30 de nov. de 2010

Paradigmas extra e ultraterrestres

Nesta era de grandes conquistas, o enorme grau de complexidade universal cria um cenário para a discussão das oportunidades e desafios, quanto a Terra e seus habitantes terão um inevitável encontro com culturas cósmicas. Com a continua exploração cientifica do espaço, a raça humana entrou num critico estagio evolucionário: a descoberta de um novo ambiente mundial aberto e o provável contato com civilizações espaciais. Nesta fase de transição, a humanidade deve tomar decisões no discernimento das categorias de outras formas de vida. O peso da prova do contato extraterrestre tem mudado de encontro humano isolado para avistamentos coletivos, que incluem um grande numero de pessoas em escala mundial.

Ao mesmo tempo, parece que a humanidade está sendo cobaia para certos extraterrestres que realizam experimentos genéticos conosco. Os relatórios indicam uma ampla variedade de formas de vida, algumas das quais incluem níveis não-físicos de inteligência, que poderiam ser chamados de inteligência ultra-terrestre. O período mais critico do envolvimento de homens com ETs começa quando a raça humana passa por seu ponto inicial de contato em relação a outras raças no espaço. As realidades de encontros de longa duração redefinirão ‘nova imagem do homem’ e mudarão o significado de todas as disciplinas e novos ajustes para a vida no século 21.

A consciência de nossas capacidades em conjunto com a inteligência alienígena pode ajudar a reestruturar nossas vidas nas novas fronteiras do espaço, na experiência da lei espacial e numa nova civilidade cósmica, para a cidadania nas fronteiras do Cosmos. Com suas ferramentas astronômicas para explorar o espaço infinito, a mente humana está recebendo suas primeiras impressões de vida nessa fronteira. O consciente e o subconsciente humanos estavam tão condicionados ao Ocidente que, quando a astronomia pós-medieval reduziu a Terra a um pequeno planeta de uma estrala de tamanho médio num vasto universo, atitudes políticas, sócio-econômicas e religiosas continuaram a manter uma cosmologia centrada no homem até quase o século 20. Naquela época a raça humana era vista como a única fonte de vida inteligente na orbe.

FRONTEIRA CÓSMICA
Em contraste, entre os cientistas a evolução interestelar é agora tão bem conhecida que pode ser tachada de conhecimento comum. Eles acreditam que toda a vida e energia originaram-se do ‘Big Bang’, que expandiu-se para evoluções locais de maior complexidade. Os pesquisadores do programa ‘Busca por Inteligência Extraterrestre’ [Seti], em Mountain View, Califórnia, através da radioastronomia, procuraram estruturas galácticas locais para detectar outras fontes de vida em nosso universo. Apesar dos avanços da tecnologia e do desenvolvimento de 67 projetos cósmicos em todo o mundo, os esforços combinados dos radioastrônomos cobriram apenas uma pequena fração de nossa galáxia. Jill Tarter, do SETI, estima que esses profissionais ‘tenham coberto apenas uma parte em dez bilhões de estrelas’. O debate passa pela seguinte discussão: a visão do programa é uma realidade ou pode ser comprovada, e ainda, se a comunicação com outros mundos é uma boa idéia. Uma vez que só há pouco tempo os humanos desenvolveram tecnologia para enviar e talvez receber sinais de rádio, muitos astrônomos argumentam que qualquer civilização encontrada seria muito mais evoluída do que nós. Na verdade, não estariam simplesmente algumas centenas de anos mais avançados que nós; e sim bilhões de anos adiantados. Como dizem alguns ‘astrônomos’, comparados a eles, seriamos apenas um micróbio.

Muitas pessoas tem se preocupado sobre o que irá acontecer quando culturas cósmicas se encontrarem numa nova fronteira. De acordo com as tradições da antropologia através da história humana, sempre que há um contato entre culturas primitivas e avançadas, tais encontros se mostram desastrosos para os primitivos. Do mesmo modo, poderia ser argumentado que seres inteligentes vivendo até 30 anos-luz da Terra poderiam se constituir numa ameaça para o paradigma da vida como nós a conhecemos.

Além dessas civilizações terem seus próprios motivos, os quais podem ser bons ou  maus, seu efeito direto em nossa raça e a adaptação de sua lógica à nossa cultura poderiam trazer efeitos adversos para a humanidade. Nós simplesmente não sabemos o suficiente sobre o espaço, sobre civilizações extraterrestres, de que modo existem, e sobre o que é ou  não possível no universo. Um argumento correlato a este sugere contudo que devemos nos preocupar com nosso mundo, nossa existência terrestre, fazer nossas descobertas cientificas e continuar a nos perguntar se outras formas de vida existem na Via Láctea.

Outra abordagem seria de olhar precipitadamente para o impacto de uma repentina experiência de contato cultural com civilizações alienígenas e estar preparado teoricamente para inteligências que possam existir em outras dimensões. Um dos argumentos para a busca de vida extraterrestre é que tal detecção nos asseguraria que outras evoluções teriam ocorrido, tornando possível a capacidade de comunicação ou visibilidade para nossas técnicas de observação. Podemos descobrir que as inteligências tiveram sucesso somente pela escolha de consciência, mas também pelo esforço cooperativo, feito através da conversação entre espécies.

Contudo, devemos estar atentos ao estabelecimento de contato numa filosofia simplista, como a proposta por Robert Jastrow, que argumentou que as ultimas descobertas em astronomia e nas ciências da vida oferecem alguns elementos para uma nova perspectiva religiosa, com sua correspondente cosmologia e conteúdo moral. Aqui a cosmologia seria a teoria cientifica da origem da vida no universo e o conteúdo moral nos daria o propósito por trás da raiz do progresso evolucionário, expansão e sobrevivência. Apesar disso, o paradigma da existência evolucionária simultânea é uma idéia poderosa e suscita  questões sobre nosso lugar dentro de um vasto oceano de criações inteligentes. No paradigma evolucionário tradicional, o universo passa por estágios, começando com a evolução das galáxias após o ‘Big Bang’ e culminando na vida e expansão da inteligência. Dentro da evolução das galáxias há estrelas e planetas, que podem eventualmente dar origem à vida inteligente complexa numa grande variedade de formas. O universo continuará a evoluir – o que dá a entender que nosso atual estágio de evolução não é necessariamente o definitivo. Nosso próximo degrau evolucionário pode culminar numa conexão terrestre-extraterrestre.

INTEGRAÇÃO UNIVERSAL
Cosmólogos, como Frank Tippler, vão além até de um modelo antropocêntrico para admitir que deve haver uma maior evolução dos estágios elevados de percepção de consciência, tendo a capacidade de desenvolver um universo autoprogramável. Ele considera um estágio além do que sabemos por inteligência, que é a total interação da consciência e experiência do Divino através das muitas diferentes ordens de criação. Este pensamento não é único.:’Teilhard de Chardin’ diz que a evolução está conduzindo o homem a um estado maior de união e consciência em relação ao momento do grande evento dos últimos tempos. Escritores modernos de inteligência extraterrestre não tem se afastado desses filósofos, sugerindo que o contato quase certamente nos trará um novo despertar e maiores habilidades em níveis mais elevados de  integração universal.

Contudo, Frank Tipler, Freeman Dyson e Alexander Friedmann também nos revelam que toda a vida deve ter um fim, independe de seu estado evolucionário, principalmente  porque o segundo principio da termodinâmica afirma que a entropia dentro de qualquer sistema aumenta com o tempo, isto é, o universo irá se expandir indefinidamente até que fique sem energia [num universo aberto] ou até que a gravidade termina, e a expansão e a recompressão comecem [num universo fechado]. Nesse caso, toda a matéria entrará finalmente em colapso num ponto central, o qual pode gerar uma nova formulação do ‘Big Bang’ e uma nova expansão. Num universo aberto, Freeman Dyson sugere um modo brilhante de se lidar com a morte através do gasto de  energia. Seres ou talvez máquinas inteligentes teriam que ser substituídas por novas gerações, as quais gastariam apenas metade de sua energia e pensariam somente 50% mais rápido. De acordo com Dyson, a inteligência que iria processar informação dessa maneira poderia existir para sempre.

PERDA DE ENERGIA
Portanto, num universo aberto, as ações estariam ainda continuamente limitadas de acordo com o declínio da disponibilidade de energia. Num universo fechado elas não sobreviveriam ao colapso. Independentemente de sua crença num universo aberto ou fechado, o universo e toda a evolução física dentro dele estão caminhando na direção do fim. Embora isso possa acontecer só num futuro distante, a questão continua. Nós nascemos da evolução cósmica apenas para morrer no colapso de um universo fechado?

Se toda a vida perderá eventualmente energia, devemos concluir que ela é efêmera, e sem a eternidade é incapaz de controlar seu próprio destino. A menos que os cientistas possam ver o evento disparador anterior ao ‘Big Bang’  - ou o que quer que seja a origem do universo – ou projetem o futuro para ver um complemento positivo para a evolução, devemos buscar respostas metafísicas como um recurso futuro. Se outras inteligências realmente existem, elas também serão pegas dentro dos confins da entropia? A resposta seria mais acertadamente sim.

