“Como unidades do Cósmico, temos no interior todo seu potencial de poder, satisfação e felicidade.”
Talvez um dos aspectos mais tristes da raça humana seja o terrível desperdício com o mais importante aspecto de seus recursos cósmicos: o Ser. O Ser é a manifestação do Cósmico em toda a sua glória. Por meio do Ser a Mente Cósmica se vê refletida e desfrutada da consciência e da direção de seus elementos. Sem a habilidade do Ser, a Mente Cósmica não pode estar consciente de si mesma da forma que nós estamos, porque se não tem algo distinto de seu Sr para poder contrastar, não pode ter consciência de sua própria existência. A atualidade que é a existência, é uma grande massa vibratória de matéria-prima, uma unidade. Não tem realidade, nem árvores, nem montanhas, nem planetas, nem gente, cheiros, sons ou outras sensações. Porém através do fenômeno do Ser, ou melhor, dos Seres, o Cósmico experimenta as maravilhas de sua própria natureza.
Tendemos a esquecer que somos o Cósmico – que somos seus ouvidos, seus olhos, seus pensamentos, suas sensações, sua sabedoria e realização, assim como suas dores e suas penas. Dizemos que somos segmentos individuais de Deus e que formos criados à Sua imagem. Mas raras vezes fazemos uma pausa para compreender o significado desta afirmação. Tendemos a pensar em nós mesmos como entidades separadas, como algo criado por Deus e abandonado depois à sua própria sorte. Entretanto pensamos em Deus como algo que nos olha de vez em quando, que nos dá um conselho, porém basicamente como uma entidade superior muito parecida com um pai ou um líder especial que tem suas próprias preocupações e funções.
Tratemos de pensar por um momento que nós somos o Cósmico, que somos um Ser utilizado pelo Cósmico para experimentar percepções, sensações, poder e criatividade. Há muitos seres e estão m todos os lugares do Universo. Desta forma, o Cósmico experimenta em toda parte a maravilha do seu Ser – as cores, as formas, o calor, a alegria e a realidade. Devemos recordar que o Cósmico, em seu estado absoluto, não tem forma nem cor. As percepções que tão bem conhecemos sob as formas de nosso mundo, somente são possíveis no estado de atualidade, não no de realidade. Porém, por outro lado, nós somos o Cósmico e nossa realidade é a sua realidade.
Vejamos agora porque dissemos que se produz um terrível desperdício; Como unidades do Cósmico, temos no interior todo seu potencial de poder, satisfação e felicidade. Não existe nada no Cósmico que não possamos conhecer. Não há nada dentro dos limites da Lei Cósmica que não possamos fazer. Cada um de nós tem uma missão, ou se preferir, uma responsabilidade, de fazer o possível para desenvolver esse potencial de ser a mais bela expressão das qualidades cósmicas inatas que estão dentro do nosso Ser. Porém freqüentemente falamos e agimos miseravelmente. Desperdiçamos nossas vidas, desperdiçamos nossas oportunidades de permitir que o Cósmico nos use para experimentar a beleza, a alegria e o poder do seu Ser. Em vez de desenvolver nossos talentos, de cuidarmos no nosso corpo, de cuidar de nossa existência e mostrar através do nosso estilo de vida uma Personalidade-Alma da qual Deus possa sentir-se orgulhoso, descuidamos de nossa saúde, desperdiçamos nossos talentos, deixando-os adormecidos e fazendo que com isso, tenha pouca utilidade para o mundo. Nos deixamos arrastar e guiar por outros para servir seus fins egoístas.
Suponhamos que uma pessoa tenha muito talento e que, devido a isso, tem oportunidade de expressar a sua natureza Divina de uma forma maravilhosa. Será que o Cósmico veria favoravelmente se essa pessoa entregasse todo este talento a outro que não poderia usá-lo e que não usará da mesma forma que a primeira poderia fazê-lo?
A compaixão é uma das nossas qualidades mais nobres, assim como o perdão, a caridade e a abnegação. Porém todas estas qualidades devem ser aplicadas sobre nós mesmos, não somente sobre outros. Podemos nascer com atributos de saúde, habilidades, conhecimento magnetismos pessoal. Podemos ter muito que dar e compartilhar com os demais, porém não desde uma posição de debilidade e renuncia do nosso próprio Ser. Pelo contrário, podemos fazer muito mais por nós mesmos e pelos outros desde uma posição de fortaleza e por meio do enriquecimento do Ser. O desenvolvimento do Ser é a primeira obrigação que todos temos com o Cósmico, assim como com todos os outros Seres do mundo. É na medida em que respeitamos esta responsabilidade, que estaremos em melhores condições para ajudar e respaldar os outros.
