRUX ANSATA ou ANKH. “ANKH” era a palavra egípcia para CHAVE e significava “CHAVE DA VIDA”, ao passo que “CRUX ANSATA” é a interpretação latina para CRUZ COM ALÇA.
A ANKH é um valioso lembrete para muitas pessoas, porque corresponde, não apenas a vida, mas também ao universo. Há uma qualidade estética em sua forma combinando a cruz e a alça, que satisfaz, além dos nossos sentidos físicos, nossa natureza emocional, na qual está oculto seu significado profundo e simbólico.
Na cerâmica pré-dinástica que aparece no livro UMA HISTÓRIA DO EGITO, de JAMES H. BREASTED, há figuras de mulheres unindo as mãos acima da cabeça, como a representar essa alça. Mas não foi encontrado nada da real crux até setecentos anos mais tarde, na Quinta Dinastia – mais de dois mil anos antes de Cristo.
A partir dessa época, em que os reis egípcios eram conhecidos mais como construtores do que como guerreiros, a ANKH foi entalhada em baixos relevos, tumbas e cerâmica, na África, na Palestina e na Mesopotâmia, bem como em moedas e jóias do mundo inteiro.
Nunca foi encontrada alguma prova do significado objetivo da CRUX ANSATA, mas pouco se pode duvidar das idéias esotéricas por trás do objeto físico. Parece que ela tinha três aspectos, para os egípcios antigos, assim como havia três divindades básicas:
a alça- caos;a exalação ou o espírito santo de Osíris [ que diz no Capitulo XLII do Livro Egípcio dos Mortos, “eu não posso ser pegado com a mão, mas sou aquele que pode te pegar em sua mão. (Salve) Ó OVO! (Salve) Ó OVO!]” -
e as duas partes da cruz abaixo da alça; a dualidade do pensamento positivo e negativo a constituir a vontade de Osíris cruzada com a mente de sua esposa Isis.
Esse ovo cósmico da criação de fato se manifestava nos inúmeros personagens representados pelos diversos Deuses dos egípcios. Para eles, Osíris, Ísis, e seu filho Hórus, funcionavam do mesmo modo que seu Deus Sol – Ra, a energia criativa nutriente que deu vida a todas as coisas e as fez crescer. Sem começo nem fim, o eterno RA era representado por esse símbolo. Numa CRUX ANSATA, a história simples do GENESIS poderia ser transmitida ao longo da cruz do tempo.
Por falta de compreensão de idéias abstratas, a alma tinha de ser algo tangível para o egípcio comum. Como era impossível pensar em DEUS como uma energia impessoal dando vida a todos os seres, era necessário que os sacerdotes inventassem deuses correspondendo às idéias da criação:
Osíris, senhor branco do mundo inferior;
Ísis, a mãe que não carregava apenas uma ANKH, mas também seu filho Hórus;
Hórus, Deus do SOL.
Dessa pitoresca trindade evoluíram as várias pessoas e os diversos nomes substitutos transmitidos através dos séculos. Os nomes e personagens mudavam, mas os conceitos eram sempre os mesmos.
Os egípcios aprendiam que um deus não era divino a menos que possuísse a chave da vida. Como os faraós representavam ‘ deuses ‘ eram em geral apresentados segurando uma ANKH na mão direita. Este símbolo, segurado por aqueles que eram considerados ‘dignos’, significa que quem estava com ele podia viver no mundo espiritual assim como no mundo físico.
A ANKH pode ter aparecido pela primeira vez quando o homem tomou consciência de si mesmo, pois ela simbolizava aquilo que podia se destacar do seu próprio ser e dizer, “EU SOU”. A principio, dada sua natureza ingênua, os egípcios usavam a ANKH para proteção contra animais selvagens e répteis. Posteriormente, quando eles se tornaram mais religiosos, passaram a colocá-la nas ataduras dos mortos, a fim de que também eles pudessem vaguear sem medo na vida póstuma. Os egípcios eram instruídos no sentido de que cada parte do corpo estava sob a influencia de certo amuleto. Como se acreditava a ANKH renovava a vida e tornava efetiva a ressurreição de toda a pessoa, ela passou a ser o amuleto mais reverenciado de todos. Significava que aquele que a usava alcançaria, não apenas “vida”, mas também a imortalidade.
Em sua Obra, DOUTRINA SECRETA, MADAME BLAVATSKY, nos diz que a CRUX ANSATA é uma outra forma do planeta Vênus; que este planeta é simbolizado por um globo sobre uma cruz e significa, esotericamente, que a humanidade e toda a vida animal se apartaram do circulo espiritual divino e caíram na geração de macho e fêmea. Isto é corroborando o Capitulo II de Gênesis, segundo o qual Deus formou Adão do pó da terra, depois que já tinha feito Adão e Eva, no sentido místico, no sexto dia.