A não ser que uma civilização avançada tecnologicamente seja capaz de controlar a entropia em escalas amplas, ela encontrará os mesmos problemas da energia limitada. Assim o objetivo universal lógico de inteligências cooperativas seria um controle da entropia universal. Isso é possível? Uma inteligência altamente desenvolvida seria definida como apta a controlar a entropia e descrita como antientropia, ou como uma inteligência que possa intervir no processo entrópico geral. Num nível planetário, o cientista Moore descreveu a extensão da  vida na Terra em relação a outros mundos como um ‘golpe contra a entropia’. Até o conceito de colonização trazido por Gerard O’Neill é um passo além da entropia da Terra. Controlar a entropia em larga escala vai além da construção de biosferas espaciais, na direção da macroengenharia de ambientes astrofísicos para tornar áreas locais da galáxia termodinamicamente mais eficientes.

EVOLUÇÃO CÓSMICA
Em 1960, Dyson sugeriu a colocação de uma esfera protetora ao redor de uma estrela ou planeta, e outros como Zwicky foram mais longe ao propor a reconstrução de todo o universo.

De acordo com o nosso atual entendimento das leis da física, a redução da entropia dentro de  um dado volume aumenta a entropia no volume ao redor dele. Contudo, se uma espécie ou grupo de espécies cooperativas descobrissem como operar exteriormente ao sistema limitado, deveriam ser capazes de controlar sua viagem para dentro e fora de qualquer universo que esteja sujeito ao colapso, a fim de escapar de algum modo à recompressão do Cosmos.

Com nossa tecnologia atual, parece impossível organizar tal ‘salto quântico’ além de nossas limitações de tempo e espaço. E há a possibilidade de que outras dimensões possam estar sujeitas a esses eventos, se as dimensões estão ligadas e em conjunção umas com as outras. Contudo, o objetivo final de qualquer civilização e o sinal verdadeiro de inteligência avançada ficariam claros quando fossem capazes de se transferir de um sistema fechado para outra realidade., tal como um universo paralelo. Assim, embora haja uma fronteira para a expansão do controle da entropia de acordo coma s leis físicas, há um processo evolucionário, a expansão de consciência direta, visualizando uma metodologia em que as inteligências pudessem sair do paradigma tridimensional antes do colapso final.

Então, nesse caso, a inteligência estaria, através da tecnologia, apta a influenciar níveis mais baixos da evolução e auxiliar inteligências mais primitivas através da escolha deliberada de cruzar a fronteira tridimensional. O paradigma da vida evolucionária cósmica continuaria através da formação da vida num sistema planetário, para uma conexão terrestre-extraterrestre, e finalmente para uma física consciente da civilização numa forma fora do controle da entropia. O Tratado das Nações Unidas para o Espaço Exterior, de 1967, afirma que ‘o espaço é uma província da humanidade’, e indica que empreendimentos privados usam-no não somente para propósitos pacíficos, mas também para o bem de todos os países.

CIVILIZAÇÕES ALIENÍGENAS
A descoberta de planetas com vida num sistema solar próximo terá um tremendo impacto sobre todos os esforços ligados ao espaço desde a criação de novos ambientes vivos até a descarga de lixo de veículos e plataformas espaciais. Podemos desenvolver nossa tecnologia a ponto de conseguirmos construir cidades espaciais autônomas, as quais poderão ter seus próprios satélites de comunicação, navegação, meteorologia e geodésia. Ao mesmo tempo, essas colônias se tornarão uma terra ‘não-humana’ para conquistadores tecnológicos divididos entre legítimos e colônias de bandidos, sem a existência de tratados internacionais e intercoloniais que limitem atividades hostis no espaço. Pode-se afirmar que existem quatro fases básicas no desenvolvimento de uma civilização alienígena, na redefinição dos objetivos de longo prazo e no papel que a humanidade terá no próximo estágio da evolução cósmica. As primeiras delas seriam a ‘exo-industrialização e exo-comercialização’. Ou seja, atividades comerciais no espaço exterior funcionarão como um modo similar àquele da Lei dos Mares, onde os recursos no espaço são abertos a todos. A Lei dos Mares tem freqüentemente guiado as linhas de conduta da lei espacial.

A segunda seria a ‘exo-socialização’, que seria a aclimatação da rala humana a novas condições de vida, através das quais os membros da sociedade planetárias e grupos familiares podem dividir perspectivas de vida ‘exo-terrestres’ comuns e entender as vantagens e desvantagens de viver em outros ambientes evolucionários. Aqui, uma civilidade comum conteria conceitos práticos de sobrevivência em estruturas familiares transplantadas, similares à implantação das colônias no ‘Novo Mundo’ pelos exploradores europeus. Temos também a ‘exo-teologia’, que é o mapeamento de uma base comum de ética e responsabilidade moral, onde as várias filosofias e teologias co-existiriam dentro de novos paradigmas dos ambientes não-terrestres. E por último a interface ET-humana.

Sob a ótica de que não estamos sozinhos no universo, quando encontrarmos a primeira civilização alienígena devemos entender que pode não ser a única. Portanto, em nossas decisões criticas, devemos trabalhar com várias possibilidades, onde a existência de uma vida extraterrestre seria uma indicação de que há muitas outras formas de vida e que tais formas podem não ser similares. Na suposição de que os ETs apareçam amigavelmente e sejam benevolentes em compartilhar conhecimento e ciência, a lógica da cooperação e a política padrão. No caso de os Ets serem conquistadores belicosos ou de algum modo ameaçadores, os habitantes da Terra se unirão em sua defesa comum. Na hipótese de os Ets se parecerem conosco, podemos esperar ambas as reações inicialmente, e então veremos eventualmente o desenvolvimento de alianças e contra-alianças entre as populações terrestre e extraterrestre, enquanto mantemos nossa cultura filosófica e intelectual única.

Quando nos engajarmos num novo processo de amabilidade com as civilizações mais avançadas que a nossa, isso irá assegurar-nos que pelo menos uma ‘cultura’ teria passado pela ‘crise da sobrevivência’, tendo resistido além dos maiores problemas que nós enfrentamos como sociedade baseada na Terra. Contudo, transpor o degrau evolucionário traria desafios excitantes, assim como um choque futuro. Muito é dito nas sábias tradições da literatura bíblica sobre os anjos. Na verdade, grande parte das tradições religiosas, especialmente aquelas do ‘Velho Testamento’, falam sobre o anjo de Deus – ou anjo de Iavé.

O Deus que os céus não pode conter e é onipresente comunica-se com aqueles que são criações e que não podem estar em todo lugar ao mesmo tempo, conhecidos como ‘hóspedes angelicais’. Ele usa essas criaturas para auxiliá-lo em seu trabalho com os seres humanos, como afirmam os textos sagrados da maioria das religiões. A cosmologia introduzida em ‘Gênesis 1:1 – No inicio Deus criou os céus e a terra’ – permite a criação desses mensageiros angelicais para um mundo que foi feito para conter os seres celestiais como os céus terrestres, portanto a criação dos anjos e suas moradias. Na verdade, a narrativa bíblica é incompleta em suas muitas alusões a essas ordens invisíveis que são transcendentes e administrativas no serviço para o Divino. Os anjos bons são aqueles obedientes às ordens de Deus e operam entre nós segundo os poderes hierárquicos dos céus. Assim sendo, os céus constituem a morada dos anjos. E o que os anjos bíblicos fazem? Eles refletem um escritório real de Deus que acompanha o trabalho de Cristo. Já 311 referencias a eles no ‘Novo Testamento’ – e por antecipação do ‘Reino de Deus’, numerosas contrapartidas no ‘Velho Testamento’.

MENSAGEIROS ANGELICAIS
Testemunhos modernos relatam os anjos da guarda, que podem auxiliar e curar em tempos de necessidade, o que nos faz lembrar do Livro dos ‘Atos dos Apóstolos’, 12, quando Pedro foi preso e um anjo de luz apareceu e fez com que suas correntes se soltassem, e ele passou pelos guardas e portões da prisão. Contudo, nem todos os anjos tem sido úteis para a humanidade. Lembremos também que a base da cosmologia judaico-cristã é a categoria dos ‘anjos caídos’. Na verdade, os pergaminhos do Mar Morto contêm uma oração contra a atividade dos anjos caídos que penetram na privacidade do corpo humano. Embora haja alguma base para se imaginar que a fé judaica e cristã sejam centradas na Terra, uma avaliação da força histórica e contemporânea da teologia não indica tal fraqueza. Na verdade, elas falam de muitos níveis de anjos morando em diferentes esferas ou céus, alguns dos quais são bons e outros não. Mas por que um anjo seria mau? Porque eles trabalham para sua própria vontade e fazem experimentos contra a vontade e o plano do Divino, como lê-se no ‘Livro de Enoque, 6-7, em que uma multidão de ‘anjos caídos’ é especificamente chamada pelo arremedo do intercurso com as mulheres da Terra.

Eles são chamados pelo nome, como vemos na passagem a seguir: “E veio a passar quando as crianças dos homens tinham se multiplicado, que naqueles dias nasciam bonitas filhas. E os anjos, as crianças dos céus, viram e disseram uns aos outros: “Vamos escolher esposas entre as crianças dos homens e gerar filhos” ... ‘Semiaziz,seu líder, Arakiba, Rameel, Kokabiel, Tamiel, Danel, Ezequeel, Baragijal, Asael, Armaros, Batarel, Ananel, Zaqiel, Samsapeel, Satarel, Turel, Jomjael, Sariel...’ E todas as outras juntas com eles tornaram-se esposas. E eles [a mistura dos anjos com os homens] começaram a pecar contra pássaros, bestas, répteis, peixes, devorando-se uns aos outros e bebendo o sangue’.

