A sensibilidade acentuada de algumas pessoas para detectar as características da aura humana de outras pessoas é considerada um fenômeno de supersensitivade.
Poder captar as vibrações transmitidas pela maior ou menor proximidade de outros constitui-se num fator de conhecimento, que pode auxiliar em muito a análise que estamos fazendo dos que nos cercam.
Todavia essa ‘sensitividade’ manifesta-se em graus diferentes entre nós, e não é tanto uma questão de desenvolvimento mental, mas sim de desenvolvimento da sensibilidade psíquica. Podemos aumentar em muito esta sensitividade, embora estejamos até alheios ao processo de como as coisas acontecem.
Tenho assistido a algumas reuniões de pessoas que analisam para outras, o que elas transmitem, seus anseios, suas preocupações, dados do passado e, em alguns casos, elementos do seu futuro. Parece-me que a atitude dos supersensitivos é de colocarem-se num estado relaxado passivo, desligado de sua vida pessoal e, desta forma, conseguem ‘ouvir’ e receber impressões emanadas de outra pessoa.
Em geral, os supersensitivos são pessoas simples, despretenciosas, sem maiores ambições, sem desejos significativos, mas que esperam poder servir ao seu semelhante. Ao entrevistar pessoas que possuem tal faculdade desenvolvida, tenho constatado que são extremamente dóceis e sua passividade no sentido de uma mente aberta, sem bloqueios ou restrições e acostumadas a se posicionar como se o seu ser fosse um receptáculo para onde convergem as emanações dos outros. Na verdade, duas senhoras supersensitivas com quem tenho conversado, uma de formação católica, outra de formação espírita, não sabem por que têm o poder da sensibilidade, nem fazem qualquer preparação ou esforço dirigido, quando estão ‘sentindo’ os seus clientes. Colocam-se à vontade, e começam falando de tudo que estão captando, muitas vezes com os olhos fechados, como se fossem um canal de rádio, sintonizado na freqüência da aura de seu consultor, ampliam as sensações recebidas, parecendo que seu corpo funciona como uma grande antena. Assim, na fusão das duas auras, a sua própria aura estaria receptiva às vibrações da outra aura.
Analisando os diálogos mantidos com elas, a melhor conclusão que apresento é de que tais sensitivos posicionam-se como se fossem crianças, num estado de muita pureza. Coincidentemente, este é o ensinamento bíblico de Jesus, para que ‘nos tornemos puros como as criancinhas’, e de forma que através de nosso Ser possa a Consciência Divina se manifestar. Deus fala pela boca da criança, que não está armada das barreiras e restrições do mundo em que vivemos. Em geral usamos o nosso consciente para nos proteger de influencias estranhas ou agressivas e colocar-nos em estado de defesa, o que vai impedir também que possamos sentir a aura de outros, que pode estar mais ou menos próxima de nós.
A ‘radiestesia’ amplia através de um pendulo as sensações que emanam do subconsciente da pessoa com quem estamos em contato, e desta forma tornas essas sensações visíveis aos nossos olhos. Adquirida alguma prática desta técnica, podemos também com uma fotografia ou retrato de uma pessoa conhecer muito de seu interior, como se estivéssemos em contato pessoal, captando sua própria aura. Há outras formas também de tomarmos conhecimento das vibrações de auras, como através de um pote com água, da concentração numa esfera cristalina ou sólida transparente, de modificações de imagens em espelhos, etc. De uma certa forma, desenvolver a sensibilidade para o contato direto com outras personalidades, é um despertar mais profundo de sua capacidade sensitiva.
Creio que podemos experimentar, a cada momento, sempre que uma aproximação de outro Ser entre na faixa de sintonia com nossa aura. Se conseguirmos observar e registrar num caderno o que conseguimos captar, depois de certo tempo, teremos informações que nos indicarão que a nossa sensibilidade pode ser aumentada.
Realço a experiência que tenho com pessoas ditas supersensitivas: “devemos voltar a ser crianças”, puros, abertos, sem reservas de qualquer espécie, permitindo que a nossa própria aura se expanda sem medos ou temores, e sem as proteções que desejamos até inconscientemente para nós próprios. É preciso experimentar muito de como adotar tais atitudes “Sinceramente” para que possamos ser “Sensitivos”. Devemos considerar que é tudo uma questão de “Sentir”, nada tem a ver com pensar, raciocinar ou estar intelectualmente evoluído. Para se sentir através do nosso ser não existem maiores regras a não ser os ensinamentos cristãos a que já nos referimos.
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[Texto de Charles Veja Paruker]
16 de mar. de 2010
Desenvolvendo a Sensitividade
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