Pesquisadores do DARPA, do Pentágono, aprendem a controlar o cérebro de um rato através da internet.
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Controle mental realizada pelo governo pode não ser tão absurdo quanto parece: depois de 15 anos de pesquisas, os cientistas encontraram uma forma de transmitir informação de um cérebro para outro, e assim, controlar os pensamentos de seu objeto teste.
Os cientistas capturaram os pensamentos de um rato no Brasil e o transmitiram eletronicamente através da Internet para o cérebro de um rato nos EUA. "O rato brasileiro estava correndo energicamente no laboratório. Quando o rato americano recebeu as ondas cerebrais do seu homólogo sul-americano, ele imediatamente começou a imitar o comportamento - apesar dos milhares de quilômetros entre eles," relata Reuters.
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Controle mental realizada pelo governo pode não ser tão absurdo quanto parece: depois de 15 anos de pesquisas, os cientistas encontraram uma forma de transmitir informação de um cérebro para outro, e assim, controlar os pensamentos de seu objeto teste.
Os cientistas capturaram os pensamentos de um rato no Brasil e o transmitiram eletronicamente através da Internet para o cérebro de um rato nos EUA. "O rato brasileiro estava correndo energicamente no laboratório. Quando o rato americano recebeu as ondas cerebrais do seu homólogo sul-americano, ele imediatamente começou a imitar o comportamento - apesar dos milhares de quilômetros entre eles," relata Reuters.
Os cientistas referem-se a técnica como "elo de cérebro". O estudo que custou U$ 26 milhões, com interfaces de cérebro-máquina, foi financiada pela DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa - do Pentágono), que, em última análise espera ter esta tecnologia disponível para os seres humanos.
“Ao ligar conectar cérebros humanos, os cientistas acreditam que podem combinar inteligências para resolver problemas que são muito difíceis para uma pessoa lidar sozinho”, disse Miguel Nicolelis, neurobiólogo da Universidade Duke University Medical Center à Reuters. Nicolelis se refere a este link como um "computador biológico", e disse que os cientistas vão primeiro realizar testes em macacos para determinar sua viabilidade.
Mas nem todos os pesquisadores estão animados com a perspectiva de manipulação do cérebro.
"Ter primatas não humanos se comunicando de cérebro para cérebro levanta todos o tipo de preocupações éticas", disse um neurocientista à Reuters. "Ler sobre colocar coisas no cérebro des animais e mudar o que eles fazem, faz as pessoas ficarem nervosas, e com razão."
“Este tipo de tecnologia aumenta a preocupação com a possibilidade de utilização de seres humanos ou animais como soldados em campo de batalha”, o cientista acrescentou.
Embora a idéia pode ser inacreditável para alguns, neurobiólogos afirmam que interfaces cérebro-máquina tem progredido muito além do que é conhecido publicamente. Andrew Schwartz, neurobiólogo da Universidade de Pittsburgh, diz que o experimento com os ratos "é de interesse limitado" considerando outros avanços no campo.
"É legal que o estímulo veio de outro cérebro, ao invez de um dispositivo elétrico ", disse Douglas Weber, bioengenheiro à Reuters. "[Mas] muitos laboratórios têm mostrado que os animais podem detectar estímulos eléctricos fornecidos para o cérebro. Este artigo mostra simplesmente que os animais podem detectar estímulos eléctricos partindo do cérebro de outro rato."
A mesma equipe de pesquisadores financiados pela DARPA-também têm conseguido enviar sinais cerebrais de ratos que lhes levou a pressionar uma alavanca, distinguir aberturas estreitas de largas, etc.
Porém, devido a concessão de U$ 26 milhões para os cientistas desenvolverem esse tipo de tecnologia, a DARPA provávelmente espera que o Pentagono possa usufruir desta pesquisa em algum momento – quer seja usado para solução de problemas ou para outras utilidades ainda não definidas.
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