INTERFERÊNCIA DE INTELIGÊNCIAS
Examinando-se textos antigos dentro do contexto dos modernos estudos sobre os Ets, pode-se fazer importantes contribuições ao discernimento teológico dos poderes que vêm contra nós. Na mitologia grega, questiona-se se as figuras de Pan seriam uma associação de anjos com humanos. É inimaginável e impossível? Casos similares são registrados em ‘Gênesis 6:1-4, que traz condições passadas do antigo mundo que interferiram em nossa existência terrestre. Há uma conexão entre os ‘anjos caídos’ e o que é mostrado hoje como ‘caçadores de aliens’ ou aliens intrusos que atacam animais como burros e cavalos? Acredito que encontraremos todos os tipos de inteligência, algumas culturas extraterrestres tridimensionais que ainda estão aprendendo como sobreviver – como nossa cultura – e outras que estão muito mais avançadas, e operam além das três dimensões que conhecemos.

Mas, em qualquer caso, devemos estar alerta para as forças que existem, sabendo que nem todas as inteligências têm bons interesses. Juntamente com os avistamentos de UFOs em áreas rurais e populosas, além de estranhas luzes em telas de radares em bases militares, encontramos outras razões urgentes para acreditar que as vastas populações através do mundo estão sendo usadas para estudos e experimentos de natureza interplanetária e interdimensional. Uma das razões é o fenômeno da abdução, descrito em todo o planeta. Geralmente sob hipnose, muitos abduzidos descobrem que tiveram contato com extraterrestre que não perguntam se eles desejam ou  não o contato, mas simplesmente envolvem a pessoa sem respeitar sua vontade própria. A maioria das ‘abduções’ falha em fazer esse pedido, resultando em repetidos episódios de contato com cada pessoa.

Parece haver um método usado pelos ETs para controlar pessoas ou grupos por um certo tempo, no qual os contatados podem ser projetados através das paredes de seus quartos para um local que descrevem como um veiculo espacial. Isso parece estar acontecendo agora em nível global, e um modelo de controle surge. A simples aparência alienígena, os detalhes de um certo local ou  o contato relatado por uma só pessoa não são mais os únicos critérios. Estamos recebendo informações sobre o uso de uma parafísica sofisticada que utiliza o modelo de uma evolução convergente como meio de interferir em nossa evolução. Embora os Ets possam diferir de uma experiência individual à outra, nenhuma informação sobre sua origem foi percebida até então. Mas os aliens não aparentam viver completamente dentro de nosso mundo tridimensional, com o poder de se materializarem e desmaterializarem. Portanto, com nosso entendimento das visitas dos ETs, precisamos desenvolver uma maior compreensão da realidade mulltidimensional, que em ultima instancia pode se tornar a mais importante razão para a comunicação entre as espécies tecnológicas.

A abdução, ou seja, o rapto de um homem, mulher ou criança, contra sua vontade para o interior de uma nave, a fim de se realizarem experimentos sexuais e genéticos, é um fenômeno que ficou esquecido por muitos anos. Examinamos uma família da Califórnia que foi abduzida. A mulher, grávida na época, recebeu várias injeções intradérmicas e, após seu filho nascer, notou uma marca triangular na parte de trás da cabeça do bebê. Casos ocorridos na Califórnia, Brasil e África do Sul, além de acontecimentos pelo mundo afora não são únicos, nem na aparência de múltiplos aliens nem na realidade da violação do conceito da não interferência na vida – individual e coletiva – através de meios poderosos. Contudo, dois tipos de aliens se sobressaem. Essas duas classificações, em casos de abdução, são representadas por um comandante de tamanho humano, com aproximadamente 2m de altura, e uma série de pequenos ETs cinzas.

Na situação padrão, o comandante lidera o grupo de ETs. Ele trabalha como líder e possui geralmente a forma de um grande insectóide, com sentimentos neutros. Durante as abduções, ele permanece como uma autoridade dominante, com um corpo humanóide grotesco. Embora algumas características descritas pelos abduzidos possam diferir, ele geralmente possui pequenas costelas e é claramente diferente dos diminutos alienígenas do tipo ‘Gray’ [Cinza]que também estão presentes. Ambas as inteligências parecem integrar e homogenizar características humanas e não-humanas. Foi relatado que entre os olhos do comandante há uma crista que se estende para trás da cabeça e pescoço – e talvez para as costas. Sua pele assemelha-se ao couro. Ela pode se ondular e se mover com o vento. Faz um som de pele movimentando-se sobre madeira.

CARACTERÍSTICAS DE INSETO
A testa é escura, de um marrom mais claro que o resto do corpo. A pele é mais alva ao redor dos olhos e na face. O comandante mantém sua cabeça reta. O rosto possui proporções clássicas, exceto pelos grandes olhos e características de inseto. As bochechas são fundas, como se o alien viesse de um campo de concentração. Sua habilidade em se comunicar parece se dar através da conversação mental, movimentos da mão e também pela emissão de luzes pelos olhos. Parece haver um código que funciona através da geometria dos olhos e coordena as funções durante os experimentos médicos. Muitos aliens pequenos, presentes nos casos de abdução, apresentam uma coloração cinza. Em muitas das aparições não tendo cabelo. Possuem dois olhos que são grandes,saltam da face e em alguns casos são pretos. Eles não apresentam pupilas, mas fendas. Uma coloração marrom-alaranjada parece brilhar ao redor dos mesmos. Não possuem narinas, mas dois buracos e parecem usar roupas justas, com insígnias,como aquelas utilizadas por militares.

Os aliens podem fazer um barulho quando andam, muito característico. Outras investigações particulares feitas por este autor durante 22 anos revelaram a figura de outros Ets, alguns dos quais são mais parecidos com os seres humanos, podendo ser classificados como aliens de aparência adâmica. Estes talvez possuíssem alguma ligação genética com nós humanos. Ao invés de serem próximos aos homens em sua aparência genética, possuem formas de insetos, robôs ou répteis e revelam pouco do que poderíamos chamar de vontade humana. Em alguns casos de abdução, sentimentos agradáveis são trocados, independente do tipo da entidade, mas geralmente há um medo opressor. Mas na maioria deles, devido à unicidade do evento, há elementos bizarros. A maioria dos abduzidos tem horror em descrever suas experiências, as quais geralmente envolvem testes médicos e sexuais forçados, e em alguns casos a inserção involuntária ou remoção de fluidos corpóreos.

CARACTERÍSTICAS DE ABDUÇÕES
Todos os eventos são executados sem o controle do abduzido e a maioria dos experimentos médicos são efetivados pelos tipos de aparência repugnante. Essa experiência vai além do abduzido e afeta toda sua família. Até animais domésticos podem ser mortos ou seriamente afetados. Portanto, os aliens não estão trabalhando com indivíduos isolados ao redor do mundo, uma vez que as abduções se estendem a todo convívio do abduzido. Conseqüentemente, este escritos acredita que tais eventos são amorais e que as inteligências que praticam tais procedimentos são uma ameaça para nossos direitos humanos.

Parecem também mostrar pouca ou nenhuma compaixão pelos humanos, deixando sozinha a pessoa que abduziram. Afirmar nossos próprios direitos como uma criação pode ser o teste final de nossa inteligência. O tema dos estudos da abdução atormenta severamente a visão da existência de todas as atividades dos extraterrestres como sendo positivas. Ao mesmo tempo, seria um erro tomar-se o temos desse tipo de contato como representativo de todos os encontros com seres extraterrestres. Contudo, pela vasta documentação vinda da África do Sul, Rússia e EUA, parece que a inteligência alienígena negativa está tentando criar uma sub-raça através da coleta do esperma e de material genético humano, misturando-o com algum experimento híbrido e revelando alguns casos, conforme detalhado por investigadores como Budd Hopkins, a face embrionária de uma criança como resultado do experimento híbrido. Isso tem acontecido claramente em violação dos termos humanos da liberdade de escolha.

Abduções se enquadram no fenômeno da força eletromotriz, que é a energia potencial que migra na ausência de um pólo ou campo para outro. É energia potencial, na ausência de outras forças, que faz uma carga migrar de uma área para outra para aumentar e controlar sua energia cinética. Especificamente, a inteligência extraterrestre utiliza-se desse campo para atingir os seres-humanos. Em abduções múltiplas, a força eletromotriz constitui-se num meio rápido de se atingir alguém com pensamentos induzidos de formulações genéticas e médicas. O individuo, estando neste campo, sofre uma mudança cinética, sendo levado para um veículo onde é submetido a  várias técnicas ou inserções cirúrgicas, geralmente em violação à sua vontade. Em alguns casos um pequeno ‘biochip’ é inserido. Isso pode ser em qualquer parte do corpo, como em áreas ligadas ao cérebro, coração, caixa torácica etc. Temos centenas de exemplos de ‘biochips’ e todos parecem criar um mecanismo de rastreamento, que é colocado dentro do corpo através de injeção intradérmica.

Russos e americanos que encontraram esses biochips dizem que se parecem muito com escamas de pele, mas são similares aos nossos chips de silício, possuindo o que poderíamos chamar de um aparato semelhante ao transistor, que parece influenciar e exercer controle sobre as ondas cerebrais, ajudando os ETs a manterem o abduzido sob controle. Os chips parecem trabalhar com sinais de freqüência muito baixos. As análises mostram o desejo de dominar alguns indivíduos por longos períodos de tempo. Em casos de regressão hipnótica, hipnoterapia etc, esses alvos biológicos paravam de revelar a informação completa a respeito do experimento do comando da mente, ou do encontro acontecido, devido à energia enviada pelo biochip.