Ísis, a Vênus egípcia, era a figura central nas peças e nos dramas cerimoniais que representavam a morte de seu esposo, Osíris. Sírius, a brilhante estrela de Ísis, marcava o começo do ano quando esses dramas eram realizados. Ás vezes Ísis segurava um lótus, símbolo da natalidade, numa das mãos, e uma ANKH na outra. E como a alça da cruz representava o OVO DA VIDA quer era SAGRADA para ela, os sacerdotes egípcios nunca comiam ovos.
Mais tarde, quando os sacerdotes foram convertidos ao cristianismo, SÃO MARCOS os incentivou a abandonar essas velhas crenças ‘ pagãs ‘. Eles cancelaram os dramas e os hieróglifos que os descreviam, e começaram a fazer escrituras partindo de uma combinação do alfabeto grego e de algumas formas antigas de letras egípcias. Substituíram os encantamentos e as vinhetas do LIVRO DOS MORTOS por frases mais atualizadas e eliminaram todos os amuletos e símbolos, exceto um – A CRUX ANSATA – que até hoje ainda é valorizada.
Carl Jung nos diz que um símbolo é um arquétipo da consciência universal que tem um tremendo impacto na pessoa, conforme o símbolo seja criativo ou destrutivo. Isto, naturalmente, é determinado por seu uso em gerações passadas. A contemplação de um símbolo como a ANKH, com suas conotações espirituais, não pode deixar de influenciar nossas relações com os outros de maneira benéfica.
Não apenas eleva e inspira pensar na vida eterna no outro mundo, mas a idéia de divindade é um guia para a iluminação aqui e agora. O grande poeta americano, Epes Sargent, escreveu: “a alma humana é como um passarinho numa gaiola. Nada pode prová-lo de seus anseios naturais, ou apagar a misteriosa lembrança de sua herança natural”.
Cada um de nós é, de certo modo, uma réplica da CRUX ANSATA, feita à imagem do conceito de Deus. Carregamos conosco a alça da divindade e a cruz da vida. Se combinamos as duas, ao invés de escolhermos uma ou outra, a relação se torna mais intima. Ninguém expressou isso melhor do que Jesus, quando disse:” o Pai e eu somos um”.
Como o gênio da lâmpada de Aladim, nosso circulo de luz criativa requer o estimulo de nossas idéias, para que possa nos servir. Não é de admirar que Osíris dissesse:;”[Salve]Ó OVO! [Salve] Ó OVO!”.
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Texto de Shirley A. Fischer.
Talvez uma busca de significado tenha sido o que atraiu a atenção de tantas pessoas para um curioso símbolo conhecido como a CRUX ANSATA ou ANKH. “ANKH” era a palavra egípcia para CHAVE e significava “CHAVE DA VIDA”, ao passo que “CRUX ANSATA” é a interpretação latina para CRUZ COM ALÇA.
A ANKH é um valioso lembrete para muitas pessoas, porque corresponde, não apenas a vida, mas também ao universo. Há uma qualidade estética em sua forma combinando a cruz e a alça, que satisfaz, além dos nossos sentidos físicos, nossa natureza emocional, na qual está oculto seu significado profundo e simbólico.
Na cerâmica pré-dinástica que aparece no livro UMA HISTÓRIA DO EGITO, de JAMES H. BREASTED, há figuras de mulheres unindo as mãos acima da cabeça, como a representar essa alça. Mas não foi encontrado nada da real crux até setecentos anos mais tarde, na Quinta Dinastia – mais de dois mil anos antes de Cristo.
A partir dessa época, em que os reis egípcios eram conhecidos mais como construtores do que como guerreiros, a ANKH foi entalhada em baixos relevos, tumbas e cerâmica, na África, na Palestina e na Mesopotâmia, bem como em moedas e jóias do mundo inteiro.
Nunca foi encontrada alguma prova do significado objetivo da CRUX ANSATA, mas pouco se pode duvidar das idéias esotéricas por trás do objeto físico. Parece que ela tinha três aspectos, para os egípcios antigos, assim como havia três divindades básicas:
a alça- caos;a exalação ou o espírito santo de Osíris [ que diz no Capitulo XLII do Livro Egípcio dos Mortos, “eu não posso ser pegado com a mão, mas sou aquele que pode te pegar em sua mão. (Salve) Ó OVO! (Salve) Ó OVO!]” -
e as duas partes da cruz abaixo da alça; a dualidade do pensamento positivo e negativo a constituir a vontade de Osíris cruzada com a mente de sua esposa Isis.
Esse ovo cósmico da criação de fato se manifestava nos inúmeros personagens representados pelos diversos Deuses dos egípcios. Para eles, Osíris, Ísis, e seu filho Hórus, funcionavam do mesmo modo que seu Deus Sol – Ra, a energia criativa nutriente que deu vida a todas as coisas e as fez crescer. Sem começo nem fim, o eterno RA era representado por esse símbolo. Numa CRUX ANSATA, a história simples do GENESIS poderia ser transmitida ao longo da cruz do tempo.
