Muitas vezes o povo é egocêntrico, ilógico e insensato.
Perdoe-o assim mesmo.
Se você é gentil, o povo pode acusá-la de egoísta, interesseira.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é uma vencedora, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesta e franca, o povo pode enganá-la.
Seja honesta e franca assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, o povo pode sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje, o povo pode esquecê-lo amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
Veja você que, no fim das contas, é entre você e Deus.
Nunca foi entre você e o povo.
(Madre Teresa de Calcutá) ____ Por Padre Leonardo
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O segredo é perdoar
Devemos sempre nos lembrar de como Deus nos perdoou em Cristo.
Para que uma mágoa, ou qualquer outro problema, se transforme em ressentimento dentro de nosso coração, precisamos alimentá-la com o murmúrio. Todos nós nos decepcionamos quando algo inesperado nos acontece. Isso é normal. O problema é que depois ficamos revivendo o fato e remoendo-o dentro do coração. O primeiro grande segredo para a cura de nossos ressentimentos é treinar o coração para perdoar sempre. Não importa se a pessoa nos ofendeu porque quis ou por descuido. Não importa se a pessoa nos machucou consciente ou inconscientemente. Não importa nem mesmo se ela é amiga ou inimiga; o segredo é perdoar.
Perdoar sempre!
Perdoar tudo o que nos fizeram!
E para perdoar é totalmente fundamental declarar o perdão, manifestá-lo explicitamente.
“Antes, sede uns como os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo” (Ef 4,32). “Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é vínculo da perfeição” (Cl 3,13-14).
Para perdoar os outros devemos sempre nos lembrar de como Deus nos perdoou em Cristo.
Devo perdoar quem me ofendeu, não porque eu seja bom ou a pessoa é boa. Devo perdoar não porque a pessoa mereça ser perdoada. Afinal de contas, se fomos tentar saber se a pessoa tem ou não tem culpa, se fez aquilo consciente ou inconscientemente, acabaremos por cair no murmúrio, até porque naquele momento nosso coração está ferido e machucado, e numa situação assim, ninguém consegue pensar corretamente. Logo, para evitar qualquer possibilidade de alimentar a mágoa, o segredo é perdoar imediatamente. E perdoar como o Senhor nos perdoa. Para isso é preciso revestir-se da caridade. Caridade não é dar alguma coisa a alguém. Isso é filantropia. Caridade é dar-se inteiro a alguém que não merece! Foi isso que Jesus fez por mim e por você. Foi isso que o Senhor fez pela humanidade inteira. Ele se ofertou, inteiramente, a todos, inclusive àqueles que estavam sendo usados para crucificá-Lo: “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Somente pelo perdão vivido explicitamente é que nos tornamos, de fato, filhos e filhas de Deus. Enquanto não perdoamos, estamos vivendo como se fôssemos adotados pelo "encardido" [maligno]. Aliás, muitas vezes, nos comportamos assim. É preciso perdoar sempre e perdoar escpecialmente os que não merecem nosso perdão. Esse é o segredo que nos faz agir como filhos e filhas de Deus.
Do livro 'A cura do ressentimento' Pe. Leo
Do livro 'A cura do ressentimento' Pe. Leo
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