Ao lado das pesquisas de Budd Hopkins e de John Mack, casos parecidos estariam vindo da Rússia, juntamente com o sumiço de crianças. Algo trágico estaria ocorrendo em todos os casos envolvendo inteligências extraterrestres negativas ou o que este escritor chama de ‘caçadores clandestinos’, que vêm ao nosso planeta como caçadores numa reserva, fazendo experiências conosco, como praticamos com animais. Famílias inteiras são levadas e marcadas com códigos e muitos colegas sentem que fazem isso com a intenção de criarem uma raça subumana ou uma raça híbrida.

Os Ets transmitem alguma mensagem para os abduzidos, embora a maioria dos contatos não revele nenhuma informação. Em alguns casos os extraterrestres afirmam que estão trabalhando para repovoar nosso planeta na eventualidade de uma guerra nuclear ou um colapso ambiental. Contudo, podemos chegar à conclusão de que sua raça está se degenerando geneticamente, exigindo amostras genéticas de mundos próximos para sua própria sobrevivência. Outras possibilidade é que essas inteligências continuaram a fazer o mesmo que descrito no ‘Livro de Enoque’, no qual tais seres realizam experimentos com outras raças e se vêem como engenheiros cósmicos, fazendo o papel de Deus.

LIVRE ARBÍTRIO
Essas não são teorias falsas. Temos informações suficientes, através de grandes cientistas, para sugerir que a raça humana esteja sendo monitorada por formas positivas e negativas de ETs. Depende nós decidir se tais inteligências respeitam nosso livre arbítrio. Essas formas de inteligência nos dão uma oportunidade para dialogarmos e trabalharmos com eles, elevando portanto nossa ciência e consciência para o beneficio de toda a raça humana e não apenas para alguns poucos? Mas eles respeitam as tradições proféticas dos direitos e conhecimento humano? Se não o fazem, então não devemos tomar parte dos trágicos experimentos de abdução, se pudermos. Em contrapartida, existem casos de contato direto e intimo que foram examinados e que indicam uma conseqüência positiva através da virtude da participação livre. Há um caso assim na notável história de Elizabeth Klarer, uma mulher sul-africana de ascendência suíça, que na década de 50 teve uma experiência incomum.

Enquanto cavalgava nas montanhas de Drakensburg, África do Sul, uma nave desceu e seu comandante veio e se identificou pelo nome de Akon. Ele se parecia   com um escandinavo, com características faciais humanas e cabelo louro. Apresentou-se como vindo de uma região  conhecida como Meton [localizada no sistema solar de Próxima Centauri] e disse que sua tarefa era estudar os vários experimentos nas estrelas próximas de seu sistema solar. No transcurso da amizade, Akon e Elizabeth entraram num processo de casamento espiritual e ela deu à luz um filho que retornou com seu pai para Meton. Akons pode ser considerado um representante de uma inteligência extraterrestre positiva no contexto de várias experiências de contato. Elizabeth recebeu textos matemáticos e instruções sobre navegação interplanetária.

É claro que muito ufólogos americanos e europeus desmentiram sua história. Contudo, os russos, os alemães e outros enviaram delegações de cientistas para observar os textos matemáticos que Elizabeth havia recebido de Akon, e verificaram a profundidade e a natureza da informação, que revelavam coordenadas galácticas, não poderiam ter vindo de uma mulher com seu nível intelectual. Isso não foi com propósito de autopublicidade, mas sim um verdadeiro contato de terceiro grau,em relação ao qual a mulher foi severamente criticada. Na documentação que recebeu, havia uma série de referências matemáticas para aqueles que tinham a capacidade de cruzar a barreira da luz e fazer um contato positivo com os humanos.

Numa apresentação feita na Universidade  de Johannesburg no inicio da década de 80, havia modulações de luz perceptíveis no auditório que foram testemunhadas pelo publico quando o nome de Akon mencionado perto da Senhora Klarer e quando a mesma relatava sua experiência. Outro caso interessante de contato que serve para ilustrar a categoria ultraterrestre positiva é o caso de Maurício Panisset. Este autor trabalhou com ele no Brasil e possui um filme  de seu extraordinário fenômeno de explosões de luzes. Mauricio nasceu em 6 de março de 1930, em Minas gerais, e só em 1969, enquanto dirigia seu carro com a família, uma luz azul transparente os seguiu.

A luz se materializou na forma de um ser transparente, de aparência humana. Este ser, que se chamava Uhr, disse: “Você deve usar sua luz própria para curar as doenças. Deve ir ao hospital e começar já”. Mauricio estava muito doente na época. Relutava em curar porque se sentia muito ocupado em conseguir ganhar o difícil sustento para sua família. Ficou surpreso, contudo, em descobrir que sua doença gradualmente desapareceu quando ele tratou alguns doentes.

LAMPEJO AZUL
Muitos anos depois, enquanto dirigia seu carro, foi seguido novamente por luzes. Desta vez, uma luz amarela apareceu e se materializou na forma de um ser que se identificou como Akron, o qual informou ao contatado:”Você deve continuar a curar; este é seu acordo”. Durante os anos seguintes, Mauricio continuou indo aos hospitais e tratou de várias pessoas. Ele não era um curandeiro. Quando sarava alguém, observava-se um lampejo azul que saía de suas mãos e se dirigia até o corpo do doente. Algumas vezes, todo o quarto se enchia como o lampejo. Num filme ao qual tivemos acesso, observamos Mauricio  materializar uma bola de luz em suas mãos. O paciente está deitado. Então ele joga a bola de luz sobre o corpo do doente, e ela se transforma em dezenas de pequenos raios, que entram e saem do corpo do enfermo, concentrando-se na área da doença ou deficiência física. Mauricio, contudo, sempre foi relutante em curar ou mostrar seus poderes, por isso interrompeu seus trabalhos. Então, em 1980, três bolas luminosas saíram de uma grande bola de luz e Mauricio ouviu as palavras de um “ser angelical” ultraterrestre: “Vá para o hospital curar, o tempo é curto. Eu estarei contigo”. Mauricio elevou sua voz em objeção: “Não tenho mais tempo. Não me preocupo se o tempo é curto, pois tenho meus próprios problemas.” O ser respondeu-lhe: “Não haverá mais problemas para você”. Mauricio descobriu que quanto mais realizava suas curas, mais seus problemas domésticos e financeiros desapareciam. Sua saúde melhorou consideravelmente. Ele andava de hospital em hospital e tratava dezenas de doentes, enquanto a luz era vista a distância, fora do hospital. Durante o período de cura, Mauricio e algumas vezes as pessoas a seu redor testemunhavam dois seres de luz acompanhando-o quando ele se referia a Akron e Shalla. Mas o que fazer com as abduções, crianças alienígenas, seres de luz que nos instruem a curar? Os cientistas estão acostumados a lidar com dados que podem ser elucidativos, porém são abusivos e inconsistentes em termos de nossa realidade tridimensional.

É apenas ilusão na mente do crente ou uma simples história criada por artistas graduados?

Mas, como J.A. Hynek disse, muitos aspectos da ciência moderna seriam incompreensíveis para um cientista do século 19. E haverá uma ciência no século 21 e provavelmente outra no século 23 que são no momento incompreensíveis para nós, e para qual os fenômenos paranormais podem fornecer uma pista. Hyneck, juntamente com este escritor, presenciaram esses eventos no Brasil, e sabíamos que não era possível estudar o Fenômeno UFO somente através de uma lógica cientifica tridimensional. Era preciso incorporar uma metaciência. E é aqui que param as investigações racionais. Com as várias categorias de inteligência extraterrestre em mente, a questão que devemos levar em conta é: Todos os ETs possuem as mesmas intenções? Uma vez que são superiores a nós de um modo ou de outro, devemos seguir sua liderança cegamente?

Se analisarmos relatos de contatados, encontraremos tudo desde a mais profunda experiência do tipo ‘religioso’ até sentimentos de fúria, violação médica e sexual, além de intimidação. Nos relatos de avistamentos, acharemos também a morte de animais e a remoção de sangue e órgãos – muito diferente do que poderíamos aceitar como ações inteligentes de civilizações avançadas. A controvérsia passa pelo fato de que as raças extraterrestres são tão avançadas que simplesmente não entendemos sua lógica, uma vez que somos seres inferiores. Elas devem estar fazendo o bem, tentando nos ajudar etc. Tolice! Desde os tempos antigos, temos registros que dizem que há seres espaciais com intenções boas e outros com intenções más, como a humanidade aqui na Terra. Assim, muita atividade ufológica relatada é maliciosa ou tola, e é irreconciliável com o conceito de que são veículos espaciais de outro mundo executando alguma missão divina na Terra. Por outro lado, deveria a inteligência ultraterrestre ser igualada aos deuses?

Cremos que alguns possam ter intenções divinas, mas não são Deus. Embora possam nos tratar com respeito e fornecer importantes presentes e informações, devemos utilizar nosso próprio discernimento para testar estas informações, e sob nenhuma circunstancia submeter-nos sem perguntas a seu controle.   Vamos analisar o quadro completo: temos inteligências extraterrestres que são similares ao tipo terrestre – somente são de outros mundos e estão um pouco mais evoluídas tecnologicamente do que nós. Estas podem ser úteis ou embusteiras. Há também as inteligências extraterrestres que conquistaram o sistema entrópico da terceira dimensão, o que porém não as torna mais iluminadas espiritualmente do que nossa raça.