A melhor ajuda que podemos dar a outros é contribuir para que respeitem a si mesmos, ajudando-os a ajudar-se, sempre que seja possível. Freqüentemente não damos aos demais a oportunidade de serem responsáveis por suas próprias vidas. Os ajudamos com conselhos, queremos protegê-los, fazer por eles o que, na maioria dos casos, deveriam fazer por si mesmos. Isto, obviamente satisfaz nossos egos. Nos dá uma sensação de importância, de que somos necessários - e sempre há gente suficiente ao nosso redor para aproveitar-se disso. Porém, o que se passa com aqueles que se habituaram a depender de outros, que os debilitam e os fazem descer aos seus níveis? Se estamos realmente preocupados com o seu bem-estar e não pelos sentimentos que se derivam por nos sentirmos seus ‘guardiões’, deveríamos dar-lhes ânimo para que cheguem onde nós estamos – desenvolvendo-lhe o sentido de dignidade, a oportunidade de ser um Ser do qual o Cósmico também possa sentir-se orgulhoso, como um reflexo de sua mais elevada Natureza.
Alguns poderiam pensar que tudo isto soa egoísta. Somos egoístas somente se pensamos que somos algo especial – algo separado do resto da existência e que ‘somente nós contamos’. Porém, não é isto que estamos dizendo. A abnegação é uma qualidade nobre, porém é com freqüência mal entendida e dirigida erroneamente. Em termos místicos, a abnegação é uma qualidade que produz uma consciência de unidade maior, um Ser Maior, para o qual e do qual somos somente uma expressão. Ao praticar o Misticismo, deveríamos pensar cada vez mais em termos desta relação especial com o Cósmico. Pensar somente no Cósmico não é algo egoísta enquanto o que fazemos seja em seus beneficio, e isto inclui ajudar e compartilhar com os demais.
O que Deus espera do Ser é que, como foi no principio, este tenha domínio sobre seu reino - que se enriqueça em corpo e espírito, que desfrute da plenitude da vida e, em nossos termos, que seja uma expressão digna de Seu progenitor – o Cósmico.
Trata-se de um tema sobre o qual vale a pena refletir, fazendo com que nossa menta seja chegar a ser um Ser do qual o Cósmico possa sentir-se orgulhoso, e em que Este experimente a Luz, a Vida e o Amor de sua própria natureza.
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[Texto contido no Rosicrucian Fórum/GLI/Primavera de 2003]
Talvez um dos aspectos mais tristes da raça humana seja o terrível desperdício com o mais importante aspecto de seus recursos cósmicos: o Ser. O Ser é a manifestação do Cósmico em toda a sua glória. Por meio do Ser a Mente Cósmica se vê refletida e desfrutada da consciência e da direção de seus elementos. Sem a habilidade do Ser, a Mente Cósmica não pode estar consciente de si mesma da forma que nós estamos, porque se não tem algo distinto de seu Sr para poder contrastar, não pode ter consciência de sua própria existência. A atualidade que é a existência, é uma grande massa vibratória de matéria-prima, uma unidade. Não tem realidade, nem árvores, nem montanhas, nem planetas, nem gente, cheiros, sons ou outras sensações. Porém através do fenômeno do Ser, ou melhor, dos Seres, o Cósmico experimenta as maravilhas de sua própria natureza.
Tendemos a esquecer que somos o Cósmico – que somos seus ouvidos, seus olhos, seus pensamentos, suas sensações, sua sabedoria e realização, assim como suas dores e suas penas. Dizemos que somos segmentos individuais de Deus e que formos criados à Sua imagem. Mas raras vezes fazemos uma pausa para compreender o significado desta afirmação. Tendemos a pensar em nós mesmos como entidades separadas, como algo criado por Deus e abandonado depois à sua própria sorte. Entretanto pensamos em Deus como algo que nos olha de vez em quando, que nos dá um conselho, porém basicamente como uma entidade superior muito parecida com um pai ou um líder especial que tem suas próprias preocupações e funções.
Tratemos de pensar por um momento que nós somos o Cósmico, que somos um Ser utilizado pelo Cósmico para experimentar percepções, sensações, poder e criatividade. Há muitos seres e estão m todos os lugares do Universo. Desta forma, o Cósmico experimenta em toda parte a maravilha do seu Ser – as cores, as formas, o calor, a alegria e a realidade. Devemos recordar que o Cósmico, em seu estado absoluto, não tem forma nem cor. As percepções que tão bem conhecemos sob as formas de nosso mundo, somente são possíveis no estado de atualidade, não no de realidade. Porém, por outro lado, nós somos o Cósmico e nossa realidade é a sua realidade.