Por falta de compreensão de idéias abstratas, a alma tinha de ser algo tangível para o egípcio comum. Como era impossível pensar em DEUS como uma energia impessoal dando vida a todos os seres, era necessário que os sacerdotes inventassem deuses correspondendo às idéias da criação:
Osíris, senhor branco do mundo inferior;
Ísis, a mãe que não carregava apenas uma ANKH, mas também seu filho Hórus;
Hórus, Deus do SOL.
Dessa pitoresca trindade evoluíram as várias pessoas e os diversos nomes substitutos transmitidos através dos séculos. Os nomes e personagens mudavam, mas os conceitos eram sempre os mesmos.
Os egípcios aprendiam que um deus não era divino a menos que possuísse a chave da vida. Como os faraós representavam ‘ deuses ‘ eram em geral apresentados segurando uma ANKH na mão direita. Este símbolo, segurado por aqueles que eram considerados ‘dignos’, significa que quem estava com ele podia viver no mundo espiritual assim como no mundo físico.
A ANKH pode ter aparecido pela primeira vez quando o homem tomou consciência de si mesmo, pois ela simbolizava aquilo que podia se destacar do seu próprio ser e dizer, “EU SOU”. A principio, dada sua natureza ingênua, os egípcios usavam a ANKH para proteção contra animais selvagens e répteis. Posteriormente, quando eles se tornaram mais religiosos, passaram a colocá-la nas ataduras dos mortos, a fim de que também eles pudessem vaguear sem medo na vida póstuma. Os egípcios eram instruídos no sentido de que cada parte do corpo estava sob a influencia de certo amuleto. Como se acreditava a ANKH renovava a vida e tornava efetiva a ressurreição de toda a pessoa, ela passou a ser o amuleto mais reverenciado de todos. Significava que aquele que a usava alcançaria, não apenas “vida”, mas também a imortalidade.
Em sua Obra, DOUTRINA SECRETA, MADAME BLAVATSKY, nos diz que a CRUX ANSATA é uma outra forma do planeta Vênus; que este planeta é simbolizado por um globo sobre uma cruz e significa, esotericamente, que a humanidade e toda a vida animal se apartaram do circulo espiritual divino e caíram na geração de macho e fêmea. Isto é corroborando o Capitulo II de Gênesis, segundo o qual Deus formou Adão do pó da terra, depois que já tinha feito Adão e Eva, no sentido místico, no sexto dia.
Ísis, a Vênus egípcia, era a figura central nas peças e nos dramas cerimoniais que representavam a morte de seu esposo, Osíris. Sírius, a brilhante estrela de Ísis, marcava o começo do ano quando esses dramas eram realizados. Ás vezes Ísis segurava um lótus, símbolo da natalidade, numa das mãos, e uma ANKH na outra. E como a alça da cruz representava o OVO DA VIDA quer era SAGRADA para ela, os sacerdotes egípcios nunca comiam ovos.
Mais tarde, quando os sacerdotes foram convertidos ao cristianismo, SÃO MARCOS os incentivou a abandonar essas velhas crenças ‘ pagãs ‘. Eles cancelaram os dramas e os hieróglifos que os descreviam, e começaram a fazer escrituras partindo de uma combinação do alfabeto grego e de algumas formas antigas de letras egípcias. Substituíram os encantamentos e as vinhetas do LIVRO DOS MORTOS por frases mais atualizadas e eliminaram todos os amuletos e símbolos, exceto um – A CRUX ANSATA – que até hoje ainda é valorizada.
Carl Jung nos diz que um símbolo é um arquétipo da consciência universal que tem um tremendo impacto na pessoa, conforme o símbolo seja criativo ou destrutivo. Isto, naturalmente, é determinado por seu uso em gerações passadas. A contemplação de um símbolo como a ANKH, com suas conotações espirituais, não pode deixar de influenciar nossas relações com os outros de maneira benéfica.
Não apenas eleva e inspira pensar na vida eterna no outro mundo, mas a idéia de divindade é um guia para a iluminação aqui e agora. O grande poeta americano, Epes Sargent, escreveu: “a alma humana é como um passarinho numa gaiola. Nada pode prová-lo de seus anseios naturais, ou apagar a misteriosa lembrança de sua herança natural”.
Cada um de nós é, de certo modo, uma réplica da CRUX ANSATA, feita à imagem do conceito de Deus. Carregamos conosco a alça da divindade e a cruz da vida. Se combinamos as duas, ao invés de escolhermos uma ou outra, a relação se torna mais intima. Ninguém expressou isso melhor do que Jesus, quando disse:” o Pai e eu somos um”.
Como o gênio da lâmpada de Aladim, nosso circulo de luz criativa requer o estimulo de nossas idéias, para que possa nos servir. Não é de admirar que Osíris dissesse:;”[Salve]Ó OVO! [Salve] Ó OVO!”.
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Texto de Shirley A. Fischer.
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