Finalmente temos as inteligências ultraterrestres que se originam de fora de nosso sistema galáctico. Contudo, estas, conforme é dito no primeiro ‘Livro de Enoque’, podem ser positivas ou negativas para a raça humana. Há somente algumas formas de inteligência ultraterrestre que através de seu próprio desejo de controlar a realidade se separam da fonte Divina. Se acreditarmos em alguns dos textos antigos, elas seriam responsáveis pela criação de experiências planetárias mais baixas, muitas das quais entrando em nossa vida agora. A humanidade está sob um sistema de quarentena e protegida das entidades interessadas somente em possuir densidade, a fim de experimentarem sentimentos de desejo e sexualidade, ao invés dos mais altos e etéreos elementos da fonte Divina. Se fizéssemos uma engenharia reversa na cosmologia extraterrestre, veríamos coisas como afirmar que os falsos deuses começaram a se dividir e a guerrear entre si, cada um se julgando a divindade suprema.

Foi nesse ponto que o mundo de polaridade começou, e como resultado apareceu a crença no bem e no mal, sem nenhum pensamento para o balanço no qual vivemos. Sempre foi a intenção desses inferiores nos negar o privilégio de saber que há um ponto certo de origem, e que eles são a melhor coisa daquela que é a mais repreensível à nossa pergunta. Isto é, não há intuitivamente retorno para a fonte verdadeira. Isso nos leva para a mais importante questão: Como discernir num contato com os ETs negativos e positivos? Primeiramente, temos que saber que há uma inteligência negativa e acabar com a idéia simplificada de que tudo é positivo no universo. O que existe na Terra está também presente nele. Há alguns experimentos que mostram claramente inteligências alienígenas maléficas violando os úteros de milhares de mulheres e crianças pelo mundo. Nossos corpos não devem ser violados por uma inteligência adversária, mas sim protegidos. As inteligências positivas mostram sempre amor, compaixão, empatia e um profundo interesse pela criação humana.

GRANDES PROFETAS
Eles também nos trarão conhecimento e ciência que podem ser aplicados a todas as pessoas em nosso planeta, sem distinção de grupos étnicos. Respeitarão também as constituições das nações, a tradição dos grandes profetas e pensadores, poupando nosso lugar no universo. As inteligências negativas,ao contrário, atuam violando o livre arbítrio humano. Agem fora de uma estrutura de medo e não possuem sentimentos, demonstrando pouca ou nenhuma compaixão. São realmente diferentes dos seres positivos, que possuem a aparência de um professor carinhoso que está aqui para nos ajudar e cuja forma ou aparência é similar à humana.

São geralmente acompanhados por algum tipo de símbolo espiritual ou pulsação de luz sobre suas cabeças, o que poderíamos chamar de bioluminiscência. São reconhecidos por seu grande amor e compaixão, diferentemente dos ETs negativos, que violam o livre arbítrio e não possuem piedade, amor ou entendimento, mas agem como se estivessem numa missão militar de busca e destruição. Portanto, cinco tipos de explicações podem ser dadas para a atual atividade dos ETs. Primeiro, que eles estão trabalhando com uma lista de tarefas não diretamente em conjunto com a raça humana, mas com o desejo de reorientar a vida dos seres humanos. Segundo, que eles podem se autodestruir sem o matéria genético humano.

Outra explicação é que eles representam civilizações interestelares competitivas e podem ver a raça humana como olhamos para uma bactéria. Ou que estão trabalhando com inteligenas extra-solares, explorando alguns aspectos da vida no planeta Terra para decidirem se estabelecer localmente, a fim de testarem nossa capacidade genética, colocando seus híbridos entre nós. Por último, que eles já influenciaram nossa cultura genética e filosófica no passado e retornaram para observar e reorientar essas mudanças. A última explicação, embora pareça a menos plausível, pode muito bem ser verdadeira de algum modo, uma vez que há relatos de raças avançadas que se ‘casaram com as filhas da Terra’.

Mas sabemos também que isso foi uma violação dos ‘direitos de Deus’ e criou somente estragos à Terra. Com o passar dos séculos, a existência de inteligências que não aceitam nosso livre arbítrio tem sido mostrada pelos antigos e orientalistas como representando uma força quase divina. No panteão dos deuses da Índia e do Tibete, encontramos divindades descritas como sendo destituídas de graça, perdão e misericórdia, demonstrando irracionalidade emocional, vontade própria, força subjetiva, movimentos paralisantes e forte ímpeto. Temos, portanto, a escolha de ir com os seres que respeitam nosso lugar no livro da vida e na herança do que é chamado de cidadania cósmica, ou sermos ‘encantados’ pela tentação dos deuses menos evoluídos.


Vamos trabalhar apenas com as entidades que aceitam nosso livre arbítrio, e não com aqueles que o violam. Não vamos ficar presos dentro de um sistema de deuses secundário, marcado pelo terror e controle mental. Temos poderes que podem subjugar aqueles deuses mais baixos, que estão numa dialética contra os poderes do Pai Divino, quando fazemos uso da linguagem sagrada e dos nomes divinos. Isso é importante porque essas forças negativas mais poderosas não podem usar os nomes divinos, de acordo com uma pesquisa da ‘Academia para a Ciência Futura’. Há um plano divino, e o que estamos agora pode ser somente a primeira fase de uma ‘limpeza’ muito maior. Não devemos nos influenciar pelos tipos baixos de fenômenos, mas ter consideração às formas de vida meta-terrestres e ultraterrestres, e sua promessa de compaixão de acordo com um plano de vida maior. Esse é nosso direito de nascença cósmico, e pode ser que essas outras formas de inteligência estejam também sendo testadas e recicladas de suas posições de autoridade.

CONTROLE MENTAL
Mas como essas inteligências físicas viajam?
Elas usam meios físicos para trafegarem através do universo físico. Tais meios abrangem uma variedade de naves que usam avançada tecnologia de fusão e vários sistemas magnéticos para energizar esses aparelhos, com objetivo de viajar através de dobras de campos magnéticos ou deformar o espaço-tempo. Para algumas inteligências extraterrestres altamente avançadas, seus veículos são sólidos quando percorrem a terceira dimensão – caso em que funcionam através de ondas de luz e energia para voar entre as dimensões. As inteligências não-fisicas – ultraterrestres – existem num estado mais rarefeito de energia e inventaram um modo de fazer uso de suas intensas formas de pensamento, ou usar tecnologia para moldar as formas de pacotes de energia através de aberturas dimensionais. A forma de energia do veículo é, em efeito, uma forma superluminal, a qual os antigos chamavam de Merkabah, que encapsula o corpo na viagem de uma dimensão para outra.

Portanto, é impossível propor uma hipótese sociológica que se aplique a todo extraterrestre. Esse é o dilema de nossa sociedade, uma vez que não há qualquer paradigma claro. Somente a educação de uma estrutura de realidade mais alta pode nos fornecer uma solução para examinar cada experiência de contato, saber como superar cada passo de nossas negociações cuidadosamente, e quando aplicável, como usar a proteção lingüística, envolvendo a língua sagrada ou o uso musical da mesma. O grau de complexidade universal é enorme. Esse fato poderia ser completamente óbvio para qualquer um com um entendimento superficial do universo e um conhecimento mínimo de mecânica quântica.  Ao se exibir a magnitude dessa diversidade, seria também exibida uma variedade de formas inteligentes.

A parte complicada é que falar de reações genéticas pressupõe um conhecimento mais comum entre nós e as inteligências extraterrestres do que é atualmente admitido por muitas pessoas envolvidas nesse estudo.

Do ponto de vista teológico, há muitas perspectivas contemporâneas e clássicas nas quais a noção de relações diretas seriam o resultado de uma nova interpretação das noções teológicas. Em retrospecto, vemos que estamos realmente à frente de uma nova realidade evolucionária. Devemos ter a sabedoria, humildade e coragem para discernir os poderes e potências que estão em nosso meio.

MEDIDA CIENTIFICA
A ciência tem nos conduzido a um conhecimento detalhado de nossa pequena e limitada parte da realidade. E o método cientifico como o conhecemos, que é do tempo de Roger Bacon, deve ser agora expandido para acondicionar situações de contato, que podem vir de fontes representando um novo espectro de realidades múltiplas que saem do escopo de nossa própria medida cientifica. Similarmente, devemos ir além dos entendimentos teológicos que estão ligados às nossas noções de criação centradas na Terra, e reconhecer que o que foi registrado em textos religiosos antigos não nega necessariamente outros níveis de inteligência que exibem qualidades espirituais e não-espirituais.

Devemos desenvolver uma ciência pós-einsteiniana e começar a usar ‘a experiência’ de contato para redefinir os critérios do método cientifico e a avaliação teológica. Estamos somente agora começando a descobrir através da física moderna que há mais para a natureza do que podemos perceber através da armação do espaço tridimensional e um fluxo simples e linear de tempo. Só hoje começamos a olhar além da visão de um mundo ingênuo e perceber uma visão de maior  multidimensionalidade. A teoria das cordas, que usa extensivamente o conceito de hiperespaço, é um bom exemplo de investigação cientifica em áreas nas quais os humanos sã ignorantes. Introdução a modelos de mais dimensões pode apenas resolver conflitos aparentes, na busca de um entendimento das realidades extra e ultraterrestres.