Vejamos agora porque dissemos que se produz um terrível desperdício; Como unidades do Cósmico, temos no interior todo seu potencial de poder, satisfação e felicidade. Não existe nada no Cósmico que não possamos conhecer. Não há nada dentro dos limites da Lei Cósmica que não possamos fazer. Cada um de nós tem uma missão, ou se preferir, uma responsabilidade, de fazer o possível para desenvolver esse potencial de ser a mais bela expressão das qualidades cósmicas inatas que estão dentro do nosso Ser. Porém freqüentemente falamos e agimos miseravelmente. Desperdiçamos nossas vidas, desperdiçamos nossas oportunidades de permitir que o Cósmico nos use para experimentar a beleza, a alegria e o poder do seu Ser. Em vez de desenvolver nossos talentos, de cuidarmos no nosso corpo, de cuidar de nossa existência e mostrar através do nosso estilo de vida uma Personalidade-Alma da qual Deus possa sentir-se orgulhoso, descuidamos de nossa saúde, desperdiçamos nossos talentos, deixando-os adormecidos e fazendo que com isso, tenha pouca utilidade para o mundo. Nos deixamos arrastar e guiar por outros para servir seus fins egoístas.
Suponhamos que uma pessoa tenha muito talento e que, devido a isso, tem oportunidade de expressar a sua natureza Divina de uma forma maravilhosa. Será que o Cósmico veria favoravelmente se essa pessoa entregasse todo este talento a outro que não poderia usá-lo e que não usará da mesma forma que a primeira poderia fazê-lo?
A compaixão é uma das nossas qualidades mais nobres, assim como o perdão, a caridade e a abnegação. Porém todas estas qualidades devem ser aplicadas sobre nós mesmos, não somente sobre outros. Podemos nascer com atributos de saúde, habilidades, conhecimento magnetismos pessoal. Podemos ter muito que dar e compartilhar com os demais, porém não desde uma posição de debilidade e renuncia do nosso próprio Ser. Pelo contrário, podemos fazer muito mais por nós mesmos e pelos outros desde uma posição de fortaleza e por meio do enriquecimento do Ser. O desenvolvimento do Ser é a primeira obrigação que todos temos com o Cósmico, assim como com todos os outros Seres do mundo. É na medida em que respeitamos esta responsabilidade, que estaremos em melhores condições para ajudar e respaldar os outros.
A melhor ajuda que podemos dar a outros é contribuir para que respeitem a si mesmos, ajudando-os a ajudar-se, sempre que seja possível. Freqüentemente não damos aos demais a oportunidade de serem responsáveis por suas próprias vidas. Os ajudamos com conselhos, queremos protegê-los, fazer por eles o que, na maioria dos casos, deveriam fazer por si mesmos. Isto, obviamente satisfaz nossos egos. Nos dá uma sensação de importância, de que somos necessários - e sempre há gente suficiente ao nosso redor para aproveitar-se disso. Porém, o que se passa com aqueles que se habituaram a depender de outros, que os debilitam e os fazem descer aos seus níveis? Se estamos realmente preocupados com o seu bem-estar e não pelos sentimentos que se derivam por nos sentirmos seus ‘guardiões’, deveríamos dar-lhes ânimo para que cheguem onde nós estamos – desenvolvendo-lhe o sentido de dignidade, a oportunidade de ser um Ser do qual o Cósmico também possa sentir-se orgulhoso, como um reflexo de sua mais elevada Natureza.
Alguns poderiam pensar que tudo isto soa egoísta. Somos egoístas somente se pensamos que somos algo especial – algo separado do resto da existência e que ‘somente nós contamos’. Porém, não é isto que estamos dizendo. A abnegação é uma qualidade nobre, porém é com freqüência mal entendida e dirigida erroneamente. Em termos místicos, a abnegação é uma qualidade que produz uma consciência de unidade maior, um Ser Maior, para o qual e do qual somos somente uma expressão. Ao praticar o Misticismo, deveríamos pensar cada vez mais em termos desta relação especial com o Cósmico. Pensar somente no Cósmico não é algo egoísta enquanto o que fazemos seja em seus beneficio, e isto inclui ajudar e compartilhar com os demais.
O que Deus espera do Ser é que, como foi no principio, este tenha domínio sobre seu reino - que se enriqueça em corpo e espírito, que desfrute da plenitude da vida e, em nossos termos, que seja uma expressão digna de Seu progenitor – o Cósmico.
Trata-se de um tema sobre o qual vale a pena refletir, fazendo com que nossa menta seja chegar a ser um Ser do qual o Cósmico possa sentir-se orgulhoso, e em que Este experimente a Luz, a Vida e o Amor de sua própria natureza.
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[Texto contido no Rosicrucian Fórum/GLI/Primavera de 2003]
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