A aplicação à teologia dos conceitos extra e ultraterrestres funcionando dentro de outras dimensões requereria, contudo, mais do que uma nova interpretação de espaço, tempo e matéria viva. Ela exigiria o entendimento de características qualitativas a respeito de dimensões [isto é, reconhecendo níveis de inteligências], a fim de acomodar a transcendência qualitativa de realidades mis elevadas. Isso se tornaria o maior acontecimento teológico desde Martinho Lutero e o ‘Conselho de Trento’, no século 16. Há poucas vantagens em se usar o modelo dimensional para a teologia, uma das quais seria que o mesmo permite naturalmente muitos tipos diferentes de experimentar e descrever a mesma realidade mais elevada. De fato, os paradigmas de uma realidade multidimensional permitiriam que os detalhes invisíveis de Deus se tornassem uma coisa natural. Até esse pondo não tivemos nenhuma outra ferramenta espitemológica, a não ser a fé e a revelação para entender as dimensões superiores. O modelo pode até permitir diferentes esquemas epistemológicos para diferentes dimensões, juntamente com suas conexões epistemológicas.

MULTIPLICIDADE DE CRIAÇÕES
Uma realidade multidimensional de múltiplos universos deve ser flexível o suficiente para se tornar heurística. Assim como qualidades diferentes podem ser assinaladas a distintas dimensões, juntamente com suas propriedades estruturais.Esta e outras características flexíveis do modelo permitirão trabalhar dentro de vários padrões de realidades estruturais, os quais podem ser englobados  na fonte Divina, que fornece direção para uma multiplicidade de criações. O contato com essas culturas cósmicas, que nos deixará manter nossa identidade individual, irá nos conduzir indubitavelmente à direção de nossa própria evolução cósmica, além de nossa eventual extinção numa consciência de nosso propósito cientifico-espiritual no universo, conforme tomemos consciência de nós mesmos.

Portanto, à medida que começarmos a descobrir um estado maior de casos no universo, seria inteiramente plausível que em certas circunstancias a mente do homem se tornasse mais próxima em participação com a mente de Deus. Assim como o homem deveria ter experiências de alargamento da consciência, de entendimento do passado, presente e futuro, sendo que tais experiências seriam contatos com aspectos da onisciência. Não há evidencia definitiva de que alguns ultraterrestres e até inteligências extraterrestres possuam um maior conhecimento da consciência, e não há evidência também de que essa habilidade não possa ser somente compartilhada, mas também adquirida. Então, podemos por em pratica as palavras de São Tomás, que disse que ‘todas as coisas deveriam pertencer a um mundo’.

Este mundo incluiria terrestres, extraterrestres, metaterrestres e ultraterrestres – não negando a existencia de Deus, mas expandindo seu domínio a áreas que nunca tivemos conhecimento antes. Mas não podemos nos persuadir pelos primeiros grandes fatos dos poderes não-terrestres sem qualquer real discernimento da intenção dos deuses inferiores dentro de uma ordem divina de criação. Seria uma grande tragédia se nos rendêssemos no ponto de nosso maior despertar de consciência. Este autor o chama de ‘ultima tentação’, a qual nega nossa imagem de vida como Adão Kadmon, que foi divinamente inscrito em cada célula e molécula dentro da herança da humanidade.

DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
Conforme nossa consciência desperte, certamente atingiremos novos objetivos alcançados em cooperação não somente entre nós mesmos, mas com outras raças inteligentes. Em essência, uma preparação está sendo feita para percebermos que somos parte da cidadania cósmica nos céus, um ramo de uma criação adâmica maior, a qual passou por muitos estágios evolucionários,e que logo deveremos entender as referencias a termos como: ‘exousoi, archai, dynameis, thoroni, kyritoes e angeloi’ – autoridades, senhores, poderes, tronos, domínios e anjos.

A humanidade aspira através da história à noção de que a “Casa das Muitas Moradas”, como é chamada no Ocidente, ou o “Palácio das Esferas”, como é conhecido no Oriente, ou ainda o que os contemporâneos chamam de ‘Federação Galáctica’ deveria atuar com a ética de se fazer aos outros o que faríamos conosco. Há leis que são equivalentes no espaço às reveladas a Moises no Monte Sinai, mostrando que sem essas leis a inteligência no Cosmos, não importando o quão abundante ou desenvolvida seja, não teria o menor significado.
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QUEM É JAMES J. HURTAK
James J. Hurtak é norte-americano e reside na Califórnia, Presidente da The Academy four Future Sciences, é cientista social e ex-professor da Universidade da Califórnia. Especialista em futurismo, é consultor para várias empresas e instituições em todo o mundo na área de aplicação de tecnologia emergentes. Conferencista profissional, tem em seus estudos sobre o passado da humanidade um dos pontos altos de sua reputação. Autor de inúmeros livros, entre eles The Keyes of Enoch, trata de assuntos bíblicos relacionados a UFOs com completo conhecimento de causa.
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Revista UFO/09_2004_Edição Especial n. 29.

19 de set. de 2010

A Época e os Mistérios de Akhenáton

Akhenáton é um dos mais singulares e controversos personagens do mundo antigo. Desde há meio século sua vida tem sido comentada em várias línguas e em numerosos livros e artigos. Nos últimos anos, tem sido comum narrativas populares, como as  que foram escritas por Francis Giles e Immanuel Velikosky, apresentarem um libelo ‘contra’ o ‘idealismo romântico’ dos primeiros egiptólogos, como E.A.W. Budge e James Breasted. Com freqüência, as opiniões mais extravagantes de egiptólogos modernos, como Alan Gardiner e Cyril Aldred, são perpetuadas, embora, em alguns casos, o próprio cientista tenha mudado de opinião. Essas inúmeras declarações conflitantes ou polêmicas dão origem a muitos dos ‘mistérios’ que envolvem Akhenáton e sua época. Que conhecemos realmente sobre Akhenáton? Que é realmente duvidoso, e qual foi sua ligação com os Mistérios de Osíris?

Nossa história começa quatorze séculos antes de Cristo, num Egito rico e poderoso. As guerras vitoriosas do Novo Império haviam assegurado, ao Egito, o domínio do mundo então conhecido.

Com o comércio, toda a riqueza do mundo afluiu para o Egito. ‘No Egito, o ouro é tão comum quanto o pó’, escreveu Tushratta, Rei de Mitanni. Talvez a extravagância das exorbitantes oferendas feitas ao deus Amon, e a influência da poderosa classe sacerdotal tebana, tenham levado Amenhotep III  a compreender que o crescente poder dos sacerdotes representava um perigo para a casa real. Isto explicaria por que Amenhotep III preferia outros deuses a Amon, especialmente Horakhty [Hórus do horizonte]. Sob o reinado de Amenhotep III, vemos a arte tornar-se menos rígida e novas experiências artísticas serem tentadas. Sua escultura, hoje no Museu Britânico, é um exemplo. Assim, está preparado o cenário para o aparecimento singular de Amenhotep IV, filho de Amenhotep III e sua ilustre esposa, Tiy.

Amenhotep IV cedo mudaria seu nome para Akhenáton. Seu reinado, de dezessete anos [1364 – 1347 a.C] transcorreu aproximadamente no final da 18ª Dinastia, período também notável por sua admirável arte idealista. A cidade por ele fundada, Akhenáton, embora abandonada até transformar-se em ruínas, foi alvo de  intensas investigações arqueológicas. Começando em 1891, a cidade e as tumbas das proximidades de Tell al-Amarna, como é hoje conhecida, foram submetidas a meticulosa investigação, primeiro por Sir Flinder Petrie e depois pela Deustsche Orient Gesellschaft e pela Sociedade Egípcia de Pesquisa. As escavações foram como uma bomba para os historiadores da arte. Algumas das maravilhas descobertas foram reunidas no livro ‘La Statuaire de Tell el Amarna’ [As escrituras de Tell al-Amarna].

Como jovem, Akhenáton se nos apresenta com olhos sonhadores, boca sensual, e lábios e queixo salientes.

Suas estátuas mais caricaturais aparecem no principio de seu reinado. Posteriormente, a arte tornou-se mais delicada e quase clássica, sob os reinados de Smenkhare e Tutankhâmon.

Os estudiosos escreveram centenas de paginas analisando o que denominam mal de Akhenáton, tentando explicar seu abdômen, que mais parece o de uma mulher do que o de um homem. Uma escultura, provavelmente inacabada, é representativa desta controvérsia, por apresentar o corpo nu, mostrando um imenso ventre,sem órgãos genitais. Os escritores vão ao ponto de propor a possibilidade de que Akhenáton fosse eunuco, o que é impossível. Akhenáton é sempre representado com suas filhas. Não relacionaremos os nomes das doenças que foram apresentados para explicar a curiosidade desta estátua. Mas a explicação talvez deva ser formulada ‘de modo simbolico’. Diz um texto que Akhenáton é ‘o pai e a mãe de  todas as coisas’, o que o torna uma força primeva do poder cósmico. Não é de surpreender, portanto, que, como força cósmica, fosse ele representado assexuadamente.

Aparentemente, Akhenáton foi coroado em Tebas, e tinha extremo interesse por assuntos religiosos. Em seguida à sua elevação ao trono como co-regente, foi-lhe concedida uma esposa [Nefertiti] e um harém. A tradução do nome Nefertiti com ‘a bela que veio’ fez com que se pensasse que ela poderia ser uma princesa mitanniana, ou até mesmo Tadukhipa, filha de Tusharatta. Entetanto, não parece ser este o caso. Também se falou de uma ligação de Tiy, mãe de Akhenáton, com Mitanni. Os pais de Tiy, porém, eram egípcios de origem plebéia, Iouiya e Thouiyou. Muitos egiptólogos concordam que os pais de Nefertiti era Ay e Tey.

SMENKHKARE
Ao nosso ano de seu reinado, Akhenáton e Nefertiti tinham seis filhas. A mais velha das princesas reais, Meritáton, casou-se com Smenhkhare; a segunda, Meketáton, morreu ainda jovem; e a terceira, Akhesenpaáton, casou-se com Tutankhâmon.

Não conhecemos ao certo a filiação de Smenkhkare, ou de Tutanlhâmon, seu sucessor imediato. Segundo F. Giles, eles poderiam ser filhos de Akhenáton com outra mulher que não Nefertiti. Os filhos reais jamais eram representados nos relevos de Tell al-Amarna [Amarna]. Um rei de Mitanni, contudo, escreve a Akhenáton perguntando acerca da saúde de ‘teus filhos’ isto pode significar que os dois herdeiros fossem realmente filhos naturais de Akhenáton. Numa escultura – o Leão de Soleb – na Núbia Sudanesa, Tutankhámon chama Amenhotep III de ‘meu pai’;isto, porém, pode simplesmente significar ‘avô’, como ocorre em outros casos semelhantes. Na tumba de Tutankhámon foram encontrados objetos pessoais pertencentes a Akhenáton, bem como uma mecha de cabelos de Tiy. Porém, se Tiy houvesse realmente sido a mãe de Tutanhkhâmon, como muitos supõem, ela deveria ter 54 anos quando ele nasceu. É verdadeiramente inacreditável pensar que tal prodígio clinico pudesse haver ocorrido.

Muitas noções falsas se desenvolveram em torno do caráter singular de Akhenáton. Por exemplo: afirmou-se, no passado, que Akhenáton era monogâmico. Contudo, isto carece de confirmação, pois sabe-se que Akhenáton teve outra esposa, chamada Kia.

Á época de sua coração, o jovem rei era conhecido como ‘Nefer-Kheperu-rê’ “Amenhotep”, cuja tradução é ‘belas são as transformações de Rê’; Amon,[o Oculto] está satisfeito’. Porém, no quinto ano de seu reinado, ele mudou a ultima parte de seu nome para ‘Uan-rê Akhenáton’, ou seja, ‘o único de Rê, devoto de Aton’. Ao tempo em que mudou seu nome, Akhenáton já estava edificando sua cidade, Akhetáton’, ‘o horizonte do Disco Solar [Áton]’.

ÁTON
Contrariamente a algumas opiniões, Akhenáton não estabeleceu um novo culto a Áton. Áton é o Disco do Sol, conhecido com oÁton ou Áten desde a 5ª Dinastia, no baixo Egito. Na pirâmide de Unas, em Sakkara, perto de Mênfis, Áton já aparecera  dotado de mãos, característica das representações do Disco com mãos encontradas em Amarna. Contudo, o nome de Áton apresentava variações ao tempo de Akhenáton. No principio do seu reinado, Áton era chamado ‘Viva rê-Horakhty, jubilante no horizonte’, ‘em seu nome, Shu, que está em Áton’. Posteriormente, esse nome foi mudado para: ‘Possa rê, que governa os dois horizontes, viver, jubilante no horizonte; Em seu nome, do pai, que vem como Áton’. Tais títulos podem ser empregados para estabelecer as fases do período Amarna.

A decisão de Akhenáton de se estabelecer em sua nova residência, conhecida hoje como Tell al-Amarna, ou Amarna, foi provavelmente um alivio para seu pai, então ocupado com a construção de um novo templo a Amon, em Lúxor, perto de Tebas. Na nova sede, distante de Lúxor, seu co-regente Akhenáton, poderia prosseguir em suas experiências místicas e religiosas, enquanto o restante da vida egípcia era conduzido como de costume. Sabemos que o reinado de Akhenátopn durou não mais do que dezessete anos, dos quais apenas quatro teriam transcorrido em Amarna.

Vários templos dedicados a Áton ali foram erigidos, e uma cidade inteira foi criada. Nas colinas de Amarna podem ser encontradas as tumbas dos nobres, de grande interesse para o estudo da arte de Amarna e dos fatos históricos que estão ainda para ser extraídos dos textos amarnas. Tudo isto pode ser encontrado nos seis volumes de N. de G. Davies, ‘The Rock Tombs of el Amarna’ [As Tumbas de Pedra de al-Amarna].

Se havia ou não uma co-regência entre Akhenáton e seu pai, é problema que tem sido decididamente negado ou afirmado pelos mais sérios egiptólogos e historiadores. Gardiner fundamenta seu argumento de que Akhenáton subiu ao trono após a morte do pai em sua interpretação das  cartas de Tell al-Amarna. Em 1958, H. Helck apresentou mais extensa argumentação contra a co-regencia; todavia, mesmo a estes argumentos falta comprovação. Creio que a questão ‘pró co-regência é mais consistente’, além de se tratar de uma TEORIA que poderá contar com indícios ainda mais fortes, à medida que o túmulo de Akhenáton, em Karnak, seja reconstruído.

O pai de Akhenáton reinou aproximadamente durante um total de quatro décadas. Não sabemos onde morreu. A múmia a ele atribuída pode ser a de um rei bem posterior. Com a morte de seu pai, diminuiu a repressão ao arrebatamento religioso de Akhenáton, e encontramos mutilações dos nomes de Amon, Mut e Khonsu em centenas de monumentos. As evidencias dessas deturpações parecem haver cessado mais ou menos à época em que o Faraó Akhenáton, por sua vez, nomeou seu genro Smenkhkare co-regente. Contudo, Smenkhkare foi sepultado sem cerimônias especiais, numa tumba inacabada, em Tebas, após somente quinze meses  de co-regencia. Giles acredita que Akhenáton e Smenkhkare foram assassinados ao mesmo tempo. No entanto, como em outras hipóteses infundadas, não dispomos da evidencias comprovadora do corpo de Akhenáton. Mas, estamos nos avançando à nossa história.

Uma das mais extraordinárias controvérsias em torno da patologia de Akhenáton surgiu quando se verificou que a múmia que se pensava ser da Rainha Tiy era de um homem. A tumba inacabada, que se dizia ser a de Tiy, parece agora haver sido um deposito de objetos ritualísticos, tais como as quatro tabuletas mágicas dos primórdios do reinado de Akhenáton, chamando-o Osíris; selos estampando o nome de Tutankhámon; e a urna funerária de Tiy. Nesta urna, o nome de Áton é o ultimo titulo, e aparecem também os nomes de Amenhotep III e Akhenáton. Portanto, podemos estar certos de que Amenhotemp III ainda era vivo quando Akhenáton ofertou a urna a Tiy. Se seu pai estivesse morto, teriam sido empregadas as palavras ‘ma kheru’ ‘fiel a seus votos’ [falecido]. O corpo atribuído a Tiy, depois a Akhenáton, foi identificado como sendo o de Smenkhkare. Por toda parte, o nome de Smenkhkare encontra-se rasurado, mas comprovou-se que o grupo sanguíneo é o mesmo do seu irmão Tutankhamon.

A controvérsia que envolve Akhenáton não acaba aqui. Formulou-se a hipótese de que Akhenáton pode haver sido homossexual. Isto parece não passar de um disparate. A única prova apresentada foi uma Estela em que Akhenáton e Smenkhkare estão sentados juntos num trono. Akhenáton é apresentado segurando o queixo de Smenkhkare. Contudo, se Smenkhkare fosse filho de Akhenáton, o que é possível, seria esse apenas um gesto paternal. Outra Estela apresenta Smenkhkare servindo vinho numa taça que Akhenáton está segurando. A cena pode significar nada mais do que outra das cenas domesticas familiares, freqüentes no estimo amarna.

Sucedendo Akhenáton no trono, subiu Tutankaton, de onze anos, mais provavelmente outro parente próximo e, possivelmente, seu filho. Após vários anos de reinado em Tell al-Amarna, Tutankhatón finalmente abandonou o ‘horizonte de Aton’ e transferiu a sede do poder novamente para Tebas. Lá, todavia, seu reinado teve curta duração, pois Tutankhaton, que teve de mudar seu nome para Tutankhamon, morreu aproximadamente sete anos após sua coroação. Embora tenha aderido ao culto de Amon, algumas peças de mobília encontradas em sua tumba são provenientes de Amarna e apresentam ainda seus dois nomes.

Muitas das discussões que conduzem à controvérsia em torno do caráter de Akhenáton poderiam ser desnecessárias se observássemos mais detidamente a ligação de Akhenáton com os Mistérios de Osíris, que  personifica, em vez da morte, ‘o principio da eterna recompensa e da Ordem Cosmica’.

Alguns textos por vezes afirmam que Akhenáton era vivente em Maat, ou seja, na verdade, o que confirma, para alguns, a crença de que o primitivo estilo caricatural da arte armana, especialmente as peças que o representam como um Osíris, na verdade mostram a aparência do rei atonista na vida real.

Num estudo de R. Anthes, Die Maat des Echaton’s, Maat foi em geral traduzida pelas palavras ‘verdade e justiça’. Maat, porém, é mais do que isto. Maat significa ‘Ordem Cósmica’. O conceito de Maat com Ordem Cósmica foi provado por C. Bleeker num estudo em holandês: ‘De Beteekenis van de Egyptische Godin Maat’. Esta obra merece ampla divulgação. Em síntese, Maat era a mais elevada oferenda que o rei ou os altos sacerdotes podiam fazer no templo. Nos templos de Edfu e Denderah, Maat é  encontrada no santuário como a última oferenda que o rei fazia ao deus. O hieróglifo que simboliza Maat representa um canteiro oblongo de terra cultivável. Posteriormente, esse hieróglifo adquiriu significação cósmica, ao passar a ser empregado como um pedestal para os deuses cósmicos, como Min e Osíris. Dizia-se que os deuses, ou os tronos, ‘firmavam-se na Ordem Cósmica’.

ETERNO RENASCIMENTO
A simbólica ‘masculinidade’ do deus cósmico Min representava o ‘principio da fertilidade’. Osíris, tido comumente como  deus dos mortos, era mais do que isto.

Poucos se dão conta de que Osíris representava ‘o principio do eterno renascimento’. Alguns autores tomam Osíris como deus da vegetação – aquele que morre e ressuscita, como na história mitológica de Osíris, Isis e Hórus. Todavia, Osíris não era Nepri, o deus do milho, mas, como principio do eterno renascimento, era ele relacionado com o ressurgimento do grão. Da mesma forma, Osíris não era o Nilo. O deus da inundação era Hápy. Contudo, Osíris era relacionado à inundação do Nilo em razão de ser o principio do eterno renascimento.

Ao ligar-se ao principio do eterno renascimento, Akhenáton acresceu a perenidade da natureza à religião abstrata do  Disco Solar. Talvez, para Akhenáton, o horror da morte, na vida, se convertesse na vida eterna. Podemos apenas concluir que meio século de investigação, análise e polemica, não reduziu o mistério ou a sedução do idealista Akhenáton. Se algo disso resultou, foi o aprofundamento de nossa atual curiosidade em relação a seu sonho, sua  tragédia e seu mistério; a intensificação do antigo idealismo romântico no coração de cada pesquisador que almeja sondar as profundezas artísticas, religiosas e místicas, da época de Akhenáton. Afinal, há em todos nós a necessidade de compreender o mistério e a pungência dos nossos próprios sonhos, que aguardam sua realização e seu renascimento definitivo numa nova era.
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É melhor pensar por si mesmo e ocasionalmente cometer erros, do que estar certo apenas porque segue a maneira de pensar de uma outra pessoa.
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[Texto de Constant de Wit, Ph.D_Conselho Internacional de Pesquiza]           

12 de set. de 2010

A Visão Mistica da Vida

Grande parcela da humanidade geralmente considera o intelecto, a mente racional, o mais elevado nível de consciência possível ao homem, e que os problemas da vida podem ser solucionados unicamente por meio dele. O místico discorda deste ponto de vista, ciente de que há níveis de consciência muito superiores ao intelecto, que é limitado em sua função.

O modo místico de solucionar os problemas da vida consiste primeiro em empregar a mente racional até o limite de sua capacidade, e, em seguida, transferir o assunto para o Eu interior, permitindo que os níveis mais elevados de consciência forneçam uma solução. O emprego exclusivo do intelecto faz lembrar alguém que dirigisse um carro em primeira, sem se dar conta de que há outras marchas para serem utilizadas.

Para se compreender a visão mística da  vida é primeiramente necessário definir o ser humano do ponto de vista místico. O homem é um ser físico e espiritual. O misticismo sustenta que o Eu interior, a verdadeira essência do homem, é uma entidade divina – imortal, ilimitada, impoluta, sagrada. O organismo humano é um veiculo físico através do qual o Eu interior pode manifestar-se no mundo material. O Eu interior é o Ser real do homem, integrando o aspecto divino da existência humana. Os aspectos físico e espiritual constituem duas realidades diferentes operando em harmoniosa correspondência.

Na vida cotidiana – tomando decisões, relacionando-se com outras, cuidando de si mesma, etc -  toda pessoa revela sua personalidade individual. Em nenhum individuo, porém, a personalidade é imagem perfeita da alma, porque se manifesta através dos componentes exteriores do organismo e da consciência objetiva. A tarefa do Eu interior é levar a consciência objetiva a uma condição em que possa reconhecer-se como expressão e reflexo do Ser interior – em que possa reconhecer o Eu interior*, e buscar mesmo sua orientação para todos os aspectos de sua vida no mundo exterior.

A voz do Eu interior – essa voz intima – pode ser muito forte, mas pode também ser muito sutil. Inúmeros indivíduos tem dificuldade em reconhecer a voz sutil do eu interior. Após anos vividos apenas no mundo exterior, no mundo material, descrêem da existência dessa voz em si mesmos, e, por conseguinte, ficam privados de sua valiosa orientação e sabedoria.

PERSONALIDADE
A personalidade de um individuo forma-se através de muitos anos de desenvolvimento. É moldada por experiências do mundo exterior e influenciada pelo modo como tais experiências são incorporadas e compreendidas pelo individuo. Porém, de modo ainda mais relevante, a personalidade é moldada pelas lições marcantes que o individuo aprenda durante a sua vida. Tais lições nascem de refletirmos sobre nossas experiências, e de nos harmonizarmos com o Eu interior em busca de orientação e maior compreensão. Naturalmente, cada um de nós traz para esta encarnação o inestimável conhecimento acumulado em milhares de experiências do passado. Este conhecimento exerce indiscutível influencia em nosso atual período de vida particularmente quando nos harmonizamos como Eu interior. Vivemos muitas experiências em encarnações passadas, que poderão nos valer na vida presente, se aprendermos a nos harmonizarmos com o Eu interior para receber orientação.

O momento presente, e apenas o momento presente, é realmente vivido. Esta centelha de consciência, ‘o agora’, percorre o ‘tempo’ qual ponto de luz traçando um rastro luminoso na escuridão. Este ‘agora’ que tudo abrange é a manifestação da personalidade anímica na matéria – a consciência humana.

A consciência humana criou, por conta própria, uma ilusão popularmente chamada ‘ego’. Os psicólogos definem o ‘ego’ como ‘a parte consciente da personalidade’. É o aspecto da personalidade que se ocupa do mundo material. Poderíamos chamá-lo de Eu exterior. Nestes termos, o ego, ou Eu exterior, é o traço luminoso desse instante de consciência a que chamamos presente – o agora.

A consciência humana acredita de modo irrestrito que o ego por ela criado seja real. Na verdade, porém, é ele a reminiscência daquilo que já existiu. Não tem existência real independente da que lhe atribui a mente racional, por nele crer. O ego domina a personalidade porque a consciência está para ele voltada. Se, ao contrário, a consciência estivesse mais voltada para o Eu interior, o domínio do ego na personalidade de certo modo cessaria. Na prática, essa propensão da consciência para o Eu interior, essa confiança na sua orientação, é parcial. A libertação do domínio do ego ocorre na proporção direta do grau em que a propensão da consciência é reorientada.

Para aclarar estas noções, examinemos os conceitos que muitas pessoas fazem acerca de si mesmas e de outras. Excluindo-se as características físicas, uma pessoa é reconhecida por suas qualidades. Conseqüentemente, pode-se dizer que uma pessoa é gentil ou grosseira, honesta ou desonesta, feliz ou infeliz, etc. Isto constituiria o que se acha que a pessoa é. Porém, boa parcela das idéias que fazemos das pessoas depende de aspectos superficiais da sua personalidade. Na realidade, como é a pessoa interiormente? Até que ponto nossa opinião acerca de um individuo é falseada por nossas próprias emoções e carências – por nosso Eu exterior? Até que ponto se alicerça na experiência passada? [Tenhamos em mente que todos mudamos interiormente à medida que o tempo passa e vivemos novas experiências]. Por esta mesma razão, freqüentemente a imagem que fazemos de nós próprios também não e fiel. Poder-se-ia dizer que até certo ponto é uma ilusão que criamos para explicar nosso ser a nós mesmos. As maquinações do intelecto são proveitosas apenas quando refletem a realidade que somos, e não o ego, que não somos.

Como antes afirmamos, o Eu interior tem sobre si a tarefa bastante difícil de criar condições para que o Eu exterior venha a reconhecer a presença do divino Ser interior, e ativamente buscar sua orientação. Naturalmente, o processo é complicado pelas influencias do organismo físico e do mundo material em que vivemos, que nos predispõem a considerar real o mundo exterior. Mesmo quando um individuo toma a decisão consciente de seguir os ditames do Eu interior, sobrevém um longo período em que tal decisão é testada por eventos do mundo exterior.

Porém, o individuo deve persistir desenvolvendo o vinculo com o Eu interior, confiando em sua orientação. Em muitos sentidos, é este um processo de esclarecimento, pois, à medida que mais prontamente ouvimos a voz interior, tornamo-nos capazes de melhor perceber e compreender. Nosso desenvolvimento se acelera, e nos tornamos capazes de realizar transformações mais positivas e construtivas em nossa personalidade exterior.

Uma vez que a ilusão do ego seja substituída pela realidade do Eu interior, o intelecto torna-se aquilo para que foi destinado – um maravilhoso instrumento da mente, utilizado sob a orientação da personalidade anímica, de modo que espiritualidade e verdade manifestem-se em todos os seus níveis de expressão.
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[Texto de Fred Flanagan]